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Capítulo 10



 

Os delicados dedos de Kirsten acariciavam as teclas do piano, lhe arrancando notas preciosas que invadiam o salã o e saí am para o corredor, onde o pessoal de serviç o escutava extasiado.

― Se nã o tivesse se casado com o Shahir e se convertido em uma esposa e mã e devota, poderia ter sido uma grande concertista ― observou Daniel sentado em sua poltrona enquanto tomava uma limonada.

Kirsten sorriu.

Tinham aberto as portas de vidro e entrava no salã o o sol e o aroma do jardim. Levantando do piano, foi ver como estava Squeak, que cochilava tranqü ilo, e se sentou junto ao carrinho de Tazeem.

― Nã o toco tã o bem.

― Claro que toca, mas decidiu que preferia se converter em princesa, ter vá rios palá cios, legiõ es de criados e um maravilhoso piano de cauda ― brincou seu irmã o.

― Todos os bens materiais me dã o igual, o ú nico importante é que sou feliz ― sorriu Kirsten.

Daniel també m sorriu e se despediu de sua irmã para voltar para Londres. Era o terceiro fim de semana que ia visitar os em dois meses, desde que Shahir lhe tinha dado carta branca para utilizar sempre que quisesse.

Desde que haviam retornado do deserto, Kirsten tinha ficado muito amiga de Jahan e a verdade era que toda a famí lia de Shahir a tinha recebido com os braç os abertos.

À s vezes, se fazia incrí vel pensar que já estava há dois meses vivendo no Dhemen. As primeiras semanas, aquelas que tinham passado no Zurak sem separarem-se nem um só momento, tinham sido pura gló ria, semanas nas que a paixã o desenfreada tinha convertido os dias em noites e as noites em dias.

Ningué m teria acreditado jamais que Shahir nã o estava apaixonado por sua mulher porque era o centro de sua vida... E nã o somente na cama. Shahir a tinha levado ao deserto para ver o entardecer e ali lhe tinha lido maravilhosos poemas do Kahlil Gibran.

Era raro o dia em que chegava em casa sem um presente para ela ou para o filho. À s vezes, era só uma simples flor, um livro ou um brinquedo e outras uma jó ia, mas a verdade era que Shahir era incrivelmente generoso com ela.

Shahir lhe tinha falado da fé rrea disciplina que lhe tinham imposto na escola militar em que tinha estudado e de como lhe tinha surpreendido a liberdade total que tinha desfrutado em Harvard. Kirsten entendia melhor agora as forç as que tinham influenciado a forjar seu cará ter reservado.

Durante uma visita a um acampamento beduí no, o tinha visto participar de uma danç a com espadas e em uma corrida de camelos e lhe tinha encantado ver aquele lado selvagem de seu temperamento volá til, que normalmente mantinha sob controle.

Naquela ocasiã o, tinham passado a noite em uma loja cujo chã o estava coberto por tapetes antigos e Shahir tinha feito amor com ela de maneira apaixonada sobre eles. No dia seguinte, o tinha acompanhado para fazer voar o seu falcã o, que voava muito alto, e Shahir lhe havia dito que era assim como ela o fazia se sentir quando faziam amor.

Kirsten estava completamente apaixonada por seu marido e tentava nã o pensar muito freqü entemente nisso porque se entristecia ao pensar que ele nã o estava apaixonado por ela. Tentava nã o recordar o que ele lhe havia dito no dia de seu casamento sobre que já nã o estava apaixonado por Faria.

Supunha que jamais lhe teria confessado seu amor a sua irmã de leite e, embora era feliz a seu lado, a verdade era que uma pequena parte de seu coraç ã o se sentia profundamente ferido.

Por isso, tentava estar sempre perfeita, comportar-se constantemente como a mulher ideal, tomava muitos cuidados para que sua aparê ncia fosse perfeita e tinha posto muito esmero em ser uma boa companheira de cama.

A julgar por como Shahir tomava um aviã o de Londres para estar com ela apenas um par de horas antes de voltar por motivos de trabalho, nesse aspecto nã o tinha queixa.

― Kirsten...? ― Shahir a chamou da porta.

Kirsten levantou o olhar ansiosa, olhou-o e saiu correndo para recebê -lo. Ao chegar junto a ele, Shahir a tomou em seus braç os, como estava acostumado a fazer, mas nã o a beijou como de costume, mas sim a deixou no chã o e a olhou muito sé rio.

