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O caminho da esperança 10 страница



- Como assim?

- O que você pensa que ele ia fazer na mansão logo cedo?

Abby não respondeu e ele continuou.

- Matt queria dizer a avó que, apesar de gostar de visitá-la, não deseja morar lá para sempre.

Abby agarrou-se a um fio de esperança.

- Você quer dizer que ele prefere morar comigo'?

- Pois não acabei de dizer? Piers fez um gesto de desânimo diante daquela incompreensão. Abby. não sei o que minha mãe andou lhe dizendo. O que sei é que Matthew sabe exatamente o que quer.

Abby ergueu os olhos como se só agora o estivesse vendo.

- Pensei que você ainda estivesse viajando!

- Eu? Piers meneou a cabeça. Fui até a Alemanha, mas voltei ontem à noite. Você sabia disso?

- E que ouvi dizer...

- O que ouviu dizer?

- Que você tinha ido para Paris com a Srta. Langton. Parece que para comprar o enxoval dela.

- Val foi para Paris, mas eu não a acompanhei.

- Oh, claro! Ela não haveria de querer que você visse o vestido de noiva antes do casamento.

Piers olhou-a de esguelha.

- Então, vai ou não me contar o que minha mãe andou aprontando, ou ainda acredita que eu esteja a par de tudo?

Abby mordeu o lábio inferior.

- Se você não sabe nada sobre os planos de sua mãe. por que... por que foicontar a Matt sobre Tristan?

- Sobre Tristan? olhou-a, atônito. E o que é que Tristan Oliver tem a ver com essa história? Abby, que conversa é essa?

- Então, o que você disse a Matthew? Que é filho de pai desconhecido? E ele não ficou chocado?

Piers chegou a gemer.

- Abby, tire essa ideia de sua cabeça! Tudo o que eu disse a Matt é que a nossa separação foi por minha culpa. Contei-lhe dos meus ciúmes, das minhas dúvidas, da minha incompreensão. Acho que ele acabou até ficando com pena de mim. Vou precisar passar o resto de minha vida para me redimir,

- Redimir-se?

- Por todos estes anos de afastamento. Se eu não tivesse sido tão orgulhoso e cabeçudo, teria logo procurado um outro médico para ter um segundo parecer.

- Espere  aí! Não estou entendendo. Quer dizer que agora você acredita que Matt é seu filho?

- Abby, nem sei como pedir o seu perdão!            

- Não acredito em você. Deve ser outro truque sujo de sua mãe para me comover e fazer-me ceder.

- Pare com isso! - grifou Piers. com raiva controlada. Abby, estou sendo sincero. Anteontiem. fui consultar um médico em Londres e me submeti a novos testes. Não sou e nunca fui estéril!

Dessa vez Abby sentiu-se tentada a dar-lhe crédito, mas ainda tinha uma dúvida.

- E por que você foi procurar um médico? Por causa do seu casamento com a Srta. Langlon? Ela precisava de uma confirmação?

-- Val? Ela até daria graças a Deus de não ter filhos. Desde que tenha dinheiro bastante para os seus esportes luxuosos, o resto não a interessa.

- Então, foi por causa de Matt?

Piers passou-lhe a mão pelo rosto gelado.

-- Não. Foi por sua causa, sua peste! disse, quase raivoso. Por nossa causa, se quer saber. Desde que você voltou, não consigo tirá-la mais do meu pensamento. Eu já estava a ponlo de enlouquecer!

Abby mal podia acreditar em seus ouvidos.

 - Mas você não vai casar com Valerie Langton?

- Vou coisa alguma! Se você tivesse me dado uma chance de explicar... Terminei tudo com ela na Alemanha. Não podia continuar, depois do que houve entre nós lá em casa.

- Mas você disse que me odiava, que me desprezava...

- Foi você quem disse isso, corrigiu Piers, - Eu disse que desprezava a mim. E desprezava mesmo, porque apesar de tudo o que eu pensava de mal a seu respeito, ainda assim te queria, te amava.

Com mãos trémulas, Abby segurou-lhe a aba do paletó.

- Você... você me ama?

- Sempre te amei. Meu Deus! Levei onze anos para tentar me livrar dessa obsessão. Mas quando você voltou compreendi que nunca conseguiria.

- E você contou isso à sua mãe?

