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CAPÍTULO 11



CAPÍTULO 11

 

A aeronave começou a descida para pouso em San Felipe no final da tarde, hora local. Ela já estava voando há horas, porém Eve não estava cansada, mas empolgada e apreensiva. Aquele era um grande pas­so. Apesar de sua avó tê-la encorajado, não suportava a idéia de que Jake poderia não ficar feliz em vê-la.

Tanta coisa tinha acontecido em tão pouco tempo. Ela ainda estava em dúvida sobre a decisão da avó em vender Watersmeet. A velha senhora alegava que es­tava muito velha para ficar lá apenas na companhia da Sra. Blackwood enquanto Eve saía para o traba­lho. Se Eve quisesse continuar lecionando, teria que arrumar um emprego em Newcastle. Ellie decidiu aceitar o convite de Adam para viver com eles.

Eve estava contrariada. Apesar de ter sido convi­dada para morar com Adam também, decidiu procu­rar um lugar na cidade.

E foi o que aconteceu quando a carta dos diretores da escola de San Felipe chegou. Aparentemente, ha­via uma pequena escola na ilha e precisavam de uma professora. Estavam felizes em oferecer o cargo a Eve, disseram. Propuseram um período experimen­tal de dois meses, para ambos os lados. Se não desse certo, Eve receberia uma passagem de volta para Londres.

Ela imaginava que Jake estivesse por trás da ofer­ta. Só não entendia uma coisa: por que estaria fazen­do isso? Ela não tinha dúvidas sobre a reação dele ao saber que era filha de Cassie. Não estava surpre­sa de não ter recebido nenhuma notícia dele desde então.

Sua avó não hesitou em aconselhá-la a aceitar o emprego, pelo menos para o período de experiência.

— O que você tem a perder? — perguntou, quando Eve manifestou suas dúvidas. — O fato de ele ter sido idiota o suficiente para se envolver com Cassie não o transforma em uma má pessoa. Ele gostou de você. Quando contei a ele que perderia o emprego na Páscoa, ele imaginou se não gostaria de trocar de ares.

— Quando foi que você contou que eu perderia o emprego na Páscoa? — Eve perguntou vagamente. Pela primeira vez sua avó não foi clara.

— Isso importa? — perguntou. — É uma oportu­nidade maravilhosa, Eve. Você merece. Se não gos­tar, pode voltar para casa.

Era verdade, Eve pensou. Vinha se dando descul­pas desde que escreveu aceitando a proposta. Temia que o que estivesse fazendo pudesse trazer mais so­frimento para ela nos meses seguintes.

Claro que Cassie não aprovou a idéia. Quando Ellie ligou para contar para onde Eve estava indo, Cas­sie ficou aflita e disse que Jake não era confiável. Aparentemente, ele a visitou mais uma vez antes de partir para San Felipe. Eve tinha a impressão de que a relação entre eles tinha terminado.

É claro que não contou a ninguém o que aconteceu no estábulo naquela noite em que Jake chegou para visitar sua avó. Contudo, há tempos ela se perguntava se não teria imaginado tudo aquilo. Quando acordou abraçada ao travesseiro encharcado de lágrimas, teve certeza de que nenhuma fantasia provocaria tanto de­sespero.

Ela desejou saber se Ellie estaria tão disposta em mandá-la para San Felipe se soubesse o que aconte­cera ou como se sentia em relação a Jake. Eve duvi­dou. Na medida em que sua avó achava que esta era a solução para todos os problemas, Eve não teve cora­gem de contar como realmente se sentia.

Na realidade, como realmente se sentia? Eve se perguntou ao se aproximar de San Felipe. Será que não estava ansiosa para rever Jake, não importando o que acontecesse? Você não pode se importar com as pessoas se não as vê mais. Por mais impossível que uma relação entre eles pudesse ser, ela ainda queria vê-lo. Nem que fosse apenas para mostrar que não era como sua mãe.

O avião parou, a porta foi aberta e Eve juntou-se aos companheiros de viagem para desembarcar. Uma escada foi acoplada à porta do avião. Apesar de Eve já ter experimentado o clima quente da ilha de Grand Cayman, estranhou o calor na pista assim que desceu.

Eve colocou a mochila nos ombros e dirigiu-se ao guichê da imigração.

Minutos depois, já estava com o passaporte carim­bado e aguardava para retirar sua bagagem, quando alguém tocou seu braço levemente.

