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CAPÍTULO QUINZE



CAPÍTULO QUINZE

 

Milos acordou com Helen subindo na cama ao seu lado. Percebeu que tinha dormido, sentindo-se rela­xado, deliciosamente satisfeito. Não lembrava de já ter se sentido assim.

Por causa de Helen...

Na penumbra, viu-a colocando uma bandeja de chá na mesinha de cabeceira. Vestia algo de seda ten­tador, expondo um pouco do colo e das coxas nuas.

Imediatamente, sentiu calor. O simples cheiro da pele dela mexia dentro dele, quase doendo.

— Trouxe chá fresco, não o que você fez.

— Diferente de mim. Que horas são? Não pode ser de manhã.

— Quase oito horas.

— Ainda não é de manhã — disse ele, pegando um punhado do robe dela. — Mmm, gostoso. Tire.

— Não posso.

— Pode — falou ele. Ela obedeceu.

— Muito melhor. Agora, venha aqui.

Helen não conseguiu resistir. Milos beijou-a, encostando-a nos travesseiros, os seios dela colados em seu peito.

O calor da pele dela sob ele era o que precisava. Um gemido de puro prazer vibrou em seu peito en­quanto ela separava as pernas e ele se pressionava, entrando na sensível abertura do corpo dela.

— Você sabe quanto a amo? — perguntou ele, provocando ambos sem penetrá-la, e ela gemeu.

— Não me provoque — protestou ela, ajudando-o a encontrar o caminho, e com um gemido abafado, ele mergulhou nela.

Só para se afastar, com súbita apreensão.

— Não estou com proteção — murmurou, mas ela apenas passou as pernas pela cintura dele.

— Você se importa? Apenas faça, Milos.

Sem argumentos, ele penetrou-a, sentindo os mús­culos dela se fechando em volta dele, meio esperando que ficasse grávida. Era uma maneira para ficarem juntos e, agora, só pensava nisso.

Pouco depois dela, ele atingiu o clímax, tremendo com a força de suas emoções e sentindo o corpo dela tremer. Nunca experimentara nada parecido com o que Helen causava e gostaria de passar o dia todo na cama.

Porém, minutos depois, ela lutava para se desvencilhar.

— Sinto muito, mas preciso ir.

— Onde? É muito cedo para visitas no hospital.

— Preciso ir ao trabalho, ver Mark e dizer que vou tirar mais uma semana de folga.

— Mark? Mark o quê?

— Mark Greenaway — respondeu Helen suave­mente, vestindo o robe. — Meu patrão. Tem sido muito bom desde que Richard morreu. Sabia que eu ia tirar duas semanas, mas preciso de mais tempo.

— Ele é casado?

— Não.

— Ele é o namorado rico que Melissa falou? — Helen tentou sair da cama, mas ele não deixou, insis­tindo: — É? Quero saber. — Sentia uma raiva desco­nhecida.

— Ele... se preocupa comigo.

— Ele a pediu em casamento?

— Isso importa?

— Importa. Gosto de conhecer os concorrentes.

— Não há concorrente, pensei que soubesse.

— E se eu a pedisse para casar comigo? Ela tremeu e respondeu suavemente:

— Não pediu e não quero que faça algo de que se arrependa, só por pensar que posso estar atraída por Mark. Não estou. Eu o recusei uma vez e farei nova­mente, independente de qualquer coisa.

Milos respirou forte, aliviado.

— Eu me arrependi de tudo o que devia — depois, ficando de joelhos, pegou o queixo dela e virou-a para ele. — Então, você casará comigo? É o que que­ro mais do que qualquer coisa.

Dois dias depois, voaram para Santoros no avião de Milos.

A mãe de Helen estava instalada no fundo do avião, na cama dupla usada em viagens longas, com uma enfermeira contratada ao lado dela. Milos não imaginava como ela podia pensar em casar a filha com um dos associados do ex-marido, mas felizmen­te concordara em terminar sua recuperação na casa dele. Talvez por ser rico.

Ele só queria que Helen estivesse feliz, e ela esta­va. Assim, pedira demissão da Greenaway Engineering.

