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CAPÍTULO IX



CAPÍTULO IX

 

Lisa estava indecisa se deveria ou não ligar para Richard. Ele sairia com ela com prazer no momento que lhe pedisse, mas não estava com a menor vontade de se arrumar e de fazer um programa.

Mas não havia escolha. Ou ligava para Richard e lhe contava toda a história ou Brett descobriria que mentira sobre o compromisso.

Richard não fez perguntas. Disse apenas que a estaria esperando num táxi em trinta minutos. Lisa não sabia aonde ele a levaria. Nem queria saber. Bastava que Richard a levasse para longe do hotel.

Celina estava entrando no quarto quando ela abriu a porta.

— Está bonita. Vai sair ou ficar aqui?

A insinuação era óbvia. Todos já deviam ter visto ou ouvido falar que Brett estava de volta ao hotel.

— Vou sair. Com Richard Hanson. A amiga ficou boquiaberta.

— Pensei que fosse sair com o patrão. Esteve na casa dele há pouco. Ele lhe deu o fora?

— Oh, não — Lisa respondeu com fingida indiferença. — Ainda. falta eu completar meu período de experiência. A metade, aliás.

Lisa se despediu com um sorriso. Sabia que em poucos minutos todo o staff estaria comentando sobre o fora que Brett lhe dera, apesar de ela ter afirmado o contrário.

Richard a esperava conforme prometera e não disse nada durante o trajeto para um restaurante quê ficava do outro lado da ilha.

— Nunca fui tão mimada — Lisa confessou enquanto jantava. — Nunca comi tão bem nem visitei lugares tão luxuosos.

— Você poderia levar esse tipo de vida sempre, se aceitasse meu convite. Já pensou a respeito?

Lisa negou com um movimento de cabeça.

— Não estou pronta para tomar uma decisão tão importante.

— Problemas demais? — O tom foi gentil. — É o terceiro fim de semana seguido que Brett vem ao hotel. Se é por sua causa, por quê não estão juntos esta noite?

— Porque eu preferi sair com você. Richard sorriu.

— Agradeço, mas duvido de que seja verdade. Ele não a procurou?

— Procurou. Ele não é o homem que você pensava que fosse, Richard. Não é o homem que eu pensei que fosse.

— Por que não me conta tudo?

Lisa contou sobre Andréa. Richard ouviu-a, indignado.

— Eu conhecia a fama dele, mas não esperava que pudesse ser tão baixo! Duvido de que o avô de Andréa esteja ciente desse acordo entre eles. Howard é um bostoniano tradicional. Ele deserdaria Andréa, se descobrisse quem ela realmente é.

— Não dirá a ele, dirá? Richard suspirou.

— Não. Eu não seria capaz de lhe dar esse desgosto. Brett é um outro caso. Ele precisa ouvir umas boas verdades!

— Não quero que diga nada a ele! Por favor, Richard!

— Por que não? Se seu pai estivesse aqui, tenho certeza de que faria o mesmo.

— Não, não faria. Eu não teria contado a ele.

— Não confia em seu pai?

— Ele é um religioso e tão tradicional quanto o avô de Andréa. Ele e minha mãe ficariam horrorizados se soubessem que eu mantive relações íntimas com um homem sem ser casada.

— Talvez a compreendam, se explicar.

— Não. Papai encara a promiscuidade como o maior dos pecados.

— Você não é promíscua.

— Aos olhos deles, não existe diferença. Não que eu esteja me queixando. Eles sempre pensaram assim.

— Também com seus irmãos?

— Também.

A chegada do garçom com as lagostas encerrou a conversa por alguns minutos.

— Levando-se em consideração o que aconteceu hoje, é possível que Brett encerre imediatamente seu período de experiência.

— Acho que seria melhor — Lisa murmurou. — Eu passaria o Natal em casa.

— O que diria a seus pais?

— Que senti saudade.

— E depois de voltar à Inglaterra, alegaria que não queria mais voltar a St. Thomas. Acertei?

— Não há outro jeito.

— E quanto a minha proposta?

— Não daria certo, Richard. As pessoas nunca entenderiam.

— O que importa o que os outros pensam? Nós sabemos a verdade.

— A mim importa. E importaria a seu filho também. Richard sorriu com tristeza.

— Em outras palavras, eu estou pensando apenas em mim mesmo. Você está certa. Não posso querer que substitua minha Helen. Você tem sua própria vida para viver.