- Ela jã sabe que não vou mais casar com Val. Telefonei-lbe antes de sair da Alemanha.

Antes de sair da Alemanha! Abby começava a compreender toda a trama.

- E lhe expíicou o motivo? - quis saber, segurando-lhe a mão com ternura.

- Ela sabe o que sinto por você. Nunca consegui ocultar os meus sentimentos.

- E qual foi a reação dela?

- Deixe pra lá.

- Quero saber!

- Bem... cia disse que eu estava perdendo o meu tempo, pois você pretendia ir embora de Roshide para sempre.

Aquilo era demais, e Abby resolveu abrir-se com Piers, contando-lhe tudo o que realmente acontecera.

Piers ficou arrasado, e Abby chegou a ter pena dele. Tomou a iniciativa de consolá-lo, acariciando-lhe suavemente o rosto acabrunhado. A reação foi imediata. Piers abraçou-a com emoção, procurando-lhe avidamente os lábios.

- Aqui não. Piers. Podem nos ver.

- E daí? Você não pode me negar isso. Abby! Eu te quero tanto!

Sem se importarem em dar mais um espetáculo para a vizinhança, entregaram-se a um beijo tão apaixonado e longo que, quando se apartaram, ambos estavam ofegantes.

- Não queria deixá-la agora, Abby. Mas preciso ir. Tenho mil coisas a fazer, e vou ter que falar com um monte de gente. Acha que poderá maneirar com Matt até eu voltar?

- Você vai voltar?

Ele enviou-lhe um sorriso maroto.

- E acha que vou poder ficar longe de você?

 

 

Capítulo XII

Quando Abby entrou em casa, encontrou Matthew sentado na cozinha, mastigando um sanduíche de queijo, mas seu rosto afogueado denunciava que ele estivera correndo.

- Você não estava lá na frente, na sala de visitas, estava? - perguntou, desconfiada ela própria com o rosto em brasa, com receio que o filho tivesse testemunhado a cena recente.

- E mesmo que estivesse, qual o problema? replicou ele dando a entender que estava preparado para aceitar as novidades.

Sem poder mais conter-se,Abby abraçou-o, comovida,

- Oh, meu querido! Seu pai e eu não vamos mais nos divorciar! Vamos viver todos juntos, como uma verdadeira família!

Matthew exultou.

- Verdade? Vocês vão ficar juntos de novo? Onde? Aqui ou na mansão?

Abby sentiu uma inquietação passageira.

- Bem... na mansão, penso eu...  Disse, com desânimo, detestando a perspectiva de ter que viver sob o mesmo teto da mulher que tinha feito de tudo para arruinar-lhe a vida. Bem... os detalhes ainda não foram acertados. O principal é que vamos ficar todos juntos.

- Vocéesfá feliz?.

- O que vooè acha?

Matthew abaixou a cabeça.

- Eu andei espiando vocês pela janela, confessou.

- Bem que eu desconfiei - disse ela sorrindo. E. num tom mais severo, acrescentou: - Você me deu um suslo quando sumiu de casa! Eu não sabia o que pensar.

- É que imaginei que daria tempo-de ir e voltar sem que você desse pefa minha falta. Mas era mais longe do que eu pensava, e papai me encontrou no meio do caminho. O resto você já deve estar sabendo.

- Nao tudo, Abby enrugou a testa. Por que você ia ver sua avó escondido de mim?

- Agora pode parecer bobagem, mas é que. bem... eu pensei que se eu dissesse a ela que não queria ir morar na mansão, vovó ia parar de querer que você fosse embora daqui. Se eu fosse morar com meu pai, mas só com ele teria sido bom. Eu iria sentir muito a sua falta, mamãe, mas pelo menos teria a ele. Mas não gostaria de morar com vovó e com aquela chata da Srta. Langton. E ela não iria me querer por perto, depois que casasse com papai.

- Oh. Matt! Abby passou-lhe os dedos pelos cabelos. E eu que pensei que você ia querer morar na mansão de qualquer jeito! A Sra. Roth lhe ofereceu muito mais do que eu posso,

- Bem ela é podre de rica, disse Matthew. muito prático, mas eu não viveria em lugar algum sem você mesmo que, às vezes, você me dê umas broncas.

- Oh. Matt!

As lágrimas encheram-lhe os olhos, sem que ela pudesse controlar-se. Matthew levantou-se e foi abraçá-la.

