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CAPÍTULO X



Rachel nunca tinha voado em um jato particular. Aquele em que viajavam pertencia ao avô de Alexis, como ele mesmo lhe contou no tom de voz indiferente com que se dirigia a ela desde aquela tarde no escritó rio. Seu interior tinha sido projetado de forma a assemelhar-se a uma confortá vel sala de estar, com poltronas, algumas mesas e um aparelho de som. Havia també m um moderno equipamento. Havia um aparelho de rá dio capaz de mantê -los em contato com qualquer parte do mundo. A tripulaç ã o era composta por pessoas naturais de Bahdan, com exce-ç ã o do piloto, que era francê s.

Rachel se arrependia por nã o ler resistido mais antes de se aventurar tã o insensatamente naquela viagem. Mas o que podia ter feito? Alexis nã o lhe tinha dado a menor chance de escolha. Se ela nã o o acompanhasse a Bahdan seu pai iria para a prisã o.

Olhando absorta pela janela, Rachel lembrou-se de sua conversa com Jane, quando voltara para casa no dia em que recebera aquele ultimato de Alexis. A amiga tinha lhe dito que ela deveria estar Iouce para concordar com aquela viagem.

— Como você pode saber o que ele pretende de verdade? Alé rr disso, pode ser que seu pai nem esteja em Bahdan. Você tem certezí de que Alexis comprou a dí vida?

— Ele me mostrou os papé is para que eu nã o tivesse outra alter nativa senã o concordar em viajar com ele, O que nã o sei é o que sr. Black dirá quando souber que vou precisar antecipar minhas fé ria para daqui a uma semana.

— Rachel, você precisa pensar bem — Jane queria abrir-lhe o olhos. — Esta viagem pode ter sé rias consequê ncias para o seu futuro.

Por exemplo, pode acabar com qualquer chance de você e Roger reatarem.

— Eu nã o pretendo voltar para Roger — ela respondeu, ficando vermelha.

— Você nã o está apaixonada por esse francê s, está? Tome cuidado, Rachel. Você nã o sabe nada sobre ele.

— Nã o, eu nã o sei, — Estava a ponto de se abrir com a amiga, mas, quando viu a ansiedade nos olhos de Jane, perdeu a coragem. — Eu o acho atraente, mas ao mesmo tempo desprezo-o pelo que ele está me forç ando a fazer.

— Você quer dizer, por forç á -la a se fazer passar por sua noiva?

— Nã o é só isso — ela admitiu, embaraç ada por nã o poder mais esconder a verdade. — Você deve ter desconfiado que ontem eu nã o fiquei trabalhando até tarde. Nó s fomos à casa dele para. . . jantar.

fane balanç ou a cabeç a.

— Eu tinha mesmo suspeitado que havia alguma coisa. Por que você nã o me contou? http: //www. adororomances. com. br/ 54

Ficou com medo de que eu a censurasse?

— Nã o sei. O fato é que Alexis e eu discutimos e voltei para casa deprimida demais para faiar no assunto.

— Você s discutiram por causa da viagem?

— Nã o, eu só fiquei sabendo disso hoje. Aconteceram muitas coisas ontem. Eu conheci o avô dele e sua ex-noiva. Eles me trataram de um jeito horrí vel e, bem. . . foi isso.

Jane olhou para ela. Sabia que havia mais alguma coisa mas respeitou o silê ncio da amiga. E Rachel nã o tinha coragem para contar o resto. Como dizer a )ane que tinha ido para a cama com um homem que dissera desprezar?

— Quem é o avô dele e por que ele a tratou mal?

— Ele é á rabe mesmo. Sheik Ibrahin ibu Rachid ou qualquer coisa parecida com isto e estava bravo porque Alexis rompeu com a noiva.

— Que estava lá també m?

— É. Chama-se Mariana e é prima de Alexis.

— Entendo. . . — Jane falou, vagarosamente.

— Você nã o aprova, nã o é mesmo?

— Você esperava outra coisa?

— Nã o — respondeu Rachel, com sinceridade. — Agora você já sabe de tudo.

— Será que sei mesmo? Você está indo para Bahdan como sua noivj ou sua. ..

Nã o terminou a pergunta, mas Rachel entendeu o que Jane queru dizer, o que a envergonhou mais ainda.

