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Desculpe se o ofendi, sr. Marchese. Não sei por que, mas parece que a gente não se entende direito.
RESUMO: Quando Juliet conhece Raphael Marchese, um belo e soturno italiano, logo nasce uma perigosa atração. Mas Raphael a toma por uma alpinista social. Ele não sabe que ela, na verdade, está apenas ajudando um amigo! Contudo, a paixão entre eles é mais forte que a razão... e Raphael faz amor com ela como jamais fez com nenhuma mulher em sua vida. Mas será que ele se contentará sabendo que nunca poderá tê-la somente para si?
- Desculpe se o ofendi, sr. Marchese. Não sei por que, mas parece que a gente não se entende direito. Rafe quase suspirou de frustração. Ela falava de um jeito tão afetado... Deus! Era ele quem devia se desculpar. Mais tarde, Rafe diria a si mesmo que não pretendia tocá-la. Queria provocá-la, certo. Forçá-la a se comportar como qualquer outra mulher, sem aquela máscara de puritana. Mas ela ainda era a noiva de Cary, pelo amor de Deus! Além do mais, ele jamais seduzira uma mulher comprometida. Contudo, naquele momento, ele prendeu Juliet pelo pulso quando ela tentou se esquivar. E então, quando ela o encarou indignada, Rafe a segurou pela nuca... e a beijou...
CAPITULO UM
Juliet imaginou o clima nas Ilhas Cayman nesta época do ano. Quase igual em Barbados, deduziu. Ambos ficavam no Caribe, não é? Só que ela nunca havia ido às Ilhas Cayman. Porém, independentemente do clima, devia ser melhor do que essa agência de empregos deprimente, onde o carpete gasto e as paredes de um verde pálido lembravam pouquíssimo o luxo com que estava habituada. Para o qual nasceu, corrigiu, contendo as lágrimas de autopiedade que se formaram em seus olhos. Belos olhos cor de violeta, o pai costumava dizer. Lembravam os olhos da mãe, falecida quando Juliet era apenas um bebê. Agora, tudo isso parecia muito distante. Uma coisa era certa: o pai jamais permitiria que fosse enganada por um sujeito como David Hammond. Mas quando Juliet completou 19 anos, o pai também morrera, vítima de um tumor cerebral. E, um ano depois, David surgiu como um cavaleiro de armadura brilhante. Se ao menos tivesse percebido que o único interesse dele eram os fundos de investimento que o pai tinha deixado... Que David fugiria com a secretária... Com a sua estúpida conivência, David assumira o controle dos investimentos. E, quando Juliet descobriu tudo, ele transferiu o dinheiro para uma conta no exterior. Ela havia sido ingênua demais. Deixara que a aparência e o charme irreverente de David encobrissem qualquer falha de caráter. Acreditou que ele a amava. Havia ignorado os conselhos de todos os amigos, que a avisaram de que David tinha sido visto com outra. Agora, as míseras libras que ele havia deixado na conta conjunta se esgotavam depressa. Claro, os amigos leais até ofereceram ajuda financeira, mas Juliet achou que a amizade não duraria muito nestas circunstâncias. Não, ela precisava arranjar um emprego, embora não conseguisse sequer imaginar que tipo de trabalho conseguiria sem qualquer experiência. Se ao menos tivesse continuado a estudar depois da morte do pai... Tornou a olhar em volta da sala de espera, imaginando quais seriam as qualificações que dos demais candidatos. Além dela, havia mais cinco pessoas na sala: dois homens e três mulheres, todos indiferentes ao ambiente. Olhando de fora, era possível imaginar que estavam desinteressados até mesmo do emprego. E pelo menos dois deles pareciam meio sonolentos, ou quem sabe, drogados. O que poderia ser bom ou ruim, dependendo do ponto de vista. Sem dúvida, após entrevistar alguém vestindo um jeans surrado ou uma camiseta