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CAPÍTULO ONZE



CAPÍTULO ONZE

 

A suíte de Milos ficava na cobertura do hotel, com portas duplas se abrindo para uma grande sala de es­tar e outras para outros cômodos, um deles obvia­mente o quarto dele. Helen tremeu quando as portas se fecharam atrás deles.

Já tinham feito o pedido, e o garçom garantiu que não teriam que esperar muito. Olhando em volta, He­len sentiu certo alívio, vendo a mesa perto da janela. Devia ser comum ser servido no apartamento.

— Gostaria de um drinque enquanto esperamos? — sugeriu ele, enquanto ela se inclinava perto da ja­nela. — Ou prefere uma música? — Ele mexeu no so­fisticado sistema de som e logo Santana ecoou pela sala.

— Oh, adoro isso — disse ela, movendo-se com a música. — O CD é seu?

— É — ele veio para ela, erguendo os braços. — Quer dançar?

— Dançar?

— Por que não?— Ele pegou as mãos dela, puxando-a.

— É que... nunca fiz nada assim antes.

— Eu sei. Mas é divertido, não é?

— É.

— Bom.

A batida à porta interrompeu-os, e Helen não po­dia dizer que isso a incomodou. Sentiu as pernas trê­mulas e fracas, fitar os olhos escuros de Milos a fez suar.

Um garçom entrou com um carrinho começou a pôr a mesa, que logo ficou brilhando à luz de velas.

A entrada — musse de siri e lagosta — foi servida, e o garçom se afastou, aguardando instruções.

— Nós nos servimos — disse Milos, dando uma gorjeta, e logo ficaram sozinhos.

Mais tarde, Helen nem lembrava da comida. Com Milos sentado ao seu lado, o joelho roçando o dela, servindo-a com o que estava em seu prato, não notara o que havia em seu próprio prato. Só percebia o ritmo sensual da música e a perturbadora sensação do olhar fixo de Milos.

Quando a refeição terminou, Helen precisava ir ao banheiro, e descobriu que uma das portas levava a um luxuoso banheiro, maior do que o seu quarto.

Depois, parou um momento diante da fileira de es­pelhos, se olhando. Quase parecia bonita, pensou, to­cando o rosto corado, percebendo como seus lábios pareciam úmidos sob a luz suave e que, apesar de usar sutiã, seus mamilos estavam endurecidos, apare­cendo sob a blusa fina.

Cruzou os braços sobre os seios, para deixá-los cheios novamente. A quem estava enganando? Milos só dava atenção a ela por ter prometido ao seu pai. Não estava atraído por ela, apenas sendo amigável.

Quando voltou do banheiro, o carrinho tinha desa­parecido.

Milos estava perto da lareira, mas Helen foi para as janelas, olhando as luzes de Knightsbridge, bri­lhando trinta andares abaixo. Era uma vista linda, mesmo com a chuva começando a cair, embaçando a imagem.

Estava tão distraída que se assustou quando Milos pousou a mão em seu ombro, sentindo um arrepio de excitação.

Virou, um pouco sem fôlego, a sua agitação apare­cendo nos olhos, que ergueu para ele. Seus lábios entreabriram num convite desconhecido, e ela viu os olhos dele escurecendo.

Signori. Desculpe. Eu a assustei?

— Você... me surpreendeu. Eu... estava admiran­do a vista.

— Eu também. — O estômago dela revirou, perce­bendo que ele não falava da cena lá fora.

— Creio que devo ir.

— Você precisa tomar café — ele indicou o sofá, ao lado do qual havia uma bandeja. — Venha, vamos sentar. Não se preocupe com a volta para casa, já ar­rumei um carro com motorista para quando precisar­mos.

Helen hesitou apenas um momento, indo sentar. O que realmente sabia desse homem que se sentara ao seu lado? Como sabia que podia confiar nele?

— Você...?

Ele indicou as xícaras, e Helen prendeu a respira­ção.

A delicadeza da operação deixou-a perdida, e He­len não conseguiu evitar o tremor das mãos.

Sentia os olhos de Milos e não conseguiu resistir a olhá-lo. O que foi um erro. Como temia, o café caiu do lado da xícara, encheu o açucareiro e derramou quente nas pernas de sua calça.

