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CAPÍTULO VI



CAPÍTULO VI

 

— Já praticou snorkelling alguma vez? — Brett perguntou a Lisa depois de cumprimentar algumas pessoas a bordo.

— Nunca. Hoje será minha primeira experiência.

— Não há perigo desde que obedeça as regras. Tenho certeza de que Richard saberá ensiná-las.

— Eu só pratiquei esse esporte uma vez. Seria bom se você viesse conosco.

— Ou qualquer outra pessoa com experiência, Richard. O sr. Sanderson deve ter assuntos mais importantes para resolver. Não é sua função dar aulas a iniciantes.

— Ao contrário — Brett retrucou. — Considero minha responsabilidade cuidar daqueles que trago em meu barco. Preciso dar algumas ordens à tripulação. Voltarei para junto de vocês em seguida.

Richard esperou até que Brett se afastasse.

— Se você está querendo provocá-lo, tenho certeza de que conseguiu. Não deve chamar um homem que a beijou de "senhor".

— Ele é meu patrão. De que outro modo deveria chamá-lo?

— Você sabe de que estou falando. O que aconteceu entre vocês obviamente marcou-a.

— A mim, talvez. A ele não significou nada.

— Não fique tão certa. Ele acabou de olhar para você e não foi um olhar de patrão para empregada.

Apesar da presença de Brett, Lisa estava se divertindo. A vista era maravilhosa. Havia ilhas espalhadas por todos os lados. Algumas eram pequenas e rochosas, outras grandes e verdes.

— Agora entendo porque as pessoas gostam tanto de velejar por aqui — disse a Richard.

— Não está arrependida por ter vindo, então? Lisa balançou a cabeça e riu.

— Não mais.

Como se um ímã os atraísse, seus olhos se dirigiram a Brett. Ele parecia à vontade. Andréa, a seu lado, estava usando um minúsculo biquíni quase do mesmo tom de sua pele. Parecia estar nua.

Ancoraram sobre um recife e distribuíram máscaras com tubos de respiração para todos os passageiros juntamente com pés-de-patos.

— Fique de camiseta — Richard recomendou — para não queimar as costas.

Ela seguiu o conselho. Não seria a única a mergulhar vestida, afinal. Várias outras pessoas estavam fazendo o mesmo. Seria sua primeira vez a usar pés-de-pato. Sentiu dificuldade em calçá-los.

— Estou me sentindo como um pingüim — confessou.

— Na água, gostará da sensação — Brett animou-a. — Já experimentou colocar a máscara?

Lisa negou com um movimento de cabeça. Ele ajustou-a e ela procurou reagir à sensação dê claustrofobia. Queria provar que era capaz. Dominaria a vontade de arrancar a máscara, custasse o que custasse.

— Temos coletes salva-vidas na cabine, se você quiser se sentir, mais segura — Brett avisou. — Nada bem?

Lisa tirou o tubo da boca para responder.

— Razoavelmente.

— Você virá comigo e Richard irá com Dave. Se ambos. estiverem bem, ficarão juntos mais tarde.

Richard mergulhou primeiro.

— Tire a máscara e espalhe saliva no vidro — Brett instruiu-a. — E preciso fazer isso para o vidro não embaçar.

Lisa seguiu as instruções. Não queria perder o controle sobre si mesma. Precisava pensar em Brett apenas como um instrutor qualquer.

Bastou ele estender a mão e segurá-la pelo braço, contudo, para ela estremecer.

— Estou apenas ajudando-a. Não é minha intenção flertar.

— Brett murmurou, irônico. — Relaxe.

— Não preciso de ajuda.

Com cuidado para não cair, Lisa desceu a plataforma e entrou na água da maneira que viu os outros fazerem.

O mundo submarino era maravilhoso. Uma fantasia de cores e de movimento. Havia peixes azuis e listrados. Alguns mudavam de cor de acordo com a direção que seguiam. Outros eram prateados.

Brett segurou-lhe o queixo, de repente, num sinal para que ela emergisse.

— Está tudo ok? — quis saber.

— É fantástico! — Lisa exclamou.

— Se quiser mergulhar mais fundo, não se esqueça de assoprar o tubo quando voltar à superfície. Estarei aqui se tiver alguma dificuldade.

Lisa agradeceu, tornou a colocar o tubo na boca e voltou para o snorkelling. Não resistiu a mergulhar mais fundo. Era espantoso. Os peixinhos não tinham medo dos humanos. Eles nadavam ao redor, sem a menor cerimônia. Um deles, com listras que lembravam as de um tigre, chegou a beijar seus dedos.

— Você está se saindo muito bem — Brett elogiou-a. — Daqui a dez minutos voltaremos ao barco. Já nadou o suficiente para uma iniciante.

— Não quero prendê-lo. Fique à vontade — Lisa disse.

— Nunca, em hipótese alguma, faça isso com um parceiro

— Brett ensinou-a. — Essa é a primeira regra do jogo.

Os dez minutos pareceram segundos. Quando Brett chamou-a, ela teve ímpetos de protestar. Ele sorriu como se estivesse lendo seu pensamento.

