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CAPÍTULO 2



Rachel olhou preocupada para a amiga e viu a curiosidade estampada em seu rosto. Sophie nã o era uma pessoa discreta. Pelo contrá rio, estava sempre espalhando novidades e fazendo comentá rios maliciosos sobre todos os funcioná rios. Embora fossem amigas, Rachel sabia que nã o escaparia da lí ngua ferina de Sophie. No dia seguinte, todos estariam sabendo que um atraente desconhecido estivera no escritó rio.

Precisava fazer alguma coisa. Rachel levantou-se e procurou falar da forma mais impessoal possí vel.

— Posso ajudá -lo em alguma coisa? — Será que ele perceberia o seu desejo de nã o revelar à amiga que eles já se conheciam? Afinal, o que eí e fazia lá? Como conseguira encontrá -la em tã o pouco tempo?

— Espero que sim. — Seus olhos cinzentos continuavam fixos no rosto dela, que ficava cada vez mais confusa. Como aquele olhar podia ser desconcertante e que http: //www. adororomances. com. br/ 6

poder tinha de perturbá -ia! — Meu nome é Alexis Roche — falou, com ligeiro sotaque. — E, como você pode ver, estou completamente só brio.

— Eu... bem, sr. Roche. O que podemos fazer pelo senhor?

— Telefonei pela manhã e você nã o quis atender. Decidi, entã o, vir pessoalmente.

— Como chegou até aqui? — Rachel perguntou, sentindo as mã os ú midas e tré mulas.

— Foi fá cil — respondeu com seguranç a. — Perguntei ao zelador onde poderia achá -la e entrei pela porta, como todo mundo.

Rachel estava cada vez mais nervosa. Sophie nã o perdia uma palavra da conversa e eí a nã o queria que a amiga interpretasse mal aquela situaç ã o.

— Bem, agora chega de explicaç õ es. — Alexis Roche parecia já siar um pouco impaciente. — Nã o vim aqui apenas para ver onde você trabalha, mas para convidá -la para almoç ar.

A exclamaç ã o espantada de Sophie deixou Rachel irritada. Que ilireito aquele homem tinha de agir como se os dois fossem velhos amigos? Será que acreditava que aceitaria sua companhia só porque se apresentara? Ele nã o sabia nada sobre ela. E se fosse casada? Pensando assim, Rachel colocou a mã o sobre a mesa para que seu anel de noivado ficasse bem visí vel.

— Sinto muito. Meu noivo poderia nã o gostar se eu aceitasse seu convite.

— Nã o convidei seu noivo, apenas você — falou, com um sorriso cí nico. — Gostaria de lhe agradecer melhor que na noite passada.

Ela pensou que fosse morrer de vergonha. No dia seguinte, todo mundo estaria comentando aquela conversa. Tinha a impressã o de que Alexis estava agindo daquela maneira de propó sito. Como a melhor forma de defesa é o ataque, Rachel voltou-se para a amiga, com um sorriso frio, explicou o significado das palavras dele.

— O sr. Roche e eu nos conhecemos ontem à noite, quando eu saí a do apartamento de Roger. Ele nã o se sentia bem e me ofereci para ajudá -lo.

— Verdade? Que excitante! — Sophie se levantou, de olhos fixos cm Alexis. — O senhor mora em Londres, sr. Roche?

Eí e nã o parecia ter notado a presenç a da moç a até entã o. Educadamente, voltou-se para Sophie.

— No momento, sim — falou, sem entrar em detalhes. — Você se importaria de nos deixar a só s? Gostaria de ter uma conversa particular com sua amiga.

— É claro que nã o me importo! — concordou Sophie, apesar dos protestos de Rachel. Despediu-se e deixou a sala, com evidente pesar.

— Quer fazer o favor de ir embora? — Rachel estava tã o furiosa que seria capaz de agredi-lo. — Meu patrã o vai chegar logo. e ele nã o gosta que se receba aqui pessoas que nã o estejam ligadas ao escritó rio.

