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CAPÍTULO IX



Na terç a-feira de manhã, Sophie entrou na sala de Rachel, ansiosa para comentar com a amiga a carona da vé spera e, se possí vel, descobrir o que havia acontecido depois que eles a deixaram na casa da tia. Se ela soubesse tudo o que viera depois!

Mas Rachel estava abatida e sem a menor disposiç ã o para ouvir as bobagens de Sophie.

— Nã o me admira que você tenha colocado o pobre Roger de lado — ela tagarelou, excitada. — Por que ficar com ele se pode conseguir coisa muito melhor? O carro de http: //www. adororomances. com. br/ 45

Alexis Roche é o mais deslumbrante que eu já vi! Meu irmã o, Bií l, ficou morrendo de inveja quando eu lhe contei que andara num Lamborghini.

— Sophie, o tipo de carro que um homem possui nã o quer dizer absolutamente nada — Rachel estava perdendo a paciê ncia. — De qualquer forma, nã o quero falar sobre Alexis Roche, pois ele nã o significa nada para mim.

— Nã o mesmo? — Sophie perguntou de um jeito que irritou mais ainda Rachel. — Engraç ado, nã o foi a impressã o que eu tive.

— O que você quer dizer? — Arrependeu-se imediatamente de ter feito a pergunta, mas já era tarde demais e Sophie aproveitou a oportunidade.

— Bem. . . você nã o queria que eu conversasse com ele, nã o é verdade? Quando pedi a Alexis que me levasse por ú ltimo, senti as vibraç õ es que vieram do banco de trá s. Se eu nã o a conhecesse bem, diria que você estava morrendo de ciú mes. Mas é claro que posso estar enganada.

Rachel sabia que a amiga estava convencida da verdade de cada

uma daquelas palavras e queria apenas provocá -la. Sophie era muito mais infantil do que aparentava.

— Você está enganada, sim. — Rachel retirou a folha de papel da má quina de escrever com tanta forç a, que quase a rasgou. — Eu ficaria muito grata se você nã o fizesse esse tipo de comentá rio por aí.

— É claro que nã o vou comentar nada! Você deve ter medo de que acabe chegando aos ouvidos de Roger, nã o é? Você pretende fazer as pazes com ele, por acaso?

— Quem sabe? — Aquilo era mentira. Ela nã o queria de jeito nenhum reatar com Roger e aquela talvez fosse sua ú nica certeza no momento. Seria melhor, poré m, que Sophie acreditasse no contrá rio.

— Você acharia indiscriç ã o eu perguntar o que Alexis Roche queria conversar em particular com você ontem? — A bisbilhotice dela parecia nã o ter limites e Rachel, que estava com os nervos à flor da pele, explodiu:

— Sophie, pare de se intrometer no que nã o é da sua conta. — Estava quase gritando. — Pela ú ltima vez, nã o tenho nada com ele e agora, se você permitir, preciso terminar essas cartas. O sr. Black está esperando para assiná -las antes de sair para o tribunal.

Sophie assustou-se com a reaç ã o da amiga.

— Puxa, Rachel, desculpe. Nã o tinha intenç ã o de aborrecê -la. — Dizendo isso, foi até a porta e abriu-a.

— Está bem — Rachel falou mais calma. — É que estou um pouco cansada e com muito serviç o. Mais tarde a gente conversa.

Assim que Sophie saiu, Rachel cobriu o rosto com as mã os, com-. pletamente exausta. As cartas nã o eram urgentes, mas, mesmo que fossem, nã o seria capaz de terminá -las. Estava com dor de cabeç a e sentia-se muito fraca e cansada, pois nã o tinha conseguido dormir.

Nunca sentira um desespero tã o grande, nem mesmo quando brigava com Roger. Amadurecera muito nos ú ltimos dias. Olhando para trá s, achou infantis e sem sentido as discussõ es com o ex-noivo. Aliá s, aquela tinha sido a rotina da vida deles: brigavam, no dia seguinte faziam as pazes e tudo corria bem até a pró xima briga. A convivê ncia com Roger era sem misté rios ou surpresas.

