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CAPÍTULO DEZ



CAPÍTULO DEZ

 

Como poderia recusar?

Mesmo não querendo, ele teve de acompanhá-la. Só porque não queria ficar sozinho com ela, só porque pas­sara a noite toda se convencendo de que, qualquer atra­ção pecaminosa que sentia por ela, que podia conquistá-la, não era motivo para ser grosseiro.

E recusar acompanhá-la seria grosseria. Seus pais já o olhavam com expectativa, esperando que dissesse o óbvio: que adoraria acompanhá-la.

Mas ele suspeitava de que ela queria provocá-lo, pelo menos um pouco. Deus! Ele gostaria de ficar com raiva dela. Seria muito mais fácil. E saudável.

— Lógico. Podemos ir?

Se Grace ficou surpresa, não demonstrou.

— Obrigada, novamente — falou, erguendo a mão em despedida. Depois andou à sua frente pelo caminho que levava à casa ao lado.

Atravessaram o gramado da frente da casa e depois contornaram o jardim dos Lovell, que levava à porta de entrada. Um pórtico de pilar ocultava portas duplas e Grace tirou uma chave da bolsa, pronta para entrar.

— Bem... obrigada por me acompanhar — disse, friamente. — Creio que posso ir daqui.

— Tem certeza? — Ele não estava propenso a deixá-la ir sozinha. — Não gostaria que eu verificasse dentro, para o caso de ter algum gatuno por aí?

— Não é necessário — começou Grace, depois, per­deu o fôlego. — Oh, Deus!

— O que foi? -— Oliver ficou em alerta. — O que está errado? Está se sentindo mal ou algo assim?

— Não. — Grace engoliu em seco e apontou para o painel da porta. — Há luz lá dentro.

Havia. As sobrancelhas de Oliver se juntaram.

— Você não deixou a luz acesa, certo? — perguntou, suavemente.

— Não.

— Então... — Oliver hesitou —... há um alarme?

— Há, mas eu não o ativei — confessou ela em voz baixa.

Bom, pensou Oliver ironicamente. Mas ainda assim, ela só estivera de visita na casa ao lado.

— Certo — disse ele, depois de um momento, pegan­do a chave de sua mão e pondo na fechadura, silenciosa­mente. — Você fica aqui.

— O quê? — Grace umedeceu os lábios. — Não pos­so fazer isso. Não posso deixá-lo entrar sozinho. Pode... ser um ladrão e estar armado.

— E o que você fará se ele estiver? — sussurrou Oli­ver, secamente. — Pegar sua arma e atirar nele?

— Eu não tenho... ah, você! — Ela tocou as costas dele instintivamente e depois pareceu lembrar que isso não era uma brincadeira. — Hã... você tomará cuidado?

— Não sabia que se preocupava — murmurou ele, abrindo a porta. Apesar de seu humor, não deixou de de­sejar ter algo para usar como arma, se necessário. Encostou-a de um lado da porta, fora da visão de qualquer intruso. — Fique aqui. Não se mexa.

— Mas...

— Obedeça — comandou, duro, e entrou na casa.

A luz vinha dos fundos. Se tivesse que adivinhar, di­ria que vinha da cozinha e imaginou o que um ladrão poderia esperar encontrar lá. Ainda assim, ouvira falar de pessoas que escondiam valores no freezer, e era pos­sível que um invasor também tivesse ouvido.

Felizmente, seus pés fizeram pouco baralho no már­more do corredor. Ele andou encostado à parede, ten­tando perceber o desenho da casa, enquanto andava. Es­tava escuro, mas o luar iluminava uma sala de estar es­paçosa, através do corredor em arco, uma escadaria em curva era um pouco preocupante, mas, se houvesse al­guém lá em cima, teria que tratar daquilo depois. Agora, precisava cuidar do seu primeiro objetivo.

