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CAPÍTULO VI



CAPÍTULO VI

 

 

A área em que estavam era uma clareira aberta na selva. Outras pessoas ali haviam acampado desde a última visita de Luz, Karen notou ao ver os restos das cinzas de um fogo recente. A fogueira do acampamento foi acesa no mesmo lugar em que outra já ardera, e o peixe que Santiago fisgou logo após terem desembarcado descansava sobre a grelha que as chamas lambiam. Ho-ward filmava todo o processo. Alguns segundos daquela cena poderiam vir a ser usados ou não, dependendo do acerto final entre Jake e Roger.

O pôr-do-sol trouxe uma luz acinzentada, tornando o cenário azulado e finalmente negro. Os pássaros silenciaram, mas não a floresta. As cigarras enchiam o ar com seu canto típico. Uma cacofonia de sons era emitida por uma espécie de macacos noturnos e outros animais que percebiam ter seu habitat invadido. A conversa variava. Karen a ouvia sem muita atenção, emitindo seu parecer quando tinha algo útil com que contribuir. Iluminados pela luz bruxuleante do fogo, os rostos masculinos a sua volta tinham uma cor uniforme, se bem que se diferenciassem na estrutura óssea. Se Mike não se cuidasse estaria bem gordinho nos anos vindouros. Já havia evidências disso na linha arredondada de seu malar.

De todos eles, Howard era o único de quem se podia dizer que tinha uma outra vida além do trabalho, apesar de nunca mencionar a família. Duas existências separadas, Karen pensou. Sua esposa deveria ser uma mulher compreensiva e tolerante. Ao encontrar o olhar de Nigel, recebeu um sorriso imediato. Ele e Howard eram diferentes, assim como a água e o vinho, mas era óbvio que se entendiam muito bem.

Karen percebeu de repente que Jake a encarava do outro lado da fogueira. As chamas projetavam um jogo de luzes e sombras sobre seu rosto, delineando um quê de cinismo num pseudo sorriso em seus lábios. Ela sentiu o coração disparar como um tambor para depois retornar ao ritmo normal. Que se danasse aquele homem. Ele parecia estar ali só para estragar o seu prazer.

Seria isso mesmo o que ela sentia? A pergunta lhe passou como um raio pela mente. A ausência de Jake tornaria a viagem melhor ou seria apenas a voz da autopreservação? O peixe estava delicioso. Estariam seguindo um outro curso de água depois que chegassem ao lago, portanto, comida não seria problema. Luz, cuidadoso, carregava um rifle em caso de se confrontarem com algum animal perigoso. Era sabido que os jaguares em geral fugiam dos homens, mas sempre poderia haver uma exceção.

Cansada após um longo dia, Karen não era a única a querer se recolher. Acaso ou não, o abrigo de Jake estava ao lado do seu. Vestindo com discrição seu pijama, Karen invejou a liberdade dos homens. O calor e a umidade pouco haviam diminuído com a chegada da noite. Um pouco de chuva seria bem-vindo.

— Você escolheu vir — Jake falou, como se percebesse seu desconforto.

— Quem está se queixando? Estou bem, obrigada!

— Claro que sim. Prefere morder a língua do que admitir que cometeu um erro. Lembre-se de que não há volta.

— Boa noite — disse um tanto ácida.

Jake não respondeu. Deitada, sem conciliar o sono de imediato, Karen se sentia estranha. Trazia dentro de si uma espécie de dor que insistia em não deixá-la. Acordou várias vezes durante a noite, estranhando os sons pouco familiares. Numa delas viu Luz alimentar o fogo. Não havia o menor movimento no abrigo de Jake, nem som algum, ela constatou. Quando finalmente o cansaço a venceu, sonhou com templos Maias e altares de sacrifícios, nativos vestidos com pele de jaguar e penas. Todos tinham o mesmo rosto de Jake Rófhman.

