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Outra vez a paixão 10 страница— Sophie! — exclamou ela, esperando que a irmã entendesse a mensagem, mas antes que a garota tivesse tempo de responder, Nikolas enlaç ou Lisa pela cintura. — Você faz alguma objeç ã o? — Ele olhava sé rio para Sophie, que soltou ruidosamente a respiraç ã o. — Você fala sé rio? — Sophie lanç ou um olhar espantado para a irmã. — Isto é... pensei que... — Calou-se subitamente confusa. Lisa adorou a experiê ncia de vê -la perder a fala, pelo menos uma vez. — Sim? O que você pensou, Sophie? — Nikolas també m parecia divertir-se. — Bem... Eu... — Ela engoliu em seco. — Isto aqui é um tipo de jogo ou coisa parecida? Com os olhos, ela buscou o apoio da irmã, mas Lisa, ainda enlevada com as emoç õ es que Nikolas despertara, foi incapaz de pensar numa resposta. — Achei que você tinha dito que ia mandar Ariadne para a escola. — O silê ncio dele desconcertava-a ainda mais. — Lisa disse que í amos embora ainda hoje — declarou num tom ressentido. — Nã o foi, Lisa? Bem, afinal, vamos ou nã o vamos? Tenho o direito de saber... Lisa fez menç ã o de responder, mas, de novo, Nikolas antecipou-se. — Bem, Sophie, acho que sua pergunta é um tanto... digamos, prematura. Com uma terrí vel sensaç ã o de vazio, Lisa soltou a mã o de Nikolas, afastando-se dele. Sentindo-se uma tola, evitou seu olhar curioso. Como nã o percebera o que estava acontecendo? Como nã o notara que ele falara no tempo passado? Ele se apaixonara por ela, ele queria casar-se com ela. No presente, tudo o que ele queria, era vinganç a. Era satisfazer seu ego, era provar que ela ainda era tã o vulnerá vel quanto no passado... — Prematuro? — Novamente, a voz de Sophie, e Lisa queria que ela calasse a boca. — O que você quer dizer com " prematuro"? Nã o havia nada de prematuro no comportamento de você s quando entrei... — Sophie! Lisa estava mortificada, mas Nikolas parecia divertir-se com a irreverê ncia de Sophie. — Você tem razã o — ele declarou quando Lisa pegou a irmã pelo braç o, conduzindo-a para fora do quarto. Nikolas a seguiu, e apesar das tentativas de Lisa para desvencilhar-se, ele a segurou pela cintura. — Estamos apenas começ ando a nos entender, nã o é, aghapita? — E para o espanto dela e divertimento de Sophie, ele a beijou levemente na nuca. — Pela primeira vez em quatro anos, estamos sendo totalmente honestos um com o outro. Lisa suspirou. — Você chama isso de honestidade? — ela murmurou por entre os dentes, mas nã o conteve um arrepio ao sentir o calor do corpo dele contra o seu, — Pare de brigar, senã o sua irmã vai pensar que você nã o me ama. — Sem esperar resposta, ele girou o corpo dela em seus braç os, beijando-a na boca. — Como eu a amo. Lisa estremeceu. — Você disse que a pergunta de Sophie era prematura... — E é. Ainda nem tive tempo de confessar meu sentimentos, nem de pedir-lhe que me conceda a honra de tornar-se minha esposa. Os joelhos de Lisa quase dobraram, e até mesmo a insensí vel Sophie entendeu que a emoç ã o do momento deveria ser partilhada apenas pelos dois. — Acho que vamos ficar — resmungou, saindo do quarto e fechando silenciosamente a porta.