— Estou indo porque nã o tenho escolha. O que mais eu posse fazer?

— Eu odeio dizer isto, mas se você está indo por causa de sei pai, acho melhor pensar com cuidado antes de fazer qualquer coisa irremediá vel. Seu pai alguma vez se preocupou com você, ou ajudou quando você precisou dele? Foi ele, inclusive, o culpado de seu rompimento com Roger.

Rachel balanç ou a cabeç a.

— Nã o adianta, Jane. Eu tenho de ir. Nã o há outro jeito.

— O que esse Alexis Roche espera de você, levando-a com ele

— O que você quer dizer?

— Você sabe o que eu quero dizer, Rachel. Ele nã o a está levando para Bahdan apenas pelo passeio, está?

Rachel virou a cabeç a e olhou distraí da em volta. Aquela conversa com Jane tinha acontecido há uma semana e, pensando nas palavre da amiga, ela se sentiu mais amedrontada do que nunca pela situaç a em que se achava.

Falando friamente, poderia ela dizer que detestava o homem ser tado na poltrona à sua frente?

Alexis a deixara em paz nos ú ltimos dias para que ela pudess organizar suas coisas em casa e colocar o trabalho no escritó rio ei dia. Rachel sabia, poré m, que aquilo nã o queria dizer que ele tivesse desistido dela. Ainda a achava extremamente desejá vel e o jeito coi que a olhava à s vezes, durante a viagem, era um claro aviso de que nã o pretendia deixá -la só por muito mais tempo.

Um comissá rio de bordo entrou empurrando uma mesinha com almoç o. Alexis veio se juntar a Rachel, que por sinal estava tã o tensa que mal tocou na comida.

— Nã o está com fome? — perguntou Alexis ao ver o prato qua: intacto. Se ele soubesse que a moç a perdera o apetite desde que viagem tinha sido marcada! http: //www. adororomances. com. br/ 55

— A comida nã o a agradou? — insistiu ele. — A comida francê s à s vezes, é um pouco pesada para uma viagem. Você gostaria de un refeiç ã o mais ligeira? Tenho certeza de que Mareei terá prazer em lhe preparar alguma coisa.

— Nã o, obrigada. Nã o há nada de errado com a comida. É que eu nã o estou com fome mesmo. — Virou o rosto, angustiada. — Quanto tempo leva a viagem? A casa de seu avô fica perto do aeroporto?

— O vô o demora mais ou menos seis horas. Quanto a casa de meu avô, você saberá quando nó s chegarmos — ele respondeu, evasivo.

Rachel respirou profundamente e continuou virada, sem olhar para ele.

— Qual é o problema? — ele perguntou, impaciente. — Esta viagem é assim tã o penosa para você? — Inclinou-se diante da poltrona dela e segurou-lhe o queixo. — O que eu posso dizer para deixá -la mais tranquila? Você está agindo como se eu a tivesse forç ado a vir.

— E nã o forç ou?

Havia um desafio na voz dela, mas a expressã o do rosto de Alexis ficou mais suave ao responder.

— Talvez eu tenha forç ado, mas você poderia ter se recusado a vir. —-- E você mandaria meu pai para a prisã o! Vamos, Alexis, seja

realista e encare a verdade: você planejou todos os detalhes com a maior frieza.

— Você acredita mesmo que eu teria cumprido a ameaç a?

— É claro que acredito. Você teria ido até o fim e meu pai iria parar na prisã o. Ou talvez, em seu paí s, você s cortem as mã os dos que nã o pagam dí vidas.

— Eu meu paí s?

— Bahdan, ou sei lá que nome. Pela sua religiã o os crimes nã o sã o punidos fisicamente?

— Que eu me lembre, os cristã os sã o ensinados a oferecer a outra face — ele falou, secamente. — Ou será que eu estou errado?

Rachel olhou-o surpresa.

— Você é cristã o?

— O que você esperava?

— Nã o sei. . . muç ulmano, talvez. Nã o é isso o que seu avô ?

— Eu nã o preciso seguir os passos do meu avô.

— Mas tê m o mesmo sangue, nã o tê m? — eia perguntou. Mas logo se deu conta do absurdo que era achar que um homem com um cabelo daquela cor pudesse ser á rabe.

