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CAPÍTULO IX
— O que descobriu? — Henry Sawyer perguntou sem preâ mbulos, sem esconder a impaciê ncia. Kate sabia que ele esperava obter alguma informaç ã o nova, mas o fato era que seria preciso mais tempo. Era impossí vel conquistar a confianç a de uma pessoa em umas poucas semanas, especialmente em se tratando de algué m que já fora praticamente destruí do pela imprensa. — Sua esposa trabalhou para o sr. Kellerman até onze semanas atrá s — respondeu. — Isso eu já sei — Sawyer retrucou, irritado. — Sabe onde ela está? Kellerman deu alguma pista? — Ele disse que ela deixou o emprego de repente. — O aue seria de se esperar. Aquele patife tem as respostas! É melhor tomar cuidado, sra. Ross, pois nã o é muito diferente de Alicia. — Isso é absurdo! — Kate protestou, mas nã o pô de evitar o rubor que tomou conta de suas faces. — É uma mulher bonita, sra. Ross. Ele gosta de loiras elegantes. — Nã o estamos aqui para falar de mim, sr. Sawyer — ela replicou com voz tensa. — E, no que diz respeito à sua esposa, estou quase convencida de que ela deixou Jamaica Hill de livre e espontâ nea vontade. — Se foi assim, onde ela esta? — Nã o sei — Kate admitiu. — Estou fazendo algum progressos, mas receio que esta seja uma investigaç ã o lenta, — Chama de progresso o que eu já sabia? — É preciso tempo para conquistar a confianç a das pessoas — Kate argumentou, desejando poder livrar-se de uma vez daquele caso. — Se eu começ ar a fazer uma porç ã o de perguntas indiscretas, o sr. Kellerman vai desconfiar. E se ele me expulsar de lá, terei desperdiç ado o meu tempo e o seu dinheiro. — Isso seria muito ruim — Sawyer declarou, estreitando os olhos. — Posso exigir o meu dinheiro de volta. Diante do tom de ameaç a, o embaraç o de Kate deu lugar à indignaç ã o. — Sinto muito, sr. Sawyer, mas meu tempo é dinheiro. Deixei isso bem claro, antes de aceitar o caso. E, pelos meus cá lculos, seus pagamentos já estã o atrasados. Se nã o está satisfeito, preparei meu ú ltimo relató rio de despesas e, entã o, poderemos encerrar nosso contrato. — Isso nã o será necessá rio — ele falou em um tom bem mais humilde. — Mas... Bem, o senhor... isto é, eu estou ficando muito preocupado — gaguejou, desviando o olhar. — Logo se completarã o trê s semanas, desde que ela desapareceu. Kate gostaria de sentir alguma simpatia por ele, mas quanto mais o conhecia, mas acreditava que Alicia o abandonara. Depois de receber o pagamento por suas ú ltimas despesas, Kate prometeu entrar em contato, assim que tivesse novidades. Chegou em casa à s sete e meia e encontrou um bilhete da mã e, dizendo que ela e Joanne haviam ido ao cinema, em Bath. Imediatamente, lembrou-se do convite de Alex para que Joanne visitasse o haras, mas desde o dia em que Rachel fora visitá -lo, ele nã o voltara a tocar no assunto e, portanto, Kate nã o sabia se ele havia falado apenas para agradar a filha. Sem dú vida, Joanne adoraria o passeio, mas Kate sabia que nã o seria sensato envolver a filha em seu relacionamento com Alex, que já fora longe demais, dadas as circunstâ ncias. Ellen deixara o jantar de Kate no forno, mas, depois de horas no calor, a comida nã o parecia nada apetitosa. Por isso, Kate decidiu que, mais tarde, prepararia uma omelete. Enquanto se despia para tomar um banho, Kate perguntou-se se havia nascido para ser detetive. Nã o estaria mais feliz, se realmente trabalhasse no haras? Provavelmente, sim, o que justificava a impaciê ncia de Henry Sawyer. Especulou se o cliente estava certo ao dizer que Alex era um homem perigoso. A ú nica certeza de Kate, à quela altura, era que sua lealdade encontrava-se dividida. Uma grande tolice, pensou, pois a atitude menos sensata era envolver-se pessoalmente em um caso. Sentindo-se deprimida, encheu a banheira, planejando abrir uma garrafa de vinho, depois do banho. Assim, conseguiria esquecer