Os macacos acordaram a todos tão logo a primeira luz da manhã apontou no horizonte. Desesperada por um banho, Karen pegou uma das panelas, encheu-a de água e procurou um local isolado onde se lavar antes de colocar a camisa limpa que separara. Na noite anterior havia lavado sua roupa, antes de se deitar, e posto a secar na champa. Se continuasse assim, estaria sempre com a roupa em ordem, pensou, recolhendo os poucos artigos de higiene que trouxera. Todos os homens haviam se barbeado, menos Mike, que estava deixando a barba crescer, e os indígenas, que não precisavam. Mike foi o que demorou mais a ficar pronto.

— Não dormi quase nada. Malditos mosquitos, me morderam o quanto quiseram.

Karen também havia sido picada, mas felizmente seu repelente parecia ser mais eficaz. Por um momento considerou a hipótese de oferecê-lo a Mike, mas pensando melhor desistiu da idéia, pois acabaria ficando sem nada rapidamente. Havia momentos em que o próprio interesse tinha de vir em primeiro lugar. Como todos os outros, Mike havia tomado as vacinas necessárias e estava ingerindo cápsulas contra malária. Tirando o desconforto, ele nada sofreria.

Nigel era outro caso. Além dos mosquitos também fora atacado por carrapatos. Luz havia removido todos os que encontrara em sua pele, mas as pequenas feridas ardiam como queimaduras. Havia um tubo extra de repelente em sua mochila, e tendo certeza de que ninguém os observava ofereceu-o ao companheiro.

— Tem certeza de que pode dispor desse tubo? — perguntou ele, sem querer aceitar a oferta. — Devo dizer depois de ontem que é muito bom mesmo.

— Use com cuidado, sem desperdícios. Daremos um jeito.

— Obrigado. Você é sensacional, Karen.

Não havia nenhuma intenção galanteadora no tom de Nigel, seu sentimento era genuíno.

— Se vocês dois estão prontos, aviso que estamos de partida — Jake falou, aparecendo de repente e olhando com desconfiança de um para outro. — Você, Karen, ainda tem de arrumar seu saco de dormir na mochila ou está esperando que alguém faça isso por você?

— Lógico que não — ela negou, veemente. — Não leva nem um minuto.

— Eu posso ajudá-la — Nigel falou.

— Nada disso — Jake proibiu com firmeza. — Cada um é responsável por suas coisas. Três minutos, não mais.-Depois vá para o barco, está claro?

— Como um cristal — Karen respondeu. — Tive a impressão de que Luz estava dirigindo essa expedição — falou, pretendendo irritar Jake.

— Guiando — ele corrigiu. — Não há líderes por aqui.

— Verdade? Vou manter isso em minha mente — finalizou, passando à frente de Jake.

Todos já estavam praticamente a bordo quando Karen chegou à margem do rio. Roger aceitou seu pedido de desculpas por tê-los feito esperar. — Alguns minutos não vão fazer diferença.

— Vocês vão ter muito o que caminhar depois que atingirmos o lago — Luz falou numa espécie de reprimenda. — Temos muita selva pela frente antes de chegarmos ao lugar que estamos procurando.

— Se encontrarmos. — Mike soava um tanto preocupado. — Não havia percebido como essa mata era fechada!

— Uma das razões por que Santino, Juan e eu trouxemos machados — Luz explicou. — Abriremos um caminho na floresta. Para acharmos o lugar de novo teremos de seguir o curso que registramos da primeira vez e considerar que a selva é um lugar vivo e por isso apresenta mudanças.

Karen percebeu que não seria tão fácil assim e que, apesar de não saber manejar um machado, ajudaria a abrir essa trilha de algum modo. O dia transcorreu quase igual ao anterior. Não que fosse aborrecido, a variedade da fauna e da flora era inesperada. Atingiram a convergência do rio e do lago quando já passava e muito da hora do almoço. A correnteza era mais forte, e as margens tão próximas que as copas das árvores se tocavam, criando uma atmosfera claustrofóbica. Apesar de nada ver, o barulho de criaturas saltando das águas era o bastante para Karen se arrepiar por inteiro. Era agradável saber que haviam chegado ao lago, onde uma promessa de frescor e descanso os aguardava antes de se embrenharem na floresta. Formado por um pequeno desvio da curva do rio, o lago tinha o formato de uma grande tigela, com diâmetro de pouco mais de duzentos metros. Suas águas eram tão lisas quanto um espelho.