— Tire os pés-de-pato na água — ele ensinou-a — e entregue-os a mim.

Quando a puxou para bordo, ela quase encostou no peito dele. Por sorte, ainda estava com a máscara e ele não pôde ver sua reação. Estavam sozinhos, a não ser pela tripulação. Ela tirou a máscara e enrolou-se numa toalha.

— Não é preciso — ele sussurrou.

— O que está insinuando? — Lisa franziu o cenho.

Brett não pôde responder. Andréa surgiu no deque para convidá-lo para outro mergulho. Ele fez um sinal afirmativo.

— Descanse um pouco e estará pronta para repetir a experiência à tarde. O almoço será servido em meia hora.

A última coisa que Lisa queria era almoçar quando viu Brett se reunir a Andréa.

Os outros começaram a voltar para o barco. Uma das mulheres que já havia se submetido a uma massagem sentou-se ao lado de Lisa.

— Não é ótimo? Brett sabe realmente como agradar seus hóspedes. Há três anos venho passar minhas férias no Royale. Aliás, desde sua inauguração. Mas é a primeira vez que o encontro aqui. Alguém me disse que ele costuma passar o Natal na ilha. Será que acontecerá o mesmo este ano?

— Infelizmente não tenho a menor idéia. Por que não pergunta a ele?

— É o que pretendo fazer. Tinha um convite para passar o Natal com alguns amigos em Barbados, mas surgiu um imprevisto e eles tiveram de cancelar o encontro. Estou pensando em prolongar minha estádia.

Aquela era a mulher, segundo Richard lhe dissera, que estava à caça de um novo marido.

O bufê foi soberbo. Para beber, a escolha variava de água mineral e suco de frutas frescas a champanhe. Lisa tomou seu habitual suco. Queria estar com disposição para o mergulho da tarde. Poucos, entretanto, pensaram como ela.

— Navegaremos para um outro local — Richard avisou-a, — Estou ansioso por outro mergulho. Aliás, agora que me sinto confiante com um snorkel, estou pensando em experimentar emoções mais intensas. Você teria coragem para mergulhar com equipamento submarino?

Lisa riu ao mesmo tempo que negava com um movimento de cabeça.

— Muito obrigada. Por enquanto estou satisfeita com o que aprendi a fazer hoje.

Brett que estava sentado próximo, fez uma provocação.

— Aonde foi parar seu espírito de aventura?

— Ficou detido nos limites do razoável.

— Brett — perguntou a mulher que estivera conversando com Lisa —, você passará o Natal no Royale?

— É provável — ele respondeu, sem se comprometer. — Depende das circunstâncias..

Negócios? Andréa? A que circunstâncias ele estaria se referindo?, Lisa cogitou.

Após o almoço, navegaram por cerca de uma hora até o barco parar numa pequena enseada. A praia era tão linda que algumas pessoas desistiram de mergulhar para caminhar por suas areias brancas e procurar conchas. Outros disseram que queriam se sentar sob as palmeiras e desfrutar do cenário. Lisa voltou para o mar com Richard.

O fundo ali era totalmente diferente do outro local, mas também bonito. Pela primeira vez em sua vida, Lisa viu cavalos-marinhos ao alcance de suas mãos.

Com a confiança adquirida, Lisa achou que estava sendo mais fácil nadar sob a água durante a tarde do que fora pela manhã. Estava tão fascinada com os peixes que, sem perceber, seguiu um deles.

A profundidade diminuiu. Estava tão raso que dava para pisar no fundo do mar. Ela se colocou de pé e tirou a máscara. Estranhou que não houvesse ninguém na praia. Teria demorado tanto que o pessoal já havia regressado ao barco? Pestanejou. Aquela não era a mesma praia. Deveria ter contornado a enseada sem se dar conta.

Precisava voltar. O único problema eram seus braços e pernas. Fosse devido ao susto ou ao excesso de exercícios, estava sem forças. Deveria ter tirado a cabeça da água algumas vezes a fim de se localizar, mas o mar estava tão calmo que se esqueceu de fazer isso.

Tentou se acalmar dizendo a si mesma que bastariam alguns minutos de descanso para recuperar as energias.

Deitou-se na praia e fechou os olhos. Só percebeu que não estava mais sozinha quando uma sombra caiu sobre ela.

— Posso saber que droga de brincadeira, é essa?, Lisa sentou-se instantaneamente.

— Eu me perdi. Foi uma tolice, eu sei, mas...

— Foi uma idiotice, eu diria. Se eu não tivesse visto você nadando para cá, poderia ter pensado que ficou presa em algum lugar!

— Sinto muito. Estava seguindo um peixe e me distraí. Já estou pronta para voltar ao barco.

— Fique onde está! — ele ordenou. — Eu digo quando voltar. Não tenho a menor intenção de rebocá-la.

— Nem eu de ser rebocada! — Lisa retrucou, apesar de reconhecer seu erro. — Para ser franca, preferia que não tivesse vindo atrás de mim!