Com Alexis era muito diferente. Rotina era uma palavra que nã o combinava com ele. http: //www. adororomances. com. br/ 46

Pelo contrá rio, tudo era imprevisí vel. E ele sabia també m ser impiedoso quando desejava alguma coisa. Usava as pessoas porque nã o tinha sentimentos. Arrependia-se de ter confiado nele.

Na primeira vez em que se viram, alguma coisa lhe dissera que aquele homem poderia arrasá -la de uma forma que Roger nunca seria capaz. Ao chegar em casa, na noite anterior, Jane percebeu na hora que alguma coisa muito grave tinha acontecido, mas Rachel nã o teve coragem de se abrir com a amiga. O que fane pensaria dela? Sabia que tinha feito papeí de tola e aquilo nã o era uma coisa fá cil de confessar. Disse a Jane que tinha saí do para jantar com algumas moç as do escritó rio, mas sua aparê ncia arrasada foi a maior prova de que nã o estava falando a verdade.

— Rachel, eu nã o gosto de me intrometer na sua vida, você sabe — Jane lhe disse, durante o café da manha. — Mas, se você estiver com algum problema sé rio. ..

— Nã o se preocupe, fane. Eu estou bem.

— Pois nã o parece. Você está cpm uma aparê ncia horrí vel — falou, reparando as olheiras no rosto da amiga.

— Estou muito preocupada com meu pai — tentou disfarç ar Rachel. — Isso nã o tem me deixado dormir.

Jane nã o parecia convencida.

— A situaç ã o de seu pai é muito difí cil mesmo. Nã o quero insistir, Rachel, mas saiba que se eu puder ajudá -la de alguma forma...

— Obrigada, fane. Você é uma ó tima amiga, mas eu realmente nã o preciso de nada.

O que precisava era colocar sua vida em ordem e fane nã o poderia! auxiliá -la naquilo. Rachel ainda nã o entendia como pudera se envolver daquele jeito com um desconhecido.

Antes de Roger, tivera alguns | namoros sem consequê ncia e, depois, durante o noivado, suas emoç õ es estiveram sempre sob controle. Como pudera permitir que Alexis a despisse e a levasse para a cama? O comportamento dela e a formal como se entregara sem reservas eram tí picos de uma mulher exp riente que já tivesse tido muitos casos.

Seus sentimentos estavam tã o confusos! Uma parte dela desejava que tudo fosse um pesadelo a outra, ao lembrar-se dos momentc ao lado de Alexis, estremecia de prazer. Inconscientemente, fecho os braç os sobre os seios, que estavam sensí veis e doloridos em consequê ncia da impetuosidade de Alexis. Será que algum dia esquecem o sabor daqueles beijos, as carí cias ora suaves outras vezes rude daquelas mã os?

Alexis lhe mostrara um aspecto do relacionamento entre um homem e uma mulher que lhe era desconhecido e que nunca suspeitara que pudesse ser tã o bom! Mas aquilo era pouco para ela, ou melho era apenas um lado. De que adiantava tudo aquilo sem confianç sem amor?

— Sonhando, Rachel?

Assustou-se ao ouvir a voz provocante de Peter White. Estava tã o distraí da que nem o tinha ouvido entrar.

— Desculpe — falou, sem graç a e juntando os papé is que estavam sobre a mesa. — Estou com uma dor de cabeç a terrí vel. Acho que vou ficar resfriada. http: //www. adororomances. com. br/ 47

Peter observou-a com atenç ã o.

— Você nã o parece doente, mas acho que está um pouco esqu sita... Dá a impressã o de que você nã o pregou o olho a noil toda.

— Você quer falar com o sr. Black? — Rachel perguntou par mudar de assunto. — Ele vai ao tribunal daqui a pouco e nã o st se poderá atendê -lo.

— Preciso trocar algumas ideias com ele sobre o caso dos Simor mas nã o é muito urgente. Posso esperar até amanhã. — Fez um longa pausa, pegou alguns livros que estavam sobre a mesa e Rache ficou imaginando por que ele nã o ia embora.

— Ouvi dizer que você e Sophie tê m saí do com amigos milioná rios, donos de carros carí ssimos. É algum namorado novo dela, o será que o velho Roger foi finalmente jogado para escanteio?