— Você deve ser a Sita. Robertson — disse uma voz suave e atraente. Ela virou-se e viu uma jovem magra e de pele morena de pé atrás dela.

— Eu... sim — respondeu, colocando a mochila no chão. — Olá.

— Olá — respondeu a mulher. — Jake me pediu que viesse encontrá-la. Meu nome é Isabel Rodrigues.

— Srta. Rodrigues! — Eve foi pega de surpresa. Sabia, pela carta que recebeu de San Felipe, que o di­retor da escola chamava-se Rodrigues. Mas não espe­rava que fosse alguém tão jovem. Isabel era bonita. Eve se perguntou se ela conheceria bem Jake Romero. — Hum, foi bom ter vindo me encontrar.

— Sem problemas. Fez boa viagem?

— Nunca fiz uma viagem tão longa.

— Então não conhece as ilhas?

— Não — Eve conteve-se para não dizer que mui­tos professores não têm dinheiro para passar as férias no Caribe. — Não tive este prazer.

— Tenho certeza de que não terá dificuldades para se adaptar. O calor talvez possa incomodar um pou­co, mas começamos as aulas pela manhã bem cedo e terminamos na hora do almoço.

Eve sentiu-se um peixe fora d'água com seu jeans e camiseta, apesar de já ter tirado a jaqueta de couro que a avó havia lhe presenteado. O tempo ainda esta­va frio quando saiu de Londres. Não poderia imagi­nar este calor.

Alguns minutos depois, o carregador já transporta­va a bagagem. A mochila de Eve estava colada ao pescoço quando saíram sol.

— A ilha não é muito grande — Isabel explicou enquanto passavam por uma vila de pescadores. — Apenas 32 quilômetros de extensão por 12 de largu­ra. Os Romero não permitiram a exploração.

Os Romero. Eve duvidou se haveria alguma parte da ilha que não dependesse da aprovação dos Romero para sobreviver. O que foi mesmo que Cassie disse? A família de Jake era proprietária da ilha? Sim, era isso.

— A escola em que você trabalhava fechou? — Eve imaginou o que mais teria sido dito a seu respeito.

— Fechou há uma semana — ela concordou. — Vocês têm muitos alunos na sua escola, Srta. Rodri­gues?

— Minha escola? — Isabel riu. — A escola não é minha, Srta. Robertson. Minha mãe é que é professo­ra, não eu.

Eve estava confusa.

— Desculpe-me, eu não...

— Minha mãe é a diretora do ensino básico em San Felipe. E, por favor, me chame de Isabel. Srta. Rodrigues é muito formal, Srta. Robertson.

— Eve, por favor — disse. — Então não leciona?

— Céus, não — Isabel fez uma careta. — Trabalho para o Sr. Jake como assistente pessoal.

Eve balançou a cabeça. Pensou em alguma coisa para dizer diante das novidades. Deveria imaginar que um homem como Jake Romero se cercaria de pessoas bonitas, mulheres bonitas.

Estavam se aproximando do subúrbio, que parecia uma pequena cidade. Isabel estacionou.

— Esta é San Felipe — falou, apontando para uma fileira de casas e para um pequeno centro comercial. — E aqui que a maioria das pessoas vive, a escola fica a uns oitocentos metros.

— Há hotéis? — perguntou Eve, surpresa com a sofisticação do lugar.

— Hotéis pequenos — respondeu Isabel. — As pessoas que costumam vir para cá são mergulhado­res, motoristas... pessoas assim.

— Entendo.

Além dos arredores da cidade, Isabel pegou uma pequena trilha que levava à praia. Uma estradinha costeira, cercada por dunas salpicadas de flores sel­vagens. Mais adiante, avistou um punhado de casas com telhados brancos agrupadas ao lado de um cais de madeira.

— Chegamos — disse Isabel, acenando para umas crianças que pararam para vê-las passar. — A escola é aqui, e sua casa, mais adiante.

— Minha casa? — Eve espantou-se. — Eu tenho uma casa?

— Jake achou que preferiria — falou Isabel, negli­gentemente. Eve percebeu uma ponta de ressenti­mento na voz dela. — Os professores anteriores alo­javam-se conosco, minha mãe e eu.

— Entendo — Eve não sabia o que dizer. — Pare­ce maravilhoso, nunca tive uma casa só minha.

— Não? — Isabel parecia menos contrariada. — É bem pequena. Típica de San Felipe, simples e prática.