Ele nã o se moveu. Ficou parado, olhando em volta, com ar crí tico.

— Duvido que você gostasse de receber algum amigo nesta sala. Está bem suja, nã o é?

— Isto nao é sujeira. — Procurava manter a calma. — É poeira. Escritó rios de advogados sã o assim mesmo. Há muitos documentos e papé is arquivados, alguns há muitos anos; quando é necessá rio consultá -los, a poeira que se desprende deles fica nos mó veis. Para nó s o importante é saber onde estã o as anotaç õ es quando precisamos delas.

— Você s nunca ouviram Caiar em microcomputadores? — ele perguntou, divertido. http: //www. adororomances. com. br/ 7

— Este é um escritó rio antigo e de tradiç ã o. Talvez nossos clientes nã o queiram ter seus problemas registrados na memó ria de um computador. Agora, se me dá licenç a. .

— Nã o pretendo sair sem convencê -la a almoç ar comigo.

— Sr. Roche. . .

— Me chame de Alex.

— Sr. Roche, o senhor nã o percebe que está se tornando inconveniente? Já conseguiu me colocar numa situaç ã o bastante embaraç osa. Se nã o sair por bem, vou ter que chamar uma pessoa para levá -lo para fora.

Com urn suspiro resignado, Alexis colocou as mã os dentro dos bolsos de sua jaqueta e ficou parado, olhando para ela. Rachel estava confusa. Afinal, de onde vinha aquele homem? Falava com sotaque francê s, mas nã o parecia ser da Franç a. E por que insistia tanto em sair com ela? Parecia ser do tipo de pessoa que jamais aceita um nã o. Observando a aparê ncia dele, o magnetismo de seus olhos cinzentos, Rachel imaginou que. com certeza, poucas mulheres teriam vontade de recusar um convite dele.

Interrompeu seus pensamentos, consciente de que ele a olhava, como se estudasse sua fisionomia. Felizmente, nã o podia ler sua mente. Se pudesse, veria que o autodomí nio dela era apenas aparente.

— Por que nã o quer almoç ar comigo? Será que já almoç ou e. . .

— Nã o costumo almoç ar com estranhos. Saí a, por favor.

— Mas já nã o sou um estranho. Já lhe disse meu nome e se você quiser posso lhe contar alguma coisa sobre minha famí lia. Meu avô possui terras em Bahdan e meu pai...

— Nã o estou interessada em sua famí lia — Rachel falou impaciente, embora sua curiosidade tivesse aumentado! Bahdan. Já ouvira aquele nome. Era um pequeno paí s situado no Oriente Mé dio. As terras do avô de Alexis Roche deviam ter petró leo.

Mas isso nã o era de sua conta. Com determinaç ã o, abriu a porta.

— Até logo, sr. Roche.

Ele franziu as sobrancelhas e com uma expressã o sombria dirigiu-se para a porta. No entanto, antes de sair, parou ao lado de Rachel, i. io pró ximo que ela pô de sentir o calor de seu corpo e a suave fragrâ ncia que o envolvia.

— Ainda vamos nos encontrar — ele falou. Seu olhar, sua voz, n misté rio que parecia envolvê -lo exerciam forte poder de seduç ã o sobre Rachel. Só quando ele foi embora é que a moç a se sentiu em seguranç a.

O sr, Black voltou no meio da tarde e o trabalho absorveu a atenç ã o de Rachel o resto do dia. Sophie nã o apareceu, o que foi um alí vio. Conhecia bem a amiga e sabia que passaria por um verdadeiro interrogató rio quando se encontrassem. Quanto mais tarde checasse a hora das explicaç õ es, melhor.

Ao deixar o escritó rio estava um pouco apreensiva, mas ningué m esperava por ela. Tomou o ô nigus com tranquilidade e seu pensamento era para Roger. Será que telefonara para o apartamento dela?

