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Capítulo V



Capítulo V

Lauren mexeu-se na cama, sentindo o corpo dolorido pela tensão. Afundou-se nos travesseiros ao lembrar-se da origem daquelas sensações. Gostaria de continuar dormindo até ter certeza de que a noite anterior não tinha passado de um terrível pesadelo. Mas o sono não veio, e a contragosto acabou abrindo os olhos. A crua realidade estava no travesseiro ao lado: um bilhete.

"Estarei de volta para o almoço. Esteja pronta."

Ela colocou o papel sobre o criado-mudo e consultou o relógio.. Nove e meia! Há anos não dormia tanto! Levantou-se de um salto e abriu a janela, piscando pela claridade que lhe feria os olhos. O cansaço havia sido tanto mental quanto físico, ponderou. Ainda se sentia um pouco tonta e bastante deprimida, mesmo depois de tantas horas de sono. Seu aspecto devia ser o pior possível. Entrou no banheiro evitando olhar-se no espelho.

Tomou uma ducha fria e escolheu um vestido leve de algodão. Só então percebeu que estava morrendo de fome. Provavelmente já era muito tarde para servirem o café da manhã. Ligou para a copa pedindo chá e alguns pãezinhos doces, que literalmente devorou.

Nick voltou mais cedo do que ela esperava e encontrou-a na varanda, observando o tráfego intenso da Via Cláudia. Assim que ouviu o barulho da porta, Lauren voltou-se, surpresa. O sol a iluminava por trás, revelando as belas formas de seu corpo.

— Pensei que você fosse chegar mais tarde.

— Não pude esperar, Lauren. Eu lhe devo desculpas. Tratei você muito mal ontem à noite.

— Você cometeu um erro. Acho que nós dois cometemos um grande erro começando tudo isto. Talvez eu pudesse ter achado uma outra maneira de salvar meu pai.

— Você não sabe nem a metade da história. — Ele passou a mão pelos cabelos, nervoso. — Eu já havia decidido ajudar seu pai bem antes de você ir falar comigo. Pensei muito no caso e achei que Devlin merecia uma segunda chance. Afinal, sempre agiu corretamente...

— Quer dizer que eu não precisava ter vindo com você nem ter feito nada do que fiz?

— Exatamente. Você bateu à minha porta predisposta a acreditar que eu era o tipo de homem que não perderia a oportunidade de tirar vantagem de uma mulher. Então resolvi pagar para ver até aonde seria capaz de ir, apesar dessa convicção. É lógico que não a obrigaria a viajar comigo caso não tivesse sido surpreendido com a notícia do casamento de Francesca.

— Ah, aquele telefonema em seu apartamento!

— Exatamente. Eu estava esperando um chamado dela quando um amigo me ligou contando as novidades. Então, você estava lá e... Bem, achei que seria a oportunidade ideal para uma pequena vingança.

— Mas você nem estava apaixonado por ela!

— Sim, mas me senti ludibriado. Por dois anos eu a sustentei com todo o luxo e ostentação possíveis. Dava-lhe tudo o que uma mulher poderia desejar.

— Exceto seu amor — Lauren comentou suavemente.

— Ela já havia desistido desse direito há muito tempo. Eu não fui o primeiro e Luigi certamente não será o último homem a ser usado por Francesca. Não é amor o que ela procura, Lauren.

— Mas ela acabou se casando com ele; e isso certamente faz alguma diferença.

— Por algum tempo, talvez. Até ela ficar desesperada. Francesca não consegue ser fiel a um homem por muito tempo.

— Então quer dizer que eu posso voltar para casa?

— Apenas se quiser. Por mim, gostaria que me desse uma chance. Agi mal com você, e estou me sentindo péssimo. Se tivesse uma única oportunidade, faria tudo para apagar essa impressão que lhe causei.

— Por quê?

