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CAPÍTULO IX



CAPÍTULO IX

 

 

Esculpido na forma de uma pata de jaguar, o cetro estava intacto em quase todos os detalhes. Karen o admirou, mal acreditando que a última pessoa que o tocara estava morta há séculos. Jake havia desencavado uma pequena caixa de objetos, escondida sob uma pilha de pedras do que restara de uma parede que disfarçava a entrada de uma passagem secreta. O valor da descoberta era inestimável. Além do cetro havia ainda vários outros objetos menores, pequenas imagens forjadas em ferro e jarras de incenso.

Roger estava no sétimo céu; as coisas não poderiam ter saído melhores. Howard havia pegado o exato minuto da descoberta com toda a naturalidade, surpresa e emoção do momento. Não seria preciso refilmar a cena. A maior parte do achado estava quebrada, apesar de se poder recuperar uma ou outra peça, Jake acreditava. Ele tinha o cetro e o resto do conjunto cuidadosamente embalados para o transporte, e deixava o resto para alguma outra expedição. O trabalho arqueológico era secundário para seus propósitos. Mesmo ansiando por continuar, Jake não tinha tempo nem instrumentos apropriados para uma escavação mais profunda.

— Você acha que mandarão uma equipe de historiadores? — Karen perguntou ao vê-lo encerrar o dia, relutante. — Adoraria ver todo o lugar exposto por inteiro.

— Talvez sim, talvez não — ele falou, retirando terra das mãos.

— Escavações são muito caras. — E, olhando-a feliz, perguntou: — Ansiosa por um pouco da vida civilizada?

— Não sei dizer ao certo. Houve muitas compensações. Os olhos de Jake se estreitaram.

— Adoramos agradar!

Mike os observava, Karen constatou. Jake seguiu a direção de seu olhar com as sobrancelhas arqueadas.

— Melhor eu ir arrumar minha bagagem para partirmos de manhã. Pouco havia a ser arrumado, mas Karen não podia suportar aquele olhar crítico e avaliador de Mike.

Jantaram peru selvagem mais uma vez, com legumes desidratados que haviam trazido. De onde estava, Karen via a torre Maia delineada contra o luar. Sacrifícios haviam acontecido naquele lugar, e também cenas de automutilação em homenagem aos deuses. Tremeu ante aquele pensamento, agradecendo por viver em outra época.

— O gato comeu sua língua? — Howard a seu lado perguntou casualmente.

— Algo parecido. — Karen o encarou, ciente de que era essa a primeira vez que Howard se dirigia a ela. — Estava pensando como temos sorte por estarmos aqui, nesse momento, e não na época dos Maias.

— Sim, muita sorte. Com certeza você teria sido sacrificada. Eles sempre escolhiam as jovens mais bonitas.

— Bem, obrigada, senhor. — Karen mantinha o mesmo tom amistoso de Howard. — Como você sabe tanto?

— Minha esposa é uma fonte de informações para mim. Leu tudo o que pôde sobre os Mais quando soube que eu viria nesse trabalho — Howard explicou. — Parece que não eram tão ruins quanto os Toltecas e Astecas.

— Jake também falou isso. — Uma onda quente de prazer a invadiu à simples menção do nome daquele homem. — Sua esposa não se opõe a que você se ausente por longos períodos, Howard? Ou essa é uma questão pessoal?

— Nós damos um jeito — falou, levantando os ombros. — Você também vai ficar muito tempo longe de casa se continuar com Roger.

— Verdade, mas não sou casada.

— Ainda não. — Depois de uma breve pausa, houve uma mudança de tom na voz de Howard. — Se quiser um conselho de alguém que poderia ser seu pai, mantenha os olhos abertos com Mike. Ele não é do tipo que se conforma facilmente.

— Não sabia disso!

— Você sabe sobre o que estou falando. Aceite meus cumprimentos, Rothman é uma boa aposta, só que...

— Não é assim! Eu não sou desse tipo.

— Não creio que seja — Howard falou, calmo. — Algumas mulheres usam apelo sexual para conseguir o que querem, outras agem diferente. Você não pode esperar que, numa viagem como esta, seja encarada da mesma forma que os homens. Nigel parece estar no mundo da lua, mal sabe que dia é hoje. — Howard balançou a cabeça em negativa ao ver que Karen ia interrompê-lo. — Mas Nigel é inofensivo. Mike é outra coisa. Ele tem um toque primitivo em relação aos sentidos, pensa que as mulheres são para servir e satisfazer os machos da espécie. E não tem muitos escrúpulos em relação a esse ponto.

— Você parece conhecê-lo bem — Karen disse devagar.

— Trabalhamos juntos há muito tempo. É bom no que faz e fácil de se lidar. Mike tem estado como um urso faminto e com dor de cabeça nesses dois últimos dias. Ciúme, frustração, chame como quiser. Só estou lhe avisando para tentar manter o vagão nos trilhos.

