Хелпикс

Главная

Контакты

Случайная статья





UMA NOVA CHANCE. THE VIRGIN' S SEDUCTION. Anne Mather. CAPÍTULO 1



UMA NOVA CHANCE

THE VIRGIN' S SEDUCTION

Anne Mather

 

 

Ele não sabia quem era o mais surpreso, se ele ou ela. Droga, ela passou os últimos 15 minutos explicando que não gosta de ser tocada. Mas logo que seus dedos encostaram naquela pele macia e quente, qualquer dúvida sobre a sensatez do que estava fazendo desapareceu.

— Não — ela disse. As palavras rasgaram seus lábios e ele pensou como era inútil o protesto. Na ansiedade de evitá-lo, seu peito arfava, e os bicos de seus seios estavam claramente visíveis por baixo da camiseta. Ela estava irresistível, pensou. Irresistível e disponível. Cansado de bancar o herói, ele a beijou.

 

 

Digitalização: Ana Cris

Revisão: Crysty


 

Querida leitora,

Apesar de tentarmos esquecer um passado contur­bado, nem sempre temos êxito e nossos problemas começam a nos assombrar novamente. Para Eve, a pacata personagem desta história, as memórias co­meçam a voltar quando Jake aparece na pequena ci­dade em que ela mora. E uma única tentação poderá revolucionar a vida de Eve...

Uma história tentadora, a qual você também não irá resistir!

 

 


CAPÍTULO 1

 

Ellie encontrou Eve limpando o estrume do estábulo de Storm. O trabalho deveria ter sido feito pela ma­nhã, mas Mick não foi trabalhar e Eve se ofereceu para ajudar.

Entretanto, Eve se sentiu um pouco acanhada quando a velha senhora levou o lenço ao nariz antes de dizer:

— Venha aqui fora. Quero falar com você.

Eve não discutiu. Não se discutia com a avó dela, que caminhava na direção dos estábulos vazios. De­pois de verificar que não tinha sujeira nas mãos, Eve seguiu Ellie.

Era o mês de novembro e já havia um traço de gelo nas árvores do bosque.

— Cassie chega amanhã.

A senhora apenas esperou Eve aparecer na porta para fazer seu anúncio, que revirou o estômago da neta.

— A senhora quer dizer Cassandra?

— Não, quis dizer Cassie — retrucou a senhora brevemente, envolvendo a echarpe que usava em seus ombros. — Eu batizei minha filha como Cassie, e não Cassandra. Se ela quer ser chamada por esse nome idiota, não sou obrigada a me adequar.

— Quanto tempo vai ficar? — perguntou Eve ca­sualmente, ciente de que, independentemente da resposta de Ellie, não seriam tempos fáceis para nenhu­ma delas. Ela e Cassandra jamais poderiam ser ami­gas, e seria bem mais fácil se fosse para um hotel por algumas semanas.

— Ela não falou. — O tom de Ellie era mal-humo­rado. — Como sempre. Devo me adequar às necessi­dades dela. Certo, e, por falar nisso, ela está trazendo um homem. Não o conheço, mas conhecendo Cassie, deve ser alguém que pode ajudá-la em sua carreira.

— Bem... — Eve tentou soar filosófica. — Se está trazendo um namorado, duvido que fique muito tem­po. Ele deve ter compromissos, talvez um negócio.

— Ela apertou o lábio inferior entre os dentes. — O que quer que eu faça?

— Por que gostaria que fizesse algo? Eu apenas queria... precisava...

— Avisar-me?

Contar a você — insistiu ela. — Se eu pudesse impedi-la, eu o faria.

— Não, não faria — o tom de voz de Eve era seco. Ela não se deixou levar pela última afirmação da avó.

— A senhora está muito satisfeita por ela estar vindo vê-la, mesmo que seja para usar o local como hotel, como sempre.

— Eve...

— Ellie... gostaria que eu fosse para outro lugar enquanto ela fica aqui? Certamente Harry...

— Vamos deixar o reverendo Murray fora disso.

— A senhora parecia escandalizada diante da suges­tão. — Não pode ficar com ele. Não seria apropriado.

De qualquer forma, esta é nossa casa. Não quero que saia.

— Certo.

Eve já tinha sido dissuadida, mas sua avó prosse­guiu.

— Estamos em Northumberland — falou ela, com a voz trêmula. — E não no norte de Londres. Você não vai morar em um cubículo fétido.

Esse foi um leve desabafo, mas era sinal de que a avó dela não estava tão à vontade com a visita de Cas­sie quanto fingia. Ellie raramente mencionava o local em que Eve vivia quando chegou para salvá-la, e Eve podia ver, pela expressão da avó, que ela já tinha se arrependido de ter falado tão grosseiramente. Mas Ellie devia se lembrar que da última vez que Cassie esteve aqui, ela e Eve mal trocaram uma palavra.

