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CAPITULO III



CAPITULO III

 

Elizabeth entrou em pânico, fazendo um esforço enorme para aparentar uma calma que estava longe de sentir.

Ela deveria ter pensado naquela possibilidade, ao decidir ficar com Linda. Quando a aluna precisou de um ombro amigo, deveria ter deixado outra pessoa sé oferecer pois, afinal, havia várias pessoas presentes no cemitério. No entanto, nunca po­deria imaginar que alguém fosse reconhecê-la... muito menos naquela ocasião.

Quisera confortar a aluna, que parecia desesperada por ter perdido o marido de um jeito tão... estúpido. E, tinha de admitir, aquela também fora uma maneira que encontrara para se redimir do que tinha feito. Afinal, fora graças a Tony que havia ido àquela festa. Quem poderia adivinhar que Alex apareceria ali?

Só que ele não era Alex Thorpe. Era Alex Thiarchos! O pai de Tony! Filho de Constantine Thiarchos, que todos sabiam ser o homem mais rico do mundo! E Elizabeth o tratara como se ele fosse um simples pobretão!

Tinha usado-o, tirado vantagem de seu estado de semi-embriagues e o seduzira. Deus, o que ele faria agora?

— Acho que preciso agradecer-lhe, srta. Haley.

Elizabeth ouviu aquelas palavras, que pareciam vir de muito longe. O rosto de Alex e o de Linda pareciam estar fora de foco e ela sentiu que ia desmaiar.

Ele deve saber, pensou. Alex devia saber que ela estava ali!

Sua visita não poderia ser só uma coincidência. E por que ela não o reconhecera no cemitério, quando haviam ficado a apenas alguns metros um do outro?

A resposta era óbvia. A possibilidade de aquele homem que ela havia conhecido na festa e o pai de Tony serem a mesma pessoa nunca lhe passara pela cabeça. Com um enorme esforço, Elizabeth segurou-se no batente da porta.

— Oh, Beth! — gritou Linda, avançando em sua direção.

— Você está bem? Parece que vai desmaiar. Está tão pálida! Não acha melhor se sentar um pouco?

— Não aqui dentro, porque está muito quente — disse Alex, segurando Elizabeth pela cintura. — Se não for muito incô­modo, poderia providenciar uma bebida forte, Linda?

— Eu não... bebo — protestou Elizabeth, ao ver que Linda já estava saindo.

— Então vou ver um chá para você também — ela disse, aparentemente se esquecendo de que cinco minutos antes havia sugerido que Alex já estava de saída. — Não demorarei mais de um minuto, Beth. — E, virando-se para Alex, acrescentou:

— Sr. Thiarchos, poderia ajudá-la a subir? Lá em cima é mais fresco.

— Eu... eu estou... bem — Elizabeth insistia. Assim que Linda desapareceu pela porta, ela começou a subir a escada, ainda com Alex a segurar-lhe pela cintura.

Ao alcançarem o andar de cima, Alex abriu a primeira porta que encontrou e percebeu que era uma outra sala de visitas, mais íntima.

Elizabeth deixou-se largar num sofá, visivelmente cansada.

— Como você soube? — sussurrou.

— Soube do quê? — Alex indagou polidamente.

— Como soube quem eu era? — ela repetiu, no mesmo tom de voz.

— Eu não sabia. — Alex aproximou-se dela.

— É claro que sabia! — Elizabeth insistiu, sussurrando qua­se inaudivelmente, pois estava com medo de que Linda ou Kathie entrassem a qualquer momento.

Eu não sabia — Alex retrucou, enfatizando as palavras.

— Linda acabou de nos apresentar.

Elizabeth não acreditava no que ele estava dizendo, mas não lhe restava alternativa. Resignada, balançou a cabeça.

— Eu... eu não sei o que dizer.

O que era verdade. Elizabeth ficara sem palavras e a única coisa em que conseguia pensar era que Alex era o homem mais atraente que já conhecera em toda sua vida.