- Não chore, mãezinha. Papai vai resolver tudo direitinho. Ele me garantiu. Vai até arrumar a vida de tia Hannah!

- Tia Hannah!

Abby linha até esquecido dela, com tantas confusões. Subiu as escadas imediatamente e. quando entrou no quarto, viu que a tia já tinha acordado.

- Acho que vou aceitar aquelas torradas que você me ofereceu - disse a velha senhora, seniando-se na cama. Por que você está tão vermelha? O que aconteceu, enquanto eu dormia?

- Bem... aconteceram muitas coisas, mas o mais importante é que Piers e eu não vamos mais nos divorciar.

Foram interrompidaspela voz de Sean Willis, vinda do andar térreo.

- Posso faiar-lhe um segundinho. Abby? perguntou em voz alta. É sobre aquele relatório médico. Acho que encontrei algo que vai lhe interessar.

O relatório!

Abby chamou Matthew para que ficasse fazendo companhia à tia e desceu para atender Sean.

Encontrou-o remexendo nas cinzas da caldeira.

- Não está com frio?

-  Só estou cansada. Tive uma manhã e tanto!

- Acredito, Sean parecia tristonho. Pelo que ouvi acho que esse relaiório é supérfluo.

Abby corou.

- O que você ouviu?

- Bem... você foi vista hoje peta manhã, no carro de Roth. E a Sra. Davison me avisou que você esteve lá em casa à minha procura. Presumique quisesse me pedir para suspender as investigações.

- Oh, não.

- Não?

- Fui lá por causa de Matthew. Ele tinha desaparecido de casa. Oh, uma história muito comprida. Mas me diga,o que você descobriu?

Sean tirou um envelope do bolso,

- Esta é uma cópia do relatório que odr. Morrison deu a seu marido.

- Posso olhar?

- Claro. - Sean passou-lhe o envelope. A carta anexa é mais explicativa.

De fato. lá estavam todos os dados de Piers e o diagnostico fatal. Abby ficou confusa.

- Mas... em que isto pode ajudar?

- Espere - Sean entregou-lhe outro envelope semelhante. Dê uma espiada nisto.

Era um relatório sobre o mesmo tipo de teste. Só que o nome do paciente e os dados pessoais estavam meio apagados e quase ilegíveis. Nesse segundo relatório o resultado era favorável. Ambos os pacientes haviam sido examinados na mesma época, mas a carta anexa determinava que o homem desconhecido era quinze anos mais velho do que Piers. Abby balançou a cabeça.

- Mas o que prova isto? Como estes dois relatórios podem ter sido confundidos, se é isso que está supondo?

Sean sorriu amarelo.

- Seria mais fácilculpar os métodos confusos de arquivamento do velho médico, mas na verdade o Dr. Morrison não teve culpa.

- Então, quem teve?

- Já viu o cabeçalho dos formulários? Ambos provêm do Hospital Geral de Alnbury.

- E daí?

- Morrison encaminhava seus pacientes para lá, pois não tinha o equipamento necessário para esse tipo de testes. E um hospital muito grande e na época, havia um surto de intoxicação alimentar e a equipe médica estava sobrecarregada de serviço.

- Quer dizer que foram eles a cometer o erro?

- É o que tudo indica. Eu nunca teria relacionado os dois relatórios se eles não tivessem sido arquivados na mesma pasta. O método de Morrison,ou melhor falando, a falta de método!

- Mesmo assim, por que acha que Piers não tem problemas físicos?

-- Pois bem. Vou explicar. Depois de ter lido os dois relatórios consultei a ficha médica do outro homem que, por sinal, já faleceu. Fez uma breve pausa, ele mandou fazer os exames porque estava na faixa dos trinta anos, era casado há muito tempo e não tinha filhos.

- Compreendo.

- Consultou Morrison para saber se havia aigo de errado com ele. Aparentemente, não havia. Mas quando ele morreu, no ano passado, o casal ainda continuava sem filhos.

- Pobre homem!

- Pois é. Mas isso não é tudo. Sean franziu a testa - Esta preparada para ouvir o restante?

- Preparada? - Abby sentiu-sc inquieta. É uma pergunta tão assustadora!

- Os Roth já estão a par disso tudo.

- O quê?