encardi-a, ou aquela garota com os braços recobertos de tatuagens horríveis, Juliet pareceria um colírio em seu terninho azul-marinho listrado e os sapatos de salto alto. Ou talvez não. Talvez os piores empregos acabem ficando com as pessoas que aparentam não poder viver sem trabalhar. - Sra. Hammond? Na verdade, é srta. Lawrence, Juliet quis corrigir, mas o nome de casada ainda constava em todos os seus documentos. Nem todo mundo volta a usar o nome de solteiro quando se divorcia, como Juliet preferia. Não queria nenhuma lembrança de que um dia havia sido a sra. David Hammond. Quando a mulher que havia chamado seu nome espiou impaciente ao redor da sala, Juliet levantou-se nervosa. - Sou eu - afirmou, já pegando a bolsa e atravessando a sala hesitante. - Venha ao meu escritório, sra. Hammond. A mulher, uma ruiva na casa dos 40 anos, analisou Juliet, observou-a da cabeça aos pés, e depois conduziu-a até um escritório um pouco menos sem graça do que a sala de espera. - Sente-se. - Juliet obedeceu. - Já preencheu a ficha? -Ah... sim. - Juliet apanhou a folha que havia dobrado enquanto aguardava. Ao depositá-la sobre a mesa de uma funcionária chamada Maria Watkins, Juliet deu um sorrisinho culpado quando entregou-lhe o papel. - Desculpe. As desculpas sequer foram ouvidas. A sra. Watkins estava concentrada demais no que Juliet escrevera, parando às vezes para encará-la como se não acreditasse no que estava lendo. O que era? Será que o sofisticado terninho executivo a tinha enganado? Ou apenas admirava a sua elegância? Sem saber por que, Juliet achou que não. - Aqui diz que você tem 22 anos, sra. Hammond. E nunca trabalhou? Juliet corou. - Não. - Por quê? Foi uma pergunta direta, mas Juliet considerou-a injusta. Afinal, ainda lhe restava algum orgulho. - Isso é relevante? Preciso de um emprego agora. Não basta? - Receio que não, sra. Hammond. Por acaso, as empresas exigem currículos, referências. É importante que eu entenda por que uma candidata não possui nada disso. - Eu era casada - argumentou, decidindo que essa talvez fosse a explicação mais simples. - Sim, compreendo. - A sra. Watkins consultou a folha outra vez. - O seu casamento terminou há quase nove meses, não foi? Nove meses e oito dias, pensou Juliet. - Correto. - E nada de emprego? -Não. Irritada, a sra. Watkins bufou. Que ela havia reprovado a sua inexperiência era óbvio. Juliet especulou se não teria causado melhor impressão de jeans e camiseta velha. - Bem - falou a sra. Watkins, afinal. - Devo avisá-la, sra. Hammond, de que não será fácil arrumar-lhe emprego. Você não tem qualificação e nem histórico profissional. Na verdade, nada para convencer um empregador de que é competente. E confiável. Juliet engoliu em seco. - Eu sou confiável. - Aposto que sim, sra. Hammond, mas, neste ramo, não trabalhamos com declarações de boca. Você precisa de um patrão disposto a declarar uma opinião por escrito. - Mas não tenho um patrão anterior. A sra. Watkins deu um sorriso complacente. - Eu sei. - Então, quer dizer que não vai me ajudar? - Quero dizer que, no momento, não tenho uma vaga que você possa preencher. A menos que pretenda lavar pratos no Hotel Savoy, claro. - Riu da própria piadinha e tornou a ficar séria. - Na sala de espera você encontrará informações sobre os cursos que poderia fazer na faculdade mais próxima, desde culinária até idiomas estrangeiros. Sugiro que leve alguns panfletos para casa e decida o que pretende fazer. Depois, volte e me procure quando sentir que tem algo a oferecer. Até lá, aconselho que não desperdice mais tempo. Não desperdice o meu tempo, Juliet corrigiu desanimada, pondo-se de pé. - Bem... obrigada - respondeu, seguindo as boas