— Porque isso é muito importante para mim. — Ele se aproximou dela e colocou-lhe as mãos sobre os ombros, olhando-a fixamente nos olhos. O sorriso dele fez com que Lauren se sentisse mais leve. Depois de longos dias de tensão, uma estranha paz a invadiu.

Aquele era um outro Nick. Uma química qualquer funcionou, e ela sentiu que não precisava mais reprimir as emoções. Era como se acabasse de conhecê-lo... "Cuidado, Lauren", uma vozinha íntima a alertou. "Não se deixe guiar pelos impulsos. Nada mudou, ainda."

— Por quê? — insistiu, tentando raciocinar com clareza. — Por que isso seria importante para você?

— Porque você é importante para mim, querida. Mais do que qualquer outra mulher que passou pela minha vida. — As mãos dele acariciavam o rosto de Lauren com um toque tão suave e terno que ela mal podia acreditar. — Passei a noite em claro, tentando pensar numa forma de me desculpar, desejando que tudo não tivesse acontecido como aconteceu... Será que é tarde demais para recomeçarmos?

— Eu não sei. — Era muito difícil para ela pensar objetivamente, assimilar tudo aquilo. A cada minuto os acontecimentos tomavam rumos completamente inesperados, numa velocidade estonteante. — Nick...

— Talvez isto possa ajudar. — Ele a beijou de uma maneira singela, como se tivesse nos braços a pessoa mais frágil e preciosa do mundo. Aquela delicadeza tocou-a profundamente. Cedendo ao que o coração pedia, abraçou-o e correspondeu ao beijo com volúpia. Era assim que deveria ser... assim que deveria sempre ter sido. Naquele momento a noite anterior parecia não passar de um terrível pesadelo.

— Eu a quero muito — ele sussurrou. — Mas vou negar-me esse prazer. Primeiro, precisamos nos conhecer melhor. Está bem assim para você?

— Não sei se seria capaz de me envolver com você agora, se é isso que você tem em mente — Lauren respondeu, com alguma hesitação.

— Mas não é isso que eu tenho em mente — ele tornou a sussurrar, enquanto a abraçava com força. — Lauren, eu já tenho trinta anos, quase trinta e um. Acho que já está na hora de eu pensar em algo mais sério. Sempre prometi a mim mesmo casar-me com alguém muito especial. E você é esse alguém.

— Mas nós somos quase estranhos. — Ela estava completamente aturdida com a naturalidade com a qual Nick lhe propunha uma mudança radical no rumo de suas vidas. — Você não sabe nada a meu respeito!

— Como não? O que soube de você foi suficiente para me conquistar. O tempo se encarregará do resto. — Ele a abraçou com mais firmeza. — Desse jeito eu não vou conseguir manter o controle, cara. Se permanecermos abraçados por mais tempo, não serei responsável pelo que acontecerá.

— Então deixe que aconteça.

— Eu esperava que você dissesse isso.

Nick levou-a até o quarto e despiu-a, devagar, desfazendo a tensão que ainda poderia existir, com carícias suaves. A emoção transparecia no olhar dos dois, um preso no outro como se o magnetismo do momento fosse mais forte que suas vontades.

Lauren gemeu ao toque daquelas mãos hábeis e experientes que lhe alcançaram os seios.

— Quero que você se lembre desta como se fosse a primeira vez — Nick sussurrou. Sua língua tocou-lhe a ponta da orelha, descendo pelo pescoço e alcançando os seios. Deteve-se nos mamilos, provocante, fazendo-a estremecer de desejo.

Ela o apertou contra o corpo, no delírio de uma paixão incontida.

Livraram-se rapidamente do resto das roupas. Ele parou por instantes para contemplar aquelas curvas perfeitas, mas Lauren estendeu-lhe os braços, incapaz de suportar a espera. Nick perdeu-se naquele abraço, os dois se procurando na urgência do prazer. Alcançaram juntos o êxtase. Como se a vida inteira tivessem aguardado por aquele momento.

