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CAPÍTULO VII



Durante toda a manhã, Rachel esperou que seu pai ligasse, mas o telefone do escritó rio permaneceu silencioso. O sr. Black també m estava esperando uma chamada importante, de um cliente, e a todo momento perguntava se nã o havia algum recado.

— Você nã o deixou o escritó rio nem por um momento, Rachel?

— Nã o, senhor. — O sr. Black parecia tã o impaciente quanto ela.

Durante a hora do almoç o, tentou ler uma revista que Sophie lhe trouxera, mas nã o conseguiu prestar atenç ã o. Temia que seu pai procurasse Alexis, como tinha feito com Roger, e esse pensamento a impedia de se concentrar em qualquer coisa.

No fim do expediente, deixou o escritó rio na companhia de Sophie e as duas se dirigiram ao ponto de ô nibus.

— Você nã o está usando sua alianç a — a amiga falou, com sua habitual falta de tato. — Na hora do almoç o já havia reparado que você estava sem ela e como você nã o disse nada imaginei que a tivesse esquecido em casa. — Fez uma pausa, mas Rachel permaneceu em silê ncio. — Aconteceu alguma coisa?

— Nã o, eu nã o a esqueci. Roger e eu desmanchamos o noivado e, se você nã o se importa, preferiria nã o falar sobre isso.

— É claro, Rachel. — A curiosidade desapareceu do rosto dela dando lugar a uma exagerada piedade. — Sinto muito mesmo! Nã o queria ser indiscreta.

Rachel sabia que o que a amiga queria era justamente bisbilhotar, mas nã o disse nada. Aquele era o jeito dè Sophie e ela nã o fazia por mal. Nã o seria justo descarregar na amiga todo o nervosismo que estava sentindo.

— Tudo bem, Sophie. — Procurou ser mais gentil do que antes. Olhe, nã o é o seu ô nibus?

— É, sim. — Mas Sophie nã o fez sinal para que ele parasse. — Hoje eu vou com você, pois tenho que visitar uma tia que mora perto do seu apartamento.

Rachel recebeu a notí cia sem muito entusiasmo, pois no caminho Sophie com certeza ia crivá -la de novas perguntas. Outro ô nibus virou a esquina e Rachel desejou que nã o fosse o delas. No meio iIí í s pessoas no ponto, ficava mais difí cil conversar e ela poderia ter um pouco de paz.

Um carro veio andando devagar pela rua e estacionou em frente; io ponto. Rachel reconheceu-o imediatamente.

— Quer uma carona? — Alexis perguntou sorrindo. Ela nã o sabia o que dizer, indecisa.

— Aceite — Sophie disse, lanç ando um olhar de admiraç ã o para aquele belo carro esporte. — A gente se vê amanhã. Garota de sorte!

— Você levaria minha amiga també m? — O carro estava interrompendo o trâ nsito e Alexis teria que atendê -la, para sair rá pido

— Se você quiser. . . — Nã o demonstrou nenhum entusiasmo. I'lixou o banco da frente para que Sophie pudesse sentar-se atrá s, mas Rachel rapidamente passou na frente da amiga.

— Eu vou atrá s — ela falou.

— É muita gentileza sua — Sophie disse, encabulada.

— Eu poderia ter tomado o ô nibus, como sempre.

— Nã o tem problema — Alexis respondeu. — Só me diga onde você mora e eu a levarei primeiro.

Atravé s do espelho, o olhar dele encontrou o de Rachel, que pensou ver uma http: //www. adororomances. com. br/ 30

expressã o estranha nele. Seria imaginaç ã o? Voltou-se para. janeí a, nervosa só de pensar na possibilidade de seu pai. . . nã o! le nã o faria isso.

— Você trabalha para Hector, Hollis e Black, nã o é? Tenho a impressã o de que já a vi unia vez na sala de Rachel. Você é secre-lá ria també m?

— Infelizmente, nã o. Sou apenas uma das datiló grafas e fico à disposiç ã o dos advogados.

— Garanto que eles devem gostar muito desse arranjo — ele falou,

lanç ando um rá pido olhar para o rosto dela. Sophie ficou vermelha de satisfaç ã o.

Rachel irrí tou-se com o efeito que ele estava causando sobre a amiga, que parecia deslumbrada. A reaç ã o de Sophie era justificá vel, pois andar em um carro daqueles e receber elogios de um homem tã o fascinante nã o fazia parte de sua rotina. Alé m disso, como Rachel reconheceu, Alexis estava especialmente atraente naquele dia.

