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O Drama De Uma Mulher Casada 9 страница



Pois bem! Agora era dona de sua memória outra vez. Que dife­rença isso fazia? Praticamente nenhuma. David nunca dissera que a amava simplesmente porque nunca sentira nada por ela. Da pri­meira vez havia se aproximado dela apenas para desfazer o desas­trado casamento do irmão. E, na segunda vez, aproveitara-se da falta de memória dela para desposá-la e, assim, recuperar a totali­dade de suas terras. Um trabalho desnecessário na opinião de Ali­ce. Caso conhecesse a verdade, ela teria renunciado a seus direitos.

E, agora, o que devia fazer? O lado sexual de sua relação ia muito bem, mas isso não era suficiente, pelo menos para ela. Sem afei­ção mútua o casamento fracassaria, e o fazer amor logo seria ape­nas um ato vazio e sem sentido.

O céu azul surgiu por entre as nuvens, e a chuva parou tão bruscamente quanto começara. Qualquer que fosse a decisão dela, não podia ficar ali por mais tempo. Logo ficariam preocupados com sua ausência e começariam a procurá-la. Mas que atitude devia ado­tar de agora em diante? Para David, ela continuava sem memória, e talvez fosse melhor que pensasse assim, pelo menos durante al­gum tempo.

Quando chegou em casa, David estava na varanda.

— Estava prestes a ir atrás de você. Foi a primeira vez que você saiu de carro desde que chegou aqui.

— Não havia ninguém em casa, e pensei que talvez a ocasião fosse apropriada para começar a dirigir novamente. Onde estão os outros?

— Madalyn disse que mamãe chamou-a para conversar — dis­se ele, ignorando a pergunta. — Vocês brigaram?

— Não, ela só queria dizer que poderíamos nos mudar para o quarto dela.

— Um comunicado tolo e inútil. O que acha disso?

— Acho que estamos muito bem em nosso quarto. Scott veio com você para cá?

— Não. Eu o convidei, mas ele disse que não podia.

— Provavelmente não quer ver Madalyn e Tod juntos.

— Talvez. Os dois estão na piscina. Está pronta para o almoço?

— Dê-me cinco minutos. Minhas roupas estão úmidas.

Alice correu para dentro de casa antes que ele tivesse tempo de responder. Ao chegar ao quarto estava ofegante como se acabasse de participar de uma maratona. Seria muito difícil, quase impos­sível mesmo, agir como se nada tivesse acontecido. E David já sus­peitava de algo.

De qualquer modo, ela duvidava que a sogra viesse a contar a verdade ao filho. Se conseguisse acalmar-se e agir como uma pes­soa sensata, Alice ainda poderia salvar a situação. David nunca a amara, mas e daí? Ela o amava e, com um pouco de esforço de sua parte, poderia conseguir que ele algum dia retribuísse seu sen­timento. David a desejava fisicamente. Era um começo…

Ao ver a sogra à mesa, Alice sentiu vontade de dar meia-volta, mas se conteve a tempo e teve presença de espírito suficiente para juntar-se aos outros, sorrindo. Desta vez, pôde até mesmo susten­tar o olhar penetrante de David sem pestanejar. Estava decidida: o casamento com Paul durara dois meses, mas este seria para toda a vida.

— Haverá uma festa no povoado hoje à noite — comentou Da­vid durante o almoço. — Alguém gostaria de ir?

— Parece uma boa idéia — respondeu Tod. — Talvez aquele seu capataz se descontraia um pouco. Ele mal disse uma palavra quando o encontrei hoje de manhã.

— Ele é bastante reservado, mas posso convidá-lo.

— Eu não vou, é claro — disse a sra. Hamilton. — Partirei ama­nhã bem cedo. Joshua pode me levar a Roadtown.

— Vou levá-la até São Tomás, mamãe. Portanto, não precisa­rá sair muito cedo.

— Não há necessidade…

— Há necessidade, sim — declarou ele, severo. — Não é sem­pre que a senhora sai da ilha.

— Eu gostaria de ir junto — disse Alice, dominada por um im­pulso repentino.

— Por quê? — perguntou Elaine Hamilton, fulminando-a com o olhar. — Quer ter certeza de que não vou mudar de idéia em cima da hora?

— Não é isso, sra. Hamilton. Este lar é muito mais seu que meu, e gostaria que ficasse.

— Pois muito bem. Façam como quiserem. Não me importa a que horas vou sair, contando que vá embora. — Ela ergueu-se brus­camente. — Agora, com licença. Ainda não terminei de arrumar minhas malas.

Coube a Tod desfazer a atmosfera tensa deixada por Elaine Hamilton:

— Que tal se saíssemos hoje à tarde no Seajade?Isto é, se você não tiver outros planos, David.

— Não, não tenho. Com Scott tomando conta de tudo, posso sair sossegado.