Como se precisasse de uma reafirmação, ela acres­centou:

— Está dizendo que não quer ficar aqui durante a estadia de Cassie? — Toda a ambivalência que sentia sobre a visita foi mostrada em seu rosto ansioso. — Porque se estiver...

— Só pensei que seria mais fácil para todos se eu saísse — murmurou Eve, contrariada. Não queria fe­rir a mulher que era sua parente mais próxima e sua amiga.

— Bem, não será — declarou sua avó, colocando a mão no bolso. — Então não falaremos mais sobre Henry Murray. E está muito frio para ficarmos fofocando aqui fora. Falaremos sobre isso novamente mais tarde.

Mas não falariam, Eve sabia. Sua avó tinha falado, e à sua maneira era tão egoísta quanto Cassie. Oh, nunca teria abandonado seu filho ao nascer ou igno­rado sua existência durante 15 anos. Mas gostava das coisas do seu jeito.

O carro devorou os quilômetros de estrada entre Londres e o norte da Inglaterra. Jake gostava de diri­gir, principalmente porque assim o passeio termina­ria mais cedo. Ele não queria vir, e quanto mais cedo terminasse a viagem, melhor.

— Podemos parar para almoçar?

Cassandra estava sendo determinadamente alegre, mas dessa vez ele não respondeu à tagarelice dela. Aquilo estava errado, ele pensou. Ele não devia estar ali. Levá-lo para conhecer a mãe dela dava à relação um status que não tinha.

Sim, eles estavam passando um tempo juntos, por aí, há seis meses. Mas não era nada sério. Bem, pelo menos para ele. Não tinha intenção de se casar nova­mente. Ou de estabelecer um lar com alguém como Cassandra, admitiu com pesar.

— Ouviu o que eu perguntei, querido? Cassandra estava determinada a obter uma respos­ta.

— Ouvi — ele respondeu. — Mas não há onde co­mer por aqui.

— Tem uma parada a poucos quilômetros — pro­testou Cassandra. — Ali, está vendo?

— Não estou com vontade de comer hambúrguer com batata frita — falou Jake secamente. — São apenas 15 para uma. Chegaremos em menos de uma hora.

— Duvido.

— Você falou que a distância era de apenas uns duzentos quilômetros — ele lembrou.

Cassandra suspirou cuidadosamente.

— Posso ter calculado mal. Jake apertou os dedos no volante.

— Calculou?

— Bem, sim — Cassandra virou-se para ele, ávida por perdão. — Mas sabia que você jamais concordaria se eu dissesse que era a mais de trezentos quilô­metros de Londres.

Os dedos dela deslizaram sob a manga do suéter dele, procurando o ponto em que a lã preta abria pas­sagem para seu corpo bronzeado. As pontas dos de­dos dela acariciaram os pêlos pretos que escapavam pelo punho do suéter, mas ele não respondeu à intimi­dade do toque. Trezentos quilômetros, pensava. Isso significava que ainda tinham pelo menos mais duas horas.

— Você me perdoa, não perdoa, querido? En­tão... podemos parar logo? Preciso ir ao banheiro.

Diante dessa solicitação, Jake sabia que não tinha alternativa e, apesar de não ter dito nada, parou no lo­cal que ela indicou.

— É divertido, não é? — perguntou Cassandra, de­pois de terem se servido e sentado a uma mesa perto da janela. — Assim temos um pouco mais de tempo sozinhos.

— Podíamos ter passado um tempo sozinhos se ti­véssemos ficado na cidade — lembrou Jake seca­mente. Ele abriu o sanduíche para descobrir uma fina fatia de presunto. Quando os ingleses aprenderiam que sanduíche de presunto deveria ter bastante re­cheio?, ele pensou, meio nostálgico de sua terra na­tal. Daria tudo para estar de volta ao Caribe agora.

— Eu sei — respondeu Cassandra, tocando a mão dele. Suas longas unhas vermelhas mergulharam no pulso dele. — Mas nos divertiremos, prometo.

Jake duvidava. Pelo que Cassandra contou, a mãe dela devia ter uns setenta anos. O único irmão de Cassandra era 14 anos mais velho.

Jake não sabia ao certo quantos anos Cassandra ti­nha. Ele pensava que ela devia ter quase quarenta, o que a tornava seis anos mais velha do que ele, mas isso nunca foi problema.

— Então fale-me de Watersmeet — pediu ele, ten­tando ser positivo. — Que mora lá além de sua mãe?

— Oh... — Cassandra colou os lábios. — Bem, tem a Sra. Blackwood, empregada da mamãe. Quan­do a mamãe criava cavalos, tínhamos vários funcio­nários trabalhando nos estábulos, mas agora todos os animais foram vendidos, então imagino que não haja mais ninguém.

— Você não sabe?

— Já... faz um tempo desde que vim para casa — respondeu ela, defensivamente. Então, vendo a ex­pressão dele, se apressou: — Estou ocupada, querido. E como você está percebendo, não é muito fácil che­gar a Northumberland.