Passou muito tempo antes que qualquer um deles se movesse ou falasse alguma coisa. Parecia um sonho, uma realidade maravilhosa da qual Lauren não queria mais despertar. Um momento mágico, desses que só se tem uma vez na vida. Ela se sentia completamente realizada. Nada mais importava, a não ser estar ao lado de Nick.

— Lauren... Você tem consciência de seu poder? É capaz de enlouquecer um homem, meu bem. — Ele se apoiou no cotovelo e a observou, sorrindo. — Sua diabinha...

Ela espreguiçou, sentindo-se leve.

— Nunca pensei que pudesse estar perdendo tanto.

— Quer dizer que me perdoou pela noite passada?

— Você já me fez esquecer o que aconteceu ontem, Nick. Posso imaginar como foi difícil pedir desculpas. — Trocaram um beijo repleto de carinho. Depois ela voltou a fitá-lo. — Nick, o que você disse lá na varanda era...

— Era sério, sim. Quero realmente me casar com você, Lauren. E o mais breve possível. Podemos nos casar hoje, se quiser. Até já tenho a licença. A única coisa que falta é o seu consentimento.

— Hoje! — Pela primeira vez a felicidade parecia-lhe algo realmente palpável. — Mas...

— Não tem nada de mas. — Nick a beijou novamente, fazendo com que os pensamentos dela ficassem ainda mais confusos.

— Por que esperar?

Deveriam existir mil razões, mas, naquele momento, Lauren não conseguiu pensar em nenhuma. Será que o amor realmente acontecia daquele jeito? Sabia tão pouco a respeito de Nick... E o pior era lembrar-se de que até o dia anterior tinha todos os motivos para odiá-lo. Mas agora, ao lado dele, só o amor valia, só a atração enorme por aquele corpo másculo e bronzeado parecia existir.

Deveria agir com cautela, mas a paixão foi mais forte. Lauren fechou os olhos e respirou fundo, como se fosse mergulhar numa viagem sem retorno.

— Sim, Nick.

Horas depois, Lauren se perguntava como Nick tinha conseguido hipnotizá-la. Deixara-se guiar, completamente cega, pelo que ele havia proposto, e, antes que pudesse raciocinar com frieza, estavam diante de um juiz de paz e já era tarde demais.

Sob o sol da tarde italiana, acompanhada pelo homem que a partir daquele momento era seu marido, Lauren começou a pensar no pai. Teria que achar uma explicação plausível para lhe dar. Mas como poderia justificar algo que nem ela mesma entendia? E o emprego em Bruxelas? Será que havia ficado louca, deixando-se guiar apenas por emoções?

Após receberem os cumprimentos do juiz, tomaram um táxi e rumaram para o hotel.

— Você está tremendo — Nick observou durante o caminho.

— Agora é tarde demais para voltar atrás, querida.

— Eu sei — ela respondeu, observando o sorriso terno do marido. — É que tudo aconteceu tão rápido que ainda estou um pouco aturdida.

— Agora é minha mulher, Lauren. É tão ruim assim?

Ela não respondeu. Apenas olhou pela janela do carro em movimento, com o olhar perdido em algum ponto da paisagem que passava rapidamente.

— Tenho que assumir meu cargo em Bruxelas... E o que direi a meu pai?

— Diga que foi pega de surpresa e não pôde resistir à tentação — ele sugeriu, ainda sorrindo. — Quanto ao seu emprego em Bruxelas, pode deixar que cuido de tudo. Afinal, não deve ser difícil encontrar outra secretária para o seu lugar.

— Trilíngüe? Não me subestime, Nick.

— Eu não faria isso por nada neste mundo, querida. — Ele pegou as mãos dela e segurou-as com firmeza. — Não há caminho de volta, cara. Para nenhum de nós dois.

— E quem é que quer voltar atrás? — Ela suspirou, encostando a cabeça no ombro de Nicholas.