— Se não se importam, não irei desta vez — disse Alice com um sorriso amarelo. — Não me sinto muito bem e quero estar em forma para a festa desta noite.

— Você mal tocou na comida — comentou David, apreensivo. — Está doente?

— Não, não é nada disso. Apenas me sinto um pouco indispos­ta. Não é motivo para que vocês não se divirtam.

— De modo algum! — protestou Tod. — Vamos fazer-lhe companhia.

— Não vamos ajudar em nada — interveio Madalyn, prática como sempre. — Quando me sinto indisposta, tudo o que quero é ficar só. A não ser que você queira a companhia de David…

— De modo algum. Só preciso me deitar um pouco e logo esta­rei novinha em folha. Agora, tratem de se divertir. Até logo.

David não fez menção de segui-la, mas enquanto subia as escadas ela teve certeza de que o olhar dele estava fixo sobre ela. A recusa em juntar-se a eles servira para aumentar ainda mais as sus­peitas dele. Mas não lhe restara escolha. Não podia embarcar no Seajade, o cenário dos momentos mais felizes de sua vida.

 

O sol já havia se posto quando os três voltaram. Alice estava na varanda, já vestida para a festa, lendo. A primeira pergunta que Tod fez ao entrar foi se ela já estava se sentindo melhor. Alice respondeu que sim e que estava ansiosa para se divertir.

— Entrou em contato com Scott? — perguntou ela a David.

— Sim, conversei com ele. Disse que talvez fosse à festa, mas que não tinha certeza.

— Ou seja, ele não vai. — Madalyn não escondeu sua irrita­ção. — Tod, não use bermudas hoje à noite. Elas ficam horríveis em você.

— Agora é que ela me diz! Posso usar jeans?

— Claro, claro — respondeu ela, entrando para casa.

Alice ficou surpresa com o comportamento de Madalyn. Ao in­vés de ser sincera com Tod e dizer-lhe o que sentia por Scott, ela parecia mais disposta a hostilizá-lo. Era uma atitude irracional, mas Alice a entendia. Era mesmo frustrante ter o homem amado tão perto e ao mesmo tempo tão longe. De qualquer modo, Tod não merecia aquele tratamento.

A viagem até o povoado foi razoavelmente alegre, mas não pa­ra Alice, assombrada pelas recordações de outra viagem noturna, naquele mesmo jipe, anos atrás, rumo ao primeiro passeio no Sea­jade e ao primeiro beijo de David. Era tão jovem naquela época, tão despreparada para as desilusões que a esperavam! Paul paga­ra seu erro com a vida, ao passo que ela ganhara uma nova opor­tunidade. E não pretendia desperdiçá-la. Este casamento daria certo.

Os dois casais foram recebidos de braços abertos na festa, já que a família Hamilton era muito querida pelos habitantes. A comida estava sendo preparada à beira-mar, ao som de uma alegre banda de tambores de aço, tocando música caribenha, típica. O ritmo era tão alegre e irresistível que já conquistara boa parte dos presentes que dançavam animadamente. Havia crianças correndo por todos os lados, seus gritos de entusiasmo misturando-se à música e ao canto estridente das cigarras.

Tod ficou maravilhado e, quando o convidaram para ajudar no preparo da carne, aceitou com entusiasmo.

— Um homem maravilhoso — comentou Alice, sozinha com Madalyn.

— Eu sei. E meu, caso eu o queira. Mas, por mais que deseje, não consigo amá-lo.

— "Um pássaro na mão é melhor do que dois voando."

— Que mau gosto, Alice. Só falta você dizer que "não se sente falta do que nunca se teve". É mentira, sabia? Se eu tivesse um pouquinho mais de coragem, iria atrás de Scott outra vez.

— Talvez não seja preciso. Não é ele que está chegando?

— Sim, é ele mesmo.

— E então? Trate de "martelar enquanto o ferro está quente".

— "Você pode levar um cavalo até a água, mas não pode obrigá-lo a beber."

— "Quem não arrisca, não petisca."

— Chega! Se escutar mais um provérbio, terei um ataque de histeria. Vou falar com ele. Scott tem de aprender a confiar em mim.

Alice notou que Tod observava Madalyn enquanto ela caminhava na direção de Scott. Havia resignação em seu olhar. Logo depois ele voltava sua atenção novamente para o churrasco, brincando e rindo com os outros como se nada houvesse acontecido.

— Onde está Madalyn? — perguntou David, que chegava na­quele instante com dois pratos de comida. — Pensei que ela esti­vesse com fome.

— Scott veio à festa. Os dois estão conversando.

— Espero que ela saiba o que está fazendo.

— Ela sabe. Scott é o homem que ela quer.

— Até que ela o consiga. E depois?

— Não fale assim. Ela é sua irmã, e você a conhece muito bem para fazer tal tipo de acusação.