Fora sozinha falar com Mark Greenaway. Ele que­ria ir junto, mas contivera seu ciúme, querendo que confiasse nele tanto quanto confiava nela.

Lógico que não contaram nada sobre Melissa a ninguém. Até Helen falar com a garota, aquilo ficaria entre eles, e Milos não imaginava como ela aceitaria. Talvez, com eles formando uma família, significasse algo.

O jatinho pousou no aeroporto de Santoros, e o he­licóptero os esperava, para levá-los à ilha.

— Cansada? — perguntou ele à noiva, pegando gentilmente a mão dela, enquanto ela entrava na aeronave. Estava preocupado, pois as duas noites que tinham passado juntos não tinham sido exatamente repousantes, e se culpava. — Chegaremos logo.

— Não mais cansada do que você. — respondeu ela suavemente, roçando os lábios nos dele. — Um pouco dolorida, mas é uma dor boa.

— Você não devia dizer coisas assim quando não posso fazer nada. Entre, sua mãe está esperando.

Melissa os esperava em Vassilios. Ela e Stelios vieram saudá-los quando o helicóptero pousou. O pi­loto abaixou as escadas e Milos saiu para ajudar sua futura sogra. Sheila também parecia cansada, mas então Melissa veio correndo na direção deles.

— Oi, vó — ela sorriu para Milos, antes de abraçar a avó. — Viajando com estilo, hein?

— É, não foi gentil Milos oferecer para me recupe­rar em sua casa? Acho que me acostumarei em vir aqui.

— É? — Melissa olhou para Milos, um pouco con­fusa. — Então, como está? Seu braço está mesmo quebrado?

— Está — Sheila concordou, evitando olhar Mi­los, que temia que ela dissesse algo que não devia.

Para seu alívio, Helen saiu do helicóptero antes da enfermeira, e Melissa olhou para Milos antes de cor­rer para a mãe.

— Ainda não contamos a Melissa sobre nosso noi­vado — falou ele baixo para Sheila.

— Por que não?

— Ainda não deu.

— Há telefones em Santoros e você deve ter celu­lar.

— Queríamos falar com ela juntos. Faça, a nós dois, o favor de ser discreta, pelo menos por um tem­po.

— Foi idéia de Helen ou sua manter em segredo?

— Não é segredo. Contaremos à noite.

— Se você diz. — Ela olhou em volta e, vendo Stelios, falou: — É seu mordomo? Ficaria feliz se ele me mostrasse o meu quarto.

Milos ocultou um sorriso ao imaginar Stelios sa­bendo ter sido chamado de "mordomo". Mas era um alívio vê-la entrar na casa. Susie Peel, a enfermeira, apressou-se em ajudá-la, e já entravam na casa quan­do Helen e Melissa se aproximaram.

— Mamãe também ficará aqui? — perguntou Me­lissa, enquanto iam para a casa.

Helen respondeu:

—Acho que poderia.

— Bom. Significa que também posso ficar não é? — Melissa olhou para Milos. — Não sei o que Sam dirá, mas espero que aceite.

— Ele não quer que sua avó fique com ele — mur­murou Helen.

— Acho que não — Melissa sorriu. — Se importa­ria se eu fosse ver como a vó está? Quero ver o que acha do quarto dela. Andréa colocou-a numa super-vista.

Helen respondeu, olhando para Milos em confir­mação.

— Está bom, não é? Depois, talvez me mostre onde vou dormir.

Melissa parou.

— É, eu também quero ver e espero que seja perto do meu. Mas todos os quartos aqui são lindos.

Milos, querendo retardar Melissa, perguntou:

— Por que não pergunta a Andréa quando vai ser­vir o almoço? Pode ver sua avó depois que ela se aco­modar.

— Por quê? Há algum motivo para não ir vê-la? Ela está bem, não é? Não vai morrer... ou algo assim?

— Claro que não — respondeu Helen. — Mas se é o que Milos quer...

— Certo. Só espero não ter que seguir um monte de regras enquanto estivermos aqui. Se não, prefiro voltar para o vinhedo, mesmo com Maya me odiando.

— Maya não a odeia — disse Helen, e Milos deci­diu que estava na hora de contar às duas algo que pre­cisavam saber.