Quando chegou, Jane lhe disse que ele nã o havia ligado. Assim mesmo, decidiu tomar um banho e arrumar-se, pois tinha certeza de que seu noivo ia aparecer. Rachel o conhecia bem e sabia que ele era muito formal e educado. Jamais deixaria os amigos, http: //www. adororomances. com. br/ 8

com quem cies tinham combinado jantar, esperando.

Enquanto tomava banho, Rachel repassava na mente os acontecimentos daquele dia. Talvez tivesse sido rude demais com Alexis Roche. Era bem possí vel que ele quisesse apenas lhe agradecer. Já recebera outros convites para almoç ar e nunca tinha respondido de forma tã o agressiva. Reconheceu que, no fundo, estava com medo cie se envolver, de nã o resistir ao seu fascí nio e ele nã o tinha culpa disso. A campainha tocou e ela ouviu a voz de Roger que cumprimentava fane.

Ao entrar na sala, Rachel notou como ele era pá lido em comparaç ã o a Alexis. Parecia nervoso, o que foi uma surpresa para ela. Roger era uma pessoa cheia de confianç a em si mesmo e vê -lo tã o embg-raç ado era realmente uma novidade.

— Olá, Ray — ele falou, segurando a mã o dela.

— Como vai, Roger — Rachel respondeu enquanto Jane dirigiu-se para a cozinha.

— Sinto muito por ontem à noite. Passei o dia inteiro imaginando se você seria capaz de me perdoar. Agi como um idiota, nã o é?

Entã o por que nã o havia telefonado?, ela pensou. Quando ele a beijou com carinho, Rachel correspondeu sem pensar em mais nada. Era um verdadeiro bá lsamo depois de um dia tã o agitado. Passou os braç os em volta do pescoç o dele e aproximou os lá bios, convida-livamente, esperando que ele a beijasse outra vez. Roger, poré m, afastou-a.

— Jane pode aparecer — ele disse.

— Ela está lá dentro ocupada — Rachel respondeu, impaciente.

— Laura e Steve estã o à nossa espera. — Ele arrumou a gravata e o casaco. — Podemos conversar mais tarde.

Como seria bom se o noivo nã o desse tanta importâ ncia à opiniã o dos outros. Ele era muito convencional, meio antiquado, até mesmo no que se referia ao relacionamento dos dois: ele nunca permitira que a intimidade entre eles ultrapassasse certos limites. Nunca tinham dormido juntos.

Embora os amigos fossem simpá ticos e a noite estivesse agradá vel, Rachel nã o conseguia se relaxar e se divertir. Preferiria estar sozinha com Roger, pois tinham assuntos importantes para discutir.

No caminho para casa, ela resolveu tocar no assunto.

— Nã o podemos adiar uma conversa sé ria sobre nosso casamento, Roger.

— També m acho. Entã o era por isso que você estava tã o quieta a noite toda? Gostaria que você nã o envolvesse outras pessoas nos nossos problemas.

— Envolver outras pessoas? O que você quer dizer?

— Rachel, ontem à noite você saiu do meu apartamento sem ao menos se despedir dos convidados. Hoje, você fez de tudo para que se sentissem pouco à vontade.

— Está falando sé rio?

— Você mal abriu a boca!

Steve e você estavam conversando. Eu fiquei ouvindo.

Está vamos falando de negó cios. Você podia conversar com Laura. O nosso assunto nã o tinha nenhum interesse para você.

— Como nã o? Espero que você fale sobre seu trabalho comigo quando casarmos. Como você faz com sua mã e.

— Isso é diferente. Eu e minha mã r somos só cios.

— Sobre o que você queria que eu conversasse com Laura? Sobre crianç as e tarefas domé sticas? http: //www. adororomances. com. br/ 9

— Nã o é sobre isso que as mulheres costumam conversar?

— Nã o! — Rachel esforç ou-se para nã o perder o controle. — Hoje dia as mulheres falam de tudo. Alé m disso, assuntos domé sticos nã o sã o o meu forte.

— Você poderia aprender muito com Laura.

