Хелпикс

Главная

Контакты

Случайная статья





Capítulo IV



Capítulo IV

Conhecer Roma à noite era algo que Lauren preferiria fazer sozinha ou na companhia de amigos verdadeiros. Nick falou muito pouco durante o caminho. Olhava a paisagem através da janela do carro como se estivesse completamente absorto consigo mesmo. Ela chegou a se perguntar se ele estaria arrependido por ter provocado aquela situação, mas imediatamente descartou a possibilidade. Nicholas Brent não era o tipo de homem que costumava se arrepender do que fazia.

Estavam se dirigindo para uma casa situada nas cercanias da cidade, logo depois do rio. Era uma construção moderna e luxuosa, amplamente iluminada. Os veículos que chegavam formavam uma fila para que seus passageiros descessem ao pé de uma majestosa escada que levava à porta principal.

Nick ajudou-a a sair do carro. Por mais que tivesse tentado, Lauren não conseguiu ignorar a pressão da mão dele em seu braço, enquanto percorriam o curto trajeto até a entrada.

Um mordomo os recebeu à porta. Apesar de demonstrar um total domínio de seus movimentos, ela se sentia completamente indefesa diante dos olhares de admiração que lhe eram lançados. Parecia que aqueles homens queriam devorá-la com os olhos. De cabeça erguida, caminhou, guiada por Nick, até a entrada do salão principal, onde os anfitriões estavam recebendo os convidados.

Muitos convidados já conversavam com animação, enquanto garçons circulavam com bandejas de bebidas ou de salgadinhos. A maioria dos homens vestia smoking, e as mulheres desfilavam os mais deslumbrantes e sofisticados modelos exclusivos. Lauren observou cada detalhe com curiosidade, pensando que jamais viria de livre e espontânea vontade a um lugar como aquele, onde o poder do dinheiro estava tão descaradamente ostentado.

Percebeu que não era a única a usar uma roupa que deixava o corpo quase que inteiramente à mostra, apesar de continuar achando que não havia, em toda a festa, um decote tão ousado quanto o seu.

Nick apresentou-a aos anfitriões, mas ela não compreendeu de imediato o nome deles. Ao caminharem pelo salão, foram muitos os cumprimentos de cabeça e os discretos acenos dirigidos a Nick. Era óbvio que as pessoas comentavam, mal disfarçando os cochichos.

Como num passe de mágica, o caminho sempre se abria indicando uma direção. Nick pegou duas taças de champanhe de um garçom que passava e ofereceu uma a Lauren.

Ela começou a desconfiar de que fora levada àquela festa por algum motivo em especial. A atitude dos amigos e conhecidos dele era uma espécie de confirmação.

— Continue assim — ele sussurrou. — Você está simplesmente ótima.

Ela não respondeu, mas um lampejo de raiva passou por seus olhos. O que mais queria no mundo era jogar aquela taça de champanhe naquele rosto odioso. Tomou um grande gole da bebida para se acalmar e se surpreendeu ao perceber que sua mão estava completamente firme. Aquela aparente tranqüilidade era algo realmente inusitado. Será que era melhor atriz do que supunha ou estava completamente entorpecida, deixando-se levar pelo destino? Esperava ardentemente poder passar toda aquela noite com a mesma segurança e firmeza.

Nick conduziu-a até um casal que estava conversando não muito distante dali. A mulher, de costas para eles, parecia estar prestando muito atenção no que o seu companheiro dizia. Era alta e bem-feita de corpo, os cabelos negros iam até os ombros e a ampla abertura na parte de trás do vestido deixava à mostra a pele bronzeada. Assim que o homem os viu se aproximar, mudou imediatamente de expressão. A mudança foi tão evidente que a mulher virou-se em seguida.

Lauren deparou com um dos rostos mais bonitos que já vira em toda sua vida. Os olhos eram grandes e negros, a boca, muito bem desenhada e os lábios vermelhos eram sensuais, convidativos.

— Nicholas? — ela exclamou, encantada. Só então notou a presença de Lauren. O sorriso desapareceu, dando lugar a uma expressão de desafio, como se a presença da outra mulher fosse uma afronta que ela não estava disposta a perdoar.