— Poderia começar tentando me fazer compreender por que me deu um nome falso, assim como seu endereço. E por que fugiu daquela maneira — ele sugeriu, controlando-se para não perder a calma. — Mas não agora. Nem aqui. Não acho que gostaria que Linda e a mãe soubessem como se comporta nas horas de folga, não é?

— Não é... Eu... normalmente me comporto... muito bem

— ela disse, na defensiva.

Deus, o que ele deve estar pensando que sou? Ele sabe muito bem que foi o primeiro homem em minha vida!, Eli­zabeth pensou.

— E acha que devo acreditar nisso? — Alex indagou, vi­sivelmente aborrecido.

— Mas... é verdade! — ela exclamou, olhando-o como se implorasse por seu perdão. — Tem que acreditar em mim!

Nesse instante, Linda e a mãe entraram com o chá.

— Você deve ficar sentada, Beth — Kathie Adams falou, apontando-lhe o sofá. — Aqui está, querida. Não temos licor, mas trouxe uísque. É melhor do que nada, não é, sr. Thiarchos?

— Sim. Veja se consegue fazê-la tornar pelo menos um gole.

Elizabeth tentou se livrar do copo, mas foi impossível. A contragosto, sorveu um gole mínimo do líquido forte que lhe fora imposto e imediatamente sentiu seu estômago embrulhar.

— Acho que vai começar a se sentir melhor, não é, srta. Haley? Estava muito quente lá embaixo — Alex comentou.

Quando Kathie serviu o chá, rapidamente Elizabeth pegou uma xícara e tomou um gole para tirar o gosto horrível da boca» Além do mais, havia o bebê...

Linda ficou olhando para ela por alguns momentos e, então, ao se certificar de que já estava melhor, virou-se para Alex:

— Muito obrigada — disse, e Elizabeth percebeu que aque­las palavras tinham sido muito difíceis de ser pronunciadas. — Obrigada por ter estado aqui, quando precisamos. Mas acho que seria melhor se fosse embora agora.

— Linda! — Kathie gritou. — O sr. Thiarchos é bem-vindo a esta casa e vai ficar para tomar chá conosco. — Virando-se para Alex, acrescentou: — Por favor, sente-se. Não sei o que deu em Linda. Ela não é assim mal-educada.

Alex tirou as mãos dos bolsos da calça.

— Obrigado, mas espero que possa me desculpar por não poder aceitar. E claro que agora não é a hora mais apropriada para discutirmos qualquer assunto, por mais importante que seja. Prefiro voltar num momento mais propício.

— Bem... se prefere assim...

— Você o ouviu, Kathie — declarou Linda. — Mas é melhor ligar antes de vir. O número do telefone está na lista.

Alex inclinou a cabeça, em sinal de saudação e respeito. Ao fazer o movimento, uma mecha de cabelos incrivelmente negros caiu sobre sua testa, o que Elizabeth percebeu de ime­diato.

Será que o bebê que esperava teria os cabelos iguais aos do pai? Era estranho pensar que seu filho teria sangue grego e inglês nas veias.

E, então, teve noção da extensão do que havia acontecido a ela. Até aquele momento, ficara tão ocupada pensando no futuro que se esquecera completamente de seu passado e seu presente. Esperava um bebê de Alex Thiarchos! E ele acabara de perder o filho! O que faria se descobrisse que ela estava grávida dele? Tentaria tirar o bebê dela?

Achava melhor contar-lhe tudo. Como poderia esconder aquele segredo que, naquele momento tão doloroso, poderia significar tanto?

Alex devia estar ressentido pelo que ela lhe fizera. Ou po­deria até nem acreditar que aquele filho era seu. Mas, mesmo assim, ele merecia a chance de fazer a escolha. Será que ela conseguiria viver com aquele segredo para o resto da vida?

Linda ofereceu-se para acompanhar Alex até a porta. Eli­zabeth manteve os olhos baixos. Ele estava indo embora, mas não tinha dúvidas de que voltaria no dia seguinte. Não era o tipo de homem que se esqueceria do que acontecera. Por al­guma razão ele ficara magoado com o que Elizabeth fizera. E não iria perdoá-la.

— E então? — perguntou Justine, sorvendo um gole de café. — Encontrou-se com alguém da família Thiarchos? Como eles são?