Rachel suspirou.

— As notí cias aqui correm rá pido, nã o é mesmo? É í mpressionante! Tanto blablablá, apenas porque um.. . amigo da famí lia nos deu uma carona — esperava que ele acreditasse na estó ria, ma nã o era muito boa para contar mentiras e sua voz saiu artificia demais.

—Ah! Um amigo da famí lia! — ele repetiu, lanç ando um olha esperto para ela. — Pelo que ouvi dizer, ele é alto, bonitã o e muitc muito rico. Sua famí lia é muito bem relacionada. — Ele parecia divertir-se à s custas dela.

Ela olhou para ele, desanimada.

— Quem lhe contou?

— Nã o posso revelar minhas fontes de informaç õ es. Será que voei nã o consegue adivinhar?

— Ela me prometeu que nã o... — Rachel estava quase expio-dindo de raiva. — Dessa vez, ela foi longe demais.

— Nã o a censure tanto. Fofocar para ela é uma compulsã o, uma coisa que ela nã o pode controlar.

— Que importâ ncia tem isso afinal? Mais dia, menos dia todos acabariam sabendo. — Ela olhou para Peter. — Roger e è u termina-; mos o noivado.

— Por causa do homem do Lamborghini. ..

— Nã o! — Do jeito que ele falou, parecia que ela tinha feito: uma troca de carros: o TR7 de Roger pelo Lamborghini de Alexis., — O que foi que Sophie disse, exatamente?

— Bem, ela me contou confidencialmente.. . — Peter se esforç ava para parecer sé rio. Rachel arregalou os olhos e mal podia esperar que ele terminasse de falar. — Ela disse mais ou menos o mesmo que você.

— Mais nada? — Rachel perguntou, incré dula.

— Só falou que você está caí da pelo outro cara.

— Oh!

— É claro que nã o acreditei nela — apressou-se Peter em completar. — Mas deixe isso de lado. Quem dá importâ ncia ao que Sophie fala? Escute, por que nã o jantamos juntos hoje? Você precisa se distrair. Prometo nã o falar nem em Roger nem no outro homem. Podemos ter uma agradá vel noite juntos, que tal?

Rachel balanç ou a cabeç a.

— Foi por esse motivo que você veio aqui? Para tentar sair comigo? Você sabia que o sr. Black nã o poderia atendê -lo, nã o é mesmo?

— Talvez. http: //www. adororomances. com. br/ 48

— Peter, pensei que já tivesse deixado bem claro que nã o tenho a menor intenç ã o de sair com você.

— É só um jantar, Rachel. Pensei que você gostaria de ter um ombro amigo para chorar. Nã o estou esperando que você caia nos meus braç os — forç ava um tom teatral para brincar com ela. — Bem, a verdade é que eu me importo com você e gostaria de ajudá -la.

Rachel já tinha problemas suficientes para ainda arrumar mais um. Assim mesmo, tentou mostrar-se agradecida.

— Eu nã o posso aceitar seu convite, Peter — ela disse, escolhendo com cuidado as palavras. — Foi muita bondade sua preocupar-se comigo, mas eu estou bem. Verdade! Só preciso de um pou de tempo para superar tudo.

— Você é quem sabe. — Ele estava decepcionado, mas aceitt a recusa sem ficar ofendido, como nas outras vezes. Talvez pensas que, mais cedo ou mais tarde, ela acabaria mudando de ideia. Racr estava machucada demais para acreditar nos bons propó sitos de u homem, principalmente em se tratando de Peter White. Com certez ele tinha achado que a melhor estraté gia seria ficar aguardando. E devia suspeitar que algué m como Alexis Roche nã o perderia mui tempo com uma garota comum como ela, uma secretá ria.

Ainda havia o problema de seu pai para resolver. Havia tentac falar com ele em seu escritó rio, mas o telefone tinha tocado, toca e ningué m atendeu. No apartamento dele, estava apenas a diarist a sra. Webster.

— Seu pai nã o está aqui. Hoje pela manhã quando eu cheguei fui pegar a chave com o zelador, havia um recado. Parece que e precisou viajar a negó cios, mas nã o disse quando pretende voltar

— Ele viajou? — Rachel ficou aturdida. — Viajou para onde?

