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CAPÍTULO V



No dia seguinte, Rachel nã o conseguiu falar com Roger. Nã o sabia se ele nã o queria atendê -la ou se realmente nã o estava no escritó rio. O ú nico telefonema que recebeu foi de seu pai, pedindo para se encontrar com ela à noite. Pela ansiedade dele, a moç a receou que estivesse com algum problema sé rio.

— Você está em dificuldades, papai?

— A gente se fala à noite, querida. Nã o é assunto para ser tratado ao telefone. Até mais tarde.

A saí da do trabalho, caminhando para o ponto de ô nibus, Rachel sentiu-se mais deprimida que nunca. Sua vida estava tã o bem encaminhada e, de repente, surgiam tantas complicaç õ es. Fechou melhor o casaco, pois o vento estava muito frio, e continuou a andar. Estava absorvida em seus pensamentos, que quase esbarrou no homem alto, parado mais à frente.

— Você? — ela exclamou, ao ver Alexis.

— Você nã o parece feliz em me ver — ele falou, sorrindo.

— E como poderia? Todos os meus problemas começ aram quando o conheci. Pensei que tivesse dito que. . .

— Nã o queria mais me ver — ele completou, tranquilamente. — Eu tentei, mas você parecia tã o deprimida. .. O que houve? Seu noivo nã o acreditou em você?

— Ainda nã o falei com ele. — Ela reparou como Alexis atraí a a atenç ã o das mulheres que passavam. — Roger ficou ocupado o dia inteiro.

— Entendo. Posso levá -la em casa?

— Nã o, obrigada, Prefiro o ô nibus.

— Você gostaria que eu falasse com Roger? — ele perguntou, inesperadamente. http: //www. adororomances. com. br/ 19

— Você. . você faria isso? — Rachel nã o podia acreditar.

— Por que nã o? Eu me interesso por você. Nã o quero que sofra.

— Nã o sei o que dizer — ela falou hesitante. Que homem imprevisí vel!

— Me dê o endereç o dele e prometo ir até Já. Como você vê, sou tã o mau assim.

— Kimbel Square, nú mero 11. Foi onde nos encontramos a noite.

— Tem certeza de que nã o quer uma carona?

— Tenho. Boa noite. — Estava frí o e ela se sentia cansac infeliz. A oferta dele era quase irresistí vel. Mas nã o devia ace Será que ele falaria com Roger ainda naquela noite? Qual seria o resultado do encontro entre os dois? Esse pensamento fez com que ela tremesse mais ainda.

Charles Fleming chegou à s seis horas, como combinado.

— Você parece cansada, Rachel. Tá é tempo de tirar umas fé rias querida. — Ela olhou para o pai com ar de dú vida. Talvez fosse injustiç a, mas a preocupaç ã o dele seria sincera? Conhecendo-o como conhcecia era tentada a dizer que havia alguma coisa por trá s daquilo.

— Papai, gostaria que você fosse direto ao assunto. Desculpe, mas tive um dia muito difí cil. . .

— É claro. Bem. . . eu... eu preciso falar com você sobre dinheiro.

— Nã o se preocupe, se nã o puder me devolver já o que emprestei.

— O assunto é mais sé rio.

— Você precisa de mais dinheiro? — Rachel perguntou, resignac

— Preciso de mais dinheiro do que você imagina. Mas nã o que um empré stimo. Preciso de capital. Na verdade, quero oferecer uma sociedade a Roger.

— Papai! Você sabe que ele nã o vai aceitar. — Ela se levante agitada. — Por que você nã o faz um empré stimo em um banco?

— Nã o é tã o simples assim. Preciso de muito dinheiro.

— Quanto, papai?

— Cinquenta mil libras. — Ele percebeu que a filha levou um susto. — Isto é urna migalha para Roger e pode ser a minha salvaç ã o. Queria que você falasse com ele.

— Ná o posso, papai. É muito dinheiro e alé m disso nó s. .. bem eu e ele nã o temos nos entendido nos ú ltimos dias.