— Scott já passou pela experiência de um casamento fracassa­do. Sofreu por causa de uma mulher.

— A culpa por um casamento desfeito nunca cabe apenas a uma pessoa. Há culpas de ambos os lados. De qualquer modo, eles são adultos e civilizados e podem muito bem se entender. Esta carne parece deliciosa! Do que é feito o molho?

— Uma velha receita das índias Ocidentais. Dizem que é afrodisíaco.

— E funciona?

— Experimente. Podemos verificar depois.

Foi uma noite deliciosa. Houve constrangimento quando che­gou a hora da partida: Madalyn havia desaparecido. E o jipe de Scott também.

No caminho de volta, David ainda tentou pedir desculpas a Tod.

— Eu já esperava por isso — respondeu o outro, conformado.

— Amanhã mesmo vou embora, mas não zangado. Madalyn se­guiu seu coração, e isso era o melhor a fazer.

O resto do caminho foi feito em silêncio quase total. Alice per­cebia que a raiva de David crescia a cada instante. Uma vez em casa, Tod foi direto para o quarto, recusando o convite para um último drinque. David, por sua vez, serviu-se de uísque e ficou an­dando de um lado para o outro.

— Por que não leva o copo para o quarto? — sugeriu Alice. — Já é tarde.

— Se está cansada, pode subir. Preciso conversar com minha irmã.

— Você vai lhe dizer coisas de que se arrependerá mais tarde.

— Direi o que precisa ser dito. Agora vá para cama.

Era um modo de dizer que o assunto não era da conta dela. Muito bem. Ele que fizesse o que julgasse melhor.

Alice estava escovando os cabelos junto à janela quando Ma­dalyn chegou. Não pretendia bisbilhotar, mas a discussão come­çou na varanda, e as palavras chegavam ao quarto dela com bastante nitidez.

— Que diabo de jogo está planejando agora, Madalyn?

— Não é um jogo. Eu e Scott resolvemos experimentar um relacionamento.

— Que ótimo, não? Se não der certo, sempre há outro dis­ponível.

— Se você está se referindo a Tod, a resposta é "não". Reco­nheço que eu o usei, e que isso foi errado. Mas o que posso fazer além de lhe pedir desculpas? Eu amo Scott.

— E descobriu isso apenas ao fim de três anos?

— Você sabe melhor do que ninguém que Scott é um homem difícil. A última barreira caiu hoje, quando ele me falou sobre a esposa.

— Que o abandonou e arruinou sua vida, sem dúvida.

— Que o abandonou por não suportar a possessividade de Scott. Ele mesmo reconheceu isso hoje.

— Muito bem calculado de sua parte, sem dúvida.

— Você não tem autoridade moral para me acusar de nada. Lembre-se de como agiu com Imogen e Alice. Foi tudo muito bem planejado também.

Levou algum tempo até que ele se refizesse do choque.

— Acho que eu pedi para ouvir isso, não?

— Pediu mesmo, David. Não devia ter sido tão rude, mas você me provocou. Cuide de sua vida; eu cuido da minha. Algum dia, quando eu estiver disposta, poderemos discutir o assunto com cal­ma. Não hoje. Boa noite.

Meia hora depois, David entrava no quarto. Alice estava na ca­ma e fingiu acordar naquele instante.

— Madalyn já voltou?

— Já. — Ele começou a despir-se lentamente. — Acho que secretamente sempre me considerei superior aos outros, incapaz de errar. Ela me colocou no devido lugar.

— Como assim?

— Não é nada. Esqueça… Escute. Estive pensando… Scott po­de cuidar de tudo por uma ou duas semanas. Que tal se embarcás­semos no Seajade e fizéssemos um longa viagem?

Ela não esperava por tal surpresa.

— Adoraria. Quando partiremos?

— Depois de amanhã… Passamos alguns de nossos melhores momentos a bordo do Seajade.

Ela gostaria de responder que sabia disso, mas controlou-se a tempo e limitou-se a dizer:

— Venha para a cama. Acho que aquele molho afrodisíaco es­tá começando a fazer efeito.

 

— Sinto-me livre de um grande peso — confessou Alice. — Sei que ela é sua mãe, David, mas…

— Os laços de sangue nem sempre são os mais fortes. Ela esta­rá melhor longe daqui.

Haviam acabado de se despedir de Elaine Hamilton, que se mostrara fria e impassível até o último instante, quando lançara um olhar carregado de ódio a Alice. Para ela, a nora continuava a ser a responsável pela morte de seu filho predileto, e seria melhor que as duas nunca mais se encontrassem.

Pois Alice esperava sinceramente não cometer os mesmos erros que a sogra. Trataria de amar todos os filhos que tivesse igualmente. O pensamento fez com que ela sorrisse. Todos os filhos? Ainda não tinha nenhum… Se bem que havia dado um grande passo nes­se sentido na noite anterior. Haviam feito amor tão apaixonada­mente… Era impossível que David não a amasse nem um pouquinho!