Quando quase chegara à porta da cozinha, percebeu que estava aberta. Por isso conseguira ver a luz lá de fora. Mas também percebeu que a luz não vinha da co­zinha, vinha de fora, brilhando nas janelas. Alguém ou algo, talvez um gato, podia ter disparado as luzes de se­gurança e os fundos da casa estavam iluminados por uns seis fachos de luzes alógenas.

Oliver expeliu o ar que, sem saber, estava prendendo. O intruso, se algum, o que ele duvidava, já estava longe. Balançou a cabeça, aliviado por não precisar bancar o herói.

Estava começando a respirar normalmente quando alguém pegou a sua camisa por trás. Ficou alerta, respondendo instantânea e descontroladamente. Soltando uma praga, virou-se e imprensou a pessoa contra a pare­de.

Não sabia qual dos dois estava mais chocado. O grito que Grace emitiu quando o braço dele apertou-lhe o pescoço foi de dor, e ele soltou um gemido frustrado, ao ver quem estava atacando.

— Deus, Grace — murmurou, tirando o braço da gar­ganta para apoiar seu peso na parede, ao lado dela. Seu cotovelo tocou o interruptor, iluminando o corredor com uma tonalidade âmbar. — Me desculpe. Pensei que era...

— Eu sei — falou Grace, quando ele parou, sua voz um pouco rouca da pressão que ele fizera. — Sou uma tola!

— Então, por que diabo não ficou onde estava? Eu podia ter quebrado seu pescoço.

— Eu sei. — Grace ainda estava encostada na pare­de, o rosto pálido sob a luz artificial. — Mas percebi de onde vinha a luz. — Ela esfregou a garganta. — Não pretendia assustá-lo.

— Me assustar? — Oliver não conseguiu evitar a meia risada que lhe escapou. — Você realmente sabe como estripar um cara, não é?

Grace agora sorria.

— Não quis dizer isso assim. — Ela pareceu notar quão próximos eles estavam e se apertou contra a pare­de. — Estou realmente muito grata.

Quão grata?

Aquele pensamento o assustou, mas não impediu que seus olhos fossem para os lábios dela. Agora sem ba­tom, ainda eram tão suculentos quanto no início da noite e seus dedos se moveram, por conta própria, para tocá-los. O polegar invadiu a boca, sensual e possessivamen­te, roçando a carne suave.

Agora, os olhos dela estavam arregalados, um olhan­do para o outro, e ele não pôde se controlar, inclinando e mordiscando seu lábio inferior. Ele mordeu forte, ven­do a dor enevoar os olhos dela, mas em seguida, tam­bém não conseguiu se controlar, inclinando-se contra ele.

Seus cílios baixaram, ocultando os olhos, enquanto ela espalmava as mãos no peito dele, num fraco esforço para afastá-lo. Quando ele se aproximou mais, os dedos dela apertaram a camisa, quase convulsivamente.

— Você quer que eu vá embora? — perguntou, a voz rouca como a dela.

— Só... pare de falar — sussurrou e, sem controlar suas emoções, Oliver cobriu os lábios dela com os seus.

Os seios colaram em seu corpo, as mãos que estavam fechadas no ventre dele deslizaram para os ombros, agarrando os cabelos da nuca.

Separando os lábios, ela permitiu que a língua de Oli­ver entrasse e encontrasse a sua, numa dança provocan­te. As unhas dela se cravaram na nuca dele, mostrando a sua reação a ele, que sentiu o sangue ferver na virilha. Um sentimento de fome o acometeu e, curvando os bra­ços, encostou o corpo no dela.

Puxa, como era bom, pensou, a ereção dele fazendo com que separasse as pernas para acomodá-lo. Ajusta­vam-se tão bem que pareciam ter sido feitos um para o outro e ele bloqueou na mente a imagem de seu irmão e do fato de Tom ter estado ali antes dele.

Segurando-lhe o rosto entre as mãos, beijou-a repeti­damente, em beijos que criaram um sentimento de aban­dono. Nunca estivera mais excitado, quente, seu sexo pulsando com tanta intensidade que quase doía.

