Хелпикс

Главная

Контакты

Случайная статья





CAPITULO XII



 

A cor fugiu do rosto de Emma e teria caí do se ele nã o se adiantasse e a segurasse pelo braç o, puxando-a, gentil, mas com firmeza.

— Dí os, Emma! O que você está tentando fazer?

Só entã o teve forç a suficiente para olhar para ele e viu as marcas de fadiga e tristeza em seu rosto.

— Eu... eu nã o sei o que está tentando dizer. O que você está fazendo aqui? Está deixando o Mé xico també m?

— Cristo, Emma, nã o seja tola! Estou aqui por sua causa. Vim procurá -la!

Olhou em volta impaciente, consciente dos olhares curiosos dos passageiros que esperavam no saguã o de recepç ã o. Puxando-a com certa rispidez, ignorando seus protestos, levou-a em direç ã o à saí da.

— Nã o podemos conversar aqui, tenho um carro lá fora.

— Eu nã o posso ir com você. Minha passagem... o aviã o parte dentro de pouco tempo. Tenho que confirmar minha reserva!

Miguel estava sé rio.

— Nã o há reserva alguma. Acabei de cancelá -la.

— Nã o há? Nã o há mais reserva? O que quer dizer? Você nã o pode ter cancelado!

— Mas cancelei. Você se esquece, Emma, de que é minha esposa? Nã o vai a lugar algum sem a minha permissã o.

O coraç ã o de Emma batia rapidamente, e olhou para ele com um sentimento frustrado de desespero. Como teria descoberto que estava no aeroporto? Quem podia ter avisado? E por que ele a estava forç ando a ficar, quando obviamente nã o a queria?

— Como você descobriu que eu estava aqui?

Ele nã o respondeu. Estavam atravessando a á rea do estacionamento, seus passos largos forç ando-a a correr para poder acompanhá -lo. Mantendo-a presa pelo braç o, ele parou ao lado de uma limusine cinza. Destravou a porta e obrigou-a a entrar.

— Miguel, por favor.

Ele simplesmente balanç ou a cabeç a e puxou-a para bem perto, escondendo o rosto em seu pescoç o.

Estava tremendo.

— Emma, Emma! Nunca mais tente fugir de mim novamente.

Emma estava confusa. Aquele nã o era o Miguel que tinha se transformado num homem tã o frio depois de conseguir o que queria em Londres. Nem era o Miguel que a tratou tã o mal na casa do pai, logo depois do casamento deles. Aquele homem que a estava abraç ando parecia nã o querer que ela se fosse de sua vida. Quando procurou sua boca, havia um desespero incrí vel no beijo que lhe deu.

Emma resistiu. Seus nervos estavam muito abalados e à flor da pele, mas ela ainda se recusava a se submeter. Nã o ia permitir que ele pensasse que podia deixá -la sozinha com o pai e Carmen em Lacustre Largo, por quase duas semanas, sem lhe enviar sequer uma palavra, e depois simplesmente tomá -la nos braç os, esperando que esquecesse e obedecesse.

Miguel percebeu imediatamente seus temores e levantou a cabeç a, olhando-a fixamente nos olhos, mas tã o intensamente, que ela teve que desviar o olhar do dele.

— E entã o? Você nã o está feliz por me ver?

Emma prendeu a respiraç ã o.

— Como pode dizer uma coisa dessas? Esperei para vê -lo durante onze dias! — Sua voz era triste e magoada.

— Quanto tempo! Estava contando os dias?

Emma sentiu o rosto corar.

— Nã o tente me fazer de boba. — Olhou para fora da janela, implorando para que as lá grimas que estavam em seus olhos nã o caí ssem.

Miguel levantou a mã o para passar em seu rosto, mas ela se afastou. Viu que nã o havia mais curativos em seus dedos. Miguel deu de ombros e deixou a mã o cair.

— Sinto muito, nã o queria zombar de você.

— O que você pretende fazer comigo? Vai deixar que pegue meu aviã o?

— Nã o! — Ao dizer isso, a voz dele estava fria. Encostou a cabeç a para trá s, olhando fixo para o teto do carro. — Juan disse que você me ama!