Sawyer e Kellerman e, quando Ellen e Joanne chegassem, ela estaria se sentindo bem melhor. Estava se enxugando, quando ouviu a campainha. Quem poderia ser? Apanhou o agasalho de moletom e vestiu-o, sentindo o tecido macio aderir à pele ainda ú mida. Os cabelos, també m molhados, prendeu em um rabo-de-cavalo, no topo da cabeç a. Depois pensaria em secá -los. Foi até a sala e abriu a porta. E ficou boquiaberta o deparar com Alex. — Olá — ele a cumprimentou, visivelmente tenso. — Espero nã o estar interrompendo nada. Kate nã o sabia o que dizer, ou o que pensar. Nã o lhe ocorreu nenhum motivo que justificasse uma visita dele, a menos que Alex houvesse descoberto sua verdadeira identidade. — Eu... nã o — balbuciou. — Acabei de sair do banho. — Vi seu carro no estacionamento e imaginei que estivesse em casa. — Apó s uma pausa, Alex acrescentou: — Deve estar se perguntando o que vim fazer aqui. Só entã o, Kate deu-se conta de que continuavam parados na porta do apartamento. — Entre — convidou com certa relutâ ncia e, quando ele aceitou, disse: — Sente-se. Quer beber alguma coisa? O clima entre eles era, no mí nimo, tenso. Alex mostrava-se pouco à vontade e Kate, embora em sua pró pria casa, sentia-se constrangida. A presenç a dele mexia com seus nervos de uma maneira incontrolá vel. Como justamente aqueles homem podia perturbá -la tanto? — Nã o quero nada, agora. Obrigado. Alex olhou em volta com interesse, que Kate considerou fingido. — Sempre quis saber como seria a sua casa. — Agora, já sabe. Nã o se parece em nada com Jamaica Hill, mas gostamos daqui. — Apó s um momento de silê ncio constrangido, Kate perguntou: — Algum problema? Foi por isso que veio? — Nã o. Para ser sincero, vim falar com Joanne. — Joanne? — ela repetiu, surpresa. — Ela nã o está. Foi ao cinema com minha mã e. — É uma pena — Alex murmurou, levantando-se. — Creio que nã o faria sentido perguntar a que horas ela vai voltar. Kate sacudiu a cabeç a. — Elas foram a Bath... mas posso dar o seu recado. — Sim, claro, mas eu preferiria conversar com ela pessoalmente. Kate ficou apreensiva. — Está bem. Se o assunto é particular... — Nã o é. — Alex respirou fundo. — Acho que eu só queria uma desculpa para ver você de novo. — Pode me ver quando quiser — ela lembrou com um sorriso irô nico. — Afinal, trabalho no seu haras. — Sei disso. O olhar penetrante de Alex a desconsertava. Kate nã o acreditou que ele fora até lá à procura de Joanne. Por outro lado, Alex sabia que ela morava com a mã e e a filha e, portanto, nã o poderia imaginar que a encontraria sozinha. — Diga-me uma coisa — ele falou, aproximando-se, e Kate teve de lutar contra o pâ nico. — O que você realmente pensa de mim? Eu a amedronto? Ainda tem dú vidas sobre a minha inocê ncia na morte de Pamela? — Você nã o me amedronta — Kate declarou com firmeza, mas nã o conseguiu dizer mais nada. — Mas nã o tem certeza de que nã o fui o responsá vel pelo acidente que matou minha esposa — ele concluiu, ao mesmo tempo em que sua expressã o se tornava dura. — Bem, ao menos, agora sei onde estou pisando. — Eu nã o quis dizer... — Diga a Joanne que falarei com ela nos pró ximos dias — Alex interrompeu-a, dirigindo-se para a porta. — Espere! — Kate chamou, sentindo-se incapaz de permitir que ele fosse embora, acreditando que ela pensava coisas horrí veis a seu respeito. — O que é? — Alex inquiriu em tom rude e fitando-a com expressã o sombria. — Já sei. Nã o quer sua filha perto de rnim. — Nã o é isso... — O que é, entã o? Alguma nova desculpa para nã o levá -la a Jamaica Hill? — Nã o. — Kate suspirou e, com relutâ ncia, aproximou-se de Alex. — Eu... acredito que é inocente. Nã o creio que você provocou... deliberadamente... a morte de sua esposa. Ele a estudou por um longo momento. — Isso é um pedido de desculpas? — perguntou. — Você nã o acredita que pus, deliberadamente, Jackson naquela baia? Mas acha que instalei o