Era inútil tentar negar a causa do ciúme de Mike, estava claro. Se Howard estava a par do que se passava entre ela e Jake, era quase certo que o resto do grupo também o sabia. Luz, por exemplo, tinha conhecimento do fato desde o princípio. Precisariam ser mais circunspectos no futuro. Sem fugas durante a noite. Em menos de uma semana estariam de volta a San Samoza, talvez fossem até Tikal e depois Londres. Se Jake estivesse mesmo querendo continuar aquele relacionamento, entenderia sua atitude. Falaria com ele mais tarde, se a chance aparecesse.

A chuva começou pouco antes das dez horas e durou mais de uma hora. Não foi a primeira vez que todos abençoaram as folhas de corozo de que eram feitas as champôs. A folhagem grossa e rígida era praticamente impermeável. Longe de refrescar a atmosfera, a chuva pareceu trazer um sensível aumento da umidade e do calor. Virando e revirando em seu saco de dormir, Karen tentava pegar no sono, pensando em duchas e bebidas geladas.

Partiram ao amanhecer, mas não antes de Howard fazer uma belíssima tomada das ruínas parcialmente expostas pela névoa da manhã. Mesmo tendo por evidência o cetro e outras peças, seria difícil que alguma expedição arqueológica viesse até ali num futuro próximo, Jake comentou com todos. Depois de resistir por séculos, as ruínas não desapareceriam em meses ou anos. Ainda estariam lá quando a ciência mostrasse seu interesse.

Karen queria perguntar quais eram seus planos para depois desse trabalho, mas achou difícil encontrar o tom casual que todos esperariam. Além do mais, talvez não fosse imaginação sua ter achado fria a atitude de Jake em relação a ela pela manhã. Provavelmente ele estava querendo tirar alguma impressão de interesse que pudesse ter demonstrado. Karen não lhe havia contado sobre a espionagem de Mike e não tencionava fazê-lo. Já era ruim o suficiente para si mesma.

Sempre que Mike se dirigia a ela, havia um toque de ironia e sarcasmo em sua voz que Karen ignorava e esperava não ser notado pelos outros membros da equipe. Infelizmente seu desejo não foi ouvido, pois Roger tocou no assunto naquela noite ao se sentar a seu lado, a pretexto de discutir alguns aspectos do trabalho.

— Por acaso Mike andou molestando você? — perguntou com cuidado.

— De que maneira?

— Quantas maneiras existem, Karen? A dizer pelo jeito que Mike tem se comportado nesses dias, eu diria que ele sofre de orgulho ferido. Se tivesse de adivinhar também diria que ele tentou alguma com você e levou uma espinafrada. Cheguei perto?

— Mike nunca me tocou — declarou. — Se ele está sofrendo de alguma coisa, deve ser de calor, do mesmo modo que todos nós.

— Uns mais, outros menos. Você sempre está com a aparência ótima.

Roger levantou a mão num pedido mudo de desculpas ao ver a expressão apreensiva de Karen. — Só uma observação. Desisti na hora em que percebi como se sentia em relação a Jake.

— É assim tão óbvio?

— Não sei se para todos. Sou um tanto sensível. — Roger hesitou antes de prosseguir: — Não tome da maneira errada, mas penso que Jake está de alguma forma comprometido.

— Elena Sleeman? — perguntou, tentando se controlar.

— Bem, sim. — Roger parecia surpreso. — Jake lhe contou ou é uma suposição?

— Não é verdade. Não há nada entre Jake e Elena.

— Não é o que Elena pensa. Ela me disse que se casariam em breve.

— Não acredito.

Karen falava com ênfase para esconder a sombra de dúvida que tomava seu coração. — Jake não... ele não mentiria.

— Quer dizer que negou?

— Bem, não com palavras precisas.

Karen buscou na mente as exatas palavras de Jake sobre o relacionamento com Elena. "Nada que nos afete", foi o que dissera. Na sua maneira de ver, isso queria dizer que nada havia entre os dois. Mas se Elena genuinamente pensava que iriam se casar...

— Desculpe se é um choque — Roger proferiu, sem graça. — Percebi bem cedo que ele se sentia atraído por você. Acho que era por isso que não a queria na viagem. Ao mesmo tempo não pensei que fosse capaz de... Como eu também não tenho o direito de continuar a falar. Não quero vê-la sofrendo, Karen. É só isso.

Tarde demais. Seu mundo havia desabado. Jake estivera passando o tempo com ela, sem se importar com as conseqüências. Mas era preciso dois para continuar o jogo. Karen haveria de provar que também sabia jogar de acordo com as regras.