— O quê? — A primeira reaç ã o de Emma foi de incredulidade; depois ficou indignada e humilhada por Juan ter revelado sua confissã o. Cerrando, os punhos, virou-se para o marido e falou, com dificuldade: — Eu entendo. É por isso que você está aqui? Posso lhe garantir que você nã o é responsá vel por mim, nã o precisa se preocupar. Nã o quero mais nada com a sua famí lia, e logo que voltar para a Inglaterra pretendo anular o casamento. Estou preparada para fazer um exame mé dico, se for necessá rio...

Embora tivesse dito aquelas duas palavras bem alto, havia suavidade em sua voz. Estudando seu rosto vermelho e seu corpo que tremia todo, Miguel deu um sorriso.

— Que monte de besteiras você fala quando está com medo de enfrentar a verdade!

— Nã o estou com medo de enfrentar a verdade! E fique sabendo que, no meu paí s, nã o é só porque uma pessoa está casada com outra que tem o direito de controlar a vida dela!

— Lá vem você novamente. Agora deixe-me dizer-lhe uma coisa. Você é minha esposa, e minha esposa você vai continuar a ser. Deixe-me esclarecer tudo desde o começ o e nã o haverá mais anulaç ã o nenhuma de casamento, porque amanhã nenhuma corte do mundo lhe dará uma. Estou me fazendo entender?

Emma olhou para ele sem entender nada, sua respiraç ã o começ ando a se descontrolar.

— Eu nã o sei o que você quer dizer.

— Oh, sim, você entende. — Pegou delicadamente uma mecha de seu cabelo. — E hoje à noite, ou talvez mesmo hoje à tarde, nã o vai haver jeito de escapar.

Quis fugir, abrir a porta do carro e sair correndo pelo aeroporto. Suas pernas nã o a teriam agü entado, se tivesse tentado tal coisa. Mas, mesmo assim, aquilo nã o queria dizer que ele teria tudo da sua maneira.

—. Portanto — ele prosseguiu, brincando com o cabelo dela enquanto falava —, nã o vamos mais falar a respeito de aviõ es, passagens, anulaç õ es. Daqui para a frente, teremos muitas outras coisas para conversar.

Emma torceu as alç as da bolsa:

— Você pensa que só porque Juan foi um tolo de lhe contar alguma coisa que eu falei para ele uma vez...

— Emma! — Ele levou a mã o ao pescoç o dela e seus olhos estavam escuros e nervosos agora. — Por favor! Estou lhe pedindo que me dê a oportunidade de explicar.

Mas Emma balanç ou a cabeç a, consciente da forç a dos dedos dele.

— Você deve estar pensando que sou algum tipo de idiota. Você vai embora e nem sequer me diz nada...

— O que você está dizendo?

Miguel franziu a testa e depois seus dedos apertaram com tanta forç a sua garganta que ela tossiu. Imediatamente ele se desculpou, pousando a boca onde havia ficado vermelho e passando a lí ngua em sua pele, fazendo com que ela sentisse vontade de beijá -lo. Mas o momento passou, e ele levantou a cabeç a, olhando-a com firmeza.

— O que você disse? Nã o recebeu a minha mensagem?

— Eu nã o recebi nada.

— Emma, por tudo que há de mais sagrado, eu juro que deixei uma mensagem para você com Gomez.

— Quem é Gomez?

— Um criado. Um homem em quem pensei que pudesse confiar.

— Mas por que você nã o falou comigo? Por que uma mensagem?

— Na manhã que parti, fui ao seu quarto, mas você estava dormindo. Nã o quis perturbá -la. Pedi entã o a Gomez que, logo que você acordasse, avisasse que eu tinha ido para a cidade do Mé xico, mas que voltaria logo que pudesse.

— Eu nã o recebi nenhuma mensagem. — O tom de Emma era seco e Miguel torceu os lá bios.

— Nã o, eu percebo que nã o, agora. Oh, Emma, o que você nã o deve ter pensado de mim? Eu nã o quis escrever nada, pois achei que meu pai acabaria escondendo o bilhete. Mas, obviamente, ele descobriu do mesmo jeito.