― O que aconteceu? ― quis saber Kirsten.

― Pamela Anstruther está aqui ― respondeu Shahir. ― Quer falar com você para lhe pedir perdã o.

― Lady Pamela? ― surpreendeu-se Kirsten. ― Me pedir perdã o? Mas como?

― Morag Stevens confessou ontem que Pamela a subornou para que pusesse o brinco de diamantes em seu armá rio e depois dissesse que tinha te visto pô -lo ali ― explicou-lhe Shahir. ― Temendo que sua falsa testemunha cedesse ante a pressã o de minhas investigaç õ es, Pamela cometeu o erro de ameaç ar Morag, que sentindo-se encurralada entrou em pâ nico e confessou tudo.

― Entã o, meu nome ficou limpo?

― É obvio.

Kirsten sorriu encantada.

― E para que ela quer me ver?

― Vou levá -la a julgamento. Sabe que comigo nã o tem nada que fazer porque nã o me inspira a mí nima compaixã o, assim decidiu falar com você para ver se tem mais sorte. Suponho que quer despertar sua compaixã o. Lembre-se que ela nã o teve nenhuma contigo.

― Nã o sei...

― Se nã o quiser recebê -la, nã o tem obrigaç ã o.

― Sim, sim quero vê -la, quero que me conte pessoalmente por que fez isso, mas nã o quero que entre em nosso lar ― respondeu Kirsten.

― Nã o será necessá rio.

Shahir a acompanhou ao edifí cio em que estavam situadas os escritó rios do palá cio e a fez passar para uma pequena sala de audiê ncias. Uma vez ali, Kirsten lhe indicou que preferia encontrar-se com Pamela a só s.

― Como quiser... ― respondeu Shahir.

Sua formalidade ofendeu Kirsten. Estava encantada porque, por fim, sua reputaç ã o tinha ficado impoluta e sua inocê ncia demonstrada e, entretanto, seu marido se mostrava como se tivesse morrido algué m.

Levaram Pamela diante dela. A aristocrata estava visivelmente cansada e com toda a roupa enrugada pela viagem, nada que ver com Kirsten, que luzia fresca e esplê ndida num precioso conjunto em tons turquesas e rosas com brincos e colar de pé rolas.

― Alteza... ― saudou-a Pamela ajoelhando-se ante ela sem duvidar. ― Obrigada por me receber.

― Só quero saber por que fez tudo isso.

Pamela a olhou com incredulidade.

― Obviamente, porque o prí ncipe Shahir estava apaixonado por você. Por que mais ia ser?

Kirsten ficou está tica.

― Perdã o?

― Eu també m estava perdidamente apaixonada por ele e nã o podia suportar que você se pusesse no meio.

― Estava com ciú mes?

― Vi o prí ncipe com você em duas ocasiõ es, na limusine naquele dia que a recolhemos e a levamos a sua casa e no dia que o convidei para tomar o chá comigo. Da forma como a olhava, dei-me conta rapidamente de que estava apaixonado por você e você nem sequer tinha percebido.

― Se nã o podia nem me ver, por que me pediu para que a ajudasse com os preparativos da festa?

Pamela suspirou.

― Porque tinha tudo planejado desde o começ o. Queria que a acusassem de roubo. Queria que deixasse de trabalhar no castelo e que se afastasse de Shahir, mas lhe asseguro que nã o era nada pessoal.

― Ah, nã o? ― interrompeu-a Kirsten com secura.

― Claro que nã o ― insistiu Pamela. ― Disse-me que o fim justificava os meios e que eu nã o tinha nada que fazer com o prí ncipe enquanto você continuasse por ali. Agora me dou conta de que nã o tinha nada que fazer de todas as maneiras, de que o prí ncipe estava completamente louco por você, como demonstra que se casou finalmente contigo. Estou metida em uma bela confusã o. Terei que vender minha propriedade do vale e ir embora porque todos se inteiraram do que fiz e me dã o as costas.

― Nã o é minha culpa.

― Nã o, mas, de verdade acha que mereç o ir a julgamento? Depois de tudo, é ó bvio que o prí ncipe Shahir teria casado contigo mesmo que tivesse sido acusada de assassinato ― observou Pamela com acidez. ― Peç o-lhe perdã o por ter me metido entre você s, peç o-lhe perdã o por tê -la acusado de algo que nã o tinha feito e por ter propiciado que perdesse o trabalho, mas també m me sinto na obrigaç ã o de lhe fazer notar que é ó bvio que nada disso arruinou suas possibilidades sociais.