Uma vida sem grandes perspectivas no momento, Lisa pensou. Sem emprego, teria de morar na casa de seus pais. Adorava-os, mas seria difícil se adaptar a seu estilo depois de anos de liberdade.

Restava a esperança de que Brett não a despedisse, mas que a mantivesse no hotel por causa da clientela..

Por mais desapontado que estivesse, Richard aceitou ser seu acompanhante também no dia seguinte. Ao contrário do que dissera a Brett, ela não quis passar a noite fora.

St. Croix era bem maior do que St. Thomas. Tinha mais do que o dobro do tamanho e contava com uma paisagem mais diversificada. Havia ruínas de engenhos de açúcar e de casas imensas. A vegetação variava de uma densa floresta tropical a pequenos desertos com cactos. Havia flores por toda parte.

— Você deveria visitar também as Ilhas Britânicas — Richard sugeriu no trajeto de volta para St. Thomas. — Poderíamos tentar fazer reservas para o Natal...

— Se eu ainda estiver aqui — Lisa interrompeu-o.

— Se você quisesse, eu pretendia dizer — Richard concluiu. — Havia me esquecido daquele assunto.

Lisa desejaria esquecê-lo também. Pela manhã, quando ligara para casa, por pouco não dissera à mãe que passaria o Natal com a família. Sua mãe lhe parecera triste, embora não admitisse. Mas um emprego como aquele não era sempre que surgia e ela estava determinada a lutar por ele até o fim.

Despediu-se de Richard na entrada do hotel com o acordo de se encontrarem novamente ao jantar. Talvez estivesse usando-o, reconhecia, mas o prazer que Richard demonstrava em sua companhia, aliviava sua consciência. Em breve se separariam para sempre. Enquanto pudesse, portanto, ficaria ao lado dele.

Gary Conway estava conversando com um grupo de hóspedes no jardim que dava para as salas de ginástica e de massagem. Lisa sentiu um nó na garganta quando ele lhe fez um sinal para que esperasse. O assunto só poderia ser aquele que temia.

O sorriso que ele dera aos hóspedes desapareceu no momento que se virou para ela.

— Parece que terá de dizer adeus a seu amigo Hanson antes do que esperava. Infelizmente não poderemos prorrogar sua reserva até o Natal. Ele terá de partir amanhã.

Lisa ficou furiosa.

— Não pode fazer isso!

— Claro que posso. Precisamos da suíte dele para os hóspedes que estão chegando.

— Ele havia decidido ficar até o Natal duas semanas atrás.

— Mas não nos comunicou sobre sua decisão até esta manhã.

— Hóspedes assíduos como ele podem ser acomodados no anexo que foi construído para esse fim. Está me dizendo que não há vagas no anexo tampouco?

— Estou lhe dizendo que não posso prorrogar a reserva dele.

— Não pode ou Brett não quer? Gary pestanejou.

— Ele é o dono.

— E você é seu porta-voz. — Ela sabia que estava sendo injusta, mas não se conteve. — Não pensei que você fosse assim, Gary.

— Acontece que sou um simples empregado — Gary retrucou. — Cumpro ordens. Se dependesse de mim, você iria embora, não ele. Só causou problemas por aqui desde que chegou.

— Em parte porque não satisfiz suas expectativas. Acontece, Gary, que vim por causa do emprego, não por você. Nesse sentido, não pode me acusar. Fiz meu trabalho da melhor maneira possível.

Ele ergueu um ombro.

— Talvez, mas a que preço! Brett deve estar louco para perder um cliente como Hanson por ciúme. Quando isso passar, ele ficará furioso consigo mesmo por essa atitude.

Lisa não conseguia pensar em mais nada a não ser no modo que Brett escolhera para frisar quem ditava as ordens. Livrar-se de Richard era apenas o começo. Ela viria em seguida. O que ele jamais poderia imaginar era que não estava disposta a esperar para ser dispensada.

Sem dizer mais nenhuma palavra, Lisa afastou-se de Gary e dirigiu-se à casa de Brett. Hesitou ao não encontrá-lo na piscina, mas como uma das portas estava aberta, invadiu a sala.

— Não consegue admitir, não?

Ele estava com as mãos nos bolsos e assim permaneceu.

— Não consigo admitir o quê?

— Uma recusa. Foi a primeira vez que uma mulher o dispensou, não?

— Sem o menor traço de fineza, sim. Era isso que tinha para me dizer?