cavalo lá, nã o? Tenha sido por acidente, ou por um erro de julgamento, fui o responsá vel, nã o é? — Nã o sei o que pensar — ela admitiu, derrotada. — Eu nã o estava lá e nã o conheç o todos os fatos, mas nã o acredito que você tenha sido o culpado. Isso nã o basta? Alex suspirou profundamente. — Creio que terá de ser. Sua voz indicava a mais completa derrota, e Kate teve vontade de gritar. Queria poder dizer que confiava nele, que nã o existia a menor chance de ele ter feito qualquer coisa contra a esposa. Poré m, foi justamente o motivo que a levava a desejar acreditar em Alex que a fez calar-se. Ele já se virava para a porta novamente, quando ela voltou a falar: — O que você disse sobre... sobre convidar Joanne para visitar o haras... Foi mesmo esse o motivo de sua vinda? — Que outro motivo eu poderia ter? A resposta soou abafada e Kate suspeitou quo Alez fizera isso de propó sito. Estava retirando as chaves do carro do bolso, ao mesmo tempo em que estendia a mã o para o trinco da porta. E foi entã o que Kate deu-se conta de que, simplesmente, nã o poderia deixá -lo ir embora. Por isso, passou à frente dele e colou as costas à porta. — Nã o vá — pediu. — Por que nã o? — ele inquiriu, sem mudar de expressã o. — Tenho certeza de que você prefere que eu vá, antes que sua mã e e sua filha cheguem. Apó s um breve instante de hesitaç ã o, Kate sucumbiu a uma forç a maior. — Elas vã o demorar horas para voltar — informou-o com voz rouca. — Fique e tome um drinque. — Nã o creio que essa seja uma atitude sensata, nas atuais circunstâ ncias. — Por que nã o? — Kate devolveu-lhe a pergunta e, entã o, foi ainda mais ousada: — Tem algo mais importante a fazer? Os lá bios dele se curvaram. — Acho que sim. — O quê? — Ir embora daqui. Agora, quer fazer o favor de sair da frente da porta, para que eu possa ir? — E seu eu nã o sair? Alex hesitou por um momento, mas, entã o, falou com voz baixa e controlada: — Vamos parar com esse jogo. Nó s dois sabemos o que aconteceria se eu aceitasse o seu convite. Nã o quero ser acusado de assediar você outra vez. — Nã o o acusei de nada! — Kate protestou, indignada. — Tem razã o, mas praticamente saiu correndo, da ú ltima vez em que a toquei. — Aquela mulher entrou... — Lacey. Mas eu nã o diria que você estava... cooperando. — Nã o, eu nã o cooperei, mas... você nã o se importou. — Eu me importei e muito! — Estou me referindo ao fato de termos sido surpreendidos. — Nã o exatamente. — Deveria. — Por quê? — Ora, você e a sra. Sheridan sã o amigos í ntimos. — Conheç o Lacey há mais de dez anos e se ela decide entrar em minha casa sem ser anunciada, nã o tem o direito de queixar-se se o que vê nã o é do seu agrado. — Acha que, se eu nã o tivesse fugido, ela teria saí do? — Conhecendo Lacey, duvido. Mas a chegada dela nã o lhe dava o direito de sair daquele jeito. Ora, Kate, um desconhecido imaginaria que eu estava atacando você! — Nesse ponto, Alex soltou uma risada cí nica. — Bem, acho que eu estava, mesmo. — Nã o estava! — Kate contradisse em um impulso e, entã o, tentou salvar a situaç ã o: — Nã o foi bem assim... Eu o provoquei. Nã o tinha o direito de criticar a maneira como você vive a sua vida. Alex arqueou as sobrancelhas. — E isso me dava o direito de me aproveitar de você? — inquiriu em tom zombeteiro. — Você está dificultando as coisas. — Talvez esse seja o meu propó sito na vida. — Do que está falando? — De dificultar as coisas para as pessoas. — Está dificultando para você mesmo! Pensei que quisesse ser meu amigo. — Acho que já nã o me sinto inclinado nessa direç ã o. E quanto a tornar a vida difí cil para mim mesmo, acredite, você nã o faz a menor idé ia. Kate afastou-se da porta. — Entã o, explique — implorou. — É o que mais quero compreender. — Quer? Kate, acho que você nã o imagina como me sinto. — Entã o, diga-me! Com um suspiro, Alex voltou a sentar-se no sofá. — Acho que vou aceitar