— May a não é tão ruim assim. Mas o vinhedo é importante para ela e, quando você e sua mãe apare­ceram, ela temia que Sam pudesse mudar de idéia so­bre deixá-lo para Alex.

O queixo de Melissa caiu.

— Quer dizer que ela tem medo que Sam faça minha mãe herdeira?

— Algo assim — respondeu Milos.

— Isso é tolice, mamãe não sabe nada sobre uva ou fazer vinho, enquanto Alex fez disso sua vida.

— Exatamente — concordou ele.

— Eu não imaginava — Helen parecia assombra da. — Então foi por isso...

— Que ela queria se livrar de você. — E, virando para Melissa, falou gentilmente: — Então, vai dizer Andréa o que pedi?

Depois, ele levou Helen para o escritório e, ao fechar a porta, puxou-a para seus braços, enterrando rosto no colo dela.

Theos, não imagina como eu precisava disso.

— O que aconteceu? Sam não criará problemas, não é?

— Ainda não, mas como se sentirá quanto a Melis­sa é outra questão.

— Eu direi.

— Não, eu preciso fazer isso. É problema meu. A sua mãe, é seu.

— O que ela fez?

— Queria contar a Melissa sobre nós. Não se preo­cupe, eu a impedi.

— Acha que devemos contar a Melissa imediata­mente?

— Assim que possível. Graças a Deus, Sheila não sabe de mais nada.

— Amém — falou Helen, fervorosamente. — O que digo quando Melissa perguntar pelo meu quarto?

— Boa pergunta. Como ela não sabe qual é a mi­nha suíte, talvez não haja problema, até amanhã.

— Quando ela nos vir juntos?

— É — garantiu ele, e Helen ergueu o rosto para o seu beijo.

Helen desfazia as malas quando Melissa achou-a.

Fingindo ir ver Rhea, Milos fora ver Sam. Não queria deixar a mãe de Helen contar as notícias antes e estragar as relações deles com seu ex-marido.

Melissa entrou na suíte de Milos, assobiando ad­mirada, parando perto da enorme cama.

— Que quarto. Milos quer impressioná-la.

— Bonito, não é? O seu quarto é longe?

— O mais longe possível. Estou na ala oposta, per­to da vó. O que foi aquilo que ia me dizer? Milos pa­recia com medo. Gostaria de saber.

— Provavelmente, estava pensando em sua avó.

— Será? Bem, vocês parecem estar se dando mui­to bem. Mas fiquei chocada quando Rhea disse achar que você e a vó ficariam aqui.

— Pareceu a melhor solução, e aqui tem mais es­paço.

— É. — Melissa olhou as roupas que a mãe tirava da mala. — Ei, não são minha camiseta e as minhas calças? Por que trouxe?

— Pensei que você podia precisar, pois ficaremos mais do que o previsto.

— Mmm.

Levantando da cama, Melissa foi abrir a porta do closet.

— Pode pôr suas roupas aqui — começou, paran­do e olhando a mãe. — Tem roupas de homem.

— Eu sei.

— São roupas de Milos. O que há?

— Espero que as deixe aí, afinal, é o quarto dele.

— Uau! Quer dizer que ele te deu o quarto dele?

— Algo assim.

— Cara! —- De repente, sua inteligência apareceu e piscou. — Não me diga que estão juntos!

— Você se importaria?

— Está brincando! Quer dizer que viveremos para sempre em Santoros?

— Não.

— Por quê?

— Porque Milos passa parte do tempo em Atenas. Ele tem... negócios lá.

— Petroleiros, eu sei. Não importa. Atenas é bom também.

— Que bom que você concorda.

— Então, é verdade? Você e Milos estão dormindo juntos?

— Melissa! — Helen estava chocada com a sim­ples aceitação da filha.

— Estão?

— Mas vamos nos casar, assim que os pais de Mi­los voltarem do cruzeiro.

— Não precisa me dizer isso — Melissa se aproxi­mou, passando o braço afetuosamente pelo pescoço da mãe. — As pessoas não precisam se casar para provar que se amam. De qualquer jeito, não sou boba e achei que havia algo.