— Ele sabia que você ia partir?

— Eu lhe disse na noite anterior. Fui visitar minha mã e! Quando voltei, tive que lhe dizer que pretendia usar o helicó ptero na manhã seguinte. Ele me perguntou para que, e eu disse que preferia nã o contar. — Fez um gesto impaciente. — Depois ele disse alguma coisa que... bem que tornou nossa conversa nada agradá vel.

— A meu respeito, imagino.

— É.

Miguel mordeu o lá bio superior, quase inconsciente de seus dedos acariciando o ombro dela por baixo da camiseta. Mas Emma estava consciente disto, e da fraqueza que sentia.

— Meu pai sugeriu que eu devia procurar uma clí nica aqui e fazer alguma coisa a respeito de seu... estado.

Emma baixou a cabeç a. Mesmo sabendo que nã o estava grá vida, aquilo era inaceitá vel. Olhou para Miguel cheia de compaixã o e, quando os olhos dele encontraram os seus, ele segurou suas mã os.

— Emma, por favor, perdoe-me!

Nã o podia confiar em si mesma, quando ele a olhava e falava assim.

— Entã o agora você sabe por que eu nã o recebi a mensagem?

— Posso adivinhar, Emma. Gomez é um dos criados de meu pai. Se recebeu uma ordem para nã o lhe dizer nada, nã o ousaria desobedecer.

— Entã o era por isso que ele sabia que você estava na cidade do Mé xico.

— Meu pai lhe disse isso?

— Nã o. Foi Carmen. Há duas noites. Seu pai disse que ele nã o tinha idé ia de para onde você tinha ido e eu nã o quis insistir mais.

— E pensar que se eu nã o tivesse voltado para casa agora, teria que viajar até a Inglaterra para trazê -la de volta.

Emma tirou as mã os das dele.

— Por que motivo você ia querer que eu voltasse?

— Nã o está claro?

— Nã o, acho que nã o. Afinal de contas, você só se casou comigo para desafiar seu pai.

— Isso nã o é verdade! Quem foi que lhe disse isto?

— Ningué m precisou me dizer. Isso era ó bvio.

A voz de Miguel estava cheia de raiva.

— Como é que isso pode lhe parecer ó bvio, posso perguntar?

Emma estremeceu.

— Bem, desde o iní cio você me tratou como um... mal necessá rio.

— Nã o!

— Sim. Porque a noite em que nos casamos você passou trabalhando com Juan!

Os olhos de Miguel se estreitaram novamente.

— Você quer dizer que me receberia bem naquela noite? Entã o, por que nã o me aceitou quando chegamos na casa de meu pai?

— Aquilo foi diferente.

— Mas diferente como?

— Bem, eu já começ ava a conhecê -lo. Sabia que você realmente nã o sentia nada por mim!

— Madre de Dí os! Eu nã o sentia nada por você? Acha que ia me casar com uma mulher que nã o amasse?

Emma já tinha ouvido o suficiente. Tapou os ouvidos com as duas mã os e balanç ou a cabeç a de um lado para o outro.

— Você nã o me ama! Só está dizendo que me ama por causa das tolices que Juan lhe contou.

— Nã o! — Agora Miguel estava realmente nervoso. Agarrando-a pelos ombros, sacudiu-a com forç a. — Por que acha que Juan me disse que você me amava? Pensa que ele chegou e me disse, simplesmente?

Emma só conseguia balanç ar a cabeç a.

— Ele me disse porque eu fiquei num estado tã o deplorá vel quando cheguei em Lacustre Largo e fiquei sabendo que você tinha desaparecido que achou necessá rio me contar!

Emma olhou fixamente para ele.

— Você viu Juan? Em Lacustre Largo?

— Claro.

— Mas ele tinha viajado para a cidade do Mé xico! Para se encontrar com você!

— Impossí vel! Nem mesmo Juan sabia onde eu estava.

Emma deixou as mã os caí rem ao longo do corpo.

— Mas seu pai... ele disse...

— Sim? O que foi que ele disse?

Miguel estava impaciente e Emma gaguejava. Nã o entendia mais nada.

