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CAPÍTULO 5



CAPÍTULO 5

 

Jake se precaveu e trancou a porta antes de tomar ba­nho. Ele achava que Cassandra poderia terminar a li­gação e voltar, e a última coisa que queria era quebrar as regras estipuladas pela mãe dela. Não sabia por que, exatamente. Desde que saíram de Londres era como se a relação deles tivesse desandado, e ele não tinha mais vontade de ir adiante.

Talvez ele tenha refletido ao ver a forma com que ela tratava a família. Cassandra não tinha considera­ção pela mãe, e se havia alguma razão para a velha senhora merecer isso, ele desconhecia.

E quanto a Eve... bem, sua situação era estranha­mente ambígua. Ela evidentemente trabalhava para garantir a estadia e ajudava quando podia, mas havia uma diferente ligação entre ela e Ellie que ele não conseguia entender. Havia afeição e uma gentil com­preensão. Uma relação, de fato, que ele esperava que Cassandra tivesse com a mãe.

Será que Eve causou a rixa entre as duas, como ele suspeitava? Ela não parecia solitária, mas quem po­deria julgar? Ele mal a conhecia.

Mas ele admitia que não estava enganado quanto à própria reação diante dela. E ela nem precisava usar palavras para deixar claro que não gostava dele. En­tão, por que ele tinha essa persistente necessidade de mostrar que não era o canalha que ela pensava? Por que, quando ela o provocava consistentemente, ele ficava tão ciente de sua presença que seu corpo aquecido e seu sono era interrompido?

Loucura! Frustrado consigo mesmo e com a direção de seus pensamentos, Jake ensaboou o peito e o abdome, suprimindo um gemido ao notar que estava quase totalmente excitado. Droga, o que estava erra­do com ele? Desde quando obteve esse insano desejo por uma mulher que não se interessava por ele?

Ele pensou ter ouvido alguém bater na porta do quarto, mas ignorou. Se fosse Cassandra, não faria nenhum favor a ela ao abrir a porta. E se não fosse...?

Mas ele não foi verificar. Não havia chance de Eve bater em sua porta duas vezes. Mais cedo, deixou bem clara sua opinião, e se ele fosse honesto, teria que admitir que foi isso que deu início ao prazer com que se deliciava no chuveiro. Ele se ressentia disso; se ressentia da atitude dela. E decidiu que deveria tentar mudar essa atitude.

Ele hesitou do lado de fora da biblioteca, sem sa­ber se deveria anunciar sua presença. Mas não havia luz visível sob a porta, e supôs que foi o primeiro a chegar. Sem cerimônia, virou a maçaneta e abriu a porta, surpreendendo uma atônita Eve, sentada de pernas cruzadas em frente à lareira.

Ela levantou-se às pressas, procurando o interrup­tor mais próximo e inundando a sala com iluminação, quando ele fechou a porta. E Jake percebeu que todas as idéias preconcebidas que tivera sobre ela eram apenas pretensão. Não podia ignorá-la, não queria ig­norá-la. Era um tolo se pensasse que poderia.

Ela estava vestindo a mesma calça preta da noite anterior, mas agora elas combinavam com um suéter largo de gola em V que apenas insinuava os vivos seios que ele sabia que havia por baixo.

Só de olhar para ela, para seus traços claros e exó­ticos e seus cabelos escuros, ele foi tomado pela ur­gência instintiva de saber como seria enterrar seu corpo rígido na maciez dela...

Chega!

Ele quase soltou a palavra em voz alta quando ela olhou para ele detrás do encosto de uma poltrona que usava como apoio para as costas, arrancando um ca­checol do pescoço. Evidentemente estava com frio, mesmo sentada diante do fogo, ele pensou, esperando não se arrepender por não ter vestido um suéter. Mas então ela mostrou o item de lã para ele e ele notou o que era.

Seu cachecol!

