Хелпикс

Главная

Контакты

Случайная статья





CAPÍTULO IV



Impaciente, Alexis andava de um lado para outro, no saguã o do hotel.

— Precisa de alguma coisa, sr. Roche? — perguntou, servilme o gerente do hotel, que conhecia a importâ ncia de Alexis Roche.

— Nã o, obrigado. Estou apenas esperando algué m.

Ele nã o queria ser visto pela pessoa que aguardava. Nã o de imediato, pelo menos. Colocou-se atrá s de uma coluna de onde podia observar a entrada sem ser visto. Consultou o reló gio. Nã o teria esperar muito tempo. http: //www. adororomances. com. br/ 14

O avô de Alexis tinha comprado aquele hotel em 1980 e gastou uma pequena fortuna para restaurá -lo e redecorá -lo, obra que foi um sucesso. O Metropolitan recuperara o luxo dos bons tempos, voltando a ser um dos lugares mais requintados e fechados de Londres

Os convidados continuavam chegando. Deixavam seus casacos entrada e subiam as escadas carpetadas, até o primeiro andar, garç ons circulavam com taç as de champanhe.

A expressã o de Alexis descontraiu-se quando reconheceu quem que acabava de entrar, trajando um conjunto bege de calç a comprida e blusa, que combinava simplicidade e bom gosto. Ele esperava que Rachel viesse com um vestido, mas, nem por isso, ela lhe parecia menos atraente. Esforç ou-se para tirar os olhos dela e dirigiu atenç ã o para o homem que a acompanhava.

Entã o, aquele era Roger Harrington! A atitude um tanto condecendente para com a noiva e a maneira apressada com que a ajudou-a tirar o casaco desagradaram Alexis. A má impressã o acentuou quando ouviu o que ele dizia ao subir as escadas:

— É incrí vel! Algumas pessoas fazem de tudo para aparecer. Nã o sei como permitem a entrada de gente que nã o tem a menor categoria num lugar como este.

Alexis sorriu, irô nico, ao ouvir aquelas palavras. O casal desapareceu no alto da escada e ele se voltou para algué m que o chamava.

— Alex!

— Sandra! — Sorriu educadamente enquanto a cumprimentava.

— Você está magní fica! Nã o sabia que as plumas estavam na moda de novo.

— E nã o estã o — respondeu a moç a, acariciando as que trazia em volta do pescoç o —mas com a minha idade já adquiri o direito de ser excê ntrica. Diga-me, Alex, o que você faz aqui? Sei que você nã o se interessa por este tipo de reuniã o nem de pessoas.

— Nã o diga isso. Sua companhia é sempre um prazer para mim

— ele disse, com gentileza.

— Estranhei tanto você telefonar me pedindo que convidasse Roger Harrington! Pensei em ligar para Nadine para saber se ela conhecia essa Rachel Fleming e seu noivo.

— Você nã o fez isto, nã o é? — A voz dele se tornou tensa.

— é claro que nã o! Sua mã e ficaria preocupada se soubesse que você está iní eressado em outra mulher alé m de Mariana.

Alexis respirou aliviado.

— Nã o há motivo para preocupaç õ es, eu garanto.

— E Mariana?

— Mariana nã o está aqui. — Sandra perceheu que ele nã o queria dar explicaç õ es. — Vamos tomar um pouco de champanhe? Posso garantir que é da melhor qualidade. — Ofereceu o braç o a ela e subiram juntos a escada.

Quando chegaram ao salã o, foram rodeados por vá rias pessoas que queriam cumprimentar Sandra Forrest. Ela organizara o desfile de modas e era, sem dú vida, uma das mais conceituadas estilistas do momento.

Alexis aproveitou a oportunidade para se afastar. Poré m, aquele aglomerado de pessoas dificultava sua passagem. Olhou em volta, impaciente, à procura de Rachel. http: //www. adororomances. com. br/ 15

Quando, finalmente, a avistou, uma voz conhecida chamou-o, obrigando-o a desviar a atenç ã o da moç a, que conversava com Roger e outras duas pessoas mais adiante.

— Alex. Alex, querido.

Ao ouvir esse nome, Rachel voltou-se assustada. Alexis percebeu a perturbaç ã o da moç a, pois o rosto dela ficou muito vermelho e em seguida, muito pá lido.

Irritado por nã o poder ir até lá, Alexis parou para falar com a pessoa que o chamava.

Era uma amiga de Mariana e Alexis foi obrigado a parar e conversar alguns minutos.

Quando achou que poderia se despedir sem parecer deselegante, deu uma desculpa e dirigiu-se para onde estava. Ele sabia que a amiga de Mariana seguia-o com os olhos mas nã o se incomodou. Melhor assim. Agora já estava feito e nã o iria voltar atrá s. Podia ser que mais tarde ele lamentasse atitudes. Naquele momento, poré m, só pensava em como a vinganç a é uma coisa deliciosa.