— É tudo de que preciso — disse Eve. Será que Jake não teria sido um pouco exagerado em favor dela? Como será que conseguiria suprimentos?

Uma hora depois todas as suas perguntas foram es­clarecidas. Primeiro, Isabel levou-a para conhecer sua mãe, a diretora da escola.

A mãe de Isabel não era diferente da sra. Portman, e ela estava ansiosa por fazer a nova professora sen­tir-se em casa. Sugeriu que Eve tirasse uns dias de folga para acostumar-se ao clima da ilha. Em segui­da, convidou-a para jantar com ela e Isabel na noite seguinte.

— Encontrará sua geladeira abastecida e a água da torneira é potável.

Eve logo percebeu que tinha uma charrete para seu uso estacionada ao lado de sua casinha.

— Existem ônibus, mas não são confiáveis. Além do mais, você pode querer ver alguma coisa fora da ilha enquanto estiver aqui — disse Isabel.

Essas três últimas palavras ficaram na cabeça de Eve. O que ela queria dizer? Seria o jeito de falar de Isabel ou ela estava imaginando que Eve não ficaria muito tempo? E se fosse, por quê? Jake teria alguma coisa a ver com isso? Ou com Isabel?

Os pensamentos não eram apropriados para a pri­meira noite relaxante em sua nova casa. Depois de tomar um banho refrescante de água fria, Eve foi veri­ficar a geladeira.

Não estava com fome. Lembrou que já era tarde da noite em Falconbridge. Só queria algo leve para agüentar até o amanhecer. Mas lembrou que se fos­se para a cama tão cedo, estaria de pé antes do ama­nhecer.

Eve foi para a varanda nos fundos da casa e sen­tou-se em uma das cadeiras de lona. A brisa estava agradável.

Já era quase noite. Apesar de não conseguir mais ver as ondas na enseada, ainda podia ouvir o barulho do mar logo adiante. Pela manhã, a vista estaria lá es­perando por ela, pensou. Quase não acreditava que estava ali. Tinha que telefonar para a avó de manhã. Por agora, só queria aproveitar a paz e a tranqüilidade ao redor.

Eve deve ter cochilado, porque o barulho de um carro a despertou. Não estava assustada. Apesar do pouco trânsito próximo à casa, havia algumas poucas casas acima da sua.

Mas então ela percebeu que o carro parou e ouviu o som de pegadas na trilha ao lado da casa. Ela pestanejou. Que horas seriam? Onze\ Já deveria estar na cama há horas.

O coração de Eve disparou instintivamente. Pres­sentia quem era o visitante. Mas isso não foi o sufi­ciente para acalmar o pânico que tomava conta dela só de pensar em vê-lo outra vez. Ela preferia não en­contrá-lo esta noite, não agora que estava tão vulnerável. Gostaria de ter apagado as luzes antes de ir para a varanda. Se estivesse tudo escuro, ele não teria parado. Do jeito que estava, com as cortinas abertas, não teria escolha, a não ser admitir que estava acor­dada.

Levantando-se, foi até o parapeito da varanda e co­locou-se deliberadamente na sombra. Ele poderia ter tido a vantagem da surpresa, mas ela já o tinha visto.

Mesmo assim, quando Jake passou pela curva e caminhou na direção onde ela estava, seu coração quase parou. Com uma camiseta de algodão sem mangas e uma bermuda caqui roçando os joelhos, ele estava perturbador como sempre. Ela pôde perceber que, quaisquer que fossem as circunstâncias, não ti­nha chances quando se tratava deste homem.

— Olá — disse ele. — Posso subir? Eve balançou os ombros.

— A casa é sua — disse. O que não era exatamente um convite. Ela voltou e sentou-se na cadeira.

Jake suspirou fundo e subiu a escada, mesmo com sua intuição dizendo que não deveria fazer aquilo. Não tinha a intenção de ir até lá. Quando saiu de casa, pretendia passar por perto da casinha apenas para ter certeza de que tudo estava bem. Pelo menos esta era sua desculpa. Quando viu a luz acesa, não resistiu. Não tinha se dado conta do quanto precisava vê-la outra vez até o momento em que parou o carro.

— Acordada até tarde? — perguntou, e parou no topo da escada. Desejou que o lugar estivesse mais iluminado para poder vê-la melhor. Entretanto, o pouco que pôde ver foi suficiente para lhe dar um nó no estômago e acelerar sua pulsação. — Achei que já estivesse dormindo. Eve olhou para ele.