— O zelador me falou, mas eu nã o entendi direito. Parece qi ele foi para um lugar chamado Golfo. A senhora sabe onde fiei

— Golfo? — Rachel estava a ponto de passar mal. — A senhor quer dizer golfo Pé rsico, sra. Webster?

— Isso eu nã o sei. Acho que ele vai demorar para voltar, porqt parece que levou duas malas com ele. A senhora nã o sabia que se pai ia viajar? — perguntou, curiosa.

— Bem, ele me disse que tinha alguns negó cios para resolvi fora do paí s — Rachel procurou disfarç ar. — Mas nã o sabia qt já tinha ido.

— Que pena! Ele nem se despediu da senhora? — perguntou sra. Webster interessada. Aquela era uma boa fofoca para contar sua filha casada.

— Ele nã o deve ter tido tempo. Obrigada de qualquer forma. E falarei com meu pai quando ele voltar.

Rachel desligou, mas continuou com a mã o sobre o telefone. Era inacreditá vel! Seu pai tinha ido embora sem ao menos falar com ela. Fora para o golfo Pé rsico e nã o lhe disse nada como se fosse apem passar o fim de semana fora. Mas por quê? Por que?

Com certeza, tudo tinha sido preparado por Alexis, Era a ú nica explicaç ã o. Mas por que mandar seu pai para o Oriente Mé dio sem comentar nada com ela? Talvez ele pretendesse lhe contar na noite anterior. Nã o dissera que tinha um assunto a respeito de Charles Fleming para tratar com eí a? O mais difí cil de aceitar era que seu pai tivesse ido embora, deixando nas mã os dela o problema da dí vida. E ele devia saber que seria cobrada.

O telefone tocou e Rachel deu um pulo na cadeira. Era apenas um cliente do sr. Black. http: //www. adororomances. com. br/ 49

A moç a explicou que o patrã o tinha ido até Bow Street e nã o voltaria para o escritó rio.

Por sorte, o sr. Black tinha passado o dia fora. Rachel nã o estava com a cabeç a para se concentrar e, quando ele ficava no escritó rio, o ritmo de trabalho era sempre mais intenso.

Por diversas vezes, viu-se tentada a telefonar para a casa de Alexis, mas resistiu à tentaç ã o. Queria cobrar uma explicaç ã o dele e saber o que tinha acontecido com seu pai. Mas o medo e a humilhaç ã o que ainda sentia impediam-na de tomar uma atitude. Era-lhe impossí vel telefonar. Como poderia pfocurá -lo novamente depois de tudo o que tinha acontecido? Decidiu que nunca mais iria vê -lo, mesmo que isso lhe custasse muito, e se ele tivesse um pingo de decê ncia respeitaria seus sentimentos.

Na hora do almoç o, deixou o escritó rio e tomou um ô nibus para Oxford Street. Nã o tinha vontade de almoç ar e ficou mais de uma hora olhando as vitrinas das lojas que tornavam aquela rua famosa. Comprou um batom e um creme hidratante, voltando em seguida para o escritó rio.

— Um homem veio procurá -la — contou-lhe o zelador assim que a viu entrar no edifí cio. Rachel retesou o corpo. — Um que já esteve aqui uma vez. Como é mesmo o nome dele? Ah, sim, Roche! Um tipo altã o, com cabelo claro, bem vestido. . .

Rachel ficou muda, apertando, nervosa, o pacote com as compras. Por fim, criou coragem e perguntou se ele tinha deixado algum recado.

Ele me pediu que entregasse um bilhete para a senhora.

— O zelador abriu a gaveta da mesa e tirou um papel dobrado.

— Disse alguma coisa sobre o chofer vir buscá -la para o trabalho.

O rosto de Rachel pegava fogo. O bilhete, escrito numa folha de papel timbrado das Companhias Rachid de Petró leo, era simples e nã o poderia ser mais autoritá rio: " Quero vê -la esta noite. Meu chofer irá apanhá -la à s cinco horas".