Kirsten teve que fazer um grande esforç o para nã o chamar o guarda e jogá -la do palá cio por semelhante ousadia, mas tinha aprendido com Shahir que teria que manter a calma com os inferiores.

― Já ouvi o bastante ― respondeu Kirsten. ― Volte para a Inglaterra. Pensarei no que me disse, mas nã o lhe prometo nada.

E, sem mais, Kirsten se virou e saiu da sala de audiê ncias. Enquanto voltava para suas acomodaç õ es, a ú nica coisa em que podia pensar era em quã o convencida estava Pamela de que Shahir estava apaixonado por ela.

Agora começ ava a entender por que Shahir se mostrou tã o frio com ela. Obviamente, ao dar-se conta de seu erro ao acreditar que ela fosse uma ladra, tinha ficado aniquilado e devastado. Shahir era um homem muito alto de si mesmo e Kirsten já tinha percebido de que ele tinha sido muito duro julgando-se.

De repente, ouviu a voz de Shahir e se perguntou com quem estaria falando.

― Estraguei tudo ― estava dizendo seu marido. ― Estraguei tudo com Kirsten. Como vou lhe dizer agora que, no fundo, nã o me importava nada que fosse uma ladra ou nã o? Já nem sequer pensava nisso. Mas ela nã o vai acreditar, mas lhe asseguro que é verdade.

Seu confessor suspirou quando Shahir lhe acariciou as orelhas e se deitou a seus pé s, disposto a dormir junto a seu amo.

― Tudo isso você deveria dizer a mim e nã o a Squeak ― disse Kirsten.

Shahir se virou surpreso e se ruborizou.

― Nã o sabia que fosse demorar tã o pouco.

― Nã o gostaria de ficar muito tempo na companhia de Pamela ― respondeu Kirsten nervosa. ― Decidi que nã o quero denunciar, nem a ela nem Morag. Suponho que Morag foi demitida, nã o?

― É ó bvio.

― Parece-me suficiente. O que quero agora é esquecer para sempre deste assunto.

― Nã o posso acreditar que vá deixar que Pamela saia impune depois do que lhe fez.

― Eu fui a ví tima, mas você foi a causa. A verdade é que nã o me surpreende que a pobre fosse capaz de chegar até onde chegou por você ― respondeu Kirsten observando divertida como Shahir se surpreendia. ― Deixou-se levar por um arrebatamento de raiva pró prio de uma menina com medo que lhe tirassem o menino que gosta.

― Nã o imaginava que fosse levar isso tã o bem.

― Shahir, quero saber uma coisa. Esteve alguma vez com ela?

― Nã o, mas admito que ela tinha me deixado muito claro que queria algo comigo e que em um par de ocasiõ es me passou pela cabeç a ― confessou Shahir apertando os dentes. ― Entretanto, sempre mantive a distâ ncia e, ultimamente, sua franqueza me incomodava.

― Agradeç o sua sinceridade ― murmurou Kirsten sinceramente. ― Agora entendo por que Pamela acreditava que tinha que ficar com você e que eu podia estragar tudo.

― Nã o deveria deixar que isso a influenciasse, nã o deveria esquecer o que ela lhe fez.

― Você nã o é uma mulher, Shahir. Você nã o entende.

Era verdade que, provavelmente, Shahir nã o entendesse, mas també m era verdade que estava se mostrando incrivelmente sincero.

― Quero lhe pedir perdã o do mais profundo do meu coraç ã o por ter duvidado de sua palavra quando a acusaram de roubo. Eu...

― Está tudo bem... tudo está em ordem ― interrompeu-o Kirsten. ― Pamela é uma mulher muito astuta e planejou tudo para me fazer parecer culpada.

― Por favor, me deixe terminar ― insistiu Shahir.

Kirsten suspirou frustrada, pois teria preferido falar de algo muito mais importante.

― Envergonho-me de que você tenha vindo me procurar para me pedir ajuda e de que eu nã o tenha acreditado em você. Deixei-a só. Asseguro que essa culpa me acompanhará até o dia de minha morte.

― Sei ― murmurou Kirsten desejando que seu marido nã o se tornasse tudo tã o a peito. ― Shahir, você també m é humano.