— Lauren Devlin, Francesca e Luigi Bardini — Nick os apresentou. — Muitas felicidades para vocês dois. Senti muito perder o casamento, mas tive compromissos de última hora. Vocês sabem como são essas coisas...

O outro homem parecia pequeno e frágil se comparado ao físico e ao porte de Nick. Lauren imaginou que fosse pelo menos vinte anos mais velho que a esposa.

— Sentimos muito a sua falta, Nick. Mas compreendemos perfeitamente — Luigi falou, sem muita convicção.

— Espero que vocês sejam muito, mas muito felizes — Nick desejou num tom quase teatral, olhando fixamente para Francesca.

— Nós seremos, Nick. Pode ter certeza disso — Luigi respondeu. — Comigo, Francesca terá tudo o que quiser.

— É verdade — ela concordou. — Luigi satisfaz todos os meus desejos.

Havia alguma coisa estranha no ar. Francesca olhava para Nick com um misto de desejo e ressentimento, e as pessoas que estavam próximas ouviam a conversa com atenção. Lauren sentiu-se aliviada quando Nick a pegou pelo braço para que se afastassem do casal, depois de uma breve despedida. Como convém a todos os seres civilizados e educados, ela pensou com desdém, começando a entender a situação.

— Você me vestiu desta maneira apenas para isso? — perguntou, enquanto trocava sua taça vazia por uma cheia. — Por quê?

— Para mostrar que existem no mundo outras mulheres tão ou mais atraentes que ela — Nick respondeu prontamente. — Francesca casou-se com Luigi para dar-me uma lição. Bem, agora eu lhe dei o troco.

— Ela era sua amante?

— Se você pode adivinhar tanto, por que precisa de perguntas?

— Tem razão. — Lauren riu, embora um inesperado sentimento de frustração a perturbasse. — Posso imaginar a história, aliás nada original. Francesca desejava se casar com você, mas, como não viu nenhum interesse de sua parte, resolveu mostrar-lhe que havia outros homens interessantes... Só que o orgulho do sr. Nicholas Brent se fez em pedaços ao ser trocado por Luigi...

— Certo, exceto pelo final. Meu orgulho ainda está intacto. A única coisa que lamento é a teimosia de Francesca. Um homem em sã consciência não poderia casar-se com ela.

— Luigi casou-se.

— Porque é um tolo. Acha que pode mudá-la.

— Talvez possa. Você não conhece nada sobre o poder do amor. Duvido que tenha amado alguém em toda a sua vida!

— Bom, acho que nisso você acertou. Nunca encontrei nenhuma mulher na qual pudesse confiar por muito tempo.

— Talvez não tenha procurado nos lugares certos.

— E que lugares seriam esses? — Nick sorriu com ironia. — Mostre-me uma mulher que não esteja disposta a usar tudo que possui para conquistar o que deseja, que eu me casarei com ela amanhã mesmo.

— Uma mulher assim não se casaria com você. Ela precisará de ternura, de companheirismo... e esses são sentimentos que você jamais poderá entender.

— Ah, quem me diz! — Ele parecia prestes a explodir. — Você e Francesca são iguais.

— Exceto que estou com você por meu pai e não por minha própria vontade.

— Você realmente tem certeza disso? Ter o pai na cadeia não seria nada vantajoso para você. Talvez até colocasse em risco o seu emprego em Bruxelas.

Lauren ficou quieta por algum tempo, olhando para ele, surpresa.

— Como é que você sabe sobre Bruxelas? — perguntou, quando conseguiu recobrar-se.

— Eu andei fazendo algumas pequenas investigações antes de deixarmos Londres. Não foi difícil descobrir.

— Então por que me perguntou sobre minha atividade no novo emprego?

— Não sei. — Ele deu de ombros. — Talvez quisesse conversar um pouco. — Nick tirou a taça da mão dela e colocou-a numa mesinha ao lado. — Vamos dançar um pouco. Daqui a meia hora iremos embora.

Eram quase nove horas. Só o pensamento do que seria forçada a fazer quando chegassem ao hotel deixava Lauren com os nervos em frangalhos. Por mais que tentasse conformar-se com o inevitável, não conseguia.

— Você não se importa nem um pouco em esconder dos outros a razão pela qual veio a esta festa, não é?