— Ele disse que tinham conseguido notí cias suas. E que Juan tinha ido encontrá -lo. Que Juan teve que partir. E ele nã o estava lá há dois dias.

— Sim, parece que foi visitar a famí lia dele em Vasos.

— Vasos? Sim, foi esse o lugar que seu pai mencionou. Mas ele disse que Juan ia tomar um trem de lá para a cidade do Mé xico!

Miguel se acalmou com muita dificuldade.

— Agora estou começ ando a entender. Entã o ele disse que eu tinha partido sem lhe deixar notí cias e que depois mandei um recado para Juan?

— Foi.

— E é claro que você nã o pô de suportar a humilhaç ã o e entã o fez exatamente o que ele queria que você fizesse.

— Eu sei, eu sei. Estou percebendo que era exatamente o que ele queria, mas...

— Mas você nã o tinha motivo para confiar em mim... — Desceu as mã os pelo pescoç o dela e acariciou seus ombros. — Até entã o, você nã o sabia que eu a adorava...

Emma fez a ú ltima tentativa para nã o se deixar envolver.

— Mas você foi embora! Por quê? Por quê?

Miguel inclinou-se para beijá -la na boca, brincando com seus lá bios até que ela nã o sentiu mais nenhuma vontade de resistir. Foi um beijo longo, violento. Depois ele afastou-a, sorridente.

— Nã o pretendo seduzir minha esposa num estacionamento do aeroporto. Eu desejo muito você!

Emma quase nã o conseguiu acreditar que tudo aquilo estava realmente acontecendo. Há pouco menos de uma hora, parecia que seu mundo tinha desmoronado.

— Diga-me — ela murmurou muito baixinho —, por que você foi embora?

Miguel suspirou e encostou-se no banco do carro.

— Vou tentar explicar. Você se lembra do dia em que meu pai a levou para conhecer minha mã e?

— Como é que eu podia esquecer?

Miguel passava os dedos pelo pescoç o dela.

— Portanto, se lembra daquela tarde na sala de mú sica. Bien, nó s parecí amos nos entender bem entã o. E eu estava contente... até que meu pai apareceu. Até aquela tarde eu estava certo de que você tinha se casado comigo para proteger Harrison...

— Nã o! — Emma estava horrorizada.

— Por que nã o? Nó s dois nã o tí nhamos declarado os nossos sentimentos, e você tem que admitir que, fora uma grande atraç ã o fí sica, nunca me deu um sinal de que gostava de mim. À s pessoas sã o muito estranhas quando estã o apaixonadas. Fazem coisas esquisitas. Nã o confiam em si mesmas. E por que motivo eu devia ser diferente?

Emma esticou o braç o e tocou o rosto dele. Miguel levou a palma de sua mã o aos lá bios.

— Eu vou continuar. Entã o, meu pai apareceu. Ele estava muito arrogante. Eu precisava acabar com aquela arrogâ ncia. Foi uma loucura, eu sei muito bem disto, mas algumas vezes eu faç o muitas coisas loucas.

Emma deu um sorriso.

— Eu sei como você se sentiu — respondeu, recordando-se de suas pró prias discussõ es com o terrí vel Carlos Salvaje.

Miguel parou um pouco.

— Mas, antes de continuar, preciso dizer-lhe que meu pai nã o é sempre assim. Ele també m sabe ser muito agradá vel. E quando perceber que eu realmente a amo, nã o vai mais implicar com você. Ao contrá rio, vai tratá -la como se fosse uma filha.

Emma tinha suas dú vidas, mas aquela nã o era a hora de dizer isso.

— E aí, o que aconteceu?

— Está bem. Naquela tarde, percebi que eu e você nunca poderí amos fazer daquela casa o nosso lar. Precisá vamos ter um cantinho nosso, onde pudé ssemos viver só nó s dois. Mas meu principal motivo para partir foi isto. — Apontou os dedos feridos. — Quando nó s está vamos na cidade do Mé xico, a caminho de Lacustre Largo, fui consultar um especialista. Ele me disse que, se eu quisesse realmente voltar a usar os dedos, teria que fazer um tratamento. E foi exatamente o que fui fazer. Precisava muito ser capaz de me sustentar e de sustentar minha esposa, porque, de uma vez por todas, queria ardentemente me tornar independente de meu pai. Pensei que talvez, se ficá ssemos sozinhos, totalmente sozinhos, conseguiria fazer você me amar. Nunca podia imaginar... — Ele parou e Emma sentiu uma grande ternura. Beijou o rosto do marido.