__ Obrigada. — Guardou o papel no bolso do casaco e subiu

as escadas correndo. Ainda bem que ela nã o estava no escritó rio na hora do almoç o. Alexis nã o tinha o menor respeito por ela, nem a menor preocupaç ã o em ser discreto, o que a tornava alvo de comentá rios maldosos. E ele só conseguiria atirar lenha na fogueira, se continuasse a procurá -la.

Passou a tarde buscando uma saí da, tentando imaginar o que deveria fazer. Tinha certeza que ele ia mandar Hassim para forç á -la a ir, como da outra vez. Alexis agia de uma forma odiosa, manipulando-a como se ela nã o tivesse vontade pró pria, como se fosse um brinquedo. Rachel suspeitava que ele fosse mesmo de Bahdan e talvez lá os costumes fossem diferentes; mas na Inglaterra nã o era assim e ela nã o iria permitir que Alexis a tratasse como uma concubina, uma mulher comprada. Será que ele estava mesmo pensando que iria tê -la sempre que desejasse?

Pensou muito, procurando uma soluç ã o. Depois de hesitar uns pouco, decidiu telefonar para Peter White.

__ Você ainda gostaria de jantar comigo? — ela perguntou, odiando-se por ter que representar aquela farsa.

__ Está falando sé rio? — Peter estava encantado. — Por acaso você está querendo dizer que aceita meu convite?

— Para jantar apenas. Posso confiar em você?

— Você sabe que pode — ele respondeu, alegremente. — A qui horas você costuma sair? À s cinco? http: //www. adororomances. com. br/ 50

— Vamos combinar à s cinco e meia. Pode passar na minha sali que eu estarei pronta. — Hassim nã o iria esperar meia hora por ela Acabaria desistindo e indo embora.

— Está ó timo. Entã o, até mais tarde.

Rachel desligou e procurou nã o pensar que ia sair com um homen casado. Acalmou sua consciê ncia com o pensamento de que, afinal ela nã o tinha nenhum interesse nele e seria apenas um jantar. At que Peter White estaria mais seguro na sua companhia que na d outras mulheres, pois nã o pretendia tirá -lo da esposa. Só queri algué m para sair com ela, pois nã o era prudente ir para sua cas depois do trabalho. Nã o a encontrando no escritó rio, Hassim, cor certeza, iria procurá -la em seu apartamento.

Telefonou para Jane à s cinco horas para avisar que nã o iria direto do escritó rio para casa.

— Vou sair para jantar.

— Com um homem ou uma mulher? — Jane perguntou.

— Um homem. Com um dos advogados daqui — Achou melhor nã o dizer o nome, porque já tinha contado, para a amiga, qual era a fama de Peter. — Nã o é o que você está pensando, somos apenas amigos,

— Você nã o precisa me dar explicaç õ es, Rachel. Eu a verei mais tarde. A que horas você vai voltar?

— Antes das nove, eu estarei em casa. Até logo.

À s cinco e quinze ela começ ou a arrumar suas coisas para sair. Estava passando batom, quando ouviu abrirem a porta.

— Você está adiantado... — ela começ ou a falar, mas sua voz sumiu quando viu quem estava lá - Você! O que está fazendo aqui? Eu pensei que fosse Hassim quem viria me apanhar.

— Como você vê, decidi vir pessoalmente. Espero que tenha gostado da surpresa. — Sorrindo, iró nico, aproximou-se da mesa dela. Rachel percebeu uma certa irritaç ã o em Alexis.

— Faz quinze minutos que estou esperando por você no carro. Por que ainda está no escritó rio? — ele perguntou, impaciente, enquanto a moç a guardava seus objetos na bolsa. — Já sei. Você pensou que Hassim viria buscá -la aqui dentro. Vamos entã o. Onde está seu casaco?

— Eu nã o vou com você. — Rachel estava com medo e deu alguns passou para trá s. — Nã o posso ir com você, porque tenho um compromisso.

— O que você está falando? — perguntou, zangado. Rachel preparou-se para enfrentar a ira dele, mas estava terrivelmente nervosa. — Nã o me diga que Roger voltou! Eu pensei que estivesse livre dele de uma vez por todas.