— Nossa vida será boa, tranqüila... Amanhã iremos para Veneza, que tal?

— Veneza?

— Iremos visitar minha família.

— Há tantas coisas que não sei a seu respeito, Nick. Pensei que não se desse bem com seus parentes italianos. Ontem à noite você disse que não tinha mais ninguém com quem se preocupar.

— Exagerei um pouco... Vovô vai gostar de conhecer minha mulherzinha.

— Se ele descobrir como tudo isto aconteceu, nunca aprovará.

— E quem é que vai lhe contar? O que o resto do mundo precisa saber é que nos conhecemos, nos apaixonamos um pelo outro e depois de algum tempo resolvemos nos casar.

— E será que vão acreditar?

— Ora, e que importância isso tem? Pare de se preocupar, querida. Lembre-se, agora você é Lauren Brent, minha esposa. E é só isso que importa.

— Quanto tempo ficaremos em Veneza? Afinal, você ainda tem que completar sua visita às filiais da empresa na Europa.

— Não há pressa. O programa é bastante flexível.

— Foi seu avô quem obrigou sua mãe a voltar para a Itália?

— Não quero pensar mais nisso, Lauren. Chega uma hora em que o passado deve ser deixado de lado — Nick deu de ombros.

Lauren concordou com ele, mas sentia alguma coisa estranha no ar. Algo que ela não conseguia identificar, mas de que seu sexto sentido a alertava. Não, talvez estivesse se preocupando demais. Era melhor decidir o que dizer ao pai, em vez de ficar se angustiando com problemas inexistentes. Mas como faria para contar as novidades a Henry Devlin? Seria um verdadeiro choque para ele. Talvez, se falasse antes com Carol... Pelo menos ela já estava a par do princípio da história...

O táxi parou em frente ao hotel. Ela esperou na calçada, enquanto Nick pagava a corrida. Já eram quase quatro e meia. A essa hora, seu pai e Carol deviam estar no escritório. Lauren chegou a desejar que o relógio voltasse uma semana, minutos antes de ela ver Nick pela primeira vez.

Assim que entraram na suíte, no entanto, a apreensão foi deixada de lado. Nick a abraçou, envolvendo-a num longo beijo, impedindo-a de pensar em outra coisa que não fosse um futuro promissor, maravilhoso, para ambos.

— Vou tomar uma ducha — ele disse, afastando-se um pouco. — Venha comigo.

Apesar de achá-lo tentador, Lauren recusou o convite com um gesto de cabeça. Se não conseguisse resolver a questão de como avisar o pai, não teria sossego.

— Preciso telefonar para Londres. Quero contar logo a novidade para papai.

— Você é quem sabe. Teremos muito tempo para fazer amor debaixo do chuveiro. È muito bom, você vai ver. Diga ao seu pai que não tem com que se preocupar; tudo que espero dele é um cheque com a quantia desviada, só isso.

Nick entrou no banheiro, e ela ficou sentada ao lado do telefone, olhando para o aparelho como se dali surgisse uma saída para o seu problema. Armou-se de coragem e pediu para a telefonista fazer a ligação. Com certeza, Carol atenderia ao chamado. Seria bem mais fácil. Seria bem mais fácil falar com ela primeiro.

O telefone chamou três vezes.

— Grantley, Brent, Taylor S.A.; escritório do sr. Devlin, boa tarde!

— Carol, sou eu.

— Lauren? — a secretária perguntou, sobressaltada. — Onde você está?

— Em um hotel.

— Sozinha?

— No momento, sim. — Era difícil iniciar o assunto. — Papai está aí?

— Não. Ele foi almoçar com um cliente e ainda não chegou. Lauren? Você ainda está aí?

— Sim, estou.

A ausência do pai tornava as coisas mais fáceis. Tinha duas escolhas: ou contava tudo a Carol, que depois transmitiria a seu pai, ou ligava mais tarde e falaria diretamente com ele. Depois de pensar por alguns segundos, que pareceram horas, finalmente decidiu.