— Tentei devolver mais cedo — falou ela, cami­nhando para frente para colocá-lo nas mãos dele. — Mas você não me ouviu.

Mais uma vez ele teve que ocultar a exclamação que estava na ponta da língua. Se soubesse, pensou. Se ao menos soubesse que era Eve batendo na porta...

— Acho que estava tomando banho — falou ele, vendo que ela torceu os lábios. Ela não acreditava nele, percebeu, indignado. Obviamente pensava que ele e Cassandra recomeçaram quando ela voltou da ligação telefônica.

Ele queria dizer que estava errada, que não abriu a porta porque não queria começar uma discussão com Cassandra. Mas não disse. Em vez disso, se moveu na direção dela, colocando o cachecol sobre a mesa e di­zendo:

— Como está a Sra. Robertson hoje à noite? — Como se falar de outra pessoa pudesse amenizar seu ressentimento. Droga, ela não tinha o direito de jul­gá-lo. Ele olhou ao redor. — Pensei que ela estaria aqui.

— Não. Acho que descerá mais tarde.

— Será que ela gostaria que eu... ?

— A carregasse? — Eve o interrompeu. — Não, acho que não será necessário.

— Você toma todas as decisões por ela?

— Claro que não — respondeu concisamente. En­tão, movendo-se propositalmente para frente, conti­nuou: — Se me der licença, vou ver se ela...

— E se eu não der?

— Se não der o quê?

— Se não der licença — ele respondeu suavemen­te. Então, seus olhos ficaram sombrios. — Vamos lá, Eve, não vai doer ficar em minha companhia por al­guns minutos. Não estou ameaçando pular em cima de você.

— Você não poderia — ela assegurou, esperando profundamente que ele não colocasse isso à prova, e ele apertou os lábios.

— Não esteja tão certa — murmurou secamente, mas Eve pensou ter visto um contentamento relutante no canto da boca dele. — Você pode me entreter.

— Por que gostaria que eu o fizesse?

— Oh... — Ele pensou por um momento. — Tal­vez só queira saber mais sobre você. Nada de mal nis­so, certo?

— Cass... Cassandra logo descerá. Ela... pode lhe contar o que quer saber.

— Duvido. — Ele gesticulou na direção da cadei­ra. — Por que não senta e me fala de você?

— Talvez não queira.

— Já percebi. — Ele uniu as sobrancelhas. — Só queria saber por quê.

Eve expirou nervosamente, mas como não podia empurrá-lo para que saísse do caminho, estava presa. Em mais de uma forma. Com um som que esperava que ele identificasse como frustração, ela sentou-se na cadeira, totalmente a contragosto. Então, como ele não fez menção de sentar-se e ficou parado diante dela como uma pedra, ela forçou-se a olhar para ele.

— Bem?

Jake estava intrigado, apesar da evidente irritação ela. Era tão arredia, quase defensiva, e seu interesse anterior tornou-se uma atração que tinha pouco a ver com sexo. Bem, não muito, ele admitia honestamente, ciente de que estava sexualmente excitado com a postura fria e distante dela e, por que não?, com sua relutância óbvia em deixá-lo se aproximar.

Ele não queria se aprofundar nas razões que o fa­ziam querer se aproximar, e percebendo que não po­deria conduzir uma conversa daquele ângulo, sentou-se na cadeira oposta.

— Então? — disse ele, ao ver que ela sequer ten­tou conversar. — Fale-me de você. Sempre morou no norte da Inglaterra?

— Não — respondeu brevemente, deixando-o sem alternativa, a não ser fazer outra pergunta.

— Seus pais moravam em outra parte do país?

— Não tenho pais — respondeu ela. — É tudo?

— Não, não é tudo — exclamou ele, irritado, ape­sar de sua determinação em não deixá-la exasperá-lo. Essa era a forma de ela evitar mais conversa, e ele não deixaria que ela escapasse. — Todos têm pais, Eve. Ou você ainda acha que bebês são trazidos pela cegonha?