o drinque que me ofereceu — declarou, desanimado. Kate sentiu um misto de apreensã o e alí vio. — Nã o terá muita escolha — disse. — Só posso lhe oferecer vinho, cerveja e refrigerante. — Hesitou. — Já juntou? Alex fitou-a por um longo momento, com um sorrino lhe provocou ondas de calor. — Vai me alimentar, també m? — perguntou com voz suave — Bem, eu planejava preparar uma omelete e salada para mim. Se estiver com fome, tenho certeza de que há comida bastante para dois. — É uma boa idé ia... se você nã o se importar, é claro. A verdade era que Kate estava se perguntando onde estava com a cabeç a, para convidá -lo para jantar. Depois de provar a comida deliciosa da sra. Muir, seu talento culiná rio deixava muito a desejar. — Se preferir, podemos pedir uma pizza... — Omelete será ó tima. — Alex levantou-se e tirou o casaco. — Vou ajudá -la. Na cozinha pequena, Kate lamentou nã o ter se limitado à oferta dá bebida, pois agora, via-se perto demais do homem que provocava reaç õ es incontrolá veis em seu corpo. — Já decidiu o que quer beber? — perguntou. — Vou esperar até o jantar ficar pronto. O que quer que eu faç a? — Nã o há muito o que fazer. Acho que você poderia abrir o vinho. — Certo. Onde está? — Na geladeira. O saca-rolhas está na segunda gaveta. Kate observou, pelo canto do olho, Alex tirar a gravata, desabotoar o colarinho e arregaç ar as mangas. Nã o pô de evitar mais um arrepio, diante da visã o da pele bronzeada, coberta de pê los negros. — Você sabia que seu marido tinha outra mulher? — ele inquiriu de sú bito. — O que disse? — Acho que me ouviu — ele murmurou. — Sabia? — Por que está me perguntando isso? — Ora, Kate, por favor, responda! Ela hesitou por um instante. — Nã o, eu nã o sabia. — Eu també m nã o sabia que Pam tinha um caso. — Alex soltou uma risada sem humor. — Acho que era o ú nico. — O que está querendo dizer? — O homem em questã o trabalhava para mim. — Era um dos cavalariç os? — Nã o. Era bem mais do que isso. Seu nome era Philip Muir. Kate fitou-o, boquiaberta. — O filho da sra. Muir? — Sabe sobre ele? — Sei que ele morreu. Encontrei a sra. Muir no supermercado, na semana passada, e ela me convidou para tomar chá. Ela me perguntou sobre Sean e, quando eu disse que ele havia morrido em um acidente de automó vel, ela contou que havia perdido o filho e o marido. Alex franziu o cenho. — O que mais ela lhe contou? Percebendo que ele calculava que a governanta estivera fazendo fofocas, Kate apressou-se em esclarecer: — Foi uma conversa inocente. Seu nome nem sequer foi mencionado. Ela nã o falou de sua esposa, se é isso o que está pensando. Os ombros de Alex vergaram. — Eu deveria saber. Aliá s, nem precisaria ter perguntado. Com certeza, você nã o sabe que Philip suicidou-se, seis semanas antes da morte de Pam. Kate ficou chocada. — Nem fazia idé ia. Houve... alguma... ligaç ã o? — Está se referindo à gravidez de Pam? Acho que sim, pois ao que parece, ela havia terminado o relacionamento com ele, duas semanas antes. — Que horror! — Kate exclamou, mas, entã o, franziu o cenho. — Pensei que você nã o soubesse que ela tinha um caso. — Continua me investigando, srta. Hughes? — Alex indagou com ironia. — Eu nã o sabia de nada. Os Muir me contaram, depois que Pamela morreu. — Nã o estou investigando você — Kate declarou, sentindo-se culpada pela mentira. Ao mesmo tempo, sabia que jamais relataria aquela conversa ao sr. Sawyer. Tendo aberto a garrafa de vinho, Alex virou-se para Kate que batia os ovos. — Está usando alguma coisa por baixo desse agasalho? — perguntou com voz estranhamente enrouquecida. Kate corou até a raiz dos cabelos. — É um há bito seu fazer perguntas indiscretas? Ou apenas gosta de me ver chocada? — Só queria saber. Estava me lembrando de como sua pele me pareceu macia, naquele dia, na biblioteca. E de quanto desejei tirar sua roupa — ele admitiu, dirigindo-lhe um olhar sensual e