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CAPÍTULO XV



CAPÍTULO XV

 

 

Francesca acordou de repente e não viu Will deitado a seu lado na cama. Ruídos estranhos vinham da sala, sons abafados como corpos colidindo contra o chão e palavras trocadas em voz baixa.

Assustada, vestiu um robe e saiu do quarto para ver o que acontecia, e quase desfaleceu de susto ao deparar-se com a cena que se desenrolava em sua sala. Dois homens, um deles era Will, lutavam violentamente. Havia sangue no chão e o segundo homem empunhava uma faca. O fato de Will estar usando apenas um short favorecia o oponente, que conseguira atingi-lo diversas vezes, felizmente de raspão.

Apavorada, Francesca decidiu que tinha de fazer alguma coisa. Não podia permitir que Will fosse morto sem ao menos tentar lutar. Aflita, olhou em volta em busca de algo com que pudesse agredir o invasor. Era uma figura misteriosa vestida de negro, com um capuz cobrindo seu rosto e uma jaqueta de moletom que...

Uma jaqueta de moletom!

Tremendo, concluiu que o invasor era ninguém menos que seu perseguidor. Ele entrara em seu apartamento esperando encontrá-la sozinha, mas Will o escutara e decidira enfrentá-lo.

E agora estava sangrando, ferido em várias partes do corpo! Se ao menos tivesse um telefone no quarto! Mas o único aparelho ficava na sala, e teria de passar por eles para alcançá-lo.

Um som horrível a fez olhar para os dois homens engalfinhados no chão e, apavorada, ela viu que o bandido havia desferido um violento soco contra a cabeça de Will, que parecia atordoado. Em pé, o sujeito preparou-se para acertá-lo com a faca e, incapaz de conter-se, Francesca investiu contra ele dominada por uma espécie de loucura. Em pânico, saltou sobre as costas dele e agarrou-o pelo pescoço, levando os dedos ao único ponto vulnerável do rosto coberto pelo capuz: os olhos.

O homem gritou em agonia, toda a atenção voltada para o ataque que sofria, e Will recuperou-se a tempo de desarmá-lo. Havia perdido muito sangue, estava fraco, e por isso não poderia suportar o combate por muito mais tempo. Mesmo assim, estava de posse da faca, o que tornava a situação menos assustadora.

Francesca decidiu que era hora de encerrar o pesadelo. Determinada, tomada por uma coragem que nem sabia possuir, arrancou o capuz da cabeça do bandido e soltou-o para poder fitá-lo de frente.

O que viu a encheu de surpresa.

— Mick! Oh, meu Deus! Mick!

— Você o conhece? — Will perguntou ofegante.

— Mick Callaghan é marido de Clare.

 

 

Horas depois de Mick ter sido levado pela polícia e Will ter voltado do hospital, ele se lembrou da mensagem que havia encontrado na caixa de correspondência.

Devagar, moveu-se no sofá da sala de Francesca e retirou do bolso o pedaço de papel. As três palavras recortadas faziam sentido, agora que tudo acabara.

— Não há saída — Francesca leu devagar, o rosto pálido indicando que ainda estava sob efeito das fortes emoções que vivera pouco antes. — Então sabia que ele estava por perto! Por isso insistiu em passar a noite comigo!

— Fran, o que eu disse não significou nada? Ainda tem dúvidas a respeito dos meus motivos? Pelo amor de Deus, quis passar a noite aqui porque a amo!

— Está falando sério? Oh, Will, tenho tanto medo de perdê-lo novamente!

— Você não vai me perder. Agora que seu pesadelo acabou, podemos nos unir em busca da felicidade. É claro que estou feliz por ter podido protegê-la, mas não esperava que acontecesse esta noite. Ouvi um barulho na sala, levantei-me para ir ver o que estava acontecendo e o encontrei entrando. É evidente que ele esperava encontrá-la dormindo... sozinha.

— É terrível pensar no que podia ter acontecido se você não estivesse aqui.

— Não pense mais nisso. De agora em diante, estarei sempre com você. Sempre. Só não entendo uma coisa. Como Callaghan conseguiu entrar sem arrombar a porta?

— No final de semana em que fui para Yorkshire, deixei uma cópia da chave com Clare para que ela pudesse entrar, caso precisasse do carro. Mick deve ter aproveitado para copiá-la. Por isso ele sabia sobre a janela quebrada, a mudança do número do telefone... Sempre confiei em Clare, e ele ouvia nossas conversas com interesse incomum. Agora entendo... Oh, Will! Acha que ele teria sido capaz de... de...

— Felizmente, nunca saberemos ao certo.

— Pobre Clare. Ela vai ficar devastada quando souber de tudo.

— Talvez, mas esse é um problema que você não poderá responder. Tente pensar em você, meu amor. Precisa recuperar-se de tudo que enfrentou nesses seis meses. Que tal irmos para a cama e...?

— Pensei que nunca mais ia sugerir — ela riu, ajudando-o a levantar-se e amparando-o até o quarto. — Sabe de uma coisa, Will? — perguntou depois que se deitaram. —Amo você. E ninguém, nem mesmo sua avó, vai conseguir nos separar.

 



  

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