Ela ficou pálida diante disso.

— Sei de onde os bebês vêm, Sr. Romero — decla­rou. — Mas certamente não tanto quanto o senhor, eu admito.

— O que diabos isso quer dizer?

Eve parecia um pouco nervosa agora e ele suspei­tava que ela tivesse falado sem pensar nas conse­qüências. Mas ela não tinha alternativa, a não ser con­tinuar.

— Eu... não tenho filhos, Sr. Romero — ela falou. — Talvez o senhor tenha.

Ele tinha quase certeza de que não era isso o que ela quis dizer antes, mas não a contradisse.

— Não — respondeu ele, seus olhos se divertindo com a confusão dela. — Não tenho filhos. Não que eu saiba, claro.

Ela corou, mas não recuaria.


— Não que alguém se importe, de uma forma ou de outra — falou ela, surpreendentemente, apesar de desviar o olhar. — Bem, para sua informação, nunca conheci meus pais. Meus pais biológicos.

— Você foi adotada?

— Que possível interesse pode ter nisso?

— Acredite: estou interessado.

Ela ficou em silêncio por um momento e olhou dentro dos olhos dele.

— Por uma época — falou. — Fugi quando tinha 12 anos.

Doze? Ele não podia conceber isso. Aos 12 anos era o quê? Uma pré-adolescente rebelde cheia de dú­vidas?

— Não fui adiante com isso, claro — ela conti­nuou. O olhar dela se dirigia para as próprias mãos, que agora estavam torcidas sobre seu colo. — Fui en­contrada e mandada de volta para casa. Duas vezes, na realidade. Mas só que fugi de novo, até que as au­toridades julgaram que seria melhor me deixar a car­go de serviços sociais.

— Mas você era tão nova.

— Tinha idade suficiente. — Ela pressionou os lá­bios, como se quisesse silenciar outras confidencias. Então, com um gesto de rejeição, acrescentou: — Tudo isso aconteceu há muito tempo. Tinha me es­quecido.

Mas não se esqueceu. Ele podia ver. E queria mui­to perguntar por que morava no norte da Inglaterra agora, com uma senhora que não parecia trabalhar em obras sociais.

Então ele lembrou-se de algo que Cassandra con­tou a ele.

— Você tem parentesco com os Robertson, não tem? — ele perguntou impulsivamente, recuando quando o rosto dela ficou totalmente pálido.

— Quem lhe contou isso? — ela perguntou tensa, e Jake deu de ombros.

— Cassandra. — Ele foi cauteloso. — Não é ver­dade?

Qualquer resposta que ela pudesse dar foi evitada pela porta, que foi aberta repentinamente. A luz prin­cipal foi imediatamente acesa e Cassandra ficou per­to da porta, olhando para eles furiosamente.

Ela usava um vestido transparente esta noite, que marcava sua figura bem-torneada, totalmente inade­quado para um jantar em família. Ela evidentemente decidiu usar algo que pudesse fazer com que Jake mudasse de idéia, pensou ele secamente, desprezan­do a própria arrogância. E ele não ficou totalmente surpreso ao notar que os esforços de sedução dela o deixaram imóvel.

— O que está acontecendo? — perguntou Cassan­dra, olhando para cada um deles de uma vez, e Eve sentiu como se eles tivessem sido pegos fazendo algo ilícito. O que era ridículo. Estavam apenas conver­sando, por Deus. Mas podia assegurar que devia estar aparentando totalmente culpada.

Jake se levantou sem se preocupar.

— Bem, deixe-me ver — respondeu, secamente.

— Eve me devolveu meu cachecol e perguntei como a Sra. Robertson estava esta noite. Ofereci-me para carregá-la aqui para baixo novamente, mas Eve jul­gou que não seria necessário. Então falamos sobre...

