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CAPÍTULO QUINZE⇐ ПредыдущаяСтр 17 из 17 CAPÍTULO QUINZE
Estava claro quando Grace acordou, e nem eram seis horas. O sol iluminava o quarto de teto alto, a imensa cama, o homem forte deitado ao seu lado, cujos quadris esguios e musculosos a aprisionavam. Por um instante horrorizada, Grace pensou que Tom forçara o caminho para a sua cama, durante a noite. Mas depois as lembranças da noite passada a assolaram, em detalhes abençoados, sabendo que era Oliver quem estava ao seu lado. Oliver, que fizera amor com ela, apaixonadamente, a noite toda, e sentiu um arrepio de prazer passar pelo corpo. Tentou virar a cabeça para olhá-lo, mas a cabeça dele estava sobre seus cabelos, espalhados pelo travesseiro. A sua respiração era lenta e regular, em contraste com a respiração acelerada dela, enquanto se inclinava para ele. Ela o amava, agora podia admitir. Ela o amava com todas as fibras do seu ser e sentia muita gratidão por Sophie querer se vingar de Tom. Sem a intervenção dela, poderia levar semanas, meses, antes que ela e Oliver se vissem novamente, com todas as possíveis dúvidas e desentendimentos entre eles, que Tom poderia aumentar para alcançar seus objetivos. — Em que está pensando? A voz rouca de Oliver assustou-a. Achava que ele estava dormindo e sentiu a respiração trêmula, antes de se virar completamente para ele. — Em você, claro. Na noite passada, sobre me trazer aqui. Oliver rolou, ficando de frente para ela. — Você lamenta? — Não. E você? — Só não ter feito isso antes — respondeu Oliver, puxando-a para mais perto. — Então, por que parecia tão preocupada? Vi que o seu sorriso sumiu, como se lembrando de algo ruim. — Não devia estar me olhando, pensei que estava dormindo. — O quê? Depois de passar a noite mais incrível da minha vida e a mulher com quem a passei deitada ao meu lado? — Oliver tocou-a gentilmente, fazendo-a corar. — Ainda não acredito que você esteja aqui comigo. Eu a queria para... bem, para sempre. Grace ergueu a mão para tocar-lhe o rosto e ele a pegou, levando aos lábios. — Eu te amo — falou, com a voz cheia de emoção. — Não quero que vá embora nunca. — Não tenho que ir — murmurou ela, se aninhando. — Também o amo. Não é perfeito? — Perfeito. Oliver a olhava, a mão procurando o quadril, puxando-a contra si, fazendo com que sentisse o efeito que causava nele. Seu respiração agora estava acelerada como a dela e os lábios nos dela eram quentes e exigentes. O impacto do seu beijo foi devastador como sempre. O calor se espalhou por ela, a necessidade dos dois combinando. As suas pernas se afastaram ao primeiro toque do joelho dele e ela rodeou as coxas dele, sem acanha-mento, sentindo a sua excitação molhada contra a perna dele. E, mesmo ainda estando suave do amor que tinham feito na noite passada, ela estava tão ansiosa quanto ele para repetir a experiência. Ela o queria, queria conhecer aquela maravilhosa sublimação que sentia quando ele estava dentro dela, o sentimento de que não eram dois, mas um só. Ele foi gentil, abrindo caminho com infinita paciência. Ela recebeu sua penetração, os músculos se expandindo, inicialmente e depois, se contraindo em volta dele, cuja respiração parou na garganta. — Deus — ele murmurou, enquanto ela se arqueava contra ele. Grace ergueu as pernas esguias, passando pela cintura dele e Oliver teve que se controlar para não perder o controle. Quando ela atingiu o clímax, ondulando em torno dele, molhando-o em sua essência, sua liberação foi uma reação espontânea. Ele se derramou nela com um gemido de satisfação completa e sensual. Demorou muito antes de se mover e Grace espreguiçou-se sensualmente quando, afinal, ele ficou de costas ao seu lado. Ela nunca se sentira mais feliz, satisfeita e, mesmo