Depois de insistir bastante, Rachel conseguiu convencer Roger a deixar o grupo onde estavam e circular. Queria evitar Alexi de qualquer forma. Seria difí cil ocultar todas as emoç õ es que aqueles olhos cinzentos despertavam nela. E ele, nã o teria ido até lá somente para vê -la. Provavelmente fora uma coincidê ncia. Tinha que ser uma coincidê ncia! Por outro lado, Alexis nã o parecia ser do tipo que se interessava por desfiles.

— Roger! O que faz aqui? Desde quando suas butiques ver roupas exclusivas?

— Vicky Young! Puxa, há quantos anos que nã o a vejo. — nã o parecia aborrecido pelo tom iró nico dela.

— Até que nã o faz tanto tempo assim — ela replicou, sarcasmo.

— Deixe-me apresentã -la à minha noiva. Rachel, esta é Ví ci Young. Nó s fomos... amigos há algum tempo.

— Noiva? Nunca pensei que você chegaria a se casar, Roge falou sorrindo, como para amenizar a aspereza de suas palavras — E sua mã e? Ainda continua por perto?

— Claro que sim! — Ele parecia constrangido pelo jeito falar. — Vicky conheceu minha mã e. Para falar a verdade, elas que se entendiam.

—- Mesmo? — Rachel estava intrigada. Nã o conhecia nenhum casos anteriores de Roger e nunca lhe perguntara a respeito. Vick parecia ser mais ou menos da idade dele: um pouco mais de trinta.

Era uma bela mulher. Pela primeira vez, sentiu curiosidade a respeito do passado do noivo.

Nesse momento, Rachel viu Alexis. Nã o havia dú vidas: ele vinha na direç ã o deles. Os olhos dos dois se encontraram, e havia tanta intensidade nos dele que a moç a parecia hipnotizada.

Em pâ nico, Rachel nã o sabia o que fazer. O desastre parecia iminente. Mas por quê? Por que ele a perseguia daquela forma?

— Rachel! Que prazer encontrá -la aqui! E, se você me permite dizer, está mais bonita que nunca.

O carro estacionou em frente ao edifí cio de Rachel, -Finalmente, chegara em casa. Tentou abrir a porta, mas nã o conseguiu. http: //www. adororomances. com. br/ 16

— Você se incomodaria de abrir? — Voltou-se para Alexis, que parecia pouco apressado em atendê -la.

— Um momento. Quero conversar com você.

— Mas eu nã o quero. — Ajeitou melhor o casaco embora nã o estivesse com frio. — Quero ir para casa e faç a o favor de nã o me procurar mais.

— Você nã o quer mesmo que eu a procure?

— Ê evidente que nã o! — A irritaç ã o de Rachel contrastava com a calmae seguranç a dele, — já lhe expliquei vá rias vezes a minha situaç ã o; estou noiva e vou me casar logo. Se é que você nã o estragou tudo esta noite.

— Eu? — ele perguntou, forç ando um tom de surpresa.

— E, você — respondeu Rachel, exaltada. — E você sabe muito bem disso.

— Eu tenho culpa se o seu noivo nã o parece confiar em você? — tornou ele, suavemente.

— Isso aconteceu graç as a você. — Ela queria ir embora, mas ao mesmo tempo desejava encerrar aquele problema de uma vez por todas.

— O que foi que eu fiz? Por acaso dei a entender que nó s temos algum tipo especial de relacionamento?

— Roger deve estar pensando que nó s já nos encontramos antes.

— E nã o é verdade? — Alexis perguntou, com um sorriso sarcá stico.

— Você sabe o que eu quero dizer. Você fez com que ele pensasse que nó s nos conhecemos mais. . . mais intimamente.

Ele parecia divertido com a confusã o dela.

— Eu fiz isso? — perguntou, aproximando-se de Rachel. — é tã o atraente, que talvez eu tenha falado a seu respeito com calor do que deveria.

Rachel afastou-se. No pequeno espaç o do carro, a proximidade i despertava as mais perturbadoras emoç õ es. Era difí cil raciocinar com ló gica diante daquele olhar penetrante. Ela sabia que precisava se afastar pois cada segundo passado naquele carro era um convite para perigoso envolvimento.

— Você criou uma situaç ã o difí cil entre Roger e eu. Nã o faç a isso, eu teria voltado para casa com ele.

— Seu noivo é um tolo. Por outro lado, talvez eu tenha exagerado um pouco.. .

— Entã o você admite sua culpa?

— Meus advogados sempre me recomendam esperar ser acusado antes de admitir qualquer coisa. — Enquanto falava, ficou passai os dedos pela gola do casaco dela.

— Seus advogados? — Sem querer, Rache! falou mais alto que desejava. — Quer dizer que você está acostumado com esse tipo de situaç ã o?

— Com esse tipo nã o- Devo confessar que é uma novidade encontrar uma mulher que parece indiferente ao fato de eu desejá -í a.

— Você está louco! — Rachel gaguejou.

— Estou? — ele enterrou os dedos nos cabelos macios dela.