— Nã o me diga que ainda é por causa daquela bobagem sobre o casamento — ele falou, gesticulando exaltado.

— Nã o. É um outro problema... Alé m disso, nem sei quando vou vê -lo outra vez.

— Querida, faç a isso por mim. Procure Roger.

— Papai, você nã o sabe o que está me pedindo!

— Qual é o problema? Você o ama, nã o é? Entã o vá até lá e faç a as pazes.

— Está bem. — Ele nã o parecia disposto a entender ou mesmo se interessar pela situaç ã o dela. Mas aquele era seu pai, pensou resignada. — Prometo que vou procurar Ró ger amanhã ou depois.

— Faç a isso o mais rá pido possí vel, meu bem, lá vou indo, para deixá -la à vontade. Boa noite.

No dia seguinte, embora fosse sá bado, Rachel levantou-se bem cedo, tomou um banho e saiu. Preferiu ir a pé até o apartamento de Roger, pois assim teria tempo para refletir. Estava frio e a malha azul que ela usava combinava muito bem com seus cabelos negros e brilhantes. http: //www. adororomances. com. br/ 20

Quando chegou, a empregada de Roger recebeu-a e disse que ele estava dormindo.

— Nã o se preocupe, srta. Stuart. Eu mesma vou acordá -lo.

A empregada parecia embaraç ada.

— Bem, senhora, para falar a verdade eu tenho ordens de nã o recebê -la.

Rachel ficou vermelha, mas nã o desistiu.

— É que nó s tivemos uma pequena discussã o. Mas vou acordá -lo e tudo ficará bem. Nã o se preocupe.

— Está bem. Se a senhora se responsabiliza...

A moç a atravessou o elegante living, e dirigiu-se ao quarto de Roger. Ele ainda dormia e Rachel abriu as cortinas.

— Mas o que é isso? — Roger resmungou, Quando viu a noiva, sentou-se na cama.

— Rachel! O que faz aqui? Dei ordens expressas para. . .

— Sim, eu sei. Mas estou aqui para lhe explicar tudo.

— Explicar o quê? Que você prefere Alexis Roche? — perguntou sarcá stico.

Ele nã o significa nada para mim.

— Você s dois me fizeram passar por idiota ontem. Como vo pô de, Rachel? Nunca pensei que você fosse capaz de me trair,

— Nã o seja tolo! Me encontro com você quase todas as noitt Durante o dia estou trabalhando e quase nunca saio para aimoç í Como poderia encontrar outra pessoa?

— Quem é ele, entã o?

— Eu o conheci na semana passada, quando saí do seu apart mento. Pensei que eie estivesse se sentindo mal e ofereci ajuda.

Roger parecia nã o acreditar.

— Vamos, continue — falou.

— Desde entã o ele nã o me deí xa em paz. Manda-me flores, telefona, me espera à saí da do escritó rio. Ele é muito insistente.

— Você tem algum interesse nele? — Roger perguntou, em dú vida.

— Claro que nã o! — A resposta tinha saí do meio sem convicç ã c mas Roger nã o percebeu.

— Por que você foi embora ontem?

— Você me deixou sozinha, no meio da festa, e se afastou con Vicky Young.

— Mas Vicky e eu somos apenas amigos.

— Eu acredito, Roger — E, fazendo um grande esforç o, ela con í inuou: — Você é capaz de me perdoar?

— Acho que sim. — Ele estendeu a mã o para ela. — Venha cá, vamos fazer as pazes de verdade. — Beijou-a e ela se esforç ou para retribuir.

— Meu amor, que saudades! — ele murmurou, conduzindo a mã o dela para o seu corpo. — Aqui, querida. Assim, isso é tã o bom!