Precisava ficar dentro dela, sentir sua maciez, seu ca­lor, envolvendo-o, saciando a fome que desencadeara nele. Não teria alívio até satisfazer aquela fome, agora aceitava aquilo.

Deslizou as mãos pelos cabelos sedosos, adorando como as mechas avermelhadas se enrolavam em seus dedos, suaves e sensuais. Passou a boca dos lábios para a orelha, a língua explorando o lóbulo macio, antes de passar para o pescoço. Podia sentir-lhe a pulsação, dan­çando em ritmo acelerado como a dele, o ombro se in­clinando sob a sua carícia, convidando-o a provar sua carne suave.

E ele o fez. Mordiscando-lhe o ombro e sugando a pele, até que ela gemeu. Olhando para baixo, seus olhos viram a separação em V dos seios através do decote da blusa e, com a respiração entrecortada, deixou suas mãos acompanharem o olhar.

Primeiro, contornou os seios, sentindo o calor e ta­manho, através da seda. Os mamilos estavam duros quando seus polegares os roçaram e pousou um beijo sensual entre eles.

Mas não era o bastante, nem de longe. Ele queria ar­rancar a blusa e tocá-la, não à seda. Também queria ar­rancar sua camisa, sentir os seios em seu peito, tocá-la até que ficasse tão quente e fora de controle quanto ele.

Descobriu que fitas prendiam a blusa atrás e, quando puxou as pontas, soltando-a, ela segurou a frente, como se protegendo.

— Não me interrompa — gemeu. Ele a queria tanto que seria uma agonia deixá-la ir.

— Não — disse ela, sem fôlego, pegando-lhe a mão. — Por aqui — acrescentou, puxando-o pelo corredor e entrando na sala que ele vira de relance.

Agora, as luzes provenientes das janelas estavam apagadas e havia apenas a iluminação suave vinda do corredor, mostrando para onde ela o levava. Dois sofás de veludo formavam um ângulo reto com uma lareira de pedra, onde velas apagadas pousavam. Tapetes chineses cobriam o chão, cortinas longas e soltas pendiam das ja­nelas e um sistema de som ficava ao lado de uma prate­leira de CDs.

Grace afundou num dos sofás, puxando-o para si, e então deixou que a blusa caísse para a cintura. A expres­são dela não era fácil de ser lida, devido à penumbra que havia, mas ele pensou que ela parecia um pouco choca­da com seu próprio comportamento. Ele teve a ridícula sensação de que ela nunca fizera nada disso antes, mas então o desejo e a sua própria necessidade afastaram quaisquer dúvidas.

Os seios eram firmes e os mamilos eretos, grandes e rosados. Intumescidos pela emoção, apontavam orgulhosamente para ele, que com outro gemido, cobriu-os com as mãos.

— Você é tão... linda — sussurrou com voz trêmula, subitamente nervoso, como ela parecia estar. Com um dedo, ele traçou a curva de sua garganta e olhou-a aten­tamente. Inseguro, percebeu o quanto queria esta mu­lher, mas não imaginava o que ela queria dele.

Ainda assim, quando ela ergueu a mão e pegou seu rosto, cada nervo do seu corpo respondeu. A mão fria incendiou-o e ele virou o rosto, beijando sua palma, de­pois subindo pelo braço e cotovelo, sentindo as veias pulsando. Ela tremeu antes de dizer, rouca. "Tire a sua camisa, quero vê-lo." E botões voaram, enquanto ele puxava o tecido de dentro da calça.

Ela encostou e Oliver seguiu-a, adorando sentir os mamilos rijos em seu peito. Eles roçavam os pêlos perto de seu umbigo, deixando-o desesperado para sentir cada centímetro do corpo nu sob si, na cama improvisada.

Os lábios se encontraram novamente e ele sentiu que era incapaz de ter o suficiente dela, sentindo a língua render-se à dele. Curvado sobre ela, correu a mão do ombro para o joelho, a abertura da saia permitindo-lhe tocar cada curva de seus quadris e pernas, que Grace quase involuntariamente exibia, convidando-o a se alo­jar entre elas.