— Oh, droga! — exclamou ela, tanto de dor quanto de frustração e, sem hesitar, Milos tirou o bule de seus dedos trêmulos, pousando-o na ban­deja.

— Você se feriu. — disse ele, rouco, pegando um guardanapo e esfregando os lugares molhados da cal­ça. — Theos, foi culpa minha. Eu não devia ficar olhando.

Helen concordava, mas não podia deixá-lo se cul­par.

— Não foi culpa sua. Eu sabia que ia fazer uma ba­gunça.

Milos jogou o guardanapo na bandeja, parecendo divertido.

— Bom, você fez. Não importa, não gosto mesmo do café inglês. O que importa é que não esteja quei­mada.

— Estou bem. Minha calça... ficou com o pior.

Milos abaixou os olhos para os joelhos dela e ha­via tanta ternura no olhar dele que ficou nervosa, com o coração acelerado quando ele pegou suas mãos.

— Tem certeza? — Por um instante, nem soube o que ele falava. Quando a tocara no ombro antes, fica­ra em sobressalto, mas nada comparado ao que sentia agora, quando ele levou suas mãos aos lábios, beijan­do os nós dos dedos e depois a palma, sensual.

Não queria que visse quão vulnerável era, quão fa­cilmente ele rompia as barreiras que levara anos er­guendo.

Não entendia. Era namorada de Richard por quase dois anos, e ele nunca chegara perto de deixá-la exci­tada assim. Tinham se beijado e tocado, e, eventual­mente, ela pensara em descobrir como era tudo, sempre conseguindo controlar suas emoções, com Richard sabendo que ela não dormia por aí.

Agora, a sensação causava todos os tipos de pro­blemas. Seus seios estavam enrijecidos, havia umi­dade entre suas pernas, e o sangue que pulsava em suas veias parecia ter congelado. Estava fria e quen­te, em turnos, enquanto uma onda de arrepios a en­volvia.

Começava a achar que fora insensatez vir aqui, mesmo sabendo que Milos não faria nada que ela não quisesse. Apesar de suas dúvidas, confiava nele. Mas, não confiava em si mesma.

Como se percebendo sua confusão, Milos soltou suas mãos.

— Você é muito doce, agape mou. E muito ino­cente. Sinto coisas que não devia.

— Que coisas? — Queria que ele dissesse não ser ela a única a sentir a intimidade entre eles.

— Você não quer saber.

— Quero. Por favor, me diga. Acha que sou atraente?

De onde viera aquilo? Só podiam ser os efeitos do champanhe.

Milos respondeu.

— Sim, eu a acho muito atraente.

— Por isso quis me ver novamente? Pensei que quisesse falar de meu pai.

— Queria. Devia — corrigiu ele. — Mas... fala­mos de outras coisas.

— Eu. Você ficou entediado?

— Muito. Por isso convidei-a para jantar.

— Você não fala muito sobre você, não é?

— Eu sou muito aborrecido. E agora devo levá-la para casa.

— Ainda é cedo. Poderíamos ouvir mais música? Talvez dançar?

— Acho que não.

— Por quê?

Depois de hesitar um instante, ele ergueu a mão, passando-a pelos cabelos dela e tocando a sua nuca, forçando-a a olhá-lo.

— Você sabe porque devo levá-la para casa.

— Por que está cansado de mim? Por não querer dançar novamente comigo?

— Não é isto que quero e você sabe.

— Parece vago.

— Helen! Não dificulte mais as coisas. Você é uma estudante de 18 anos, e eu... não.

Na verdade, ela tinha 17, mas não achou que era uma boa hora para contar. Mas explicava porque ele oferecera champanhe.

— Você não é velho. E não sou exatamente inex­periente.

— Aonde quer chegar com isto?

— Aonde você quer ir?

Ela estava provocando de propósito, mas tremia ao seu toque.

Ia beijá-la, pensou insegura. Queria que a beijasse, queria algum ponto de referência para quando Richard a beijasse novamente.

Milos não a beijou, apenas olhou-a, atormentado, e ela sentiu-se afundando naquele olhar escuro, per­turbador.

— Sei que não quer ser cruel. Mas, Helen, isto não é um jogo. Vai me odiar se eu aceitar a sua palavra.

— Não vou. Eu gosto de você, Milos, e pensei que gostasse de mim. O que há de errado nisso?