— É ló gico que tenho o sangue do meu avô nas veias. Mas meu pai é francê s e eu tenho as duas nacionalidades.

— Seu pai é francê s?

— É.

— E sua mã e?

— Filha de meu avô, como você deveria supor. — O rosto dele contraiu-se, de repente. — Eu nã o tinha percebido que isso fazia tanta diferenç a.

— O que você quer dizer?

— Eu devia ter percebido. É tã o ó bvio! — Seu rosto estava tenso. — Você pensou que podia esconder a aversã o que tem por mim?

— Nã o sei do que você está falando.

— Acho que sabe, sim. Você nã o suporta a ideia de que eu a toque nem mais uma http: //www. adororomances. com. br/ 56

vez, nã o é? Eu deveria ter imaginado depois da forma como você se comportou no escritó rio. Perdoe-me por ter sido tã o idiota. Pensei que as suas razõ es para me rejeitar fossem outras.

— Nã o é verdade! — Rachel levantou-se, tentando se equilibrar quando o aviã o trepidou. — Nã o me importa quem seja seu pai ou seu avô.

— Nã o? — Os olhos dele se estreitaram. — Você quer negar que sua atitude para comigo mudou?

— Você sabe por que eu mudei — ela gritou.

— Eu sei?

— É claro que sim — ela falou alto, sem se importar com a tripulaç ã o. — Você mentiu para raim. Você fez com que eu acreditasse que se sentia atraí do, que me desejava, mas nã o era verdade! Só queria uma pessoa que lhe permitisse levar adiante aquele plano só rdido. — Ela preferiria que o criado, que estava ali perto, ocupado, saí sse, mas Alexis parecia nã o se importar com a presenç a dele.

— Esta é a sua versã o da histó ria? E se eu nã o concordar corn você? E se eu afirmar que está errada?

— Eu nã o vou acreditar.

Rachel voltou as costas para ele. Mais uma vez estava caindo nurm armadilha preparada por Alexis, que a provocava para que ela falasse mais do que deveria. E coisas muito perigosas.

— É uma pena que você nã o acredite em mim — ele falou segurando-a pelos ombros e beijando-lhe o pescoç o. — Porque eu ainda a desejo muito, nã o importa quais sejam as razõ es.

— Alexis. . .

Ela estava envergonhada com a presenç a do outro homem e Alexis finalmente percebeu.

— Nã o precisa se preocupar com Mohamurid — ele disse, as mã os se apoderando dos seios dela, que a blusa fina de seda delineava suavemente. —- Ele é muito discreto, eu garanto.

Rachel livrou-se dele, abotoando apressadamente os botõ es da blusa.

— Quer dizer que você nã o se importa se ele estiver olhando? — perguntou, chocada.

— Eu ofendi sua frá gil sensibilidade? Mas isto está de acordo com a minha natureza. Afinal, eu nã o sou meio á rabe? Por mim, ele pode nos olhar quanto quiser.

— Você quer apenas me chocar. Sei que você nã o pensa assim. — Ainda estava horrorizada com as palavras dele.

— E se eu for tã o bá rbaro quanto os meus ancestrais? E se o meu lado á rabe falar mais forte? — ele perguntou, devorando com os olhos seu corpo tré mulo.

Rachel apoiou-se na poltrona que estava atrá s dela.

— Prefiro mudar de assunto. — Procurava desesperadamente man-ter-se controlada. Ele lhe deu as costas com raiva e foi para a cabine do piloto.

A viagem era tã o longa e maç ante que Rachel chegou a lamentar a ausê ncia de Alexis. A preocupaç ã o e a emoç ã o impediam-na de dormir. Só no fim da tarde é que conseguiu cochilar um pouco. Foi acordada pelo comissá rio de bordo, que colocou uma bandeja com chá ao seu lado.

— A senhora prefere leite ou limã o? — ele perguntou, inclinando-se para Rachel http: //www. adororomances. com. br/ 57

para servi-la melhor.

— Nã o. Pode deixar que eu me sirvo, obrigada. — O homem inclinou-se e saiu.

— Chegaremos dentro de trinta minutos — falou Alexis. Só entã o Rachel o- ví u, sentado em uma das outras poltronas e virado para ela. Há quanto tempo eí e estaria ali, observando-a dormir?