— Para ser franco, não estou nem um pouco preocupado com isso.

O espaço destinado à dança era pequeno. Apertada entre os casais, que se moviam com dificuldade, ela sentiu-se pressionada contra o corpo de Nick, as coxas musculosas encostando-se contra as dela com força, enquanto as mãos deslizavam-lhe pelas costas, insinuantes, ousadas. Contra a vontade, sentiu a excitação crescer. Se apenas por estar próxima dele seu corpo já vibrava, o que aconteceria quando a hora decisiva chegasse? Até que ponto sua força de vontade seria suficiente para impedir que respondesse aos apelos do desejo? Era certo que o odiava, mas, sem dúvida, ele era o homem mais devastadoramente sensual e atraente que já conhecera... Experiente, Nick sabia muito bem a intensidade das emoções que provocava nela.

— Será que poderia lhe fazer uma pergunta pessoal? — ela murmurou, procurando quebrar o encanto do momento. Queria levantar uma barreira através de um diálogo ameno.

— Depende do que for perguntar — ele respondeu, com um ligeiro sorriso.

— Só queria saber se você tem alguma ascendência italiana. Você fala italiano tão bem e há algo em você que...

— Minha mãe nasceu aqui na Itália — ele interrompeu. — Em casa, falávamos italiano e inglês.

— E seu pai?

— Ele era inglês. Casou-se com mamãe contra a vontade da família dela. Na verdade, no início eles se recusaram até a reconhecer o casamento.

— Isso deve ter sido muito duro para sua mãe. Ela deve ter amado muito seu pai.

— Tanto que o abandonou e voltou para a Itália quando eu tinha oito anos.

Lauren ficou um pouco surpresa ao ouvir aquilo.

— E deixou você para trás?

— Não. Ela me trouxe junto.

— Então você foi criado aqui na Itália?

— Até meu pai ganhar a minha custódia na Justiça. Eu era inglês, por isso não foi tão difícil conseguir minha guarda. No fundo, ele pensava que, através de mim, conseguiria mamãe de volta.

— E ela voltou?

— Não. Durante anos fiquei viajando da Itália para a Inglaterra e da Inglaterra para a Itália, passando algum tempo com um e depois mais algum tempo com outro...

— Talvez a culpa não tenha sido inteiramente de sua mãe — Lauren observou com suavidade.

— Bem, ela não foi a mãe que eu... — Ele parou de repente, soltando um profundo suspiro. — Agora não adianta mais discutir isso. Ela já está morta há sete anos.

— E seu pai?

— Há três. Como você vê, não tenho ninguém com quem me preocupar.

— E, sem dúvida, você tira toda a vantagem possível disso, não é?

— Exatamente. — Nick passou os olhos por todo o corpo de Lauren, fazendo-a sentir-se completamente nua. Depois voltou a encará-la. — Acho que já podemos ir embora.

— Mas nós ainda nem comemos — Lauren lembrou, lançando-se numa luta desesperada contra o tempo. — Só tive tempo de comer alguns sanduíches no apartamento...

— E agora está morrendo de fome, não é? Muito bem, ninguém poderá me acusar de ter levado uma mulher para a cama com o estômago vazio! — Ele a conduziu até uma poltrona. — Fique aqui que eu já volto com alguma coisa para você comer.

Lauren observou-o abrir caminho entre as pessoas, cumprimentando um aqui, acenando para outro ali... Andava com grande desenvoltura num terreno que conhecia perfeitamente. Aquela festa reunia pessoas que faziam parte do mundo de Nicholas Brent, mundo este que em nada a agradava. Todos pareciam acostumados àquele tipo de relacionamento superficial e interesseiro, capaz de desmoronar ao menor sopro.

— Então a adorável rosa inglesa foi abandonada? — perguntou uma voz masculina com um forte sotaque, despertando-a do devaneio. Lauren virou a cabeça para encarar um homem bonito e atraente que sorria a seu lado. Era mais velho que Nick, mas seus profundos olhos negros e seu largo sorriso davam-lhe um encanto especial.

 — Ele voltará — respondeu. — Foi buscar algo para eu comer.