Quando os lábios de Milos tocaram os dela, esque­ceu de Richard, de seus pais, de tudo.

Os lábios dele brincaram com os dela, como os de­dos tinham feito antes, e logo ela buscava por ele, agarrando as lapelas do paletó. Não tinha muita cer­teza do que queria, mas queria mais, e foram os esfor­ços inexperientes dela para se aproximar que muda­ram todo o comportamento dele.

Gemendo, a boca de Milos colou na dela, empurrando-a contra as almofadas. Ela sentiu o coração dele martelando, enquanto intensificava o beijo e a mão tocava seu seio, enquanto tirava o paletó e solta­va a gravata.

Então, a língua passou sobre seu lábio inferior, forçando a entrada em sua boca. Os sentidos de He­len a assolaram. Ignorando sua consciência, afundou nas almofadas, até Milos estar praticamente sobre ela.

De alguma maneira, sua blusa fora desabotoada, facilitando que ele deslizasse a mão para dentro, to­cando seu seio sobre o sutiã, o que a fez sentir uma dor de desejo no estômago. O calor se espalhou por ela e, quando ele inclinou a cabeça, sugando o seu mamilo sobre o tecido, não conseguiu evitar um leve grito.

— Eu a machuquei? — perguntou ele, afastando-se e olhando-a, ela negou com a cabeça. — Tem cer­teza?

— Tenho — garantiu ela, esticando os braços em volta do pescoço dele. Depois, timidamente: — Não pare.

Milos fechou os olhos.

— Eu não quero parar — falou, abaixando sobre ela, que sentiu a pressão de sua ereção contra seu es­tômago. — Mas isto é loucura! Theos... eu quero fa­zer amor com você, Helen. Está me matando, porque não vai acontecer.

— Por que não?

— Mal nos conhecemos. E não creio que sua mãe permita que nos vejamos novamente.

Helen também não, mas calou-se. Cedo ou tarde, teria que perder a virgindade e preferia que fosse com ele.

Pegando o rosto dele com as mãos, ela abriu a boca contra a dele.

— Não posso fazer isso — murmurou ele, afastan­do-se dela.

Helen estava arrasada. Pensou que a queria, mas estava claro que conseguia se controlar. Com um ge­mido de angústia, a cabeça para o sofá, enterrando o rosto molhado de lágrimas nas almofadas.

— Não — ouviu-o dizer agoniado. — Helen, não me faça me desprezar mais do que já estou.

— Você não se desprezou, e sim a mim — ela deu ,1 um soluço. — Eu nunca deveria ter vindo aqui.

— Deve estar certa — concordou Milos, mas sua voz parecia próxima e, quando ela virou, viu que es­tava perto dela, o polegar enxugando uma lágrima do rosto molhado. — Moro mou, amor meu, o que vou fazer com você?

Helen fungou.

— O que quer fazer comigo?

— É uma pergunta desnecessária. Se eu dissesse que queria levá-la para a cama, tirar toda a sua roupa para olhá-la, você sairia correndo.

— Por quê?

— Oh, por favor... Sabemos que você nunca fez nada disso antes.

Ela ficou vermelha.

— Como sabe?

Milos moveu a mão para a junção entre as pernas dela, fazendo-a se mexer ao toque.

— Vê? Não preciso de outra prova.

— Você... me assustou.

— Bem, seque seus olhos e a levarei para casa.

— Não quero ir para casa.

— O que está fazendo é... perigoso.

— Por que você me quer?

— Levante-se, Helen, não me obrigue a forçá-la. Os lábios dela tremeram, mas não se moveu.

— Helen!

— Milos!

Praguejando, ele passou os braços por trás dela com força, erguendo-a. Por uma fração de segundo, ficou aninhada em seu peito, seus olhos, suas bocas a milímetros de distância. Depois, abaixou-a para o chão.

Mas não funcionou como previsto. Os braços dela estavam passados no pescoço dele e, quando a pou­sou de pé, continuavam como antes. Na verdade, aquilo só aumentou a intimidade deles, as coxas dela deslizando suavemente contra o corpo ereto dele.

Theos, Helen — ele estava rouco. Ambos tinham provado seus pontos, de maneira diferente e ele se virou. — Sim, eu te quero — falou, apertando os braços em volta dela. — Só espero que de manhã não se arrependa.



  

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