Ele o fez, seus quadris roçando a suavidade dela. Ou­viu um gemido rouco e ela se prendeu nos ombros dele. Suas pernas se juntaram novamente, prendendo-o quase nos lugares mais íntimos, e ele sentiu uma espécie de angústia quanto à honestidade dela.

Baixando a cabeça, procurou um seio, envolvendo o mamilo em sua boca. Sugou-o avidamente, movendo-se depois para o outro seio, repetindo a carícia.

Ela se arqueou para ele, os braços passados pelo seu pescoço. Oliver gemeu fundo. Ela era tão receptiva, tão sensível às suas necessidades, e ele não seria humano se não sentisse a necessidade de mover as mãos para a cin­tura de Grace.

Ela tremeu ligeiramente quando ele desabotoou a saia, depois, tocou a cintura baixa da calcinha e, quando sua mão deslizou para dentro da pequena peça, sentindo como estava excitada, tudo o mais sumiu de sua cabeça. A reação instintiva dela foi se apertar contra a mão dele, e os dedos dele deslizaram entre os cabelos encaracolados que protegiam o seu monte, encontrando a fenda úmida.

— Oh, Deus, Oliver arquejou quando ele deixou que dois dedos invadissem a fenda e seu polegar encontras­se a protuberância inchada de sua feminilidade, esfregando-o até ela tremer incontrolavelmente sob suas mãos.

— Você... não devia — murmurou, quando foi capaz de falar. Mas Oliver apenas enterrou o rosto naquela maciez, deliciado com o gosto da sua paixão.

— Por que não? — afinal ele conseguiu falar, tirando-lhe a blusa e a saia do caminho e erguendo-a, para facilitar. — Você não gostou? Parece que sim.

— Mas você ainda está vestido — protestou ela, o rosto corado e adorável na penumbra. As mãos foram para a cintura dele — Deixe-me ajudá-lo.

Oliver perdeu o fôlego quando ela tocou sua ereção. Interrompendo a sua tentativa de soltar o cinto, ela to­cou a forma dele, antes de pegar o zíper.

— Mostre-me — sussurrou ela, os lábios suaves entreabertos. Oliver sentiu algo que nunca sentira antes. Mal conseguiu soltar o botão da cintura, antes das mãos dela deslizarem para sua cueca. Dedos suaves fecha­ram-se em volta dele, movendo-se por todo o compri­mento, encontrando a pérola úmida na ponta, que levou aos lábios.

— Não — falou, trêmulo, erguendo-se do sofá, tiran­do a calça e a cueca junto, arrancando os sapatos. — Deixe-me...

Ele estava de volta sobre ela antes de terminar de fa­lar, cobrindo-a com seu corpo, deixando-a sentir as di­ferentes texturas de cabelo e pele enquanto eles toca­vam e se misturavam aos dela. Separou-lhe as pernas, aninhando-se em seu monte e ela tremeu sob ele.

Por alguns momentos foi suficiente ficar ali e apre­ciar a intimidade desconhecida de seus corpos unidos. A respiração dela, entrecortada era quente em seu queixo. As mãos dela afundaram nas costas dele antes de explo­rar os músculos rijos de suas nádegas, causando uma sensação que ele nunca sentira antes, e a sua ereção tor­nou-se quase dolorosa.

Foi o modo como ela se mexeu que causou aquilo. Sentiu a sensualidade de seu corpo quando o pé deslizou Pela batata de sua perna. O cheiro da excitação dela as­solou-o e sentiu-se imediatamente apertado. Ele a queria antes, mas nada como isso. Agora sabia que precisa­va tê-la ou morreria.

Firmando os quadris de Grace, ele se ergueu e viu como os olhos dela fitavam seu membro intumescido. Mas, quando fitou o rosto ansioso dele, não havia apreensão ou remorso nos olhos dela. Apenas uma fervente excitação, combinando com a dele.