Lisa enrijeceu quando Brett se deitou na areia e puxou-a com ele. Tentou beijá-la, mas ela se afastou. Por pouco tempo. Na segunda tentativa, seus lábios se ofereceram a ele como se tivessem vida própria.

Em poucos instantes, Brett introduziu as mãos sob a parte superior do biquíni e ela gemeu. Estava quase derretendo às carícias. Quando ele trocou as mãos pela boca, não pôde resistir.

— Diga agora que não me quer — ele provocou-a. — Diga, Lisa.

— Confesso que não sou imune a seus encantos — ela ironizou, mas sou capaz de dizer não a qualquer momento.

— Como fez naquela noite? — Brett lembrou-a. — Eu poderia ter feito amor com você. Sabe perfeitamente disso.

— Mas não fez e perdeu sua chance. Ele encarou-a com desafio nos olhos.

— Não me provoque. Estou em meu limite!

— É mesmo? O que devo fazer a respeito?

— Seguir seus instintos.

Lisa ficou furiosa.

— Você é um convencido! Detesto-o. Gostaria de nunca tê-lo conhecido.

— Porque me quer apesar de tudo. Assim como eu venho desejando-a nas últimas duas semanas.

Lisa estava sentindo o peso de Brett sobre seu corpo. Era inútil continuar lutando. Ele estava certo.

Lisa abraçou-o. Brett tomou sua boca num longo beijo.

— Não aqui. Logo estarão providenciando uma busca. Precisamos voltar. Passaremos o dia juntos amanhã. Só nós dois.

Lisa deixou que ele a ajudasse a «e levantar. Em seguida, arrumou o biquíni. Suas mãos tremiam. Queria-o, mas não deixaria que Brett vencesse.

— Acho que não.

— De que tem medo? De sofrer, ela pensou.

— Quero ser aprovada em meu período de experiência, mas por minha capacidade profissional.

— Seu emprego não tem nada a ver Com o que está acontecendo entre nós.

— Nesse caso, por que não me efetiva no cargo? Já provei que sou boa massagista.

— Não tente misturar vida profissional com vida pessoal, Lisa. Eu disse seis semanas.

Em outras palavras, Brett não prometia um contrato permanente.

Voltaram ao mar, sem trocar mais nenhuma palavra. Ele nadou ao lado dela, mas só ofereceu ajuda quando chegaram ao barco.

Richard não parava de se culpar por tê-la perdido de vista.

— Eu jamais me perdoaria se algo lhe acontecesse.

— A culpa foi minha — Lisa procurou acalmá-lo. — Esqueci as regras. Por sorte, acabou tudo bem.

— A sorte foi Brett vê-la.

Foram atingidos por uma súbita rajada de vento na volta para St. Thomas.

Grande parte dos passageiros preferiu se abrigar da tempestade, mas Lisa continuou onde estava. A chuva caiu forte e fria e tirou-lhe o fôlego por um instante, mas não demorou a passar.

— Fez isso para se punir? — Richard caçoou, quando a tempestade se foi. — Espero que não apanhe uma pneumonia.

Desembarcaram às cinco horas e seguiram direto para o hotel. Lisa tentou encarar com indiferença o fato de Brett colocar Andréa em sua Ferrari vermelha. Foi uma batalha perdida. Só conseguia imaginar os dois juntos aquela noite.

Cansado demais para considerar uma outra saída à noite, Richard convidou-a para jantar no restaurante do hotel. Lisa agradeceu mas recusou alegando que não estava com fome.

Até a hora de dormir, escreveu cartas aos amigos e familiares. Sentia uma enorme saudade deles e também da Inglaterra. Quando aceitara o emprego, sentira-se no céu. Agora se arrependia por ter vindo.

Já havia se deitado quando o telefone tocou. Quis ignorá-lo.

No quarto toque, atendeu.

— Desculpe ligar tão tarde, mas acabo de chegar — Brett disse. — Espero-a amanhã às oito. Traga um maio. Podemos tomar um banho de piscina antes do café. E enquanto comemos, decidimos como passaremos o dia.

Com o coração batendo descompassado, Lisa chamou-o de pretensioso.

— Quero ver você — Brett insistiu. — Não pensou que eu fosse desistir tão fácil, pensou?

— E Andréa? — Lisa não pôde evitar a pergunta.

— Não devo explicações a Andréa.

A resposta era significativa. Lisa mordeu o lábio. Não devia concordar. Por outro lado, se recusasse o convite, passaria o resto da vida se perguntando como poderia ter sido.

— Entenderei «eu silêncio como um sim — Brett murmurou. — Não me deixe esperando.

Com os olhos abertos no escuro, Lisa cogitou o que Brett faria se ela não comparecesse ao encontro. Não que pretendesse testá-lo. Sabia que iria e tinha certeza de que fariam amor em algum momento. Brett deixara claro que era desejo o que sentia por ela. Ela também o desejava. Nunca desejara tanto algo ou alguém. Também sabia que acabaria machucada, mas esse problema ficaria para depois.

 

 



  

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