EPÍ LOGO Lisa acordou com o som da chuva caindo no deque. Suspirou satisfeita. Havia um toque de encanto no clima de intimidade que a chuva estava criando. Fazia trê s semanas que ela e Nikolas tinham se casado na pequena igreja de Á gios Petros. Agora, estavam em lua-de-mel, num cruzeiro pelos mares Jô nico e Adriá tico. Ela já perdoara o pai pela parcela de culpa na separaç ã o deles. Acreditava que ele perdera o controle sob o peso das pressõ es de um negó cio falido. E só podia agradecer pelo fato do pai tê -la aproximado de Nikolas. E agradecia també m o desejo de vinganç a de Nikolas, pois só assim eles haviam se reencontrado. Um sorriso iluminou-lhe o rosto. O casamento fora simples, mas bonito. As irmã s de Nikolas, Oriana e Melina, ambas casadas e com filhos, estavam radiantes com a felicidade do irmã o. Tia Ingrid viera da Inglaterra, e concordara prontamente em permanecer na vila, cuidando de Sophie e Ariadne, enquanto Lisa e Nikolas estivessem em viagem de nú pcias. Yanis també m ficara na ilha, cuidando dos negó cios na ausê ncia do patrã o, e dando um apoio para tia Ingrid. O comportamento de Sophie melhorara sensivelmente, mas, sempre que encontrava oportunidade, implicava com a tia. Ariadne, aliviada por nã o ter que voltar à escola antes do té rmino das fé rias, perdera a arrogâ ncia, e começ ara a entender-se à s mil maravilhas com a irmã de Lisa. No iní cio do outono, ambas voltariam à escola. Ariadne ao colé gio de freiras e Sophie ao colé gio inglê s de Atenas. Elas poderiam passar os fins de semana na vila, sempre que possí vel. Nikolas nã o tinha intenç ã o de deixar a esposa durante suas viagens de negó cios pela Europa ou Estados Unidos. Como responsá veis pelas duas garotas, ficariam mais sossegados sabendo que elas estariam bem, nas respectivas escolas. Felizmente, Ariadne e Sophie aceitaram os novos planos sem protestos. Virando a cabeç a para o lado, Lisa fitou o marido com ternura. Ele dormia placidamente, pernas esparramadas e uma das mã os no alto da cabeç a. Afastando as cobertas, ela se deliciou com a imagem daquele corpo bronzeado e esbelto. Nikolas era tã o atraente, tã o má sculo, tã o sensual. Incapaz de conter-se, ela pousou a mã o no torso forte, acariciando os pê los escuros que cobriam-lhe o peito e que desciam até formar o tufo macio que escondia-lhe o sexo. Prendendo a respiraç ã o, ela pousou levemente a mã o no abdô men dele. Os mú sculos se contraí ram ao toque, mas ele continuou a respirar normalmente. Ousada, prosseguiu a exploraç ã o, em movimentos lentos e sensuais, até deter-se no mú sculo que começ ava a enrijecer-se. Lisa surpreendeu-se. Nã o com a reaç ã o dele, pois agora, mais experiente tinha pleno conhecimento da facilidade com que ambos se excitavam. Mas ela pensava que Nikolas estava dormindo. Fitando-o, ela se deparou com o olhar divertido e ardente dele. — Curiosidade? — ele perguntou com voz enrouquecida. — Espero ter correspondido à s suas expectativas. — E eu, as suas! — murmurou ela, substituindo as mã os pela boca. — Você sabe o que está fazendo? — Nikolas perguntou, agora menos controlado. — Acho que sim. — Erguendo a cabeç a, ela sorriu maliciosamente. — Estou apenas acordando-o. Afinal, a Bela Adormecida foi despertada por um beijo! — Nã o aí! — Apoiou-se nos cotovelos. — Venha cá — murmurou, puxando-a para cima dele. Gemeu quando Lisa entreabriu as pernas para que sua gruta ú mida e quente recebesse a forç a vibrante da masculinidade dele. Ele fez menç ã o de girar o corpo, mas Lisa impediu-o. — Nã o. Deixe-me cavalgá -lo, agora. Era maravilhoso saber que ela estava lhe proporcionando prazer. Movimentava-se lenta e sensualmente em cima dele, até que seu pró prio desejo acelerou o ritmo. Chegaram juntos ao clí max. Aí sim, num gesto rá pido, Nikolas inverteu as posiç õ es, enterrando a cabeç a entre os seios dela. — Eu a amo muito, Lisa — sussurrou, ainda estremecendo nos braç os dela, que sentiu-se envolvida por uma onda de ternura e emoç ã o. — Eu també m o amo, Nikolas. Muito. Estes dois ú ltimos meses foram os mais felizes de minha vida. — Para mim també m, aghapita. E pensar que quase a perdi! Como fui idiota! — Nó s dois fomos, Nikolas. — Lisa nã o permitiria que ele assumisse toda a culpa. — Você sabe, meu pai nã o foi sempre inescrupuloso. Acho que ele e mamã e partilharam um sentimento muito especial, e quando ela morreu... — Ela suspirou. — Você entende? — Estou tentando. — Nikolas sorriu. — Confesso que, neste momento, só posso sentir gratidã o por seu pai ter nos apresentado. O resto será por nossa conta. É uma pena que ele nunca vai ficar sabendo o quanto amo a filha dele...
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