— Se você quiser, pode me deixar por ú ltimo — ela disse, sorrindo para ele. — A casa de minha tia fica quatro quarteirõ es depois do apartamento de Rachel.

Rachel nã o pô de evitar o ciú me que aquelas palavras lhe provocaram, nem a indignaç ã o com a resposta de Alexis.

— Como você está sentada na frente, é mais fá cil deixá -la primeiro — ele respondeu, sem dar atenç ã o aos protestos de Sophie. — Alé m disso, quero falar a só s com Rachel.

— Verdade? Que moç a de sorte! — ela falou, com malí cia.

— Talvez ela nã o concorde com você. — Mais uma vez procurou os olhos de Rachel atravé s do espelho. — Mas isso nã o tem impor- j tâ ncí a.

Quando deixaram Sophie, Rachel passou para o banco da frente. Se continuasse atrá s, com certeza a imaginaç ã o da outra iria mais longe ainda.

— Você poderia me levar para casa agora? Eu tenho um compromisso.

— Verdade? Com Roger ou com seu pai?

— O que você sabe sobre meu pai?

— Você nos apresentou sá bado, já esqueceu? Por quê? O que eu, deveria saber sobre ele?

— Ele nã o entrou em contato com você, nã o é? — ela perguntou, j tremendo.

— Por que ele me procuraria?

— Pare de me responder com perguntas.

— Seu pai nã o me procurou. Por que o faria? E, agora, você l poderia me dizer com quem vai sair à noite?

— Com Jane. Nó s vamos ao cinema. — Estava tã o aliviada que nem reparou que estava dando explicaç õ es a ele.

— Que filme você s vã o assistir?

— Um filme francê s. Les trois.

Fora para aquilo que ele a procurara? Para falar dè cinema? Virou-se para a janela, pois nã o estava com vontade de conversar. Só entã o percebeu que nã o estavam indo para a casa dela.

— Aonde você está indo? — ela perguntou, zangada.

— Para o mesmo lugar para onde pretendia ir antes que você oferecesse meus serviç os de chofer, tã o gentilmente. Estamos í ndo para a minha casa.

— Eu nã o vou para lá — ela respondeu, olhando para Alexis.

— Acho que vai, sim — ele falou, sem desviar a atenç ã o do trâ nsito. — Já disse que quero conversar com você. E é sobre o seu pai. Isto a convence a vir comigo? http: //www. adororomances. com. br/ 31

— Eu sabia que ele tinha procurado você.

— Nã o, nã o procurou.

— Mas você disse. ..

— Eu apenas disse que quero falar com você sobre seu pai e ponto final. — A voz dele era decidida.

Ela apertava as mã os nervosa.

— Meu pai confundiu você com outra pessoa naquele dia. Ele nos viu juntos e. . .

— Pensou que eu estivesse molestando você. Seu pai, pelo visto, conhece pessoas bem agradá veis. . .

— Você deve estar se perguntando por que eu achei que meu pai o procuraria.

— Já faç o uma ideia do motivo. Olhe, vamos deixar para discutir isso em minha casa, está bem?

Rachel recostou-se no banco, furiosa, Se ele tivesse avisado que era isso o que pretendia, teria recusado a carona. Como ele podia agir de fornia tã o revoltante?

Já passava das seis horas quando chegaram. Começ ava a escurecer e ela se sentia cada vez mais apreensiva. Na ú ltima vez que estivera lá, havia derrubado a seguranç a de Alexis. Será que conseguiria o mesmo uma segunda vez?

— Posso usar seu telefone? — Ele indicou o aparelho que ficava em um canto do elegante hall e voltou-se para falar com Karim. Rachel discou o nú mero de seu apartamento, mas quando fane atendeu nã o teve coragem de dizer a verdade.

— Eu... eu vou demorar uma ou duas horas para chegar — ele falou esperando que Alexis nã o estivesse ouvindo. — O sr, Black me pediu que ficasse até mais tarde. Você se importa?

— Nã o. Você estava demorando tanto, que fiquei preocupada.

— Eu imagino, — Olhou em volta para ver se ele estava por perto. — Nã o posso explicar melhor agora.

— Aconteceu alguma coisa, Rachel? Você está tã o estranha!

— Está tudo bem. Mas receio que -nã o possamos ir ao cinema hoje. Teremos que adiar esse programa mais uma vez.

— Nã o faz mal. Vou deixar o jantar no forno para você.