Helen olhou a filha com os olhos úmidos.

— Obrigada.

— Por que me agradece?

— Não sei, acho que por ser você mesma. Às ve­zes, você é muito sensível, Mellie.

— Não me chame de Mellie. Mas, espere só Milos chegar. Vou perguntar quais as intenções dele.

— Não se atreva! Melissa riu.

— Por que não? Ele não vai ser meu pai?

— Vai. Sobre seu pai...

— Richard.

— Milos me contou... ah, Melissa, por que não me falou quando Richard disse que não era seu pai?

— Se Milos contou, você sabe.

— Mas você era mais importante para mim do que Richard. Se eu soubesse que ele tinha contado, eu o teria deixado.

— Teria? — Agora o olhar de Melissa era ansioso, e Helen percebeu o quanto as palavras de Richard ti­nham afetado sua filha.

— Claro que teria. Você sempre foi a pessoa mais importante do mundo para mim. Pensei que soubesse disso.

Melissa fungou.

— Mas você não amava meu pai verdadeiro, amava? Se não teria casado com ele. A menos que já fosse casado. Era, mãe? Richard disse que eu era o resul­tado de apenas uma noite e que você nem sabia quem era meu pai.

— Deus! Claro que sei quem é seu pai. Eu... era virgem antes... de fazermos você.

— Ele era casado?

— Eu pensava que era. Só descobri que estava er­rada... recentemente.

— Quem é ele? É alguém que conheço? Deus, não é Mark Greenaway, é?

— Não.

Melissa pareceu aliviada.

— É alguém que conheço?

— Quem gostaria que fosse? — Procurava desesperadamente uma saída, até Milos estar presente.

— Ainda não quer me dizer?

— Quero. Responda primeiro.

Melissa deu de ombros, parecendo tanto com o pai que Helen prendeu a respiração.

— Vejamos. Que tal o príncipe Charles? Talvez Brad Pitt, embora eu ache que a dama atual não ia gostar muito.

— Melissa!

— Está bem. — Melissa se afastou, indo olhar na janela. — Bem, imagino que a pessoa mais óbvia seja Milos. Ele é jovem, bonitão e rico. E se importa com você.

Helen respirou fundo.

— Boa escolha.

— Já se divertiu, agora, por que não me diz?

— Porque você sabe — uma abençoada voz fami­liar falou atrás delas, e Helen viu Milos entrando no quarto e, depois de olhar para Helen, foi para a jane­la, perto de sua filha. — Lamento desapontá-la sobre o príncipe, mas sou eu.

Melissa abriu e fechou a boca, descrente.

— Você está brincando?

— Eu pareço estar brincando?

— Não — sussurrou a garota, e Helen teve que se conter para não correr e abraçar a filha. — Você... é meu pai? E soube disso...

— Alguns dias depois de você chegar aqui. Acre­dite, foi um choque para mim também.

Melissa balançou a cabeça, olhando para a mãe, acusadora.

— Mas você sabia antes. Sempre soube e nunca me contou.

— Eu não podia... — Helen queria explicar que Richard também a ameaçara.

— Você sabia e não me contou. Oh, meu Deus!

Antes que um dos dois pudesse fazer algo, ela cor­reu para a porta, o rosto molhado de lágrimas. No si­lêncio que se seguiu, Helen afundou na cama e enter­rou o rosto nas mãos.

— Senhor — sussurrou, sentindo o mundo desa­bar. — Ela nunca me perdoará!

— Claro que sim. — Milos estava surpreendente­mente calmo. Sentou ao seu lado, abraçando-a forte e protetor. Depois, sorrindo, se endireitou. — Deixe comigo, agape mou. Acredite, comparada ao seu pai, ela será fácil!

 

* * *

Helen e Milos casaram-se seis semanas depois, na capela dos Stephanides. A cerimônia simples reuniu apenas seus familiares e amigos próximos, mas muitos dos habitantes da ilha apareceram para cumpri­mentar o filho do patrono deles.

A mãe de Milos queria uma festa maior, mas con­cordara, pois seu filho era divorciado. Além do mais, Milos e Helen não queriam esperar, e foi como Helen queria, com as palavras ditas significando muito mais do que o local.