A oportunidade chegou depois do jantar, na forma de Nigel Morris. Uma parte de Karen se constrangia por usar o rapaz daquele jeito, mas a urgência em ferir era maior do que uma possível dor de consciência. Sentando-se ao lado de Nigel, Karen o encorajou a falar sobre si mesmo e seus interesses, ouvindo-o com estudada atenção. Mesmo sem olhar na direção de Jake, podia sentir que ele a observava de tempos em tempos. O que fosse que Jake estivesse sentindo era positivo. Disso estava certa.

Karen acordou antes de todos na manhã seguinte. A noite fora excessivamente quente, e os sonhos, não muito bons. Decidida, ela resolveu se refrescar à beira do rio. Luz garantira a todos que aquele trecho raso era mais que suficiente para um rápido banho. Mal se lembrara disso e já estava a caminho das águas, deixando o acampamento para trás. Luz e Santino já davam sinais de que estariam acordados em breve. Quando voltasse provavelmente encontraria o desjejum quase pronto.

Com a luminosidade crescente do dia que nascia, não foi difícil para ela chegar a seu destino. Depois de despir o pijama, entrou no rio até a água atingir a altura dos joelhos, molhando o resto do corpo com as mãos. Era delicioso e confortante ter aquele líquido precioso escorrendo por suas costas. Nem a visão de uma longa e sinuosa cobra deslizando pela superfície a alguma distância podia lhe tirar aquele prazer. Karen simplesmente manteve um olhar agudo sobre a criatura até que esta entrou em um dos arbustos que margeavam o rio.

Foi então que Karen avistou o veado. Pronto para beber água, o pequeno animal pareceu gelar com sua presença. Um rosnar rouco vindo de uma moita pouco mais adiante teve o mesmo efeito em Karen. Parada, como se fora uma estátua, ela viu o felino surgir de seu esconderijo, indo na direção da indefesa criatura. Estendendo o corpo, orelhas retraídas e a cauda rígida, o jaguar a encarou com olhos afogueados do outro lado do rio. Poderia atacá-la em segundos, foi o que conseguiu pensar, se fizesse algum movimento ou barulho.

— Fique imóvel e quieta. — A voz de Jake soou baixa de algum lugar escondido. — Deixe-o perceber que você não ameaça seu alimento.

Karen podia ser tudo, menos uma ameaça, pensou. Quando o jaguar finalmente pegou sua presa pelo pescoço e desapareceu na selva, ela se sentiu desfalecer. As pernas antes enraizadas no leito arenoso do rio pareceram se derreter. Por um longo tempo ainda, Karen soube que a imagem vívida da magnífica cabeça do felino estaria em sua mente sempre que fechasse os olhos. O quadro estava impresso cm sua retina.

— Você já pode sair — Jake avisou — Agora!

Nervosa, Karen obedeceu ao comando, sem se importar com sua completa nudez. Com um sorriso aberto, Jake a envolveu na toalha que ela deixara pendurada num galho de árvore. A reação então começou. Tremendo incontrolavelmente, ela o encarou com olhos muito abertos e o rosto desprovido de cor.

— Pensei que fosse me atacar — sussurrou.

— Talvez sim, se você tivesse se movido ou gritado. Não por comida, mas em defesa de sua propriedade. Você é uma das poucas pessoas a verem um jaguar de tão perto, em seu habitat natural. A única a testemunhar como o animal mata. Cheguei uma fração de segundo atrasado.

Karen sabia que Jake falava daquele jeito para fazê-la se recobrar do choque. E ela estava reagindo.

— Por que você não diz logo que eu não deveria estar aqui sozinha? — perguntou, agressiva.

— Você não deveria estar aqui sozinha, ponto final. Eu estava certo.

Orgulhosa, levantando a cabeça ao se lembrar do que Roger lhe contara sobre esse homem que tolamente acreditava amar, Karen retorquiu:

— Mas errado em outras coisas, não é?

— Assim parece. É tudo um jogo para você, não é? Parabéns. Uma jogadora e tanto. Ocupa várias posições.

— Não sei sobre o que está falando.

— Não me diga! Você traz Mike na coleira há meses.

— Mike lhe disse isso?

— Está negando esse fato?

— Não posso falar por Mike, só por mim mesma.

— Se você lhe deu a mesma especial atenção que vem dando a Howard e Nigel ultimamente, ele tem razão para falar. Quem é o próximo da lista? Luz?

— Se você está sugerindo o que eu penso, saiba que não tem esse direito.

— Oh, não estou sugerindo nada. Mas se quiser conceder aos outros o mesmo tipo de favor que me prestou, não há problema. Só quero que saiba que eu estou fora desse jogo.

Estava tudo terminado entre os dois, era isso o que Jake acabara de dizer. Acusações tremiam em seus lábios, seguras apenas pelo desespero de não deixá-lo perceber o quanto estava afetada. Com os olhos tão frios quanto os de Jake, Karen conseguiu ainda falar:

— Foi bom enquanto durou.