— Onde nó s vamos descer? — Rachel tinha decidido, antes de

dormir, que nã o ganharia nada recusando-se a conversar com Alexis Sua voz era bem-educada e calma quando se dirigiu a ele.

— Em Bahdan — ele falou, estudando-a com cuidado. — O pai é muito pequeno para comportar dois aeroportos. Bahdan é, aliá s sua ú nica cidade grande.

— A cidade tem o mesmo nome do paí s?

— Como você vê.

Rachel procurou ficar tranquila, tomando seu chá, mas era difí ci Estavam chegando a seu destino e uma inquietaç ã o cada vez maic a invadia.

— Eu vou encontrar meu pai ainda hoje?

— Seu pai nã o está em Bahdan. — Rachel, que tinha feito viagem na esperanç a de encontrá -lo, olhou incré dula para Alexis.

— Mas você disse. . .

— O que eu disse? Por acaso afirmei que ele estava em Bahdan?

— Mas eu pensei que. . .

— O Oriente Mé dio compreende uma á rea muito grande, Rache

— Mas a empregada de meu pai disse que ele tinha ido para

Golfo.

— Que golfo? Golfo Pé rsico? Golgo de Adem ou golfo de Ornai

— Pare de me torturar, Alexis. Onde ele está?

— Imagino que ele esteja em algum lugar da Ará bia Saudita -disse, depois de um momento de hesitaç ã o.

— Mas por quê? Você já conseguiu o que queria, pelo men tenha a decê ncia de dizer o que meu pai está fazendo.

— Você nã o estava preparada para me ouvir antes. — Leva tou-se e foi até uma das janelas. — Espero que ele esteja assinara alguns contratos que ajudem sua firma ã se expandir. Agora eu s só cio dele e espero que meu investimento tenha retorno.

Rachel colocou a xí cara com violê ncia sobre a bandeja.

— Você? Só cio de meu pai? Entã o o que eu estou fazendo aqui?

— Você? — ele a observou, com cuidado. — Pensei que tivesse deixado sua posiç ã o bem definida. Você está aqui porque eu quero aqui e fim de papo.

O aviã o aproximou-se do aeroporto de Bahdan, mas Rachel nã o reparou no enorme deserto que rodeava a cidade, nem os modernos edifí cios construí dos apó s a alta do petró leo. Nã o fez nenhum gesto nem mesmo quando o aviã o pousou suavemente na pista.

— Chegamos — falou Alexis, ao ver que ela nã o tinha desatado o cinto de seguranç a. — Você está no meu paí s agora, ou melhor, no paí s de meu avô.

— Eu quero ir para casa. — Saí am faí scas de seus olhos embora estivessem cheios de lá grimas. — Você me convenceu a vir para cá, usando mentiras. Leve-me de volta, por favor.

— Quando for a hora. Ainda preciso de você aqui para convencer meu avô. http: //www. adororomances. com. br/ 58

— E se eu nã o cooperar com você?

— Nã o me obrigue a forç á -la. O que seria muito fá cil, pois este é o meu paí s e aqui as ú nicas leis que existem sã o as minhas.

Ao sair do aviã o, Rachel tomou contato pela primeira vez com o clima do deserto. O ar ei'a quente e seco. O vento, que soprava periodicamente naquela á rea, esparramou areia sobre seu rosto e embaraç ou-lhe os cabelos.

Um Rolls-Royce os esperava. O chofer abriu a porta e Rachel sentiu-se muito melhor naquele ambiente refrescado pelo ar condicionado.

— O Sirocco é o lado menos agradá vel de Bahdan — Alexis explicou enquanto ela tentava arrumar o cabelo, todo emaranhado pelo vento.

— Sirocco é o vento?

— Sim, o vento — ele concordou, encostando-se indolente no banco do carro.

O veí culo foi avanç ando e aos poucos as luzes das casas foram ficando para trá s. Ao lado da estrada nã o parecia haver nada alé m de areia e, vez por outra, algumas á rvores, lá era noite e o vento continuava soprando, produzindo um ruí do alto e insistente. Rachel tinha a sensaç ã o de estar andando no vá cuo. Voltou-se assustada para Alexis, mas no escuro do carro era impossí vel ver o rosto dele com nitidez.