— Foi por isso que esperou até agora para vir?

— Não — Jake colocou as mãos nos bolsos para ela não perceber o quanto elas tremiam quando ela falava. — Saí para dar uma volta e vi a luz acesa.

— Já não é tarde para dar uma volta? — Eve esta­va sendo cínica.

— Para o seu padrão, talvez. Para mim... não dur­mo tão bem.

O que era a mais pura verdade. Desde que voltou da Inglaterra, não teve mais que meia dúzia de boas noites de sono.

Agora, Eve olhava para ele. Jake achou-a um pou­co preocupada, mas a pouca luminosidade não o dei­xava ter certeza.

— Talvez, se fosse para a cama mais cedo? — ela murmurou. — Acho que deveria lhe oferecer alguma coisa, não?

A consciência de Jake dizia que não. Ele não deve­ria estar ali. Não ajudaria muito se ela lhe oferecesse alguma bebida. Muito menos se ele entrasse.

A tentação de vê-la foi maior que qualquer coisa.

— Seria ótimo. Você tem uma cerveja? Eve levantou-se.

— Você não sabe? Venha ver

Fazia anos que Jake não entrava em uma daquelas casinhas. Ficou impressionado como estavam surradas. Anotou mentalmente que precisava mandar um decorador para fazer os reparos necessários. Tais pensamentos logo foram colocados de lado quando olhou para Eve outra vez.

Ela estava vestindo uma saia curta rosa que deixa­va suas pernas de fora. Esconder aqueles tesouros era um desperdício. A miniblusa, amarrada por uma tira, também não era o que ela costumava usar. Jake dese­jou desamarrá-la. Será que estava usando sutiã? Ele pensou. Achava que não. Afinal, não esperava visi­tas. Nada disso aliviava o fluxo de sangue em sua vi­rilha.

Ainda bem que Eve não percebeu suas intenções e observações. Ela pegou uma lata de cerveja estupidamente gelada.

— Esta serve?

— Obrigado.

Jake pegou a cerveja de suas mãos, abriu e bebeu a metade com um único gole. Deus, ele precisava da­quilo, pensou. Ele percebeu que ela evitou tocá-lo quando estendeu a cerveja. Apesar da hospitalidade, ele notou que ela não via a hora de ele sair.

— Fez boa viagem? — perguntou ele, enquanto ela cruzava os braços sobre a miniblusa.

Ela deixou transparecer uma expressão esquisita e ele não estranhou a objetividade da resposta.

— Ainda não falou com a sua espiã?

— Minha espiã? Não tenho nenhuma espiã.

— Mas você mandou a Srta. Rodrigues me encon­trar, não mandou? — Eve inquiriu, colocando a ponta dos dedos sob os braços. O movimento fez com que ela apertasse os braços contra os seios. Jake desejou estar no lugar deles.

O que não deveria.

Forçando-se a olhar para ela, respondeu:

— Pedi para Isabel ir encontrar com você, sim. Ti­nha quase certeza de que você não gostaria de ver mi­nha cara feia assim que desembarcasse.

— Ah, por favor. Só alguém que não tivesse uma cara feia, como você mesmo disse, poderia falar isso — ela exclamou e ele levantou as sobrancelhas.

— Isso é um elogio?

— É uma observação, Jake — Eve respondeu dire­tamente. — Estou cansada. Por que veio até aqui?

Porque não consegui me afastar?

Não, isto não funcionaria.

— Achei que já tinha dito. Eu estava...

— ...passando e viu a luz acesa — ela concluiu ci­nicamente. — Sim, escutei o que falou. — Ela espe­rou um pouco. — Quer que eu lhe agradeça por ter me oferecido um emprego?

Jake suspirou.

— Isto foi golpe baixo, mesmo para você.

— Por que mesmo para mim? — Eve franziu os lá­bios. — Porque sou filha da Cassie? — Eve respirou profundamente. — Sou bem diferente dela.

— Acha que não sei disso? — ele prendeu a respi­ração ao perceber que estavam indo pelo caminho er­rado outra vez. — Depois do que soube sobre sua mãe, não a compararia a ela nem por implicância;

Eve franziu o cenho.

— Depois do que soube sobre ela? O que quer di­zer com isso? O que ela lhe disse?

— A verdade — ele respondeu secamente. Depois que sua avó começou, ela não tinha muito o que fazer.