provocante. — É claro que eu nã o teria feito isso, pois nã o gostaria de embaraç ar a sra. Muir. Kate emitiu um som que era um misto de incredulidade e ultraje. — Mas nã o tem qualquer reserva quanto a me embaraç ar! — Desculpe-me. Acho que pensei alto. — Acha que estou me sentindo melhor, agora? Kate havia parado de bater os ovos, pois o tremor em suas mã os a impedira de continuar. — Quer que eu vá embora? — Alex perguntou, tenso. Kate sabia que bastaria dizer uma palavra, para que ele se fosse. Perguntou-se como poderia ter duvidado da inocê ncia daquele homem. Se a idé ia nã o fosse tã o absurda, ela pensaria que estava se apaixonando por ele. — O que você acha? — indagou. — Deveria saber o que eu quero! — Deveria? Alex fitou-a com olhar ardente e, sem o menor controle sobre os pró prios atos, Kate adiantou-se para ele, pousando as mã os em seu peito, sentindo-lhe as batidas aceleradas do coraç ã o. Suspirou aliviada quando ele inclinou a cabeç a e, ao sentir os lá bios de Alex roç arem os seus, abriu-os em um convite que nã o deixava dú vidas quanto à sua extensã o. As mã os de Alex tomaram posse do corpo de Kate, deslizando por suas curvas e fazendo seus joelhos vergarem, quando desceram por dentro da calç a de moletom, pousando sobre as ná degas nuas. — Eu sabia que você nã o estava usando nada por baixo da roupa — ele murmurou ao seu ouvido, ao mesmo tempo em que ela se agarrava aos ombros largos, a fim de recuperar o equilí brio. Naquele momento, poré m, Alex posicionou uma das coxas entre suas pernas, e Kate mergulhou em um oceano de sensaç õ es embriagantes. Foi um alí vio sentir que ele a tomava nos braç os e carregava para a sala e, somente quando sentiu o tecido frio do sofá de encontro à pele, ela se deu conta de que o elá stico da sua calç a se encontrava na altura dos joelhos. Mas, entã o, Alex já estava deitado junto dela, acariciando-a com intimidade. — Espere. — Kate conseguiu murmurar, lutando com os botõ es da camisa dele. — Relaxe — Alex replicou com um sorriso, enquanto seus dedos experientes buscavam o ponto má ximo da feminilidade de Kate. Ela mal acabara de desnudar os ombros largos, quando seu corpo foi sacudido por poderosas ondas de prazer. Quando conseguiu recuperar a capacidade de raciocí nio, fitou-o, indignada. — Nã o foi justo! — O quê? — Você nã o... — Eu sei, mas nã o tenho preservativos no bolso e, alé m disso, nã o sabia se você queria... — É claro que eu queria! Ainda quero — Kate confessou com paixã o e, dando-se conta de que teria de provar suas pró prias palavras, ordenou: — Tire a roupa. Alex respirou fundo. — E se algué m chegar? — Já disse que minha mã e e Joanne vã o demorar horas para voltar. Por favor, tire a roupa. — Kate sentou-se e livrou-se da calç a. — Quero vê -lo, també m. Sem desviar o olhar do dela, Alex despiu-se por completo. Hipnotizada pela visã o do corpo perfeito, Kate tirou a blusa e voltou a deitar-se no sofá. Sem perder tempo, Alex deitou-se ao seu lado, beijando-lhe a boca, o pescoç o, os seios, ao mesmo tempo em que suas mã os passeavam com urgê ncia por toda a extensã o do corpo dela. Percebendo que o controle dele encontrava-se por um fio, afastou as pernas. Alex fitou-a por um breve instante antes de posicionar-se sobre ela e penetrá -la. A principio, a sensacã o foi dolorosa para Kate, pois fazia muito tempo que nã o fazia amor, mas o prazer logo superou o desconforto e uma idé ia vaga cruzou-lhe a mente atordoada: seria capaz de passar o resto da vida assim, deleitando-se com a sensaç ã o de ter Alex dentro de si. Poré m, o desejo que os incendiava exigia satisfaç ã o. — Você é linda — ele murmurou com voz trê mula. — Você també m. Entã o, ambos se perderam no mar de sensaç õ es, até atingiram o clí max, quase ao mesmo tempo, perdendo a noç ã o da realidade, conscientes apenas de seus corpos unidos.
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