maneiras que aprendera desde o berço com uma equipe de babás. - Pensarei no que disse. - Fez uma pausa. - Ou procurarei outra agência. - Boa sorte! - A sra. Watkins falou com certa ironia, e Juliet saiu do escritório sentindo-se ainda mais discriminada do que antes. Mas o que esperava? Quem contrataria alguém sem capacidade sequer para reconhecer um estelionatário quando visse um? Já na rua, Juliet olhou para os dois lados da Charing Cross Road, considerando as opções. O calor era surpreendente para o início de março, apesar da chuva fina. Ergueu a mão para chamar um táxi e, então, baixou de novo. A época em que podia passear de táxi já era. Suspirando, pôs-se a caminhar rumo a Cambridge Circus. Lá apanharia um ônibus que a levaria a Knightsbridge e ao minúsculo apartamento de um quarto onde morava atualmente. A casa grande em Sussex, onde nasceu e viveu quase a vida inteira, fora vendida logo após o casamento com David. Ele disse que havia encontrado uma casa em Bloomsbury muito mais conveniente. Juliet só descobrira que a casa era apenas alugada quando David a deixou. Sabia que os amigos ficariam chocados com tamanha ingenuidade, mas, droga, até então ela nunca tinha conhecido ninguém tão desumano quanto David. Por sorte, o apartamento continuara no nome dela e David não pôde tocá-lo. Era o refúgio do pai quando ele tinha compromissos na cidade, e Juliet o manteve por razões sentimentais. No meio do caminho, passou na frente de um bar e, por impulso, acabou entrando. Estava escuro e enfumaçado lá dentro, mas Juliet sentiu-se bem. Raramente bebia durante o dia e, no seu atual estado de espírito, torceu para que ninguém a reconhecesse. Acomodou-se em um dos bancos e esperou que o barman a notasse. Baixinho e atarracado, com uma barriga de cerveja espremida pelo cinto, ele conseguiu ser profissional e simpático ao mesmo tempo. Muito diferente da sra. Watkins. - Muito bem - disse ele, passando o pano molhado no balcão. - O que gostaria de beber? Juliet hesitou. Aquele não parecia o tipo de lugar que tivesse uma garrafa do vinho da casa. Mas quem sabe? - A moça quer uma vodca com tônica, Harry - disse uma voz junto ao ombro dela, e Juliet virou-se, pronta para dizer a quem quer que fosse que podia escolher a própria bebida sozinha, obrigada. Surpresa, Juliet arregalou os olhos. Conhecia aquele homem. O nome dele era Cary Daniels e eram amigos de infância. Mas não o via há anos. Pelo menos desde o casamento. - Cary! - exclamou Juliet. - Nossa, que surpresa vê-lo aqui. - A última notícia que tinha recebido foi de que ele morava na Cidade do Cabo. - Veio passar as férias? - Quem dera. - Cary sentou-se no banco ao lado e entregou uma nota de vinte libras ao barman, que acabara de trazer os drinques. Ele pediu um uísque duplo, que virou até a metade antes de continuar. -Agora trabalho em Londres. - É mesmo? Embora tivessem perdido o contato porque, quando ficou órfão, ele fora morar na Cornualha com a avó paterna, Cary compareceu ao casamento dela. Na época, estava animado com o excelente emprego que tinha conseguido na filial sul-africana de um banco de investimentos, e todos pensaram que ficaria lá para sempre. - Então, como você vai? - indagou Cary, guardando o troco. Apesar da má iluminação ter impedido que reparasse antes, agora Juliet viu o quanto ele parecia abatido. Estava com olheiras, a calva bem mais acentuada, e o abdome saliente denunciava uísques duplos demais ao longo dos anos. Cary tinha 28, mas parecia dez anos mais velho. O que aconteceu? Será que ele também sofria os efeitos colaterais de um relacionamento fracassado? -Ah... eu vou bem - Juliet retrucou baixinho, erguendo o copo num brinde