Algum tempo depois, Rachel foi para a sala onde estava arrumada a mesa para o café. Apesar da reconciliaç ã o, nã o eslava totalmente feliz. Depois de tantos meses de convivê ncia, a intimidade entre ela e o noivo continuava no mesmo ponto, o que a deixava insatisfeita sexualmente. Contra a vontade, reconheceu que Alexis tinha razã o: ela era inexperiente demais no amor. E Roger parecia querer que ela continuasse assim até o casamento.

Quando ele apareceu, estava de ó timo humor e nã o notou que o mesmo nã o acontecia com ela. — falou, servindo-se de café, — Tudo estaria perfeito se você e mamã e pudessem chegar a um acordo. http: //www. adororomances. com. br/ 21

— Nã o se preocupe com isso. Pensei muito e resolvi aceitar a orientaç ã o de sua mã e.

— Oue ó timo, Rachel! Por que nã o vamos até a casa dela par lhe dar a boa notí cia?

— Como quiser — ela concordou, abatida. Terminaram o café e foram para a sala de estar.

— Papai esteve comigo ontem — ela começ ou a falar, relutante.

— Soube que você emprestou dinheiro a ele. Por que nã o me contou?

— Nã o houve oportunidade. Mas como você descobriu?

— Ele me falou, quando esteve no meu escritó rio quinta-feira. Você acredita que ele chegou a me pedir dinheiro? É claro que recusei.

— Meus Deus! — Ela estava espantada,. — Papai deve estar em dificuldades mesmo.

— O que é comum na vida de um jogador — Roger falou, com desdé m.

— jogador? Você quer dizer que. . .

— Tenho ouvido uns comentá rios a respeito. Dizem que ele tem jogado muito nos ú ltimos tempos. E perdido muito també m.

— Pensei que ele estivesse precisando de dinheiro para resolver problemas na companhia.

— Duvido. A falê ncia é praticamente inevitá vel.

— Por que você nã o me contou? Nó s precisamos ajudá -lo.

— Nã o quis deixar você preocupada e de qualquer modo, nã o podemos fazer nada.

— Ele queria propor a você uma. . . sociedade.

— Era só o que faltava! Ele deve estar louco!

— Ou desesperado. Papai precisa de cinquenta mil libras para sair desse apuro. — Estava cada vez mais nervosa. — Ele me pediu que falasse com você.

— Foi por isso que você veio?

— Roger! È claro que nã o e você sabe disso.

— É claro que sei, meu amor. — Ele a abraç ou com carinho. — Desculpe, é que tudo isso me deixa irritado,

— Eu nunca me dei muito bem com ele, mas é meu pai! Nã o posso deixar que vá para a prisã o. — Os olhos dela transmitiam a afliç ã o que estava sentindo. — Nó s podí amos lhe emprestar o dinheiro. Que ideia absurda! — Roger perdeu o controle.

— Ele é meu pai! — Rachel falou, suplicante. — E tenho o dever de fazer alguma coisa por ele.

— Sinto muito, mas eu nã o posso fazer nada.

Nã o era possí vel existir tanta falta de generosidade em seu noivo.

— Vamos, querida — Roger tentava amenizar a dureza de suas palavras. — Vamos ver mamã e e cuidar de nossa vida, Talvez possamos decidir sobre a recepç ã o hoje mesmo.

— Nã o!

— Rachel, nã o me faç a perder a paciê ncia.

— Sabe, à s vezes tenho a impressã o de que nã o o conheç o de verdade. Nunca imaginei que você desse tã o pouca importâ ncia aos meus sentimentos — falou magoada.

Foram interrompidos pela entrada da empregada.

— Com licenç a, sr. Roger. Está aí um certo sr, Alexis Roche.

— Bom dia! — Alexis falou entrando logo atrá s dela. — Perdoe-me a invasã o, mas http: //www. adororomances. com. br/ 22

prometi a Rachel que viria.

Por que tinha escolhido justamente aquele momento para ir até lá?

— Pensei que tivé ssemos combinado que eu é que deveria falar com Roger — disse ele sem ligar para o desespero que havia nos olhos azuis dela.



  

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