Luz os conduziu a um local relativamente limpo de vegetação. Ficou evidente que não eram os primeiros a pisar ali, pois os restos de uma cabana de folhas de palmeira e taquara se encontrava ligeiramente afastada da mata. Herança dos dias em que lenhadores por lá andavam à procura de madeira de lei dispersa por quase toda a floresta, Luz explicou. A busca de madeiras nobres era hoje em dia feita através do ar por aviões capazes de voar bem baixo e assim se distinguir o verde escuro das folhas dessas valiosas árvores.

As champôs foram erguidas e o fogo, aceso. Juan, Mike e Nigcl pegaram um dos barcos e foram pescar o jantar no lago, enquanto Luz e Santino desapareceram na selva em busca de outra diversão. Karen se sentou em um grande tronco caído ao chão, observando as garças brancas como neve, que alimentavam seus filhotes pousados nos galhos de uma árvore na outra margem do lago. Por trás das aves, o céu se coloriu de rosa e vermelho para depois buscar o azul violeta do fim do dia. Howard colocava em vídeo todas aquelas imagens e som, mas Karen desejou ter trazido sua própria câmera. Pela primeira vez entendeu o porquê de Jake buscar um estilo de vida onde belezas como essa eram as ofertas de quase todos os dias. Seu pulso se acelerou ao perceber a aproximação de alguém. Não precisava se virar para saber quem chegara; seus sentidos estavam alertas para aquela presença.

— Alguma coisa que eu deveria estar fazendo em vez de apreciar a paisagem? — Karen perguntou.

— Nada que me ocorra no momento.

Jake tomou assento ao lado dela, esticando os braços ao longo das pernas, enquanto observava a outra margem do lago. — Uma vista excepcional. Uma das coisas que vale a pena. — ele apontou, pensativo.

— Pensei que tudo para você valesse a pena — Karen comentou, ciente do olhar que Jake lhe lançava.

— Há sempre alguma coisa mais difícil entre as que fazemos.

— Estou começando a descobrir isso por mim mesma. Será que poderá ficar mais difícil?

— Isso depende do seu conceito de dificuldade. Dar muita atenção ao jovem Nigel não vai facilitar muito a sua tarefa.

— O jovem Nigel tem vinte e seis anos!

— A maturidade não se conta pelos anos.

— Que profundo!

Jake a encarava agora com um olhar avaliador. — Você está tentando me espicaçar? Se é assim, saiba que está fazendo um bom trabalho. Está claro para qualquer um que tenha olhos que Nigel se interessa por você. Incentivá-lo não vai ajudar em nada.

— Eu lhe ofereci meu repelente de insetos, não meu corpo — Karen falou com calma aparente. — Se isso para você é incentivo, então saiba que sua mente é perturbada. Quanto aos sentimentos de Nigel, nada sei.

— Você sabe. — A afirmativa foi seca e incisiva. — Uma mulher sempre sabe quando um homem está a fim de uma transa.

— Pensei que seu vocabulário fosse um pouco mais rico. — Karen fazia um verdadeiro sacrifício para manter a voz baixa.

— E é. Só que esta é uma boa descrição do que acontece a um homem quando ele olha e conversa com uma mulher à qual deseja. Há também outros sintomas que não preciso mencionar. O melhor a fazer é pôr um freio nessa sua boca.

— Vamos fazer um pacto. Você me deixa sossegada que eu também deixo você!

— E quanto aos outros? Você os deixará em paz? — Um sorriso de zombaria apareceu no rosto de Jake. — Você, Karen, é do tipo que ateia fogo e fica do lado de fora do circo!