— Ah, mas isso é uma pena! Eu devia ter adivinhado que seria muita sorte encontrar sozinha uma garota tão linda. Faz tempo que você está com o sr. Brent?

— Nós chegamos em Roma hoje — ela respondeu, fingindo não ter percebido a natureza subentendida da pergunta. — Desculpe, senhor, mas acho que ainda não sei o seu nome.

— Macchioni. Marcello Macchioni. — Os olhos dele percorreram todo o corpo de Lauren, detendo-se por mais tempo no acentuado decote do vestido. — Se perguntar, qualquer um lhe dirá que sou o homem mais generoso desta cidade. Será que você não gostaria de trocar seu protetor por...

Marcello não completou a frase, mas Lauren entendeu muito bem aonde ele queria chegar. Quase lhe deu uma resposta à altura, mas desistiu, com um gesto de desânimo. De nada adiantaria dizer àquele homem o que pensava de sua generosa oferta. Seria pura perda de tempo. Provavelmente ele nem entenderia sua raiva. Afinal, todos ali pensavam que ela era a mais nova aquisição de Nicholas Brent...

Aliviada, avistou Nick, já de volta com dois pratos nas mãos. Marcello despediu-se com uma ligeira inclinação e se afastou.

— O que Macchioni estava falando com você? — Nick perguntou, entregando-lhe um dos pratos. — Como se eu não pudesse adivinhar.

— Se você pode adivinhar, não há por que eu precise contar-lhe tudo.

— Mesmo assim, quero que me diga. — Ele sentou-se no braço da poltrona. — Palavra por palavra.

— Palavra por palavra eu não lembro. Mas ele quis me convencer de que poderia fazer uma oferta bem mais atraente que a sua. Pelo menos foi sincero, enquanto que você...

— Está dizendo que a enganei?

— Mais ou menos. Eu não tinha nem idéia de que pretendia me expor como sua mais nova conquista. Você já havia planejado me trazer aqui desde Londres, não é?

— Digamos que eu a trouxe com mais de um propósito. Teria feito alguma diferença saber sobre esta festa? Você não teria aceitado o acordo?

— Talvez.

— Então o bem-estar de seu pai não é a sua maior preocupação?

— Claro que é... quero dizer... — ela fez uma pausa para clarear as idéias, visivelmente contrariada. — Você está colocando as palavras na minha boca. Isso não é certo.

— Muito bem. Então vamos parar com isso e começar a comer, certo?

— Não. Perdi toda a fome — Lauren protestou, colocando o prato numa pequena mesa ao lado.

— Bem, eu também não estou com muita fome. — Ele chamou o garçom e depositou os dois pratos numa bandeja. — Caso você volte a ficar com fome, comeremos algo quando chegarmos no hotel.

Eram quase dez horas quando se despediram dos anfitriões. Eles protestaram com veemência, alegando que a festa estava no auge, mas Nick conseguiu desvencilhar-se dos amigos com habilidade.

Subiram sozinhos no elevador que os levaria até a suíte. Àquela hora, Roma inteira devia estar jantando, apenas eles se recolhiam. Pensativa, Lauren observou Nick, que se mantivera silencioso até aquele momento. Quem sabe ele desistira? Quase se animou com a idéia, mas ao atravessar a porta do apartamento as esperanças ruíram. Braços fortes a envolveram, sem lhe deixar a menor dúvida do que aconteceria.

O beijo foi profundo e demorado. Quando aqueles lábios ardentes tocaram os de Lauren, um calor estranho invadiu-lhe o corpo. "Não posso ceder", ela pensou, desesperada. Num esforço sobre-humano, tentou concentrar-se em outra coisa, desviar a atenção das carícias que lhe queimavam a pele.

Nick pegou-a nos braços e levou-a para o quarto. Tirou-lhe toda a roupa, sem pressa, deliciando-se com cada pequeno detalhe que ia revelando. Lauren não fez um gesto sequer. Ficou completamente imóvel, observando-o também se despir e em seguida deitar-se ao seu lado.

Ele começou a beijá-la carinhosamente, fazendo de tudo para despertá-la daquela apatia. Suas mãos másculas e firmes percorriam-lhe todo o corpo com o interesse e a maestria de quem sabia o que estava fazendo. Mas ela continuava impassível. Na verdade, em seu íntimo vibrava a cada toque daquele homem. Mas a mente, convicta de seus propósitos e ideais, impedia-a de dar qualquer demonstração de prazer.