Uma expressão ilegível passou pelo rosto daquele homem, para então uma máscara dura e sarcástica tomar seu lugar. — Creio que devemos um ao outro um adeus melhor do que isso.

Puxando-a bruscamente de encontro ao peito, Jake tomou-lhe os lábios num beijo selvagem. Karen sentia a toalha sair do lugar e sabia que estava a ponto de cair ao chão. Apesar de ofendida e machucada, o beijo não lhe permitiu ficar indiferente. Fisicamente Jake era o mesmo homem, seu corpo se recusava a obedecer a mente. Karen tinha de lutar para manter algum controle emocional. Uma tosse discreta se fez ouvir a poucos metros dali. Jake a afastou sem pressa, dando a Karen a chance de se enrolar na toalha, enquanto ele se virava para ver quem chegara. Luz, como sempre, se mostrava impassível.

— Temos um problema, Jake. Nigel amanheceu doente.

Jake não perdeu tempo com perguntas. Se Luz viera buscá-lo, então o assunto era sério. — Vista-se e volte para o acampamento — falou, sem olhar para Karen.

Qualquer doença era um perigo naquele momento. Os medicamentos que carregavam se limitava ao básico. Mike foi o único a notar sua chegada ao acampamento. Os outros estavam preocupados com o suor excessivo e os gemidos de dor do companheiro, em volta do qual estavam agrupados. Nigel tinha uma aparência de morte. A maneira pela qual levava as mãos ao estômago demonstrava que a dor era intensa.

— Pode ser apendicite, eu suponho — Jake declarou, sem convicção.

— A dor está muito acima da região do apêndice — Karen falou sem perceber. — Pode ser uma gastrite causada por algo que Nigel comeu e não lhe fez bem.

— Você teve treinamento médico também? — Jake perguntou, levantando as sobrancelhas com ar de ironia.

— Sou formada e credenciada em primeiros socorros — ela retrucou, não se deixando levar pelo sarcasmo.

Ajoelhada também do outro lado de Nigel, Karen apalpou com cuidado o baixo ventre do companheiro. — Sente alguma coisa nessa região?

Alguém riu maldosamente por trás dela. Mike, com certeza, pensou Karen. Ele seria o único capaz de ver duplos significados naquela hora.

— Mais para cima — Nigel conseguiu falar. — Cãimbras. Nigel se dobrou sobre si mesmo assim que um novo espasmo o acometeu, levando os joelhos quase até o peito na tentativa de amenizar a dor.

Ele havia vomitado também, Karen notou com alguma satisfação. Se fosse comida, pelo menos os resíduos estariam já fora de seu organismo. Por outro lado, podia ser uma infecção por vírus. Ela fechou os olhos, tentando se lembrar qual tratamento poderia ser dado a Nigel, se houvesse algum, encontrando o olhar severo de Jake quando finalmente os abriu. — E então?

— Não há muito o que possamos fazer além de esperar que a inflamação e febre cedam — falou com uma confiança que estava longe de sentir. — Não poderá se mover até então.

— Quanto tempo?

— Não sou médica. Vinte e quatro horas pelo menos, eu creio. Uma dose de leite de magnésia vai ajudar. Temos um vidro na caixa de medicamentos.

Rápida, Karen foi buscar o remédio, ministrando-o habilmente ao companheiro. — Creio que é tudo que eu posso fazer.

— Obrigado — Nigel falou no intervalo entre os espasmos. Jake se levantou, pedindo que os outros deixassem a barraca de Nigel, já naturalmente abafada pelas condições do clima. Virando-se para Karen, perguntou, seco:

— Tem certeza sobre o que disse?

— Não cem por cento. Como já disse, não sou médica, mas tenho certeza de que não é apendicite.

— Grandes conhecimentos esses seus. Se foi alguma coisa que Mike comeu, como os outros não foram afetados pelos mesmos sintomas?

— Porque nem todos são alérgicos às mesmas coisas — ela retrucou. — Pode ter sido aquele cogumelo que Santino encontrou ou uma súbita suscetibilidade à carne de peru.

— Ela está certa. — Luz estava se aproximando de novo. — Já vi isso antes. Vinte e quatro horas sem alimentação, bebendo só água, e Nigel estará melhor. Vou providenciar que a água seja fervida.

— Fico aqui com Nigel — Karen declarou. — Pelo menos mantenho as moscas afastadas e improviso uma brisa com algumas folhagens. — Karen olhou ainda uma vez para Jake, encontrando gelo nos olhos azuis. — Nenhum outro motivo, posso assegurar.

Jake se retirou com um sorriso sarcástico e sem nenhuma palavra. Karen mordeu o lábio. Dizer para si mesma que não se importava com Jake era uma coisa, sentir era completamente diferente.

 

 



  

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