Shahir a olhou nos olhos.

― Foi embora de sua casa sem dinheiro e sem ajuda. Asseguro que nos sete meses que demorei a encontrá -la o passei muito mal, estava realmente preocupado com seu bem-estar.

Kirsten sorriu pensativa.

― Inclusive antes de que se inteirasse de que estava grá vida?

― Sim... Agora compreendo que, ao me inteirar de que estava grá vida, deveria ter repensado. Isso me faz sentir ainda pior por nã o ter acreditado em você desde o começ o ― envergonhou-se Shahir.

Kirsten o olhou com decisã o.

― Perdô o-o.

Shahir franziu o cenho.

― Mas nã o pode...

― Se eu disser que o perdô o, eu perdô o!

― Sim, mas...

― Acaso nã o posso decidir a quem eu perdô o e a quem nã o, nã o é? ― exclamou Kirsten, exasperada.

Shahir empalideceu e apertou os dentes.

― É ó bvio que sim ― respondeu.

― Entã o, vai ter que viver com a idé ia de que o perdoei ― insistiu Kirsten fazendo um esforç o para nã o sorrir. ― Nã o nos conhecí amos bem quando concebemos o nosso filho e esse foi o verdadeiro problema. Havia entre nó s uma atraç ã o fí sica fortí ssima, mas nã o nos conhecí amos de verdade.

Shahir ficou pensativo.

― Nã o tinha me ocorrido vê -lo por essa perspectiva. Tem razã o. É preciso tempo para confiar em outra pessoa. Desde que a vi, um desejo muito forte se apoderou de mim, era como um fogo que queimava meu sentido comum e meu controle. Via você e estava perdido. Tentei lutar contra ele, mas o fogo me apanhou e deu ao traste com minhas boas intenç õ es.

― Eu tampouco o ajudei quando menti e disse que nã o era virgem. Por favor, deixe de agir como se somente um de nó s foi responsá vel pelo que aconteceu.

Shahir assentiu e Kirsten decidiu que tinha chegado o momento de mudar de assunto e falar do assunto que realmente tinha na cabeç a fazia já um bom tempo.

― No dia de nosso casamento, disse-me que nã o estava apaixonado por Faria...

Shahir a olhou surpreso.

― Assim é.

― Sim, mas eu nã o acreditei. Naquele momento, pensei que só dizia isso para me fazer feliz.

― Eu jamais a enganaria ― assegurou-lhe Shahir com candura.

Entã o era verdade, entã o era verdade que nã o estava apaixonado por Faria!

― Ou melhor, nã o soei muito convincente quando lhe falei dela, mas me dava muita vergonha nunca ter estado apaixonado na minha idade e...

― Nenhuma vez? ― exclamou Kirsten surpresa.

― Até que a conheci. Quando a conheci, dei-me conta de que as emoç õ es que você despertava em mim eram muito mais fortes do que eu jamais tinha sentido por ela. Entã o, dei-me conta de que tinha me equivocado, de que tinha tomado a admiraç ã o por amor.

Kirsten o agarrou pelas mã os e as apertou com forç a.

― O que isso quer dizer?

Shahir a olhou intensamente nos olhos.

― Quer dizer que acredito que sonhava com Faria para nã o ter que me enfrentar à realidade de que nã o queria me casar.

― Isso dá igual, o importante é que quando leu no deserto todos aqueles poemas maravilhosos estava sendo româ ntico.

― É ó bvio.

― Estava sendo româ ntico porque queria ser româ ntico e nã o porque acreditasse que era o que tinha que fazer durante nossa lua-de-mel.

Shahir a olhou confuso.

― Fui tã o boba! Se houvesse me dito que me amava, eu haveria dito que o amava també m ― acrescentou Kirsten lhe desabotoando a gravata.

― Entã o só tenho que lhe dizer que a amo? ― respondeu Shahir com a respiraç ã o entrecortada.

― Sim, e eu digo que eu també m o amo, O que lhe parece? Amo você desde a primeira vez que o vi naquela moto quando quase atropelou Squeak.

Continuando, olhando-se nos olhos, Shahir se deu conta de que Kirsten sorria encantada e ela se deu conta de que Shahir estava exultante de felicidade.

― Eu acredito que eu també m me apaixonei por você naquele mesmo instante. De verdade eu nã o entendo como pode me amar quando cometi tantos erros ― lamentou-se Shahir.