silencioso e tomando um gole. Aquilo era muito mais forte do que as coisas que costumava beber, e mal conseguiu disfarçar uma careta. - Sobrevivendo, acho. - Soube do divórcio - disse Cary, nada sutil. - Que cafajeste! - Sim. - Era inútil negar. - Eu fui uma tola. - Pena que eu não estava por perto. Ele não escaparia, garanto. O que o desgraçado anda aprontando agora? Mostrar-se tão solidário foi gentileza de Cary, mas Juliet não conseguia vê-lo nocauteando David. Ele simplesmente não fazia o tipo. - Hum, David está nas Ilhas Caymans, acho. Mas, importa-se de não tocarmos neste assunto? Não vale a pena remoer velhas mágoas. Eu fui uma tola, já disse. - Você foi inocente, só isso. Como todos somos às vezes. É fácil ser sábio depois do golpe. - E não é mesmo? - Então... o que tem feito? E onde está morando? Dizem que precisou vender a casa de Sussex. - Sim. Tenho um apartamento em Knightsbridge. Pertencia a papai. Não é o Ritz, mas pelo menos é meu. - Desgraçado! Suponho que você precisou arrumar emprego. - Estou tentando. Mas não tenho nenhuma experiência. Muito menos a quem recorrer para conseguir uma referência pessoal. Exceto os amigos, claro, mas não pediria isso a eles. - Ah - Cary entornou o resto do drinque e indicou ao barman que desejava outro. - Então... você tem algum plano? - Ainda não. E você? Ainda trabalha para o banco? - Seria muita sorte! - Cary apanhou a segunda dose de uísque e tomou um gole generoso. - Fui banido da comunidade bancária. Você não sabia? Saiu em todas as páginas de economia. Juliet ficou tentada a dizer que tinha coisas melhores a fazer do que ler as páginas de economia, mas comoveu-se com o que ele disse. - O que aconteceu? - Arrisquei os investimentos dos clientes e perdi uma fortuna. O banco perdeu milhões de dólares e tive sorte de escapar sem ser processado. - Deu de ombros. - Pelo jeito, a vovó ainda tem alguma influência. Fui apenas chutado para fora do banco depois de ouvir um sermão. Juliet ficou pasma. - Milhões de dólares! - repetiu, incrédula. - É. Eu não faço nada pela metade. Vou lhe contar, soa um bocado mais sério na moeda sul-africana. Mas, droga, eles nos encorajam a arriscar e eu arrisquei. - Não sei o que dizer. A sua... Lady Elinor ficou muito zangada? - Zangada? - Cary gargalhou. - Ela ficou lívida, Juliet. Soltando fogo pelas ventas. Juliet contemplou o líquido no copo. Lembrava-se bem de Lady Elinor Daniels. Principalmente porque, quando Juliet tinha 13 anos, ela era uma figura meio assustadora. Também lembrou-se de que sentia pena de Cary, que perdera os pais num naufrágio no Oceano Antártico. Aos 17, ele fora afastado de tudo e de todos com quem estava acostumado, forçado a viver em uma casa velha na Cornualha, com uma mulher que mal conhecia. - Mas você não disse que tinha arrumado outro emprego? - Temporário, lógico. Acredite se quiser, estou trabalhando em um cassino. Ah, mas não lido com dinheiro. Eles não são nada bobos. Sou o que se chama de cicerone. Um tipo de... leão-de-chácara com classe. Juliet engasgou. - Não posso acreditar que a sua avó aprove. - Ela nem imagina. Apenas acredita que consegui emprego em um escritório. Ela ainda não perdeu a esperança de me ver administrando o nosso patrimônio, estabelecido e com uma boa esposa. E Marchese, aquele verme, está só esperando que eu dê um passo em falso. Juliet achava que ele já havia dado mais do que um passo em falso, mas não disse nada. - Marchese? - Rafe Marchese! Não se lembra? O maior erro da minha tia Christina? - Ah, o seu primo. - O bastardo - corrigiu Cary. - Em todos os sentidos. Certamente você não espera que eu demonstre qualquer simpatia por ele. Marchese tornou a minha relação com