Ela levou alguns segundos para responder ao comentário. — Você deve ter sido muito magoado por alguma mulher. Tanta amargura não é comum.

— Não sou amargo e sim realista. O melhor meio de se evitar problema seria um de nós homens aclamar sua prioridade sobre você.

— Com Jake Rothman encabeçando a lista, sem dúvida! Um inclinar breve de cabeça confirmou suas palavras.

— Não é segredo que eu quero você. Quis no minuto em que me encarou com esses olhos verdes. Lembro-me de que até pensei na hora em que a vi: aqui está uma mulher que sabe encontrar e dar o prazer pelo prazer, num bom sentido, quero dizer.

Karen mal podia se controlar. Suas mãos se fecharam num gesto de raiva, deixando as palmas marcadas pelas unhas. — Você é um depravado... sabia disso? Um depravado.

— Frustrado é a palavra correta. Se quer saber a verdade, eu não consigo parar de me recriminar por não ter aceito o que você tão generosamente me oferecia naquela noite.

— Uma aberração de minha parte que nunca mais se repetirá.

— Pode ser. No momento me lembro de ter ouvido alguma coisa sobre a fraqueza humana — disse com a expressão sombria. — Temos um longo caminho pela frente. Muitas coisas podem acontecer.

Não o tipo de coisas que Jake estava querendo dizer, Karen pensou ao vê-lo se afastar. Não haveria oportunidade para tal. Roger a procurou depois do jantar para falar de trabalho, apesar de logo demonstrar que também se interessava por outros assuntos.

— O que você e Jake conversavam tão seriamente ao fim da tarde? — perguntou, parecendo casual. — Durante o jantar você o olhou como se estivesse ofendida por algum motivo.

Karen tentou aparentar indiferença ao responder: — Uma variação do mesmo e constante tema. É cansativo, foi isso.

— Pelo jeito ele faz questão de que você não se esqueça de que está aqui por pressão — Roger concluiu. — Lamenta ter vindo? Afinal o nível de conforto não é....

— Não lamento nada, Roger. O conforto não é o mais importante.

— Mesmo com esse calor insuportável e os insetos?

— Bem, um pouco. O ponto é que posso suportar qualquer coisa que apareça. Tudo o que peço é que seja tratada como parte integrante do conjunto.

— Devo admitir que não é fácil — Roger falou, sorrindo. — Jake tem seu ponto bem estabelecido. Trazer uma mulher nesse projeto é algo que pode provocar complicação. Eu mesmo não havia pensado nesse aspecto.

— Você está querendo dizer que não me traria se eu não tivesse seguido vocês?

— É mais ou menos isso. — Roger hesitou por um instante. — Você tem de saber como me sinto, Karen. Não é só uma relação de trabalho. Não para mim. Pensei que talvez pudesse não vir a ser para você também.

O coração de Karen quase parou. Isso era tudo o que lhe faltava! Fazendo uma análise em retrospectiva, percebeu que no fundo já esperava alguma coisa do tipo. Fingir que não lia as entrelinhas de Roger era fácil. Enfrentar a realidade era algo para o qual não se encontrava preparada, e não sabia o que dizer.

— Roger... eu não...

— Olhe, sei que esta não é a melhor hora, então vamos deixar para depois, está bem? Só queria ter certeza de que você soubesse, é isso. — Ele tocou rápido em sua mão. — OK?

A hora era essa e não outra, mas Karen não conseguiu fazer um movimento. Para Roger ter esperanças, mesmo que remotas, ela deveria ter dado algum sinal, mesmo que inadvertido. Dizer-lhe o quanto estava errado não ajudaria a melhorar a situação. Sim, teria de ser mais tarde.

— OK — falou com um sorriso forçado.