lamentando parar, já eram quase nove horas e não podiam ficar na cama o dia todo. — Aonde vai? — protestou Oliver, quando ela afastou as cobertas e tentou sair da cama, vendo o olhar preguiçoso dele. — Tomar um banho — acenou para a porta do banheiro aberta. — Você deve ter um chuveiro, não é? — Tenho — concordou, os olhos acariciando-a. — Talvez eu vá com você, mas primeiro vou fazer um café. Preciso de algo para me pôr de pé. — Deu um sorriso atraente. — Você acabou comigo. Grace fingiu indignação. — Eu acabei com você? — exclamou, se jogando através da cama e olhando-o, ameaçadora. — Você é insaciável! — Está reclamando? — perguntou, com as mãos deslizando pelos dois lados do corpo dela, dos quadris aos seios. — Tive a impressão de que gostou. — Gostei. Gosto. Ooh... — Grace era sensível demais ao carinho dele para fazer qualquer coisa que não ficar sob ele, e novamente, Oliver rolou sobre ela. — Você sabe que gosto. — Mmm — Oliver se contentou em mexer no seio macio dela. — Eu sei, eu também gosto. Provavelmente, demais. Não quero deixá-la ir. Grace olhou-o, com o coração nos olhos. — Você não precisa me deixar ir — falou, rouca. — Estou aqui, enquanto me quiser. — Você tem certeza? — Ele afastou a mecha de cabelos do rosto dela. — Sabe, sonhei com isto. Ver os seus cabelos espalhados em meu travesseiro, fazer amor com você. E agora, está aqui, e nem posso acreditar como tenho sorte. Grace tremeu. — Oh, Oliver... — Patético, não é? Deve fazer uns vinte anos desde que- sonhei assim. — Eu acho que é lindo — falou, com sinceridade. — Eu tinha desistido de acreditar que pudesse sentir isso por alguém e agora... — E agora? Ela passou os braços pelo pescoço dele. — Agora não posso imaginar minha vida sem você — confessou timidamente. — Era nisto que eu estava pensando antes, quando você pensou que eram problemas. Se não fosse Sophie querer se vingar, poderíamos nunca ter descoberto como nos sentimos. — É possível — admitiu ele, passando o polegar nos lábios dela. — Devo confessar que, quando Tom me disse que você não voltaria ao centro de jardinagem, fiquei assustado. Tinha certeza de ser o responsável e, era orgulhoso demais para perguntar ao Tom pelo seu endereço. Não sabia como encontrá-la. Até esta noite, claro. Sophie também não tinha o seu endereço e tirei Tom da cama para consegui-lo. — Eu achava que você só estava me usando e que amava Miranda. Oliver curvou a cabeça, beijando-a. — Tom tem muitas respostas para dar. Mas posso ser generoso. Afinal, você não deixou o centro de jardinagem e eu acabaria descobrindo que você ainda estava lá. — Acho que sim. — Eu sei que sim. Não esqueça de que tínhamos um negócio inacabado. — Está acabado agora? — perguntou, erguendo-se nos cotovelos enquanto ele se virava, pondo as pernas para o lado, na cama. — Nunca acabará — garantiu ele, inclinando-se e pegando-a nos braços. — Vamos, vou ajudá-la no banho. — No banheiro, colocou-a de pé. — Depois, iremos ver Andy. Ele é meu sócio nos negócios. Sei que ele ficará contente de ouvir as novidades. Ele acha que tenho estado horrível como um pecado, desde que voltei da Espanha. — E Tom? — É, Tom também — concordou Oliver, secamente. — Quero ver o rosto dele quando eu contar que vamos viver juntos de agora em diante. Cerca de um ano depois, Oliver e Grace voltavam do jantar na casa dos pais dele, em San Luís. Em poucos dias, os pais de Grace se juntariam a eles, mas por enquanto, a casa era só deles. E, exatamente como em outra ocasião, Grace viu luzes na casa, onde não devia. — Juanita nunca usa a sala de estar — protestou ela, quando Oliver sugeriu que a empregada podia ter acendido. — De qualquer modo, não parece um abajur. Oliver acha que alguém invadiu a casa? — Não — Oliver estava calmo, abrindo a porta. — Sem