— Não quero ouvir toda a conversa de vocês — al­finetou Cassandra, e Jake arqueou as sobrancelhas, confuso.

— Não? — perguntou ele, suavemente. — Mas pensei que era justamente o que queria. Perguntou o que estava acontecendo.

— E você sabia exatamente o que eu queria dizer — retrucou ela, sem fazer rodeios. Então, como sei percebesse que eles tinham público, ela respirou frus­trada antes de continuar. — Por quanto tempo está na companhia de Eve?

— Faz diferença?

— Não pensou em me dizer que tinha descido?

— Desculpe. — Havia uma urgência em sua voz agora que até Eve podia sentir. — Não notei que de­veria dizer meu paradeiro. Imagino que estivesse atrás de mim. Por isso que está tão... vestida, certo?

— Pensei... pensei que pudesse querer saber quem ligou — disse ela, virando para fechar a porta, expondo as costas nuas. Então, virando novamente, ela se; recostou na porta.

Ele não se surpreendeu quando Eve se levantou e disse que ia ver se a Sra. Blackwood precisava de ajuda.

Quando ficaram sozinhos, Cassandra preencheu o espaço vazio entre os dois rapidamente.

— Graças a Deus ela saiu — exclamou, com o tom bem mais cordial agora. Ela passou a mão na gola da camisa dele, tocando sua pele nua. — Não vai acredi­tar no que aconteceu.

Jake levantou a mão e usou o pretexto de pegar a mão dela para tirá-la de seu peito.

— Então conte-me — falou. — Mas podemos be­ber algo antes?

— Você não entende. É importante.

— Certo. — Jake soltou a mão dela e apoiou o quadril na beirada da mesa. — Continue.

— Me oferecerem um papel em Evermore. Não é maravilhoso?

— E o que é Evermore!

— Oh, Jake! É uma das novelas de maior sucesso na televisão atualmente.

Jake se esquivou de dizer que, como os raros visitantes da região, mal tinha tempo de assistir às notícias na TV, imagine uma novela.

Mas ele não cortaria o barato dela.

— Que ótimo! Você deve estar empolgada.

— Estou. Eu fui nas entrevistas há algumas sema­nas. Aparentemente a... atriz escolhida inicialmente saiu, então...

— Eles escolheram você.

— Sim.

— E é um papel legal?

— Bem, são apenas três episódios para começar — explicou Cassandra. — Se o papel for bem recebi­do pelo público, será expandido.

— Ah — Jake balançou a cabeça. — Então imagi­no que queria voltar para Londres o quanto antes.

— Devo voltar amanhã — admitiu Cassandra. — Tenho tanta coisa para organizar...

— Ficará muito ocupada — concordou Jake, cien­te de qualquer sentimento de alívio por ter sido deixa­do de lado foi temperado com o reconhecimento de que provavelmente não veria Eve novamente. Mas então a porta foi abruptamente aberta e a mãe de Cas­sandra, se apoiando firmemente na bengala, entrou sem cerimônia.

— Desculpem — disse ela. — Perdi o equilíbrio enquanto tentava virar a maçaneta. Então... o que di­zia sobre estar ocupada?

Jake teve que sorrir diante da expressão de Cas­sandra. Foi colocada na mesma posição em que colo­cou Eve mais cedo.

— Sua filha recebeu um papel em Evermore — respondeu ele. — Venha, deixe-me ajudá-la com a cadeira.

Evermore, é? Olha, quem diria...

— Aparentemente, a senhora não — declarou Cas­sandra rapidamente. — Não vai me felicitar? Esse era exatamente o tipo de papel pelo que buscava.

— Creio que isso signifique que a veremos ainda menos futuramente.

— A senhora se importa?

— Alguns de nós podem se importar — retrucou a mãe dela secamente. — Mas se é o que quer...

— É.

— Então não há nada mais a ser dito. Desejo sorte a você. Deus sabe que já ficou muito tempo sem tra­balhar.