De início, Helen temera que os pais de Milos não gostassem dela, achando que era uma golpista; que a vida de Melissa não seria boa. Mas estava enganada. O fato de descobrir que tinham uma neta pronta tinha pesado, com Athene confessando que ela e o marido queriam netos de Milos.

A mãe de Helen aceitara diferentemente. Ironica­mente, declarara sempre imaginar quem era o pai de Melissa, só não falando pela associação de Milos com seu ex-marido.

Melissa contara à avó, dizendo que ficaria com o avô e não em Vassilios, apesar da insistência de He­len, de Milos e até da avó.

Como resultado, Milos levara a filha para o vinhe­do, enfrentando Sam pela segunda vez naquele dia. O pai de Helen hesitara, não querendo se envolver, mas, afinal, era o avô e concordou que ficasse por al­gumas noites.

Ao voltar, Milos encontrou Helen perturbada. Pela decisão da filha, e a satisfação de sua mãe dando a úl­tima pontada.

Uma semana depois, ela conseguia olhar para trás. Por tanto tempo, tivera que tomar sozinha as decisões quanto a Melissa, e ter alguém, Milos, ajudando era um alívio.

Nunca soube o que ele disse à filha deles para fazê-la mudar de idéia. Suspeitava que tivesse dito que, da mesma forma que Richard a ameaçara, tam­bém ameaçara sua mãe. O fato é que Melissa voltou para Vassilios dois dias depois, com as bênçãos do avô e a reconciliação fora feita. Helen não duvidava de problemas futuros, mas sabia que Milos a apoia­ria.

O casamento foi mágico. O pai de Helen concor­dara em levá-la ao altar e, com o incentivo dos novos avós, Melissa concordara em ser dama de honra.

Helen ficara aliviada pela raiva de seu pai não du­rar, ao descobrir que Milos era o pai de Melissa. Os dois eram amigos há tempos, e ela temia que atrapa­lhasse, mas, com Sam fazendo as pazes com a ex-es­posa, percebeu que também cometera erros e enten­deu o dilema de Milos, aceitando que ele amava real­mente a filha.

Encostada na amurada do iate de Milos, Helen pensava como fora diferente de seu primeiro casamento, num cartório, com Sheila Campbell e a mãe viúva de Richard como testemunhas.

Eles passariam a lua-de-mel num cruzeiro pelo Mediterrâneo, enquanto Melissa ficaria em Vassilios com Rhea e a mãe de Helen. Era um acerto que a dei­xaria conhecer melhor seus novos avós, e a garota já desabrochava, com tanta atenção e carinho.

A mãe de Helen poderia ficar na ilha ou voltar para a Inglaterra. Sem preocupações financeiras, Sheila estava deliciada.

— Você pode lamentar isso — Helen ouvira seu pai dizer secamente ao seu marido, mas Milos garan­tira que Santoros era grande o bastante para todos.

— De qualquer modo — acrescentara —, Helen, Melissa e eu passaremos parte do ano em Atenas. Melissa precisa ir para a escola.

Helen ouvira o pai rir e, lembrando, pensou como tinha sorte, com dois homens assim em sua vida.

— Feliz?

Milos juntara-se a ela. Helen encostou nele.

— Abençoadamente. E você?

— Vejamos — Milos franziu o rosto, afastando a alça de seu ombro. — Estou casado com a mulher que amei quase a vida toda e que me ama. — Inclinou a cabeça, lambendo a pele exposta. — Temos uma fi­lha adolescente que, apesar de meio difícil às vezes, é extremamente preciosa para nós dois e que, certamente, será uma ótima irmã mais velha para quais­quer futuras crianças que poderemos ter. No todo, eu diria que sou... muito feliz.

— Isto é bom. — Helen ergueu os lábios para os dele, respirando fundo. — Mas sabe o que disse sobre futuras crianças? Talvez não precisemos esperar muito para saber.

Milos virou-a de frente.

— Está realmente dizendo o que estou pensando?

— Você se importaria? — sussurrou ela, e o grito triunfante de Milos ecoou pela água, iluminada pela lua.




  

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