Ele olhou-a possessivamente, cobrindo seus seios novamente com as mãos, amando o sentimento de po­der. Ela era dele, pensou exultante. Independente do que acontecesse agora ela era dele.

— Vai — ela sussurrou, trêmula, erguendo os joe­lhos, expondo-se completamente, o desejo superando tudo.

Ajoelhando entre as pernas dela, ele se guiou, afas­tando as curvas úmidas e se pressionando gentilmente nela.

Ela era tão apertada, que ele quase acreditou que fos­se virgem. Mas não havia uma barreira oculta à sua in­vasão, apenas músculos que flexionaram e se expandi­ram para acomodá-lo, apenas os gritinhos entrecortados dela, apressando-o.

Era difícil ser paciente, controlar a sua necessidade de ficar dentro dela. Foi uma sensação incrível, desco­nhecida, de prolongar o seu prazer e o dela.

Com receio de poder machucá-la, ele ficou relutante em se mover.

Como se entendesse os seus sentimentos, Grace to­cou-lhe os lábios com os dela. Ele sentiu os fios de barba raspando nela, que não pareceu se incomodar. A lín­gua tocou a de Oliver com gentil urgência e ele foi to­mado pelo desejo de tornar aquilo tão bom para ela quanto era para ele.

Com uma das mãos de cada lado da cabeça de Grace, ele se ergueu quase ao ponto de se separar dela e sentiu o movimento de se aproximar dele. Então, olhando-a, entrou novamente e, parecendo quase instintivo, ela se adiantou para encontrar a sua investida.

Eles combinavam perfeitamente, ele pensou, repetin­do o movimento e sentindo os músculos apertando em torno dele. A resposta dos dois era semelhante e logo o desejo de prolongar o prazer mútuo foi assolado pela fome da necessidade dele.

Ainda assim, ele estava determinado a que ela o acompanhasse em cada passo. Apressando os toques, ele deslizou uma das mãos para entre eles, roçando a protuberância que acariciara antes.

A resposta foi imediata. Apertando seus ombros, ela gritou, sem fôlego. O clímax tomou conta dele, que per­deu o controle. Atirando-se contra ela mais uma vez, ele explodiu, a sua liberação entrando nela, sem pensar em segurar nada.

Caiu sobre ela, o corpo tremendo, e foi só quando ela se mexeu ligeiramente, reclamando do seu peso, que ele percebeu o que fizera. Fizera amor com ela sem qual­quer proteção, para ele ou para ela, e sentiu remorso. Ela merecia o melhor dele e devia estar envergonhado.

Mas sabia que seria impossível parar em qualquer ponto. Fora envolvido na teia da paixão, um desejo tão irracional que só queria senti-la em volta dele, carne com carne, pele com pele. E se aquilo significava que haveria conseqüências, que fosse. Neste momento, ele pensava que nenhum preço era demasiado alto a pagar.

Mas quando virou a cabeça e tocou-lhe o pescoço, Grace reagiu diferentemente. Ao invés de aceitar sua carícia, ela lutou para se afastar e, quando ele se afastou, ela levantou-se.

Abaixando-se para pegar suas roupas, juntou-as e olhou para ele, que ficou assombrado por ver que seus olhos estavam vermelhos, como se estivesse chorando.

— Acho que é melhor ir embora — disse ela e Oliver ficou subitamente ciente de sua nudez e do fato que seu sexo ainda latejava, meio ereto.

— Se é o que quer — ele disse, não entendendo bem como o olhava. Sentando-se, ele pegou as calças e ves­tiu, enfiando a cueca no bolso.

— Você... está bem?

— Por que não estaria? — perguntou ela, com a mes­ma voz controlada. Esperou até que ele pusesse a cami­sa sobre os ombros. — Pegou tudo?

— Grace...

— Apenas vá — ela indicou a porta. — Seus pais po­derão imaginar onde está.

— Ao inferno com meus pais — disse ele, rouco e confuso.

— Como você diria. — Ela murmurou, amargamen­te. — Boa noite, Oliver. Solte a tranca da porta quando sair.

 

 



  

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