— Ja estamos chegando — ele falou, percebendo o medo dela. — Gostaria de ter chegado mais cedo. Mas nã o se preocupe, amanhã tudo vai parecer diferente.

— Diferente, mas nã o melhor. Quanto tempo eu terei que ficar aqui? Quando vamos voltar para casa?

— Eu nasci aqui. Portanto, aqui é minha casa. — Fez uma pausa. Os nervos de Rachel já estavam quase explodindo. — Agora, quanto ao nosso retorno a Londres, vejamos. . talvez em uma semana.

— Uma semana? — A moç a respirou aliviada. Nã o era tanto temt. assim. O que poderia acontecer em uma semana?

O carro diminuiu a velocidade e Rachel viu luzes mais à frente Ao passarem pelos portõ es, um agradá vel perfume de flores enche o ar e surgiu a mais inesperada paisagem para um deserto: um jardim lindo, repleto dos mais variados tipos de plantas e flores Diante da casa, que era toda branca, havia uma fonte, cercada pelas á rvores cujos galhos se dobravam ao vento. Como era noite, Rachel nã o pô de determinar exatamente o tamanho da casa. As janelas da frente estavam fechadas e, apesar da iluminaç ã o, parecia nã o havia ningué m. Mal o carro estacionou, a enorme porta de entrada se abriu e vá rios criados, usando roupas tí picas, saí ram na direç ã o de Alexis desceu e voltou-se para ajudar Rachel.

— Entre — ele ordenou, conduzindo-a atravé s do terraç o até u luxuoso hall de entrada, tã o iluminado que a jovem precisou fech os olhos para se acostumar com a brusca mudanç a de intensida de luz. No ar, quente e abafado, havia uma suave fragrâ ncia sâ ndalo.

— Alexis!

Rachel estava tentando tirar o pó de suas roupas, quando ui mulher apareceu por uma das portas e dirigiu-se para Alexis cc evidente alegria,

— Ché ri — a mulher exclamou, beijando-o no rosto, e Alexis abraç ou-a afetuosamente.

— Eh bien, Ia filie prodigue est revenue! ~— ele falou, ain abraç ado a ela. De repente, os olhos dele encontraram os de Rach que sentiu uma forte emoç ã o. " Nã o http: //www. adororomances. com. br/ 59

estou com ciú mes", pensou de dida. Mas a verdade era que estava e, pelos olhos dele, percebeu q Alexis tinha notado. Depois de alguns minutos, a mulher separou de Alexis e voltou-se para Rachel, que ficou surpresa ao notar que era uma senhora mais velha do que havia imaginado à primeira vista.

— Entã o, esta é a jovem que deixou seu avô tã o zangado — falou, dando o braç o a Alexis e envolvendo Rachel num olhar simpá tico.

— Apresente-me, ché ri, ou a moç a vai pensar que você tem haré m aqui.

Um lampejo divertido passou pelos olhos de Alexis, mas logo ficou sé rio ao fazer as apresentaç õ es.

— Esta é Rachel Fleming, mamã e — ele disse, acentuando a ú ltima palavra. — Minha mã e, madame Roche.

— Prazer em conhecê -la, Rachel.

— O prazer é meu, madame.

A elegâ ncia da mã e de Alexis, que parecia recé m-chegada de Paris, fez com que Rachel se sentisse um trapo com suas roupas de viagem.

— Você s tiveram uma viagem cansativa. Rachel nã o deve ter tido uma primeira impressã o muito boa do nosso paí s. Mas as noites em Bahdan nã o costumam ser como a de hoje. Aqui dentro está um forno porque precisamos deixar as janelas fechadas por causa do vento — ela explicou, dirigindo-se à moç a.

— Rachel nã o queria vir, mamã e — Alexis falou, deixando-a sem graç a. — Preferiria ficar em Londres. — Os olhos dele procuraram os dela, num desafio. — Mas eu a queria aqui. Comigo.

— Bem, entã o precisamos fazer com que ela mude de ideia — madame Roche falou, percebendo a troca de olhares entre eles. — Mas, primeiro, acho melhor mostrar a ela onde é que vai dormir.



  

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