— Obrigada, Jane. -— Sentiu-se mal por nã o estar sendo honesta com a amiga, mas era impossí vel explicar a situaç ã o por telefone. — Até mais tarde.

— Tenha juí zo — recomendou fane. Embora nã o tivesse comentado quase nada sobre Alexis, Rachel sentia que Jane sabia exata-mente o que estava acontecendo.

— E entã o? Sua amiga fez alguma objeç ã o? — Alexis perguntou. Ele estava encostado a uma coluna, os braç os cruzados e olhava-a divertido, Há quanto tempo estaria ali, ouvindo sua conversa? Karí rn tinha desaparecido e era evidente que Alexis estava esperando por ela para subirem até a biblioteca.

— Nã o falei a verdade. Achei mais fá cil dizer que estava trabalhando. Quando chegar em casa, explico tudo.

Alexis aproximou-se dela.

— Você nã o sabe mentir direito.

— E nem gostaria de aprender, mas se as coisas continuarem assim acho que vou me tornar uma experí.

— Vai ser muito difí cil — ele respondeu, com bom humor — E espero que você nunca minta para mim. — Havia um tom estranhamente suave em sua voz e Rachel http: //www. adororomances. com. br/ 32

corou, sem jeito.

— Bem, tire o casaco. Pedi a Karim que nos prepare um jantar leve,

— Nã o vim aqui para jantar com você. — A maneira como ele determinava as coisas, sem levar em consideraç ã o a vontade dela, deixava-a furiosa. Sem ligar aos seus protestos, Alexis caminhou até ela e ajudou-a a tirar o blazer de veludo, de forma delicada, mas decidida. Pelas experiê ncias anteriores, Rachel sabia que nã o adiantava tentar resistir à vontade dele. Nã o lhe restava outFa alter-nativa senã o submeter-se.

— Venha —- ele falou, indicando-lhe as escadas. — Enquanto esperamos, vamos tomar alguma coisa na biblioteca.

— Karim sempre consegue se arranjar quando surge, de repente, um convidado para o jantar?

— Ele é muito eficiente. Nã o estaria a meu serviç o, se nã o o fosse. Rachel acreditou em suas palavras. Alexis devia ser muito exigente,

jamais admitiria falhas.

Ela aceitou um cá lice de cherry e, para sua surpresa, ele nã o bebeu nada alcoó lico. Preferiu um refrigerante. Rachel evitou o sofá e sentou-se em uma poltrona, para que ele nã o ficasse junto dela. A noite estava fria e a biblioteca, aquecida pelo fogo da lareira, tinha um ar acolhedor.

— Será que algum dia você aceitará um convite meu para jantar sem que eu precise.. induzi-lá a isso? Se isso acontecer, espero que você use alguma coisa mais apropriada.

Rachel olhou para sua imagem reffetida no grande espelho que iluminava uma das paredes laterais. O vestido de lã azul com gola c punhos brancos era perfeito para um escritó rio, mas sé rio demais pura um jantar. Mas que importâ ncia tinha aquilo? Nã o estava nem nin pouco preocupada em agradar Alexis Roche.

O motivo que a levara até lá era outro e achou que já era tempo tratarem do assunto.

— Por que você me trouxe aqui? — ela perguntou. Estava tensa, e segurava o cá lice com forç a. — O que você pode saber sobre o meu pai se os negó cios dele nã o tê m nada a ver com você?

— Engano seu — ele respondeu devagar, bebericando o refrigerante como se nã o tivesse pressa em dar explicaç õ es. — Eu me empenhei em descobrir o nome completo de seu pai e posso dizer que, hoje, os negó cios dele tê m muito a ver comigo. — Colocou o i: opo sobre a mesa, caminhou em direç ã o a Rachel, parando em 1'rente a ela. — Seu pai nã o deve mais nada a Harold Devlin. De hoje em diante, sou o seu ú nico credor — falou olhando-a fixamente, como para ver o efeito de suas palavras nela.

Rachel empalideceu.

— Você quer dizer que...

— Eu quero dizer que comprei as dí vidas de seu pai. As cinquenta e sete mil libras que ele devia a Devlin devem ser pagas a mim

— Cinquenta e sete mil libras! Por que você fez isso? Eu nã o entendo. . .

O rosto de Alexis nã o poderia ser mais iró nico quando respondeu.

— Tem certeza de que você nã o sabe o motivo? Será que terei que soletrá -lo para você?

— Eu nã o acredito — ela falou, mordendo os lá bios.