pânico. Há uma explicação razoável. — Que explicação? — exclamou Grace, insegura, apressando-o para poder chegar à escada. — Eu vou... — Espere — Oliver pegou seu braço, levando-a para a sala. — Vamos ver o que é. Grace olhou-o, nervosa. — Mas, Alex... — Alex está bem. Você sabe. Maria teria telefonado se... Antes de terminar, Grace engasgou. Parando no arco que levava à sala de estar viu dúzias de velas acesas pela sala. A luz que vira de fora. Além das velas, rosas longas e perfumadas enfeitavam cada superfície disponível da sala. Grace olhou para seu marido com olhos arregalados. — Quem...? Você fez isto? — Eu ficaria muito chateado se não fosse eu. Gostou? Grace balançou a cabeça, surpresa, olhando a sala novamente. — Mas, como? Estivemos na casa de seus pais a noite toda. — Exceto quando voltei para ver Alex. Nosso filho está seguro em seu berço. E Maria, lendo no quarto de vestir. Grace virou-se para ele, com um olhar de adoração no rosto. — E você fez isto para mim? — Para nós dois — disse ele, pegando-a pelos ombros e dando um beijo carinhoso em seus lábios. — Você não sabe que dia é hoje? — Não é nosso aniversário de casamento, ainda faltam seis semanas. — Não. — E não é porque Tom e Gina chegam amanhã, é? — Deus me livre! Surpreendentemente, os dois irmãos tinham acertado suas diferenças. Tom tivera de aceitar que Grace nunca se interessara por ele e, embora tivesse namorado Gina para passar o tempo o relacionamento deles já durava mais do que o esperado. Por isso é que, a poucos dias do 18° aniversário de Gina, o sr. e a sra. Ferreira tinham convidado os dois para passar uns dias com eles. Se haveria alguma coisa séria no relacionamento, ninguém sabia, mas Grace suspeitava que Gina era mais do que uma aventura para o namorado de 32 anos. Agora, franziu o rosto, sentindo pena dela e Oliver falou: — Exatamente um ano atrás, fizemos amor pela primeira vez. — Ela suspirou, deliciada, quando ele acrescentou. — Esta sala e aquele sofá me trazem lembranças muito queridas. — Oh, Oliver! — Grace passou os braços pelo pescoço dele. — Isto é tão romântico! Ele pareceu encabulado. — É, bem, não deixe Tom ouvi-la dizer isto. — Por que não? Sabendo como ele sempre tenta imitá-lo, você privaria Gina de uma experiência assim? — Sim — falou Oliver, pegando a mão dela e puxando-a para o sofá onde tinham tido tanto prazer e tanta tristeza quando ela o mandara embora. Ficou sobre ela, pegando o seu rosto entre as mãos. — Eu a amo, sra. Ferreira. E queria fazer algo para mostrar quanto. Grace tremeu, mas, quando a mão dele passou por baixo de sua blusa, prendeu os dedos dele nos dela. — Você não pretende... aqui? — Por que não? — Mas Alex... e Maria... — Alex tomou mamadeira meia hora atrás e Maria tem ordens explícitas para não descer sem a minha permissão. — Você pensou em tudo, não é? — Espero que sim. Posso dizer que não foi fácil. — Enquanto falava, ele continuava desabotoando a blusa e depois, curvando a cabeça, tomou um mamilo enrijecido entre os dentes. — Você só concordou com Alex tomar mamadeira esta noite porque a minha mãe insistiu. O toque da língua dele fez Grace tremer até os pés e afundou nas almofadas, levando-o com ela. — Você não quer que eu alimente o nosso filho, não é? — provocou-o, enquanto ele se movia para o outro seio, perdendo o fôlego quando os dentes dele a mordiscaram. — Isso... não seria justo. — Muito justo — Oliver replicou, rouco, os olhos escuros de paixão. — Que posso fazer se às vezes fico com ciúmes? — Não precisa ter ciúmes — Grace garantiu. — Você sabe o que sinto por você. — Depois, com a ereção dele dura em seu estômago: — Ah, Oliver, você acha que devemos...? — Acho que sim — respondeu, abafado. E fizeram.
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