— O especialista nã o estava certo de que meu dedos ficariam bons novamente, quando fui visitá -lo pela primeira vez. E eu precisava saber disso com certeza, antes de poder me sentir totalmente livre. Você está conseguindo me entender?

Emma olhou-o com carinho, e perguntou, ansiosa:

— E entã o?

— Meus dedos agora estã o bons. Já posso tocar piano sem cometer tantos erros. Mas o melhor de tudo é que achei uma casa para nó s; fica fora da cidade, e nã o muito longe do mar. Vai ser lá que vamos morar a partir de agora.

— E quando você estiver em suas temporadas?

— Entã o você irá comigo! — disse imediatamente, como se nunca tivesse existido nenhuma dú vida a esse respeito.

— Quase nem posso acreditar nisso.

— Eu farei com que acredite. Você nã o faz nem idé ia de como sou convincente quando quero. — Passou os dedos pelos cabelos dela. — E uma outra coisa: uma parte de uma mú sica que escrevi... apenas uma pequena sonata, vai ser publicada!

— O quê? Mas é maravilhoso!

— É, nã o é? Eu a fiz para você.

Emma sentiu um grande carinho tomar conta dela.

— Oh, Miguel! Eu o amo muito!

— E eu també m a amo muito, mas muito mais do que você pode imaginar. Só amei realmente duas mulheres durante toda a minha vida. A mulher que eu acreditava ser minha mã e e, agora, você, com todas as forç as da minha alma.

— Elisa — disse Emma baixinho, recordando-se da conversa com Juan.

— Você sabe alguma coisa a respeito dela?

— Juan me contou tudo sobre ela.

— Pensei que meu pai tinha lhe contado, com todos os detalhes só rdidos da sua cabeç a.

Emma parecia aliviada, sentindo-se tã o feliz como uma crianç a.

— Eles nã o sã o só rdidos — ela protestou, beijando os dedos dele. — A ú nica coisa ruim é você ter sido a pequena ví tima da amargura dela.

— Ningué m pode ter idé ia de como me senti. Mas, logo depois, percebi que ela tinha toda razã o. Até entã o, eu tinha sido muito feliz, muito seguro! Tinha orgulho da minha heranç a. Entã o Elisa me contou a verdade, e por algum tempo eu odiei os dois. A ú nica pessoa que eu nã o conseguia odiar era minha mã e verdadeira, Maria. Mas nã o conseguia amá -la, també m. Sentia fidelidade e talvez um pouco de culpa, mas nunca cheguei a sentir amor por ela. Jurei, quando Elisa morreu, que nunca me casaria, nunca daria meu carinho para outra mulher.

— E agora?

— Agora? —- Ele debruç ou-se sobre ela para beijá -la na boca novamente. — Agora eu nã o posso viver sem você.

Emma sorria, satisfeita.

— Nem eu posso viver sem o seu amor, Miguel.

— Eu matarei qualquer homem que tentar roubá -la de mim. Isso a assusta?

— Devia me assustar, mas nã o assusta. Apenas me faz sentir muito, muito amada.

E entã o um pensamento lhe veio à mente:

— Mas, e o seu pai? Ele ainda acredita que vai se tornar avô?

Miguel riu.

— E nã o vai? — ele murmurou.

Emma corou.

— Ora, você sabe o que quero dizer!

— Sim, eu sei. Por algum tempo ele vai ficar muito desapontado porque eu a quero só para mim. Mas, dentro em breve, poderemos satisfazê -lo com um neto. E, como dizem os contos de fada, viveram felizes para sempre. Vamos para casa, amor?

 

* * Fim * *

 



  

© helpiks.su При использовании или копировании материалов прямая ссылка на сайт обязательна.