— Honestamente, mãe, sou uma atriz e não uma... professorinha, por Deus!

Jake sufocou um gemido. Ele suspeitou que ela não fora inteligente em citar a ocupação de Eve na conversa, e não se surpreendeu quando a Sra. Robertson desaprovou isso.

— Eve tem cérebro, Cassie — ela retrucou, ironi­camente. — O que é algo de que você não pode ser acusada.

— Como ousa?

— O quê? Acha que aprender algumas linhas e re­peti-las como papagaio em frente a uma câmera re­quer inteligência?

— Acho que não sabe nada sobre isso.

— Acho que não quero saber.

— Posso servir uma bebida para vocês? — Jake sabia que precisava interromper antes que elas dis­sessem algo de que se arrependessem. — Sra. Robertson? Um vinho, talvez? Cassandra?

As palavras dele provocaram um silêncio impreg­nado quase tão hostil quanto a discussão. Mas depois de um momento, a mãe de Cassandra parecia ter re­lembrado as boas maneiras.

— Sim, uma taça de vinho. Obrigada, Sr. Romero.

— Sem problemas. — Jake respirou aliviado. — Cassandra?

Whisky — respondeu ela, mal olhando na dire­ção dele, e Jake se dirigiu à bandeja de bebidas com entusiasmo.

Ele serviu as mulheres e depois serviu-se de whisky. Jake agradeceu o calor que o malte levou ao seu estô­mago.

— Suponho que partirá amanhã de manhã, Cassie? — ela perguntou, e apesar da frieza em sua voz, Jake tinha certeza de que ela tentava se gentil.

— Sim. Tenho que voltar para Londres amanhã.

— Ah. Então estará ocupada nos próximos dias? Cassandra olhava para a mãe cautelosamente ago­ra, e Jake não a culpava.

— Creio que sim.

— Hum. — Ellie estava pensativa. — Bem, creio que diante dessas circunstâncias você não terá tempo para entreter o Sr. Romero.

Cassandra ficou boquiaberta, mas logo se recupe­rou.

— Por que isso seria de seu interesse?

— Oh... — A Sra. Robertson deu de ombros. — É que eu não gostaria que o Sr. Romero pensasse que não é bem-vindo, caso queira ficar mais tempo aqui.

— Não pode estar falando sério!

— Por que não? Percebi que ele se interessou bas­tante pela área e a menos que tenha algum negócio urgente em Londres, não há razão ir às pressas.

— Não! — Cassandra tinha se levantado. — Eu não... Claro que Jake voltará para Londres comigo.

— Não seria melhor o próprio Sr. Romero decidir.

— Ele não pode. Viemos... no carro dele.

— Ele pode levá-la ao aeroporto de Newcastle. Os vôos freqüentes para Londres.

— Sua bruxa velha! — Cassandra estava furiosa. — Pensa que pedindo que Jake fique vai arruinar a felicidade que eu sinto por ter conseguido este papel!

— E sua felicidade é sempre a coisa mais impor­tante, não é? — perguntou a mãe dela. — Não impor­ta quem magoe, quem sofra por seu... seu egoísmo, desde que você seja feliz. Sequer passa pela sua cabe­ça que Jacob pode preferir ficar aqui. Do que tem medo, Cassie? Que Eve possa roubá-lo sob seu nariz?

Jake não sabia o que Cassandra teria feito se ele não tivesse ficado entre as duas. Parecia irritada o bastante para arrancar os olhos da mãe, e ainda que ela merecesse, ele não podia deixar que o fizesse.

— Olhem, esse é um ponto duvidoso, de qualquer forma — falou Jake calmamente. — Não posso ficar mais, apesar de agradecer pelo convite — ele acres­centou educadamente. — Obrigado, mas preciso vol­tar para Londres. — Ele sorriu, pesaroso. — Desculpe.




  

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