— Pare! Quero ir embora já! Neste instante! Antes, antes. . .

— Antes de quê? — ele perguntou, insinuante. A mã o de A desceu para o casaco dela, entrou pelo decote e acariciou-lhe pescoç o.

— Por favor, você precisa parar.

— Parar com esta conversa inú til? Gosto de ouvi-la falar, mas nã o é bem isso o que tenho vontade de fazer agora — ele falou beijando-lhe a nuca e os cabelos. http: //www. adororomances. com. br/ 17

— Nã o. . .

Rachel tentou libertar-se, mas aquelas mã os, que sabiam acariciar ternamente, sabiam ser firmes també m. Alexis segurou-a, impediridindo-a de reagir.

— Pare de lutar — falou baixinho, ao ouvido dela. — Nó s somos adultos e sabemos o que desejamos um do outro, nã o é mesmo?

Antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, ele a beijou selvagemente. Alex Roche nã o era um principiante; sabia corno tratar uma mulher. Rachel ficou atordoada, incapaz de reagir. Era inexperiente demais e nã o estava preparada para enfrentá -lo. Os lá bios dele apo-devaram-se dos seus tã o vorazmente que ela mal podia respirar.

— Você é linda, sabia? E o sabor do seu beijo é tã o bom quanto o perfume do seu corpo. — Segurou-a pelo queixo para obrigá -la a olhar para ele.

O casaco de Rachel escorregara e, atravé s da fina seda de sua roupa, podia sentir o calor do corpo dele. Estava mesmo acontecendo aquilo? Nunca outro homem a tinha tratado assim ou provocado nela tantas sensaç õ es. A suave fragrâ ncia de tabaco que se desprendia dele deixava-a atordoada. Poré m, quando as carí cias de Alexis ficaram mais ousadas e suas mã os procuraram os seios dela, Rachel reagiu com violê ncia, empurrando-o. O atrevimento dele em achar que podia tocá -la fez com que se sentisse barata e vulgar.

— É inacreditá vel! — Alexis falou, apoiando-se no volante e olhando para ela. — Tã o amadurecida e ao mesmo tempo tã o inocente! Seu noivo, pelo jeito, nã o entende muito de mulheres. Você precisa de umas liç õ es e eu terei prazer em dá -las.

Rachel conseguiu abrir a porta do carro e saiu apressada. Estava tré mula e mal podia acreditar que a noite havia terminado daquela forma. Como Roger pudera permitir que outro homem a trouxesse para casa? O mais incrí vel era que Alexis tivesse tentado aproveitar-se da situaç ã o.

Estava tã o nervosa que nã o conseguia abrir a porta, o que ele fez para ela, apontando para dentro.

— Você primeiro — ele falou.

— Esta é minha casa — ela disse, rudemente, — Você nã o vai entrar nem que eu tenha que gritar por socorro.

— Só quis acompanhá -la até a porta, Boa noite. Amanhã eu

telefono.. .

— Nã o adianta ligar, que nã o vou atender. Nã o quero vê -lo nunca mais! Amanhã mesmo vou contar tudo a Roger e ele vai acreditar em mim.

— E se ele nã o acreditar? — Alexis falava com vivacidade. — Rachel, você nã o percebe que ele nã o fará você feliz?

— Você nã o sabe nada sobre ele.

— Mas sei como você é inexperiente. É o quanto basta.

— Vá embora, por favor.

— Está bem. Se você mudar de ideia, pode encontrar-me aqui e estendeu um cartã o para ela. http: //www. adororomances. com. br/ 18

Ela recusou e entrou, batendo a porta.

Jane veio do quarto e logo percebeu como a amiga estava assusstada.

— Rachel, o que houve?

— Você nem imagina o que foi esta noite! Alexis Roche conseguindo me separar de Roger.

— Quem é Alexis Roche? — fane perguntou, sem compreer

— Isso, nem eu sei. Ele me telefona, manda flores, me persi de todas as formas. Trouxe-me para casa hoje e disse, abertamc que me deseja.

— Calma, Rachel. Explique melhor. Esse tal de Alexis estava na recepç ã o?

— Sim, ele fez com que nó s fô ssemos convidados. No Metropolitan, Roger encontrou uma amiga e estavam conversando, qua Alexis chegou.

— E aí? Como ele conseguiu tirá -la de Roger?

— Bem, ele falou comigo de uma forma tã o í ntima! Parecia que nó s nos conhecí amos há muito tempo e profundamente. O clima ficou tenso.

— O que aconteceu depois?

— Vicky conseguiu levar Roger para outro lado do salã o, senti tã o humilhada com a indiferenç a dele que, sem pensar, aceitei a carona de Alex. Acho que Roger nos viu saindo.

— Calma, querida — Jane falou, carinhosamente. — Amanhã você explica tudo a ele.

— Será que ele vai acreditar?

— Eu nã o me preocuparia tanto. Com certeza, ele está com Vick.



  

© helpiks.su При использовании или копировании материалов прямая ссылка на сайт обязательна.