— Você sabe por que estou aqui! O que fez com Richard Hanson não tem desculpa!

Ele não respondeu e Lisa continuou.

— Você e Andréa se merecem!

Dessa vez ele deu um passo e tirou as mãos dos bolsos.

— O que Andréa tem a ver com isso? Lisa percebeu que havia cometido um erro.

— Se Richard for embora, eu irei com ele.

Ela tentou se afastar, mas Brett pressionou um botão num painel e a porta foi fechada automaticamente.

— Você não irá a parte alguma antes de me explicar por que Andréa Gordon e eu nos merecemos.

Lisa estranhou que Brett mencionasse o nome por completo, mas era tarde demais para conjeturas.

— Se duas pessoas íntimas não se respeitam, como podem respeitar os estranhos? Você fez acusações a minha pessoa, mas não tinha esse direito. Sou muito melhor do que você.

— O que está insinuando sobre Andréa e eu?

— Ora, não tente negar! Ao menos tenha a decência de assumir o que existe entre vocês!

— Não estou em condições nem de negar nem de assumir o que quer que seja antes de saber de que você está falando! Faça o favor de me explicar!

Lisa fitou-O, subitamente incerta. Brett parecia inocente.

— Andréa marcou um horário comigo ontem e me contou tudo.

— O que é tudo, exatamente? — Brett insistiu. — Quero saber o que ela disse, não o que você deduziu.

— Eu não deduzi nada. Ela foi muito clara. O acordo de vocês é de liberdade total para ambas as partes. Não entendo sua relutância em se casar de uma vez. Sua vida não mudará nada.

Brett encarou-a.

 — Você está pensando que eu pretendo me casar com Andréa algum dia?

— Foi o que ela disse. E agora, é claro, você irá desmenti-la.

Brett ainda estava encarando-a.

— Eu nunca pedi mulher alguma em casamento.

— Isso significa que ela inventou essa história?

— O que você acha?

— Que um de vocês está mentindo.

— Cabe a você decidir quem.

Lisa não sabia em quem acreditar. Se Brett estava dizendo a verdade, Andréa a procurara por ciúme, o que lhe parecia ridículo.

— Acho que estamos precisando conversar — Brett disse, por fim.

— Já dissemos tudo o que havia para ser dito. Estou aqui apenas por causa de Richard. Ele não é responsável por aquilo que eu fiz ontem.

— Eu também não sou responsável pelo que Andréa lhe disse.

— Ela não pensaria o que pensa sobre você sé não tivesse sido encorajada a isso.

— Andréa não está acostumada a ser contrariada em suas vontades..

— Então ela quer você?

— Considera-me um bom partido— Brett parou de falar e sorriu com ironia. — Por que não me disse isso ontem à noite em vez de representar aquela farsa?

— O que lhe dá a certeza de ter sido uma farsa?

— Isto.

Ele começou a andar em direção a ela. Lisa sentiu o fôlego faltar. Se era difícil acreditar em Brett, resistir a ele era ainda mais.

Manteve os lábios cerrados enquanto ele a beijava e as mãos caídas ao longo do corpo. Mas não por muito tempo. Se ele tivesse desistido na primeira tentativa, talvez seu controle tivesse sido maior. Quando deu por si, estava abraçando-o pelo pescoço e correspondendo ao beijo com paixão.

Não resistiu quando ele a ergueu no colo e enterrou o rosto na curva de seu ombro para depois carregá-la ao longo do corredor e subir os degraus que levavam ao quarto.

Assim que a deitou na cama, Brett tocou-a sob a blusa e sob o sutiã de renda. Lisa não pôde evitar os gemidos de prazer que lhe escaparam da garganta. Quando ele substituiu as mãos pela boca, ela pôs-se a murmurar seu nome e a suplicar por mais,

Brett não resistiu. Levantou-se e se despiu. O quarto estava tomado pelas sombras mas ela conseguiu ver sua figura recortada contra a janela.

Ele se deitou sobre ela, então, e depositou beijos por todo seu corpo. Não foi mais possível raciocinar. Ela abandonou-se ao desejo que a consumia.

Estavam juntos outra vez, um dentro do outro. Nada mais importava!

Demoraram para se recuperar. Brett estava deitado ao seu lado com a cabeça em seu ombro e um braço sobre seu peito. Pelo ritmo de sua respiração, havia adormecido.