Eve sentiu-se mal.

— Então você sabe sobre os Fultons e... e Andy Johnson?

— Sei que você passou por um período difícil — ele falou de maneira áspera, e não gostou do olhar hu­milhado que ela lhe lançou. — Eve, não é por causa do passado ou de sua mãe. Só estou lhe oferecendo este emprego para ajudá-la, é tudo.

Eve laçou um olhar fulminante e em seguida des­viou. Só então ele percebeu que ela estava descalça e como, de alguma forma, isso era sexy. O que ela esta­va dizendo o deixou tranqüilo para encarar seu olhar desconfiado.

— Você foi ver Cassie antes de sair de Londres? Jake recuou. Não poderia imaginar que sua mãe ti­vesse comentado sobre aquele encontro.

— Sim — respondeu. — Isso tem alguma impor­tância?

— Por que foi visitá-la?

— Você sabe por quê. Não pode jogar uma pedra dentro de uma piscina tranqüila e esperar que não respingue.

Ela tremia enquanto ele falava.

— Você não tem nada a ver com isso.

— Como não? — Ele tentou controlar-se, mas ela pôde perceber a raiva em suas palavras.

— Queria saber por que ela abandonou a filha. Sua avó só me forneceu a base da história. Queria escutar da própria Cassie.

— Por quê? Que importância isso tem para você?

— Apenas entenda que me importo, certo? — dis­se secamente. Jake jogou a lata vazia na lixeira e ba­teu com a mão cerrada na palma da mão. — Veja, foi um erro ter vindo até aqui esta noite...

— Você não consegue ficar longe dela, não é?

— O quê?

— Cassie, você dormiu com ela outra vez, não dormiu? — Eve começou a tremer como se estivesse com frio. — Quando Ellie telefonou para Cassie para dizer que eu aceitaria este emprego, ela pediu para me avisar que você não era confiável. Não entendi o que ela quis dizer, mas agora entendo. — Ela sacudiu a cabeça. — Não que eu precisasse do conselho. Você...

Ela não terminou o que estava dizendo. Ele se aproximou dela com um passo largo e agarrou-a pe­los ombros de modo que só a ponta dos pés tocavam o chão. Logo estavam se beijando de forma ardente e contundente. Eve já conhecia a habilidade e a perícia de Jake.

Apesar de tudo, ela derreteu.

Eles pararam para respirar por um segundo e, logo em seguida, eleja estava com a língua dentro da boca de Eve, que perdia o controle.

— Sabia que eu viria, não sabia? — murmurou ele com a boca quente e desejosa. — Pode me acusar disso, mas você sabia que eu viria. — Sua mão se em­brenhava pelos cachos do cabelo solto, o dedo acari­ciava seu pescoço. — Sou tão previsível.

A respiração de Eve estava tão acelerada que ela podia ouvir as batidas do próprio coração. Sentiu-se tonta, mas não importava; Era ali que queria estar e não pretendia se afastar.

— Você não é tão previsível assim — sussurrou, mas duvidou que ele pudesse ouvir. O calor do corpo dele, a pressão de seu pênis contra o quadril de Eve tinha um efeito hipnótico. Ela estava quase levitando.

Jake acariciou a coluna de Eve e ela não conseguiu evitar, curvou-se para cima dele, desejando Deus sabe o quê.

— Não conseguiria me afastar — falou ele, quase de forma selvagem, apalpando o bumbum de Eve e puxando-a para um contato ainda mais próximo com seu corpo excitado. — Tinha que vê-la. Patético, não? Especialmente porque você pensa o pior de mim, não importando o que eu faça.

— Não — a cabeça de Eve flutuava e ela nem sa­bia o que estava dizendo. Não queria falar. Aliás, não queria nem pensar. Só desejava que ele continuasse beijando, beijando... até que seus sentidos derretes­sem. — Jake, isso não importa...

— Para mim importa.

De repente, ele a soltou e olhou fixamente em seus olhos. Ela ficou parada diante dele sem entender aquele olhar de desprezo. Há alguns minutos ele a se­duzia com as mãos e os lábios.

— Jake...

— Eu não dormi com Cassandra — afirmou com firmeza. — Mas se você não acredita, acho que estou perdendo o meu tempo.

— Eu, eu não disse que...

— Esqueça isso — Jake encaminhou-se para a porta. — Já esqueci.

 

 



  

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