- Depois que colhi todos os dados, telefonei para o hospital em Alnbury onde tenho vários amigos, para confirmar as minhas suspeitas. Isso não foi difícil, pois eles já tinham consultado os arquivos para uma averiguação semelhante, solicitada pela própria família Roth.

Abby começou ajuntar as ideias.

Quer dizer que Piers já sabia, ou pelo menos suspeitava da verdade, antes de ter viajado para a Alemanha, ou talvez antes mesmo de ela ter voltado para Roihsíde. A data pouco importava. Mediante aquela revelação. Piers procurara um outro médico, e os novos testes haviam comprovado que fora cometido um erro no passado. Então, por que Piers não tinha dito logo, em vez de fazê-la acreditar que se submetera a novos exames por causa dela?

Talvez não tivesse sido por causa dela. A suspeita era por demais dolorosa. O que devia ter acontecido é que, depois de conhecer Matthew, ele decidira ficar com o filho, e após analisar os prós e contras devia ter chegado à conclusão de que aquela seria a única maneira de ter certeza do que estava fazendo.

- Ei! - Sean deu-lhe um tapinha brincalhão no rosto. Pensei que você fosse ficar satisfeita com as novidades. O que acabei de lhe dizer é a prova concludente de que Matt é filho de Piers e a Sra. Roth perdeu seu maior trunfo.

A Sra, Roth!

O cérebro de Abby começou a funcionar racionalmente. Santo Deus! Por que ela tinha essa tendência de pensar sempre no pior? Não havia razão para pensar que Piers não foi sincero. Com todas as mentiras que a sogra lhe pregara, pelo menos uma vez tinha falado a verdade. Ela dissera que sabia. E como? Era óbvio que fora ela a telefonar para o hospital.

- Que foi, Abby? Ficou aborrecida comigo?

A voz do médico a trouxe de volta à realidade e, muito segura de si, anunciou:

- Piers e eu não vamos nos divorciar. Hoje pela manhã já entramos num acordo. Eu queria agradecer-lhe por tudo o que fez por mim.

- Eu? Sean fez uma careta conformada. Eu não fiz nada. Tudo o que fiz foi entregar de bandeja a moça com quem eu pretendia casar.

- Oh. Sean! Abby apertou-lhe obraço amistosamente - Tenho certezade que um dia você vai encontrar alguém que o ame muito.Você merece. E agora, que fal um cafezinho?

- Gostaria muito, mas preciso atender a um chamado em Alnbury. No fim da semana virei examinar sua tia. Mas se precisar de mim antes, é só chamar.

- Obrigada. Sean.

Abby acompanhou omédico até o portão e, mal ele se afastou. Piers veio chegando com a perua Mercedes.

Abby apressou o passo para voltar para dentro de casa. mas Piers segurou-a por um braço.

- O que veio fazer aqui odr. Willis?

Abby fitou-o sem graça.

- Vai me dizer que está com ciúme?

- Você sabe que sou ciumento... confirmou. Vamos entrando. Preciso expor um plano que andei bolando.

Quando entraramna cozinha. Abby sentiu um arrepio de frio e foi ligar o aquecedor elétrico que era usado nas emergências, antes de perguntar a Piers se ele queria tomar alguma coisa para esquentar-se.

- Não, obrigado. Agora prefiro me esquentar assim...

Passou-lhe os braços pela cintura e o beijo apaixonado dissipou qualquer dúvida que ainda restava no coração de Abby.

Matthew os interrompeu, descendo as escadas correndo, e Abby desprendeu-se do marido, antes que ofilho entrasse na cozinha.

- Vi o seu carro lá fora! - exclamou omenino, sorrindo para o pai. - Como é? Já contou as novidades para a vovó?

- Matt!

O garoto corou com aquela chamada, mas Piers sorriu, benevolente.

- Sim, já falei com sua avó. Enquanto conversava, seus olhos não se desprendiam de Abby. Ela concordou com a minha sugesião. e vai passar uma boa temporada na casa da irmã.

Abby estava pasma, mas Matthew nem se abalou.

- Na casa de tia Isabel? perguntou Matthew. demonstrando seu conhecimento sobre os novos parentes, mas Piers sacudiu a cabeça.

- Não. Na casa de tia Elizabeth. Você não a conhece. Ela mora na Austrália. Convenci sua avó de que o clima quente vai ser bem melhor para a saúde dela.