— Laura Curtis é uma pessoa fora do tempo. Só se interessa pelo marido e pelo bebê que está esperando.

— Verdade? — Roger nã o queria ceder. — O que há de errado?

Rachel procurou acalmar-se.

— Você sempre disse que nã o queria ter filhos. Pelo menos, por quanto.

— E nã o quero. Mas isso nã o quer dizer que você nã o deva se eressar pelo assunto.

— Mais do que me interessei seria impossí vel.

— Vamos deixar isso de lado, Rachel — falou Roger, mais calmo. A verdade é que nã o é esse o motivo do nosso desentendimento.

tamos nos desviando do assunto principal.

— Tem razã o. — Ela respirou fundo. — Você decidiu alguma coisa sobre os preparativos para o casamento?

Roger estacionou o carro em frente ao edifí cio de Rachel.

— Eu é que deveria perguntar. Gostaria que você considerasse oferta de minha mã e.

—Já considerei. — Rachel procurava convencê -lo. — Querido, você nã o entende que eu nã o quero que sua mã e interfira numa coisa que cabe a nó s dois resolver?

— Ela só quer ajudá -la. Nó s trabalhamos e nã o temos muito tempo. Mamã e poderia providenciar uma excelente recepç ã o, vestidos lindos para você e as damas de honra..

— Eu só quero urna dama de honra: Jane.

— Jane? — ele riu, com desprezo. — Ela já tem quase trinta mó s! Você acha que ainda pode desempenhar esse papel?

— É claro que pode — Rachel respondeu, com firmeza. — Ela é minha melhor amiga. Quem você queria que eu convidasse?

— Minha mã e sugeriu seis meninas: as filhas dos Stuart e as dos Watson. Elas sã o muito bonitinhas.

— Roger, casamento é uma coisa sé ria! Nã o quero me lembrar do nosso apenas pela recepç ã o, pelas roupas maravilhosas, etc. Minha posiç ã o neste assunto já está definida: nó s decidimos o que vai ser feito e papai pagará todas as despesas com prazer.

— Pelo visto, vai ser difí cil chegarmos a um acordo — Roger falou irritado. — Você nã o é uma pessoa razoá vel. Ela desceu do carro e fechou a porta.

— Nã o precisa descer. Nã o há clima para continuarmos essa conversa hoje,

— Mas. Rachel — ele gritou pela janela. — Venha cá. Nó s nem nos despedimos.

— Telefone amanhã se quiser. — Enquanto se dirigia para a porta, ouviu o carro que se afastava a toda velocidade.

O trabalho no escritó rio no dia seguinte nã o ajudou a melhorar o espí rito de Rachel. O sr. Black estava de pé ssimo humor e, como se isso nã o bastasse, Peter White apareceu, na hora do almoç o. Sem cerimó nia, sentou-se sobre a mesa da moç a.

— É graç as a você que Sophie tem me evitado? — perguntou, aproximando seu rosto dos cabelos dela.

— Sophie nã o veio trabalhar. Está doente — respondeu de um jeito seco, afastando-se dele. — O senhor deseja mais alguma coisa?

— Que recepç ã o gelada, minha querida. Tenho pena do coitado que vai se casar com http: //www. adororomances. com. br/ 10

você. — E, sarcá stico, continuou: — Ele sabe a mulher fria que você. é? Talvez nã o se importe. Ouvi dizer que é muito apegado à mamã e.

Rachel levantou-se indignada e seus olhos azuis faiscavam ao encará -lo. O sr. White ficou constrangido, diante da reaç ã o dela,

— Calma, nã o está mais aqui quem falou — murmurou. — Mas você me tira do sé rio, sabia? Eu nem olharia para outras moç as se você aceitasse sair comigo.

— O senhor é casado e eu sou noiva, sr. White. Nã o adianta insistir.

— Isso eu nã o posso prometer — ele falou, enquanto saí a.

Mal Rachel recomeç ou a trabalhar e o zelador entrou, carregando uma grande caixa branca. Será que nã o iriam deixá -la trabalhar?