Jake estava conversando com Luz a poucos metros, e Roger se juntou a eles, deixando Karen a contemplar um futuro não muito brilhante. Seria difícil continuar a trabalhar ao lado de Roger depois disso, mas onde iria achar um trabalho como aquele? Odiava pensar na possibilidade de Jake estar certo nesse ponto. Em algum lugar da floresta uma coruja piou. Outros sons se fizeram ausentes por um momento e depois recomeçaram. O farfalhar das folhas das árvores podia ser causado pelo vento, não fosse o ar estar tão parado. Talvez alguns macacos ou outros ameaçadores animais, Karen pensou, agradecendo pela primeira vez o fato de não se encontrar sozinha. Estavam todos recolhidos antes das dez horas. Dessa vez seus vizinhos de abrigo eram Howard e Luz. Se fora proposital ou não, era indiferente. O importante era que Jake se ficara bem afastado. As chamas lançavam uma luz amarelada de encontro ao céu e estava bem escuro quando Karen acordou. O mostrador luminoso do relógio marcava duas e meia da manhã.

Após ter dormido pouco mais de quatro horas, Karen esperava se sentir cansada, mas não. Havia algo de incansável em seu ser que não podia ser controlado. Quieta, deitada no saco de dormir debaixo daquele mosquiteiro, pareceu-lhe de repente que se encontrava presa numa armadilha. Cuidadosa, desvencilhou-se daquela proteção. O calor abafado atingiu seu corpo sem piedade. Toda aquela água a sua volta era uma verdadeira tentação. Poderia entrar e sair dela numa questão de instantes. Colocando as botas, engatinhou para fora da champa. Seus olhos começavam a se acostumar à escuridão. Evitando olhar direto para o fogo, Karen se dirigiu à água.

Estava distante de qualquer observador possível agora. Sossegada, despiu o pijama e pendurou as peças num galho de árvore próximo. Por um minuto ficou parada saboreando o relativo frescor de uma leve aragem noturna sobre a pele, antes de entrar silenciosa na água. Um simples e rápido molhar de corpo, nada mais. Não arriscaria nem uma braçada. Um braço forte a puxou pela cintura, retirando-a de vez do lago e quase a matou de medo. Por uma fração de segundo pensou ser uma jibóia que a prendera com seu corpo ondulante e invencível. Só quando sentiu estar encostada ao que era obviamente um rígido corpo humano o terror a abandonou.

— Que diabos pensa estar fazendo? — Jake falou, bravo, junto a seu ouvido.

— O que você acha? Me solte!

— Sua tolinha. Você tem idéia do que poderia ter lhe acontecido?

— Não planejava ir longe nem me demorar — Karen falou, cobrindo o corpo com as mãos, apesar da quase total escuridão.

— As piranhas não sabem disso. Não levam mais que alguns minutos para transformar um cavalo em ossos. — Os olhos de Jake fixavam-lhe os seios semi-ocultos. — Você seria um raro festim.

— Se fosse tão perigoso assim, você nos teria advertido antes — falou num tom de acusação.

— Levei em conta seu bom senso e conhecimento da área. Vejo que estava errado. Só porque ainda não nos deparamos com cobras e serpentes, não cogite a idéia de que o perigo não existe.

Karen estava totalmente vulnerável e embaraçada. Havia mesmo sido inconseqüente depois de tudo o que lera sobre a região. — Você já marcou o seu ponto. Agora, por favor, me deixe ir.

— Eu nem comecei ainda — Jake assinalou num tom ácido. Creio até que você nem me ouviu. O que é preciso fazer para chegar até a sua compreensão?

— Eu ouvi — ela confirmou. — Não me arriscarei mais, fique sossegado. Apesar de achar que o ponto mais perigoso por aqui não é exatamente a vida selvagem!

— Você nunca sabe quando parar, não é?

Karen o olhava tomada pela suspeita de que provavelmente Jake estava certo. Ela queria que aquele homem se desculpasse, a beijasse de novo, que não lhe desse nenhuma escolha, a não ser a chance de estar naqueles braços. — Isso é ridículo! — Karen exclamou.

— Ah, é? Que tal tentarmos descobrir?

 

 



  

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