Lisa pôs-se a recordar cada momento de amor. Se fora bom da primeira vez, da segunda fora ótimo. Sempre acreditara que os êxtases eram raros e que poucas pessoas tinham a felicidade de experimentá-los. Com Brett acontecera as duas vezes. Mas até quando ele a levaria ao paraíso sem que o interesse por ela desaparecesse?

Precisava encarar a realidade. Ela era apenas um caso na vida dele. Seria necessário encontrar uma outra desculpa para terminar com Brett. Depois do que acontecera, não podia dizer que ele lhe era indiferente. Estava correndo um grande risco. Se Brett percebesse que o amava, seria ainda pior. A solução, talvez, seria fingir que para ela também havia sido apenas um caso passageiro.

Ele se moveu e ela se forçou a relaxar.

— Desculpe. Não costumo dormir em seguida. — Brett se apoiou num cotovelo e sorriu. — Você me deixou nocauteado.

Lisa retribuiu o sorriso e acariciou-o.

— Estou contente que tenha mudado de idéia a meu respeito.

— Em parte.

— Ainda pensa que eu e Andréa...

— Digamos que não quero mais pensar a respeito. De qualquer modo, não existe nenhum compromisso entre nós.

— Então está disposta a continuar comigo?

Lisa reuniu o que restava de seu controle para aparentar calma.

— Enquanto durar, por que não?

— Nesse caso, vamos aproveitar ao máximo... enquanto durar.

Havia um toque de ironia na resposta, mas Lisa não teve tempo para refletir. Brett estava beijando-a novamente e de um modo ainda mais possessivo do que antes. Foi assim que lhe fez amor dessa vez.

Depois que terminou, Lisa viu-se pensando que nenhum outro homem poderia fazê-la se sentir tão mulher. Tivera um relacionamento íntimo com apenas um de seus namorados e ele não a entusiasmara. Talvez porque não o amava, embora não soubesse disso na época. O amor fazia a diferença. Devia ser essa a resposta.

Brett rolou na cama, sentou-se e vestiu um roupão: Lisa acompanhou seus movimentos até que ele se fechou no banheiro.

Ela só conseguiu voltar a si quando viu o relógio na mesa de cabeceira. Nove e trinta! Prometera encontrar Richard às oito! A essa altura eleja deveria ter sido informado da impossibilidade de prorrogar sua estadia até o Natal. O que estaria pensando?

Apanhou as roupas no chão e estava se vestindo quando Brett voltou para o quarto.

— Está de saída?

— Perdi a noção do tempo. Eram sete horas quando cheguei.

— Aconteceu comigo também. Não há razão para pressa.

— Eu deveria estar jantando com Richard.

— Você passou o dia inteiro com ele. Não foi suficiente?

— Se ele tem de ir embora, preciso me despedir.

— Você gostaria que ele ficasse?

— Claro que sim. Como eu lhe disse, o que aconteceu conosco ontem não tinha nada a ver com ele. Se alguém precisa ser castigado, por que não Andréa?

— Cuidarei de Andréa no devido tempo. Se Hanson ficar, você promete não se aproximar dele?

— Você está me pedindo algo muito difícil.

— É pegar ou largar.

— Por quê? — Lisa protestou. — Richard é um amigo. Você não pensa que nós...

— Que estão sexualmente envolvidos? — Brett terminou a frase. — Você pode não vê-lo sob esse prisma, mas eu duvido que o interesse dele seja apenas platônico. Poucos homens são capazes de ficar ao lado de uma mulher bonita sem que a atração sexual se manifeste. Não repita aquela história sobre você ser parecida com a filha dele. Não dá para acreditar.

— Porque você é um cínico que julga todas as pessoas por seu próprio padrão!

— Quase nunca erro.

— Ainda por cima é arrogante! Como pude me deixar envolver por alguém como você?

— Está arrependida?

— Nunca me arrependi tanto de algo!

— Mentirosa! — Brett zombou. — Você gostou tanto quanto eu.

— É o que você pensa!

Ela tentou fugir, mas Brett a deteve. Naquele instante, detestou-o tanto quanto o havia amado alguns momentos antes.

Brett não disse nada quando Lisa tentou agredi-lo. Apenas a tomou nos braços novamente e a carregou para a cama e se deitou sobre seu corpo.

Seus lábios se fecharam sobre os dela como se quisesse puni-la. Mas isso durou apenas o suficiente para ela parar de lutar e corresponder ao beijo.

— Diga, agora, que não me quer — ele a desafiou.