— Ora, ora! Vejam só quem está aqui. O feliz casal.

— Olá, Imogen. — Foi David quem respondeu à irônica sau­dação. — Está chegando ou partindo?

— Nem uma coisa nem outra. Vim esperar meu irmão. — A bela americana lançou um sorriso irônico a Alice. — Você precisa me ensinar o segredo para se conquistar um homem. Como sua mãe recebeu a notícia, David?

— Como era de se esperar. Acaba de partir para Washington.

— É mesmo? Que maravilha. Todos os problemas resolvidos de uma só vez.

— Pode-se dizer que sim… Bem, Imogen, foi um prazer revê-la. Cumprimentos à família.

O casal saiu calmamente do aeroporto.

— Não ligue para Imogen. A ironia era dirigida a mim.

— Você teria se casado com ela, caso não me reencontrasse?

— Não daria certo — ele respondeu , depois de uma breve hesitação. — Imogen nunca suportou passar mais de dois dias em Santa Amélia. E eu nunca viveria em outro lugar.

Ao abrir-lhes a porta do táxi, o motorista sorriu amigavelmente:

— Para onde querem ir?

— Para o porto — respondeu David. — Sem pressa.

— Claro, claro. São turistas?

— Não, somos das Ilhas Virgens mesmo.

— Daqui mesmo?

— Não. Da parte britânica.

O motorista continuou a falar sobre tudo e todos durante o caminho inteiro, contentando-se em receber como resposta um ou outro murmúrio de assentimento dos passageiros. David, por sua vez, tinha o olhar perdido no vazio, ocupado com seus próprios pensamentos. Talvez estivesse perturbado pelo encontro com Imo­gen, arrependido ao ver a mulher que rejeitara.

Quando estavam se aproximando de uma curva bem fechada,o motorista apontou para um tronco de árvore, torto e enegrecido.

— Houve uma batida terrível aqui há dois anos. O carro foi de encontro àquela árvore.

Ele continuou a falar, mas Alice não mais escutava, totalmenteabsorta na contemplação do velho tronco. A árvore não estava mor­ta. Brotos novos, de um verde fresco e viçoso contrastavam coma casca rugosa e escura.

— Cuidado!

A voz de David veio tirá-la de seu devaneio. Ao olhar para afrente, viu o enorme caminhão, indo de encontro a eles. Depoiso guincho de pneus cortou o ar, e o mundo pareceu virar de pontacabeça.

Alice não ficou desacordada por muito tempo. Ao abrir os olhos viu o sol brilhando no céu azul e sem nuvens. Ouviu o barulho de vozes zangadas e tratou de sentar-se.

— Você está bem, querida? Não se mexa.

— Estou bem, não se preocupe.

De relance, ela percebeu o táxi amassado a alguns metros de on­de estava.

— Graças a Deus, o carro não pegou fogo. Que barulho é esse?

— Nosso motorista brigando com o dono do caminhão, tentan­do decidir de quem foi a culpa.

— Então ninguém se machucou?

— Não, graças a Deus.

— Será que foi isso que aconteceu a Paul?

— Não sei, e não quero saber. — Ele a tomou nos braços carinhosamente. — Tivemos sorte, Alice, muita sorte, e vamos conti­nuar a ter… Há dois anos pensei que a tivesse perdido… Se isso acontecesse mais uma vez, eu não agüentaria.

— Isso é sério, David? Você me ama de verdade?

— Você tinha dúvidas? — perguntou ele, franzindo a testa.

— Tinha — ela respondeu, rindo e chorando ao mesmo tempo. — Sim, eu tinha dúvidas.

— Você é louca! Por que acha que eu a trouxe para cá e me casei com você?

— Você queria a ilha toda para si.

— Ao inferno com a ilha! Era a você que eu queria. Por isso me casei com você. Não queria que fugisse como da primeira vez.

— Eu fugi porque pensei que você quisesse apenas destruir meu casamento com Paul e tirar-me do caminho.

— Foi minha mãe quem lhe disse isso? Eu devia ter adivinhado!

— Não era verdade?

— Claro que não. Desde que a vi pela primeira vez, não pude pensar em outra coisa… Ei! Agora compreendo. Minha mãe nos afastou há dois anos. Você recuperou sua memória!

— Sim.

Não havia necessidade de lhe dizer quando ou como isso acontecera. O importante era que estavam juntos, e tinham toda uma vida pela frente, uma oportunidade única de realizar os sonhos que por tanto tempo haviam sido impossíveis. Ela era dona de sua me­mória outra vez, mas não era o passado que a interessava, e sim o futuro…

 

FIM

 

 



  

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