— Se você quiser posso lhe mostrar os papé is que comprovam minhas palavras. Você verá com seus pró prios olhos a extensã o das tolices de seu pai.

Rachel nã o sabia o que dizer. Estava completamente aturdida. http: //www. adororomances. com. br/ 33

— Eu nã o posso compreender. ..

— Tenho certeza de que você pode. Essa quantia é uma ninharia para mim, mas é o preç o da salvaç ã o do seu pai. O destino dele está em suas mã os. Vamos ver o que você pode fazer por ele.

Aquelas palavras fizeram explodir a revolta de Rachel.

— Nã o fale assim comigo! — Os olhos dela faiscavam de indignaç ã o. — Você pode ter comprado a dí vida do meu pai, mas nã o comprou a mim.

— Tem certeza? — ele perguntou, com uma seguranç a desconcertante.

Dominada por uma forte emoç ã o, Rachel apertou o cá lice que segurava, partindo-o e ferindo a mã o. Gotas de sangue escorreram do ferimento e caí ram sobre o carpete bege. Ela nã o sentia dor, só conseguia pensar nas palavras dele, que nã o saí am de sua cabeç a. Aos poucos, foi perdendo a noç ã o das coisas, a voz dele foi ficando cada vez mais distante e ela caiu desmaiada.

Quando acordou, estava deitada em uma cama, apoiada em travesseiros de seda que lhe acariciavam o rosto. Nã o sentia dor, apenas sua mã o latejava um pouco. Ficou aliviada ao verificar, por baixo do lenç ol que a cobria, que estava totalmente vestida.

— Está melhor, mademoiseí le?

Ela se voltou. Karim estava ao lado de sua cama. A cena da biblioteca lhe voltou à memó ria com a rapidez de um relâ mpago. Por um momento, chegara a pensar ter sido um pesadelo.

— O que estou fazendo aqui? — Tentou levantar-se, mas Karim segurou-a delicadamente pelos ombros, fazendo com que se deitasse outra vez.

— A senhora desmaiu. Cortou sua mã o em um copo e sentiu-se mal. Meu patrã o carregou-a para cá e pediu-me que cuidasse do seu ferimento. — Atravé s do fino pedaç o de linho que envolvia sua mã o, ela viu um risco vermelho.

— Se a senhora já está se sentindo melhor, vou desinfetar o corte e fazer um curativo. Nã o se preocupe, nã o vai doer nem ficar marca.

— Será mesmo necessá rio? — Queria sair daquela cama e daquela casa o mais rá pido possí vel. Poré m, sentia-se fraca e nã o conseguia tomar uma atitude.

— Deixe Karim cuidar disso — ordenou Alexis, parado na porta, encostado ao batente. — Ele tem muita prá tica nesse tipo de serviç o. — Havia um certo interesse na voz dele, mas o rosto estava impassí vel sem nenhum sinal de arrependimento ou pesar.

— Prefiro ir a um hospital. — Levando a mã o à garganta, percebeu que algué m havia desabotoado o primeiro botã o de seu vestido, deixando o pescoç o à mostra.

Alexis sorriu.

— Meus... amigos nã o vã o para hospitais, a nã o ser que seja indispensá vel. Cuide disso, Karim. Eu estarei esperando na biblioteca.

O criado respondeu qualquer coisa numa lí ngua que Rachel nã o compreendeu e saiu logo atrá s do patrã o. Sozinha, Rachel pensou v, m fugir, mas logo desistiu da ideia. Seus sapatos nã o estavam à vista c sua bolsa e o casaco estavam no andar de baixo. Nã o conseguiria ir muito longe naquela noite fria, sem agasalho e sem dinheiro.

Qual teria sido a reaç ã o de Alexis ao ver gotas de sangue caindo sobre o seu lindo carpete bege? Esse pensamento a divertiu. Mas logo em seguida deu-se conta de como aquela idé í a era ridí cula. Um homem que gastava cinquenta e sete mil libras para satisfazer um capricho nã o ligaria a mí nima para um carpete. No dia seguinte, um http: //www. adororomances. com. br/ 34

hatalhã o de empregados viria retirar o carpete e colocar um novo no lugar.

Karim voltou com uma caixa de medicamentos, que colocou sobre uma mesinha ao lado da cama.

— A senhora poderia erguer a mã o? — ele perguntou, respeitosamente. Rachel hesitou um instante mas depois obedeceu.