— Não é uma questão de querer — Lisa respondeu. — É uma questão de não gostar de receber ordens. Você não tem o direito de decidir quem eu posso ou não ver.

— Tenho o direito de escolher minha clientela.

— Não tinha esse direito, mas as razões por ter tomado essa decisão em particular.

— Ainda posso mudá-la. Depende de você. Sim ou não? Ela respirou fundo.

— Sim.

Brett não teceu comentários. Tirou o fone do gancho e disse:

— Avise o sr. Hanson, da suíte 113, que houve um engano e que ele pode prorrogar sua estadia.

— Talvez ele prefira partir amanhã mesmo depois do que houve.

— A decisão agora cabe a ele. Está com fome?

— Estou. Não como nada desde o almoço.

— Minha geladeira está bem abastecida.

Lisa se levantou e passou a mão pelos cabelos desgrenhados.

— Preciso tomar um banho e trocar de roupa.

— Meu chuveiro e minha banheira estão às ordens. Empresto-lhe um roupão.

Ela não deveria ser a primeira a conhecer Brett em sua intimidade, Lisa pensou. Andréa e outras já deveriam ter usado aquele roupão e deitado naquela cama. Brett era um homem viril e livre. Nenhuma mulher devia satisfazê-lo por muito tempo. Mas não recusaria seu convite. Enquanto durasse, valeria a pena.

O banheiro era grande e luxuoso. Havia uma banheira redonda no centro, sobre uma plataforma de mármore, mas ela preferiu tomar uma ducha.

Vestiu o roupão que estava pendurado atrás da porta. Era largo e comprido para ela, mas sentiu-se bem por estar usando algo que pertencia a Brett.

Encontrou-o na cozinha.

— O que acha de um omelete à espanhola e salada?

— Maravilhoso. Posso ajudar?

— A salada está pronta e eu já bati os ovos. Falta apenas fritá-los. Sente-se e converse comigo.

A mesa já estava arrumada para dois. A salada se encontrava no centro.

— Sobre o quê?

— Qualquer coisa que lhe vier à mente.

— Confesso que não estou acostumada a este tipo de situação.

Brett despejou os ovos sobre as cebolas e vários tipos de legumes que borbulhavam na frigideira e virou-se para ela.

— Você gosta de deixar um homem em suspense. Parece um camaleão. — Lisa hesitou. Não entendia o que Brett estava querendo dizer. — Comporta-se na cama como uma mulher experiente e sensual e depois age como uma menina inocente.

— Não estou representando, Brett. Não costumo passar as noites fora.

— Se eu pensasse de outra forma, você não estaria aqui agora. Em seguida Brett dividiu o omelete em duas partes, colocou-as nos pratos e serviu-as.

— Coma enquanto está quente.

A fome havia passado, mas ela se forçou a atendê-lo. Estava confusa. Se ela parecia um camaleão, o que ele era?

Surpreendeu-o encarando-a com um sorriso nos lábios. Sorriu também.

— O que foi agora? — ela indagou.

— Quero passar a noite com você.

Lisa sentiu o coração transbordar de felicidade, mas a precaução mandou que se contivesse.

— Não creio que seja uma boa idéia.

— Isso significa que não quer?

— Não foi o que eu disse.

— Então você quer?

— Sabe que sim — Lisa confessou com um suspiro.

— Eu sei apenas o que você permite que eu saiba. Qual o problema, Lisa?

— As fofocas que correrão pelo hotel se alguém me vir saindo de sua casa pela manhã.

— Acordaremos antes dos outros.

— Há o pessoal da noite.

— Que você não deverá encontrar a menos que passe pela recepção. Sim ou não?

Foi impossível resistir à tentação.

— Sim.

Ele deu uma risadinha.

— Eu não teria aceitado outra resposta, de qualquer forma.

— Você sempre ganha? — Lisa murmurou.

— Quase sempre.

— Nunca o vi perder.

— No campo material, isso é raro. Mas há outros fatos na vida. — Apontou para o prato de Lisa. — Você comeu pouco Não gostou?

— Está delicioso. Eu não estou com fome.

— Nem eu. — Brett largou os talheres e segurou as mãos de Lisa. — Quero você.

— Outra vez? — ela indagou com um fio de voz.

— Quantas vezes eu puder tê-la.

Brett deu a volta à mesa, ajudou-a a se levantar e segurou-lhe o rosto com ambas as mãos antes de beijá-la longamente.

 

 



  

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