- Ah, sei,disse Matthew inocentemente. - Por causa da artrite?

Aquilo foi só a primeira parte dos planos de Piers. Ele não tinha perdido tempo, e durante a longa conversa Abby foi ficando a par do restante.

A Sra. James acompanharia a patroa à Austrália, como camareira particular. Susan, a sorridente criada da mansão, viria cuidar de Hannah. A tia gostava de gente jovem e, além do mais, era amiga da família da moca.

Piers, com a mulher e o filho, iriam morar em Rothside Manor, tão logo a Sra. Roth embarcasse para bem longe.

Já era tarde da noite. Abby e Piers ainda estavam na cozinha, depois que Matthew e a tia subiram para ir dormir.

Piers não parecia nem um pouco disposto a ir embora. Ele a fez sentar-se em seu colo e perguntou:

- Afinal, o que o Dr. Willis veio fazer aqui hoje de manhã?

- Você não vai gostar de saber, disse Abby. fazendo suspense.

- Não é segredo para mim que ele gosta de você. Por que pensa que fui tão rude com ele?

- Então foi por isso?

- Não se faça de boba. Mas, então, por que ele veio aqui hoje?

Abby tomou coragem e contou-lhe tudo sobre os exames, menos o que sabia a respeito da Sra. Roth. Quando terminou. Piers segurou-a pelo queixo.

- Ele deve também ter descoberto que minha mãe andou fazendo investigações por conta própria.

Abby levou um choque.

- E como você sabe disso?

Hoje pela manhã, no nosso "acerto de contas", ela acabou confessando.

- Só hoje?

- Sim, Mas há tempos eu já tinha dúvidas. Era um bom pretexto para ter você de volta.

- Piers!

- Que o Senhor me perdoe. Mas eu te quero tanto. Abby! Vamos já para a cama!

Abby olliou-o entre incrédula e assustada.

- Mas... aqui?

- Você dorme numa cama, não dorme? - perguntou, brincalhão.

- É uma caminha de solteiro!

- Para que precisamos de mais?

- Mas é que...

Piors nãoa deixou concluir e. muito autoritário, repeliu:

- Já para a cama! Abby obedeceu.

Passado algum tempo. Abby abriu os olhos e viu Piers debruçado sobre ela, apoiando-se sobre o cotovelo e fitando-a com adoração.

- Você é a única mulher que conheci que é linda tanto acordada como dormindo - disse baixinho, para não perturbar o sono alheio.

Abby sentiu uma dolorosa pontada de ciúme.

- E você deve ter conhecido um monte de mulheres, disse ela, ressentida pensando em todos aqueles anos de separação.

- Não vou jurar que fui um monge durante esses onze anos, admitiu. Mas não houve ninguém mais na minha vida, não no sentido que você está pensando.

- Houve Valerie Langton - lembrou-lhe.

- Acredite ou não, mas Val e eu nunca dormimos juntos. Éramos apenas bons amigos. Acho que a mãe dela a preveniu para que não tivesse maiores envolvimentos comigo, antes que o divórcio tosse homologado.

- Mas bem que você teria gostado.

- Eu não me teria feito de rogado se ela facilitasse, confessou com honestidade. Mas isso foi antes de você reaparecer na minha vida.

Abby espreguiçou-se como um gato satisfeito e passou os braços pela nuca de Piers. que aproveitou para beijar-lhe suavemente a curva dos seios.

- Vou começar os preparativos para fazermos uma viagem, murmurou ele, aconchegando-se mais. Pensei em irmos só nós dois, mas não seria justo deixar Matt sozinho.

- E para onde iremos?

- Sei lá! Fiji, ou as Ilhas Seychelles. Um lugar quente, onde não seja necessária muita roupa. Um lugar onde possamos ficar à vontade.

- Uma segunda lua-de-mel? perguntou Abby num suspiro, lembrando-se das duas semanas divinas que passara com ele em Aniigua, na Guatemala, há onze anos.

- Gostou da idéia?

- Adorei!

- Então vou começar a tomar as providências.

- Não se esqueça de providenciar também a reforma do quarto das crianças. Você vai querer ter outros filhos, não vai?

- Quantos você quiser - concordou Piers, deslizando uma perna por cima dela. - Mas nesse momento só quero a você...

 

                                                    F I M

 



  

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