Ele trabalhou rá pido e com cuidado. Quando terminou, Rachel já nã o sentia dor e o curativo, protegendo o ferimento, dava-lhe uma

maior sensaç ã o de conforto. Karim era realmente perfeito. A personificaç ã o da eficiê ncia.

— Nã o está mais doendo — ela disse ao empregado, movendo os dedos com cuidado.

— Fico feliz com isso, senhora. — Ele recolheu o material espalhado. — Pode ficar tranquila que nã o ficará marca.

— Obrigada, Karim. Você foi muito atencioso.

Mas o empregado nã o respondeu nada, curvou-se e saiu. Rachel desceu da cama. Queria ir para casa.

— Você já está pronta para jantar? — Alexis estava novamente parado à entrada do quarto e um tremor percorreu o corpo dela ao olhar para aquele homem. A camisa dele estava com os dois primeiros botõ es abertos e Rachel podja ver os pê los de seu peito. Ele parecia ainda mais alto, mais atraente. . . e terrivelmente perigoso.

— Eu gostaria de ir embora — é la falou, desviando os olhos. Suas pernas tremiam e nã o conseguia encontrar os sapatos. Alexis caminhou devagar na direç ã o dela e, naquele momento, Rachel sentiu a fragilidade de sua posiç ã o.

— Ainda nã o. — Ele parou a poucos passos dela, — Precisamos conversar sobre nosso futuro. Quero esclarecer uma sé rie de coisas.

— Nosso futuro? Mas nã o temos nenhum futuro em comum! Eu vou conseguir o dinheiro para pagar a dí vida. E com juros, pode ficar tranquilo.

— É claro que vou cobrar juros, mas dinheiro nã o me interessa. Existem formas muito mais agradá veis de pagamento.

— Eu nã o acredito no que estou ouvindo. . . — Nã o podia respirar.

— Por que nã o? — Ele estava perigosamente pró ximo. — Você sabe o que eu quero e sabe també m que vou conseguir. O que há de tã o inacreditá vel nisso? — Alexis colocou uma das mã os sobre o ombro dela e com a outra acariciou-lhe o pescoç o pela gola aberta do. vestido.

Rachel afastou-se, assustada. Como enfrentá -io? Alexis era muito forte e nã o hesitaria em usar de forç a para subjugá -la. Sua ú nica esperanç a era argumentar com ele, apelar para seus sentimentos. Se é que ele tinha algum.

— Nã o me toque! Por favor, eu nã o quero! Você só conseguirá o que deseja se me forç ar e você deve ter algum respeito pró prio, algum orgulho que o impeç a de agir assim.

Uma vez havia conseguido afastá -lo com palavras, mas naquele momento seu discurso foi inú til. Ele se aproximou, segurou-a pelos ombros sem machucá -la, mas com firmeza, e beijou-lhe o pescoç o, a nuca e a boca com paixã o.

— Relaxe — ele murmurou, puxando-a para junto de si. E antes que pudesse protestar ela sentiu a lí ngua de Alexis forç ar a passagem entre seus lá bios e ele a beijou com avidez. Apertou-a contra seu corpo, impedindo-a de recuar. Rachel mal http: //www. adororomances. com. br/ 35

podia respirar, presa entre os braç os fortes de Alexis e dominada por seus beijos.

No carro, ele a beijara de surpresa e a moç a, sem poder reagir, submeteu-se. Mas agora era diferente. Um turbilhã o de sensaç õ es sufocou-a e, assustada, ela se deu conta de que sua vontade era abraç ar-se mais a ele, enlaç ar-lhe o pescoç o e corresponder com calor à quele beijo. Poré m, ao perceber o grau de excitaç ã o de Alexis, teve medo e voltou à realidade. Tentou escapar, mas ele nã o permitiu. rodeando-a com os braç os pela cintura.

— Nã o fuja. Eu nã o vou permitir. Você sabe o quanto eu a quero. Olhe para mim, Rachel, e veja se estou mentindo.

Ela virou o rosto, mas Alexis segurou seu queixo, forç ando-a a encará -lo. Quando seus olhares se encontraram, Rachel viu o grau de emoç ã o e desejo em que ele se encontrava e percebeu que nã o poderia mais recuar. Ainda assim, desesperada, tentou reagir.

— Large-me! Você nã o se envergonha?

— O que há de vergonhoso em querer amar você? — ele perguntou, terno ao ouvido dela. — O que Roger fez para deixá -la com má impressã o de uma coisa tã o bonita?

— Deixe Roger fora disso. . .