— Carol... você vai levar um choque, prepare-se. Eu mesma ainda estou me recuperando.

— O que aconteceu? — A voz de Carol tornou-se apreensiva — Ele a maltratou?

— Pelo contrário. Nick se casou comigo há uma hora.

O silêncio do outro lado pareceu durar uma eternidade. Lauren já estava pensando que a linha havia caído quando Carol se recuperou.

— Você está brincando, Lauren!

— Nunca falei tão sério. Sei que pode parecer estranho, mas tudo aconteceu tão rápido entre nós dois que... Num momento eu o estava odiando e no outro...

— Vocês estavam tão apaixonados que resolveram se casar?! Lauren, isso só acontece nos contos de fadas!

— Mas é a pura verdade, querida.

— E você diz que decidiram de uma hora para outra?

— Exatamente. É difícil fazer outra pessoa entender...

— Você o ama? — Carol interrompeu-a mais uma vez.

— Claro que sim! Foi por isso que me casei com Nick. Estou perdidamente apaixonada.

— E ele a ama?

— Suponho que sim. Se não me amasse não teria se casado comigo, não acha? Ele vai me levar até Veneza para conhecer o avô dele. Nick é metade italiano, sabia?

— Sim, eu sabia. E seu pai, Lauren?

— Esse é o meu maior problema. Você pelo menos sabia que eu estava com Nick, mas papai está pensando que viajei para Bruxelas.

— Talvez seja melhor que eu mesma explique tudo a ele. — O senso prático de Carol começava a funcionar. — Você poderia telefonar para ele de Veneza. Até lá Henry terá tempo para se acostumar com a notícia.

— Você acha mesmo que esse é o melhor caminho?

— Sim, meu bem, é o melhor. Vou esperar até hoje à noite, quando ele tiver uma bebida bem forte na mão. Porque certamente vai precisar dela. — Carol riu. — Eu mesma estou precisando de uma.

— Tudo vai dar certo — Lauren afirmou, esforçando-se para acreditar no que dizia. — Eu sei o que estou fazendo.

— Espero que sim. De qualquer maneira, boa sorte! Assim que desligou o telefone, Lauren sentiu um grande vazio.

Sentia muitas saudades de casa e do pai, a quem sempre fora muito ligada. Depois da morte da mãe, tinham vivido um para o outro.

— Por Deus, o que estou fazendo aqui? — perguntou-se, angustiada.

Como se respondesse à sua inquietação íntima, Nick entrou no quarto nesse exato momento. Os cabelos ainda estavam molhados e despenteados, e trazia apenas uma toalha enrolada nos quadris.

— E então, foi tudo bem com seu pai?

— Não consegui falar com papai, mas contei tudo a Carol. Ela conversará com ele mais tarde.

— Ótimo. Que tal fazermos um brinde?

Diante dele, todas as dúvidas e incertezas de Lauren desapareciam. Era impossível permanecer longe de Nick, a vida sem ele não tinha mais sentido.

— Não. Eu quero outra coisa agora.

— Então peça, querida.

— Venha e me abrace forte.

— Você quer apenas isso? — ele perguntou, depois de rir, malicioso.

— Não.

— Então diga-me o que deseja, cara.

— Você chamava Francesca assim, também?

A expressão dele mudou imediatamente.

— Eu suspeitava que não ia demorar muito para você tocar no nome dessa mulher. Esqueça que Francesca existe.

— Desculpe, Nick. Eu não pretendia...

— Está bem. Vamos esquecer, certo?

— Nick, me ame como você nunca fez antes com nenhuma outra mulher.

Ele a beijou. Lauren teve a estranha impressão de que havia algo de distante e incerto naquele beijo, mas a sensação logo desvaneceu. Ela estava aprendendo depressa como fazer um homem se perder em seus braços.

 



  

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