― Amo-o e ponto final.

― Eu acreditava que tinha se casado comigo somente porque eu tinha lhe deixado grá vida.

― Eu també m acreditava que você tinha se casado comigo pelo mesmo motivo.

― Mas a primeira vez que lhe pedi isso, no castelo, ainda nã o estava grá vida ― recordou ele.

― Nã o, mas entã o acreditei que o fazia porque se sentia culpado.

Shahir a abraç ou com forç a.

― Admito que me sentia culpado, mas aquela proposta nasceu do amor e do desejo. Desgraç adamente, aquele dia nã o entendi o meu pró prio coraç ã o e, quando lhe acusaram de roubo, deixei-me levar e isso me afastou de você. Se isso nã o tivesse ocorrido, ao final de alguns dias teria me dado conta de que era a mulher com quem queria passar o resto de minha vida, mas a decepcionei...

― Nã o insista nisso ― repreendeu-o Kirsten lhe pondo um dedo sobre os lá bios.

― Amo-a tanto ― disse Shahir beijando-a.

Dezoito meses depois, Kirsten estava no quarto de Tazeem, que por fim adormeceu.

Naquele dia, os prí ncipes tinham dado uma grande festa para o pessoal de serviç o e seus vizinhos e todos o tinham passado muito bem. O rei Hafiz, que ultimamente ia muito ao castelo escocê s em que viviam seu filho e sua nora, riu muito com os palhaç os que tinham contratado para entreter as crianç as.

Inclusive os gê meos, Amir e Bisma, que dormiam no quarto do lado, tinha agü entado toda a festa.

Sua chegada tinha sido uma completa surpresa e agora os meninos tinham dois meses e faziam as delí cias de seus pais. Shahir tinha passado um pouco mal durante o parto, mas logo se repô s.

O ú ltimo ano e meio de casados tinha sido a gló ria para Kirsten pois estava segura de contar com o amor e a admiraç ã o de seu marido e agora já nã o tinha que preocupar-se constantemente por ser a esposa perfeita.

Seu irmã o Daniel tinha terminado o doutorado e estava trabalhando em um projeto de conservaç ã o no Golfo Pé rsico, o que lhe permitia ir ao Dhemen para visitá -la quando queria.

A ú nica coisa que tinha embaç ado momentaneamente sua felicidade tinha sido que nã o tinha podido fazer as pazes com seu pai. Angus Ross havia devolvido sem abrir todas as cartas que lhe tinha enviado e tinha morrido repentinamente de um enfarte seis meses atrá s.

Daniel e ela tinham ido a seu enterro com a consciê ncia bem tranqü ila porque tinham tentado fazer as pazes com seu progenitor

Agora, Kirsten desfrutava e valorizava mais que nunca do amor, da bondade e do apoio que tinha encontrado na famí lia de Shahir.

― Temos duas babá s e um montã o de empregados, mas, por que eu sabia que ia encontrá -la aqui? ― sorriu Shahir da porta.

― Exatamente no mesmo lugar onde eu encontro você muitas vezes — sorriu Kirsten. ― Seu pai já se deitou? ― acrescentou abraç ando-o pela cintura e caminhando a seu lado para seu quarto.

― Sim ― respondeu Shahir. ― Eu disse aos palhaç os que eles tê m que voltar para seu aniversá rio porque fazia anos que nã o via meu pai rir tanto. Muito obrigado ― acrescentou olhando-a com carinho. ― Meu pai nunca gostou de viajar, mas você lhe faz sentir tã o bem nesta casa, que por isso vem tã o freqü entemente.

― Me alegro.

― Eu adoro estar casado com você ― sorriu Shahir com voz rouca enquanto a agarrava pela cintura.

― De verdade? ― respondeu Kirsten com um sorriso provocante e feminino.

― Deixa-me louco ― assegurou-lhe Shahir lhe acariciando os quadris.

― Eu també m o quero muito ― respondeu Kirsten lhe passando os braç os pelo pescoç o.

Shahir se inclinou sobre ela e a beijou e Kirsten estremeceu de desejo. Continuando, Shahir lhe disse quã o feliz era a seu lado e como sua vida nã o teria sentido sem ela e sem as crianç as.

Kirsten escutou enquanto Squeak bocejava sem parar, pois já tinha visto aquela cena muitas vezes, assim que foi dormir em sua cesta, situado no quarto do lado.

 

Fim

 



  

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