— Eu nã o tenho nenhuma vontade de falar nele. —- Alexis acariciava-lhe as cosias, provocando-lhe' arrepios na espinha. — Você pediu a Roger que ajudasse seu pai. nã o é verdade? F ele, com rerleza, recusou.

— Isto nã o é de sua conta. — Nã o queria pensar em Roger. Fazia í ipunas dois dias que tinham terminado e ela estava lá, nos braç os de outro homem. Justamente, do causador de tudo. Era como confra-Imtizar com o inimigo...

— É da minha conta, sim. Se ele a tivesse ajudado, provavelmente nó s nã o estarí amos aqui. O que seria uma pena. . . — ele completou, mm um sorriso provocante.

— Uma pena para você, nã o para mim. — Tentou empurrar Alexis, mas era o mesmo que ir contra uma rocha. Alé m do mais, sua mã o estava dolorida e ela se sentiu ainda mais fraca diante da forç a dele.

— Por favor. .. — suplicou em voz baixa.

— Eu vou fazê -la vibrar, você verá — ele disse, calorosamente.

— Nó s estamos apenas começ ando. — Alexis segurou uma das mã os de Rachel. — Touche-moi! — Pediu, com voz rouca, fazendo-a lembrar-se de Roger. Mas com Alexis era muito diferente. Sem que Rachel esperasse, ele a beijou novamente e com tal fú ria, que incendiou seu corpo. E nã o ficou passivo à s carí cias dela, como Roger. Pelo contrá rio, suas mã os ansiosas procuraram os botõ es do seu vestido, abrindo-os. Despiu-a, entã o, tirando uma a uma as peç as de roupa dela até senti-la completamente nua em seus braç os.

Acariciou-a vagarosamente, e quando a boca de Alexis se fechou sobre os bicos de seus seios, Rachel sentiu o corpo todo vibrar.

— Você é tã o linda! Deixe-me tocá -la, senti-í a contra mim.. . As roupas dele foram juntar-se à s dela no chã o e, com delicadeza,

empurrou-a em direç à o à cama.

— Karim. . . — ela tentou falar, quando Alexis deitou-se ao lado dela, mas os lá bios dele comprimiram os seus, calando-a.

— Ele tem coisas mais importantes para fazer do que se preocupar conosco. — As http: //www. adororomances. com. br/ 36

mã os dele passearam sensualmente pelo seu corpo e Rachel percebeu que estava tã o excitada quanto ele.

Era completamente diferente do que estar com Roger, ela pensou enquanto Alexis beijava-lhe a boca, os seios, deliciando-se com a maciez do seu corpo. Roger nunca tinha se preocupado com o prazer de Rachel, apenas com o dele. Talvez tivesse mais respeito por ela, mas, em meio a tudo o que estava sentindo, aquele pensamento soou-lhe incrivelmente falso.

Ainda assim, ela quase entrou em pâ nico quando a boca de Alexis procurou regiõ es mais í ntimas de seu corpo. Ele sorriu ao vê -la tã o assustada.

— Você tem muito o que aprender. Vamos deixar isso para outra vez, mais tarde. Agora. . .

Rachel tinha evitado olhar para ele, mas naquele momento era impossí vel nã o encará -lo. Alexis deitou-se sobre ela e, antes que pudesse reagir, ele a penetrou tomando posse definitiva de seu corpo.

— Você nã o pode. Eu nã o. . . — ela tentou falar, em pâ nico. Os olhos dos dois se encontraram e, de repente, Alexis entendeu o que se passava. Mas estava excitado demais para voltar atrá s e, abraç ando-a, gemeu de prazer quando atingiu o clí max.

__ Alexis... — ela murmurou, apertando os lá bios em meio à dor que sentia.

__ MOn oieu __ Acariciava os cabelos dela, vendo as lá grimas prestes a cair pelo rosto de Rachel. — Agora eu entendo. Por que você nã o me disse que nunca tinha tido relaç õ es com Roger antes?

__ Eu tentei. . . — ela falou, baixinho. Alexis beijou-a repetidas vezes, com carinho, procurando confortar o corpo tré mulo da jovem. Eram beijos rá pidos, mas que, aos poucos, foram ficando mais apaixonados. Espantada, Rachel percebeu que o desejo dele nã o diminuí a. Alexis cobriu-a com seu corpo, movendo-se com delicadeza dentro dela. Aos poucos, Rachel foi acompanhando o ritmo de Alexis, com uma sensualidade que nunca julgara existir dentro dela.



  

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