— É para a senhora. Acho que sã o flores.

Ela olhou espantada. Embora sempre tivesse tido seus admiradores desde a adolescê ncia, nã o estava habituada à quele tipo de atenç ã o.

Desatou o laç o de fita que envolvia a caixa e abriu-a com ansiedad Estava repleta de rosas, lindas rosas brancas que pareciam ter sii colhidas há pouco.

— Devem ter custado um bom dinheiro — disse o zelador. -Rosas em fevereiro! Deve haver mais de uma dú zia aí.

Rachel procurou um cartã o, mas nã o encontrou. Com certeza, Rog as mandara. Nã o havia necessidade de cartã o, pois as flores em traziam uma mensagem e a moç a pensou compreender seu s nif iç ado.

Telefonou para o noivo, mas ele nã o parecia disposto a convers.

— Rachel, estou com um cliente. Podemos conversar à noite?

— Claro que sim. — Ficou desapontada por nã o poder dizer cor gostara da surpresa. — Só queria lhe agradecer. Adorei.

— Adorou o quê? — Ele parecia impaciente.

— As rosas. Obrigada por mandá -las. Foi uma lembranç a mai vilhosa.

— Um momento. De que você está falando? Nã o lhe mandei rosas. Devem ser para outra pessoa.

Quem as teria mandado entã o? Apesar de demonstrar certo in resse por ela, Peter White nã o gastaria tanto dinheiro para impress ná -la. Quem gastaria tanto como se fosse uma coisa insignificant A resposta parecia ser uma só: uma pessoa que usava reló gio Carti roupas italianas, andava em carro importado e parecia nã o acr nada de mais nisso.

— Mais alguma coisa, Rachel?

A voz de Roger trouxe-a para a realidade,

— Sinto muito tê -lo incomodado —- falou com tristeza. — Até Iogo.

— Nã o se esqueç a de que eu a espero em meu apartamento noite. O encontro com os Randal! está marcado desde a sema passada. Seria embaraç oso cancelá -lo agora. Até logo.

Na hora da saí da Rachel perguntou ao zelador quem deixara rosas. Ele tinha certeza de que eram para ela.

— Um homem com uniforme de chofer deixou estas flores para Rachel Fleming. A senhora é a ú nica pessoa aqui com esse nome.

— Tudo bem. Obrigada. — Dirigiu-se para o ponto de ô nit levando as rosas. Talvez nã o devesse ter ficado com elas. Mas eram tã o lindas! E morreriam se ficassem naquele escritó rio abafado.

A caixa era grande e Rachel parou para ajeitá -la melhor. Era difí cil. http: //www. adororomances. com. br/ 11

— Elas vã o morrer.

— Como todos nó s um dia. Mas está chovendo e nã o quero retê -la mais.

Rachel hesitou.

— As rosas. . . Você nã o vai deixá -las aí, nã o é?

— Elas nã o significam nada.

— Por favor.

— Proponho uma troca. Hassim pega as flores se você permitir que eu a leve para casa.

— Você fala sé rio?

— Terrivelmente sé rio — falou zombeteiro.

— Por que você quer me levar? Nó s mal nos conhecemos.

— O que pode ser remediado. . . — Seu olhar era sé rio e ao mesmo tempo significativo.

— Você nã o pode! Nó s nã o podemos! — Ela estava nervosa, os lá bios secos. — Por que está fazendo isto?

— Queria vê -la outra vez. Entã o, o que você resolve?

— Bem. . . — Rachel olhou para as rosas e depois para ele. De repente, veio-lhe à lembranç a a voz de Roger ao telefone, sua impaciê ncia e arrogâ ncia em achar que as flores deveriam ser para outra pessoa. — Está bem, você pode me acompanhar — falou decidida. As flores nã o tinham tanta importâ ncia. O que ela queria mesmo era fazer alguma coisa que irritasse Roger se ele descobrisse. Procurou nã o pensar, poré m, nos outros motivos que a levaram a aceitar a carona.