vovó quase impossível ao longo dos anos. Não esqueço como ele me tratou logo que fui morar em Tregellin. - Ele é mais velho do que você, não é? -Uns dois anos. Deve estar com 30 agora. Ele passa o tempo todo lá, como uma pedra no meu sapato, e vovó adora ameaçar que deixará para ele toda a herança. - Para ameaçar você? - É. Não que ela pretenda fazer isso, óbvio. - Cary riu. - Ela é conservadora demais. Juliet hesitou. - Se a sua tia nunca se casou com o pai dele, por que o sobrenome Marchese? - Porque ela colocou o sobrenome do pai na certidão de nascimento. Um pouco irônico, considerando que talvez Carlo sequer soubesse que seria pai. Christina era meio volúvel, sempre à procura de uma aventura atrás da outra. - Eu achava que ela era uma artista - comentou Juliet, recordando o que o pai havia lhe contado. - Ela gostava de pensar que sim. Rafe ficou órfão muito cedo, igual a mim. Christina tomou alguns martínis a mais e despencou da sacada do hotel em Interlagos, onde estava hospedada com a sua mais recente conquista. - Que horror! - Juliet ficou chocada com a frieza de Cary. Christina era tia dele, afinal. Tomou outro gole do drinque e espiou o relógio discretamente. Era hora de ir embora. - Por falar nisso, preciso passar lá na semana que vem - continuou Cary, aparentemente alheio à impaciência de Juliet. Ele fez uma careta. - Contei que arrumei uma namorada e vovó quer conhecê-la. - Ah. Bem, espero que goste dela. É alguém que conheceu na Cidade do Cabo ou é daqui de Londres? - Eu não tenho namorada - confessou Cary, impassível. - Só disse isso para que a vovó me deixasse em paz. Lembra quando eu falei que ela quer que eu me estabeleça e tudo o mais? Pensei que me daria um refresco se acreditasse que estou comprometido. - Oh, Cary! - Eu sei, eu sei. Onde posso arrumar uma namorada decente até a próxima quinta-feira? Sequer conheço qualquer garota "decente". Meu gosto segue na direção oposta. Juliet encarou-o. -Você é... gay? - Céus, não! Mas não se apresenta qualquer tipo de garota para uma avó. Não estou interessado em me estabelecer, Jules. Quero me divertir um pouco. Não quero uma esposa e um casal de pirralhos pegando no meu pé. Juliet balançou a cabeça. Cary estava tão mudado, não era mais o menino tímido que conhecera. Seria culpa da avó ou ele sempre tivera essa tendência egoísta? De repente, Juliet percebeu que Cary a fitava com uma expressão insinuante. Podia estar desesperada, mas Cary não era o seu tipo. Desceu do banco e apontou para a porta. - Preciso ir. - Para onde? E isso era da conta dele? - Para casa, lógico. - Não prefere jantar comigo? - Ah, Cary... - Foi só uma idéia. Queria lhe fazer uma proposta. - Cary... - Escute. - Cary pousou uma das mãos no braço dela e, embora quisesse desesperadamente se esquivar, Juliet aceitou que lhe pagasse um drinque, o que a deixou em dívida. - Que tal ir para Tregellin comigo? Como minha namorada de mentira. Você precisa de emprego. Ora, estou lhe oferecendo um. Bem remunerado, claro. - Você não falou sério! - Por que não? Somos amigos, não somos? Homem e mulher. Qual é o problema? - Nós enganaríamos a sua avó. E... o seu primo. -Não se preocupe com Rafe. Ele não mora na casa. - Dá no mesmo... - Você me faria um grande favor, Jules. E vovó acreditaria quando visse que é você. Sabe que ela sempre gostou de você. - Ela mal me conhece! - Ela sabe quem você á E quando voltarmos, escreverei uma carta de referência que você usará para conseguir outro emprego. - Um emprego de verdade, quer dizer? - Este é um emprego de verdade, Jules, prometo. Ao menos diga que pensará a respeito. O que você tem a perder?
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