As carícias começaram a ficar mais agressivas à medida que Nick se convencia de que não seria mesmo correspondido. Os joelhos colocados repentinamente entre as pernas dela demonstravam claramente que nada o demoveria de suas intenções. Ela não teria meios para resistir, por mais que tentasse.

— Parece que você deseja que as coisas aconteçam assim — ele sussurrou, com uma ponta de raiva.

Com o peso do corpo dele sobre si, Lauren afundou ainda mais no colchão macio. Mordia o lábio para não chorar. A situação a humilhava demais. Queria protestar contra o que achava ser pura violação, mas não tinha fôlego nem para um murmúrio. Estava completamente prostrada.

De repente, tudo estava terminado. Nicholas escorregou para o lado e permaneceu imóvel, exceto pela respiração acelerada. Lauren sentia-se fria e cansada. Parecia ter atravessado um campo de batalha. Ela não havia levantado nem um dedo para participar daquilo tudo, mas de nada tinha adiantado. Nick a possuíra, passando por cima de seu orgulho e dignidade.

— Por que você fingiu ser o que não era? — ele perguntou bruscamente, quebrando o silêncio. — Você nunca teve um homem antes, não é?

— Não fingi nada! Foi você quem não deu a menor importância, quando eu lhe contei no avião esta manhã.

— Eu não acreditei. Foi por isso que...

— Quer dizer que teria mudado de idéia, se tivesse acreditado em mim?

— Não necessariamente. Mas eu poderia ter agido de outra maneira. Acho que fui muito precipitado. — Ele virou-se para poder encará-la. — Você fingiu, sim. Deixou que eu pensasse que era uma mulher experiente, acostumada a...

— Foi você quem tirou conclusões precipitadas! — Ela tentou sentar-se melhor na cama, mas encolheu-se quando percebeu que Nick iria tocá-la novamente. — Não me toque! — exclamou, apavorada. — Não suporto as suas mãos sobre mim.

— Isso é bem estranho depois de tudo o que fizemos.

— Depois do que você fez. Eu não participei de nada. Fui usada.

— Não quer nem ouvir o que tenho para lhe falar, Lauren?

— Sei que vai procurar se desculpar, mas não há o que discutir. O que você fez foi pura violência.

Nick deu uma risada inesperada.

— Ora, não seja dramática! Você sabia muito bem o que iria acontecer, desde o momento em que aceitou viajar comigo.

— Bem, acho que agora não há mais motivos para eu continuar com você, não é? Afinal, não estou apta para oferecer a diversão que esperava.

Nick demorou um pouco antes de responder.

— Nós fizemos um acordo, e ele ainda está em pé. Pode ir embora, se quiser. Mas não se iluda quanto ao que eu faria em seguida.

As últimas esperanças de Lauren se desvaneceram.

— Você não vai conseguir que eu me entregue a você livremente. Será sempre do jeito que foi agora: sem a minha participação.

— Duvido. — Nick sorriu. — Você não é frígida, Lauren. Percebi que seu corpo estava dizendo sim a tudo o que eu fazia... É só uma questão de tempo.

— Não conte com isso.

— É o que veremos. Deixe-me mostrar-lhe como isto pode ser bom. — Ele aproximou-se, mas Lauren recuou.

— Eu não quero saber. Pelo menos, não com você!

— Você vai mudar de opinião, Lauren. Prometo que a farei mudar de opinião.

Lauren continuou olhando para o teto enquanto ele se ajeitava na cama para dormir. O rancor e o desprezo que sentia por aquele homem tinham ajudado, mas por quanto tempo continuaria indiferente ao jogo do amor? Era tão contraditório... Odiava-o pela situação humilhante a que a sujeitava, mas, ao mesmo tempo, sentia-se atraída, louca de vontade de corresponder àquelas carícias. Se tivesse conhecido Nick em outras circunstâncias, estaria agora perdidamente apaixonada por ele!

 



  

© helpiks.su При использовании или копировании материалов прямая ссылка на сайт обязательна.