— Existem aviões — comentou Jake.

— As passagens aéreas são muito caras — insistiu Cassandra, não muito sinceramente.

Jake não estava preparado para discutir com ela, particularmente sobre algo que não era problema dele. Se optava por negligenciar a mãe, problema dela.

— Sua mãe não tem nenhuma companhia? — perguntou ele, dessa vez pensando na aparente so­lidão da senhora, e novamente viu o rosto de Cas­sandra corar.

— Bem, tem Eve — respondeu ela.

—- Ela é uma senhora como sua avó? Não aprova seu estilo de vida, é isso?

— Por Deus, não! — Cassandra respondeu com ir­ritação, e ele imaginou o que causara tal reação. — Eve é... uma parente distante, é isso. A mamãe a trou­xe para morar com ela há... cerca de dez anos.

— Como acompanhante?

— Mais ou menos. — Cassandra estava zangada. — Na realidade ela trabalha como professora de crianças da cidade.

Jake não comentou isso, mas absorveu o que ela falou e o que ocultou. Parecia que Cassandra se res­sentia da presença dessa mulher na casa. Talvez ti­vesse ciúmes da mãe. Possivelmente a mulher era mais nova, apesar de isso ser incerto.

Eles chegaram na cidade de Falconbridge no fim da tarde. O tráfego na estrada estava péssimo devido a um acidente.

Apesar de ter falado mal da viagem, Jake não po­dia deixar de admitir que o local tinha um certo mis­tério.

Seu interesse pelos arredores foi interrompido quando ele ouviu Cassandra suspirar, impaciente.

— Não imagino por que uma pessoa opta por mo­rar aqui. Preciso de luz e civilização.

— Eu acho bonito — respondeu Jake.

— Você não está tentando me dizer que preferiria morar aqui do que em San Felipe?

— Não. — Jake estava sendo sincero. Gostava muito de viajar, mas não havia nada melhor do que sua ilha natal. — Mas eu estava falando de Londres — lembrou ele.

— A casa da minha mãe é nos arredores do vilarejo — falou Cassandra, fornecendo as direções. — Siga a estrada e você a verá. Fica atrás de umas árvores.

Eles andaram cerca de meio quilômetro até chega­rem.

— Bem, chegamos — falou Cassandra desneces­sariamente, sem se mover para sair do carro. — Será que sabem que estamos aqui?

— Só tem uma forma de descobrir — observou Jake, abrindo a porta e saindo do carro.

Uma mulher apareceu à porta de entrada, com a si­lhueta marcada pela luz que vinha de trás dela. Pelo que podia ver, era alta e magra, com o que pareciam cabelos negros presos caindo sobre um dos ombros.

Obviamente não era a mãe de Cassandra, ele no­tou. A parente distante? Certamente não tinha idade para ser a empregada da qual Cassandra falara.

O som da batida da porta do carro o distraiu. Ele viu quando Cassandra saiu e, diferentemente da outra moça, seu rosto era bastante nítido.

— Eve — falou, respondendo às dúvidas dele. Seu sorriso forçado e seu jeito contido reforçavam a teo­ria dele de que havia uma rivalidade. — Onde está minha mãe?

A menina — pelo que ele podia ver agora, ela era pouco mais que uma menina — desceu as escadas na direção deles. E quando ela se moveu, Jake notou que sua pele bronzeada parecia a dele. Ele calculava que seus olhos fossem escuros também, apesar de não conseguir vê-los. Ela mal olhou para ele, toda sua atenção era voltada para Cassandra, mas ele percebeu que ela tinha um tipo de beleza caloroso e exótico, e ficou imaginando por que ela se contentava em pas­sar sua vida cuidando de uma velha senhora, sendo parente distante ou não.

Ela apertou um pouco os lábios antes de falar. Era imaginação dele ou a moça tinha tanto entusiasmo em ver Cassandra quanto Cassandra tinha em vê-la?

— Ellie já foi dormir — falou ela. — Ela caiu on­tem à noite e pode ter quebrado o osso do tornozelo.

— Pode ter? — Cassandra falou depressa. — Por que há dúvidas? Ela não devia ter feito um raio-x do tornozelo ou algo assim?

— Devia — concordou Eve, e Jake notou que ela se deixou contaminar pela agitação de Cassandra. — Mas ela queria estar aqui quando você chegasse, e se tivesse que ir ao hospital em Newcastle... — Ela deu de ombros. — Consegui uma ambulância para vir buscá-la amanhã.

— Uma ambulância! — bufou Cassandra. — Por que você não a leva?

O rosto de Eve era uma máscara de frieza.

— Porque preciso trabalhar — respondeu seca­mente. — E então ela olhou para Jake completamen­te. — Vocês... não querem entrar?

 

 



  

© helpiks.su При использовании или копировании материалов прямая ссылка на сайт обязательна.