— Nã o se trata de Roger. É uma outra pessoa. . . uma pessoa do escritó rio. Você poderia sair por favor? Daqui a pouco ele estará aqui. — Tentava aparentar calma e indiferenç a, mas suas mã os estavam ú midas e precisava fazer um grande esforç o para nã o tremer.

— Nó s estamos perdendo tempo, Rachel. Nã o pretendo sair daqui sem você. Vamos! — Alexis ignorava as palavras dela, como se o

fato de ter outros planos nã o significasse nada. O que valia era a vontade dele.

— Como você se atreve?

— O que quer dizer com isso?

— Como você se atreve a me dar ordens, a achar que eu irei corr você, depois de tudo o que aconteceu ontem? http: //www. adororomances. com. br/ 51

— Rachel, eu nã o tenho intenç ã o de discutir aqui com você Pegue seu casaco e venha comigo. — Ela, poré m, nã o saiu do lugar — Nã o me faç a esperar, Rachel. — A voz dele mostrava que querií ser obedecido imediatamente.

— Acho que você nã o escuta muito bem. — Rachel começ ou; arrumar os papé is que havia sobre a mesa e que já estavam mai do que em ordem. Precisava fazer alguma coisa para disfarç ar sei nervosismo e para evitar aqueles olhos que sempre tinham conse guido dobrar a sua vontade.

— Mon Dieu, você acabaria com a paciê ncia de um santo! — el falou irritado e num gesto selvagem atirou a bolsa de Rachel n chã o. — Será que eu fui claro? Você vem comigo. Ou será qu prefere que seu pai sofra as consequê ncias?

A moç a se voltou com raiva para ele e os seus olhos atormentadc mostravam a forç a do seu ressentimento. Alexis á baixou-se pai apanhar os objetos da bolsa de Rachel que tinham se espalhado. D quela vez, foi ele quem desviou os olhos dos dela.

Rachel abaixou-se també m para recolher suas coisas e empurre as mã os dele, desprezando sua ajuda. Alexis segurou seus pulse forç ando-a a aproximar-se.

— Rachel — murmurou. — Eu nã o queria dizer isso, mas você me deixa tã o louco da vida, que me forç a a falar essas coisas. Se que agora você poderia me atender?

— Entã o, eu sou forç ada a ir com você?

— Bon sang, você está sendo convidada a me acompanhar.

— Da mesma forma como você convidou o meu pai a visitar Oriente Mé dio, suponho. — Queria ver a reaç ã o de Alexis. — nem ao menos permitiu que ele falasse comigo antes. — O rosto dí nã o mostrou a menor alteraç ã o; estava totalmente inexpressivo.

— Foi ele quem decidiu assim.

— Eu nã o acredito!

— É um direito seu, mas garanto que é a verdade.

— Mas por que você fez com que ele deixasse o paí s? Para onde você o mandou?

— Podemos falar sobre tudo isso ern minha casa.

— E se eu recusar?

— Nã o recuse.

— Por que você insiste nisso? Por acaso, Mariana ainda nã o foi bem castigada? Ela vai estar lá també m?

Alexis fechou os olhos por um momento.

— Nã o — falou com paciê ncia, encarando-a outra vez. — Mariana nã o vai estar conosco.

— Tem certeza? Seu avô disse.. .

— Meu avô nã o toma decisõ es por mim, E nã o quero saber a opiniã o dele sobre esse caso.

— Nem o que Mariana pensa interessa a você? Ela é sua noiva. Ela era minha noiva, — Era?

— Sim, era. E agora, Rachel, peia ú ltima vez, quer pegar seu casaco e vir comigo?

Rachel aí nda nã o estava convencida e continuou firme em sua posiç ã o.

— Eu nã o quero ir com você. É tã o difí cil entender que a cena de ontem foi muito penosa para mim? Por que nã o podemos conversar aqui mesmo sobre meu pai?

— Nã o podemos porque eu quero fazer amor com você e aqui nã o é um lugar adequado. Apesar do seu comportamento de ontem, eu ainda quero você. Isto responde a sua pergunta? http: //www. adororomances. com. br/ 52

— Você me quer?

— Será que você ainda tem alguma dú vida? O que mais você espera que eu diga, Rachel?