Entraram no carro e Alexis deu ao chofer o endereç o de Rachel.

— Como descobriu meu endereç o? O nosso telefone está no nome de Jane, a amiga que divide o apartamento comigo.

— Descobri onde você mora atravé s do nú mero da placa do seu carro. Nã o é difí cil conseguir este tipo de informaç ã o quando se conhece as pessoas certas. Como vê, eu nã o estava bê bado naquela noite. — E dirigindo-se ao chofer: — Hassim, podemos ir.

— O nome dele é á rabe?

— Ele nasceu em Bahdan. Seu pai foi guarda-costas do meu avô.

Rachel se esforç ou para nã o fazer mais perguntas, embora estivesse rnuií o curiosa. Dificilmente ficaria sabendo mais detalhes, pois, com certeza, nã o tornaria a vê -lo, Alexis Roche nã o era do tipo de homem que perde tempo com uma garota indiferente ao seu charme.

— Gostaria de jantar comigo?

— Jantar com você? — perguntou surpresa.

— Sim, esta noite, em minha casa. Meu chef ê muito efici

— Deve ser mesmo. Mas está fora de questã o, pois vou j; com meu noivo.

— Amanhã, entã o. Hassim pode apanhá -la à s sete. — Nã o pa haver obstá culo aos desejos dele.

— Você nã o compreende. — Aquilo parecia tã o irreal! — estou noiva e nã o costumo fazer esse tipo de coisa.

— Que tipo de coisa? — Mesmo na penumbra do carro, ela ver o brilho de seus olhos.

— Sair com outros homens. Isso nã o seria correto.

— Mesmo que você quisesse sair? — Alexis perguntou, suavidade.

— Eu nã o posso. . . nã o devo. Oh! Chegamos! Esta é minha Até logo! http: //www. adororomances. com. br/ 12

Hassim saiu do carro e com o boné na mã o, abriu a porta. Rachel ainda tremia quando entrou no apartamento.

No domingo de manhã o pai de Rachel telefonou.

— Gostaria de almoç ar comigo? — perguntou ele. Rachel aceitou com prazer. Jane ia passar o dia fora e ela nã o queria ficar sozi no estado de espí rito em que se encontrava.

Foram a Windsor e almoç aram em um hotel à s margens de um Quando terminaram o almoç o, Charles Fleming revelou o me de seu convite.

— Como vai seu noivo?

— Bem. — Ficou surpresa com a pergunta, pois Roger e seu nã o se davam muito bem. — Estamos tendo uns probleminhas relaç ã o aos preparativos para o casamento. A mã e de Roger in em se encarregar de tudo. Mas eu disse a eles que você e eu pode tomar todas as providê ncias.

— Você quer dizer que nó s podemos pagar, nã o é isso?

— Bem. . . sim. Você nã o concorda? Charles encheu de vinho seu copo.

—- Minha querida, acho que nã o seria má ideia fazer o qu sra. Harrington deseja.

— Como? Nã o estou entendendo.

— As coisas estã o meio difí ceis neste momento, Rachel. Com a recessã o...

— Você quer dizer que nã o poderia pagar as despesas? — Nã o conseguia disfarç ar a surpresa.

— Nã o me olhe assim. Nã o tenho culpa se alguns investimentos nã o deram certo.

— Você está em dificuldades? — Rachel esforç ou-se para nã o mostrar como estava chocada.

— Por pouco tempo. Para falar a verdade, queria que você me emprestasse algum dinheiro.

— Papai. . .

— Você confia em mim, nã o é? Estou fechando um negó cio. Devolverei seu dinheiro o mais breve possí vel.

— Está bem, papai. Quanto você quer?

— Quinhentas libras. Rachel suspirou.

— A gente se encontra amanhã e eu lhe entrego o dinheiro. Entã o, era aquele o motivo pelo qual seu pai a convidara para

sair. Deprimida, pagou a conta e deixou o restaurante com ele.

Nos dias que se seguiram, ao deixar o escritó rio, Rachel ficava apreensiva. Alexis Roche nã o parecia ser do tipo de homem que desiste fá cil de uma idé ia. Mas nada aconteceu.

Na quinta-feira, quando ela estava saindo para o almoç o, Roger telefonou.

— Rachel, fomos convidados para um desfile de modas no Metropolitan Hotel. Haverá uma recepç ã o antes. Gostaria que você estivesse pronta à s sete horas.

— Esta noite? — ela perguntou, desanimada. — Mas nã o í amos nos ver hoje e combinei ir ao cinema com Jane.

— Você s podem ir outro dia. Será uma recepç ã o muito especial, com exposiç ã o de roupas para a pró xima estaç ã o. Compradores de toda a Europa estarã o lá.

— Justamente por se tratar de negó cios, preferiria nã o ir. ..

— Mas o convite é para nó s dois.

— Leve a sua mã e no meu lugar.

— Rachel! — Era evidente que ele estava zangado. — Seria tã o difí cil você me http: //www. adororomances. com. br/ 13

atender?

— Está bem, Roger. Se é tã o importante pava você. . .

— Você é um anjo. Passarei à s sete no seu apartamento. Enquanto se vestia para a recepç ã o, Rachel lamentava ter deixado Roger convencê -la a ir. Nã o estava a fim de encontrar pessoas e impressionar os clientes do noivo. Na verdade, nã o estava com vontade de ver nem Roger aquela noite. Nos ú ltimos dias, tinham evitado falar sobre o casamento, mas o mal-estar da ú ltima discussã o tinha se dissipado totalmente. Teria sido melhor ir ao cinema com Jane, a quem Rachel considerava como boa amiga e a ú nica pe que nã o lhe fazia exigê ncias. Seu pai, quando a procurava, tivera sempre algum motivo oculto: geralmente precisava de sua companhia para um jantar ou recepç ã o e na ú ltima vez em que se encontraram surpreendera-a com aquele pedido de dinheiro. Roger, por sua vez, esquecia facilmente dos desentendimentos se precisasse presenç a dela em alguma reuniã o social ou para distrair um cliente que estivesse na cidade com a mulher.

— Você deve estar chateada comigo — Rachel falou, enquanto penteava os cabelos. — Preferia ir assistir Le Trois com você que ir a essa recepç ã o.

— Pelo que tenho percebido, você e Roger já tê m discutido Eante e nã o quero dar motivos para mais brigas. Alé m disso, recepç ã o é muito importante para ele, nã o é?

— Foi o que ele disse, embora eu nã o entenda por quê. As de Roger nã o trabalham com o tipo de roupa que será apresentada hoje.

— Mesmo assim, é melhor você ir. Podemos ir ao cinema o dia. E nã o fique com essa cara ou seu noivo vai pensar que arranjou outro homem.

Rachel virou-se para o armá rio, procurando um casaco. Nã o queria que Jane visse o efeito que suas palavras tinham causado nela. Al nã o a procurara mais e essa desistê ncia tinha-a deixado surpresa. Mas fora melhor assim. Com certeza, ele havia se convencido de nã o existia a menor possibilidade de um relacionamento entre eles. Rachel sabia que o nervosismo que sentia desde que o conhecera estava afetando seu noivado e nã o podia deixar que isso acontece

Aquele nã o era, poré m, o ú nico motivo de sua ansiedade. verdade, estava cansada de competir com a mã e de Roger pela atenç ã o do filho e desencantada pela indecisã o do noivo em apoii Noivados longos eram sempre problemá ticos.

Aquela noite seria diferente, pois ia dizer a Roger que a mae de! e poderia tomar todas as providê ncias para o casamento. Que importâ ncia tinha aquilo afinal? O que interessava era que apó s a cerimó nia eles estariam juntos para o resto de suas vidas.

A campainha tocou e ela se preparou para receber Roger com mais entusiasmo que nos ú ltimos dias.



  

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