Que você me ama, ela pensou, desorientada, mas em seguida repeliu aquela ideia. Ela nã o amava Alexis que, por sua vez, nã o era capaz de se apaixonar por algué m. O que empurrava para Rachel era uma coisa instintiva, um desejo sexual muito forte e mais nada. Poderia apostar que ele nunca sentira nada maic profundo, nem mesmo por Mariana. O que a ex-noiva poderia ter feito de tã o grave para provocaro forte desejo de vinganç a? Na noite anterior, Rachel nã o pudera emender exatemente o que tinha havido, qual fora o erro de Mariana, mas havia compreendido muito bem que tinha sido usada para castigar a outra. Ela, Rachel, era a principal personagen daquele plano. Mas por que justamente ela?

Algué m abriu a porta e eles foram obrigados a interromper a dis cussã o. Peter entrou na sala e seu ar confiante desapareceu quando viu o outro homem.

— Você está pronta, Rachel? — perguntou, meio sem jeito. Pete nã o era bobo e tinha percebido que estava interrompendo algum; coisa.

Rachel estava parada perto da mesa, fechando a bolsa, sem sabe o que fazer. Ela teria que ir com Alexis, mas que desculpa dari a Peter?

— Quase pronta — respondeu, tentando ganhar tempo para en contrar uma saí da. Alexis colocou a mã o sobre seu ombro par impedi-la de se afastar e tomou a iniciativa de deixar claro, par Peter, que os dois nã o iriam mais jantar juntos.

— Ela, nao está pronta. — Sua voz era educada, mas decidida como se estivesse prevenindo Peter de que seria melhor nã o dii cutir. — Eu lamento, mas Rachel nã o vai poder sair com você. El se esqueceu de outro compromisso, que já tinha sido marcado h mais tempo.

— isso é verdade, Rachel? — Peter perguntou. A moç a fico vermelha, embaraç ada, sem saber o que dizer. Gostaria de negar a palavras de Alexis, mas a mã o dele sobre seu ombro era ameaç adon

— Bem, realmente Peter. Sinto muito, mas eu me esqueci complt tamente. . . Nã o sei o que dizer — ela falou com sinceridade.

— Está tudo bem, Rachel? — Peter olhou, cheio de dú vida, pai Alexis. — Você está com algum problema? — perguntou, dí rigind se. para ela.

— Nã o há nenhum problema — Alexis respondeu educado, mi Peter nã o parecia convencido.

— Agora mesmo, você disse que estava quase pronta — ele faloi devagar. — Depois, pareceu mudar de ideia. Você quer realmente sa com esse homem?

— Bem, eu. . .

— Talvez fosse melhor você sair e nos deixar sozinhos — Alexis, disse com frieza. — Acredite-me, será melhor para todos. — Sua voz estava normal, mas havia uma clara ameaç a nela.

Rachel percebeu que precisava fazer alguma coisa. Alexis era mais forte que o outro e, alé m disso, Hassim poderia estar por perto para qualquer eventualidade. Nã o seria justo envolver Peter numa situaç ã o daquelas.

— Pode ficar descansado, Peter. — Procurou falar o mais normalmente possí vel. — Está tudo bera. Sinto muito por todo esse mal-entendido. Talvez possamos ir jantar numa outra noite.

— Se você quer assim... — Peter nã o tinha vontade nenhuma de provocar uma http: //www. adororomances. com. br/ 53

briga com Alexis, pois sabia que seria um adversá rio terrí vel. Assim, achou melhor nã o se envolver mais naquele assunto. — Entã o, até amanhã. Boa noite, Rachel.

— Boa noite, — Ela ficou no mesmo lugar até que Peter saí sse. Voltou-se entã o para Alexis, explodindo de raiva.

— Como você pode fazer isso? Fui humilhada diante dele. Por favor, esqueç a que eu existo. Deixe-me e. m paz. Eu odeio você, odeio você!

— Acho que você vai ter que aprender a conviver com esse sentimento, pelo menos nas pró ximas duas semanas. Preciso voltar para Bahdan e você vai comigo. Pretendo mostrar a meu avô que eu estava falando sé rio.



  

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