Elizabeth tinha ido até a casa da amiga, depois de passar mais de duas horas no supermercado.

— Eu... eu encontrei Alex Thiarchos quando ele foi até a casa de Linda — ela explicou, depois de concluir que não haveria mal nenhum em revelar aquilo. — Ele parecia... estar bem. Eu... não tinha muito o que conversar com ele.

— Será que estou certa ao perceber uma certa animosidade de sua parte em relação ao pai de Tony? Não gostou dele?

— Eu não disse isso — Elizabeth negou veementemente. — Quero dizer... não tenho uma opinião formada a respeito dele — mentiu. — Mas não aconselho Linda a ter qualquer espécie de relacionamento com aquela família.

— E por que não? Acho que ela teve sorte em se casar de verdade com um Thiarchos. Espero que tenha alguma com­pensação, financeira ou outra qualquer.

— Ela disse que não quer nada deles.

— E quando ela disse isso?

— Várias vezes. Linda amava Tony. De verdade. Mas... agora ele está morto... e... acho que ela só quer continuar a viver.

— Que tocante! — exclamou Justine, incrédula. — Mas com todos os comentários que andam circulando desde que o rapaz morreu, acho que ela merece bem mais do que simples palavras de consolo.

— Que comentários?

— Você não ouviu? Honestamente, Beth, às vezes acho que você anda por aí de olhos e ouvidos fechados. É lógico que você ouviu os boatos! Parece que Tony estava drogado... quando aconteceu o acidente.

— Não!

Não podia ser! Ela não podia acreditar. Linda não havia comentado que Tony estava envolvido com aquele tipo de problema. Ela confiara muitos outros segredos a Elizabeth e, certamente, teria contado se suspeitasse do que estava acon­tecendo.

— É verdade, Beth — Justine insistiu. — Não seja puritana. Sabe que as drogas circulam livre e impunemente pela uni­versidade. Como alguns jovens conseguem comprá-las, só Deus sabe. Mas Tony Thiarchos não tinha esse tipo de difi­culdade.

O que Justine dizia fazia sentido, mas Elizabeth não queria acreditar. Não queria pensar sobre o que Alex diria se ficasse sabendo daquilo. Já devia ter sido muito difícil para ele saber que não se tratara meramente de um acidente. Como reagiria se descobrisse que Tony estava sob o efeito de drogas no momento do acidente?

— Não... não pode ser verdade. Eles teriam descoberto... quando foi feita a autópsia. O atestado de óbito registrou trau­matismo craniano. Nada foi mencionado com relação às drogas.

— O dinheiro pode comprar muitas bocas fechadas, você sabia? Em todo o caso, isso não lhe diz respeito. Você só foi ao funeral com a garota porque ela pediu. Não interessa se o marido dela era ou não um viciado.

Elizabeth mordeu o lábio, nervosamente. Não gostava da maneira como Justine se referia a Tony.

— Acho que não deveria sair por aí espalhando esse tipo de boato que não tem nenhuma lógica. Pelo amor de Deus, não acha que eles já sofreram o bastante?

— Quem? A família dele? Beth, pessoas como eles não sofrem. Provavelmente é por culpa deles que o rapaz enveredou pelo caminho das drogas.

— Mas... você não tem certeza de que tudo ocorreu real­mente dessa maneira! — Elizabeth retrucou. Então, percebendo que teria muito trabalho em convencer a amiga do contrário, achou melhor mudar de assunto. — Quando... quando disse que você e Mike irão viajar?

— Na primeira quinzena de julho. Mas já respondi a essa mesma pergunta na semana passada. O que está acontecendo com você?

— Ah... sim... é mesmo. E por quanto tempo ficarão fora?

— Três semanas — respondeu Justine. — Gostaria de ficar mais tempo, mas Mike quer passar alguns dias descansando em casa.

Justine levantou-se e começou a preparar um café. Ao sentir o aroma espalhar-se pela casa, Elizabeth sentiu-se mal, com enjôo, e, antes que tivesse de explicar à amiga por que começara a sentir aversão por aquela bebida que adorava, achou melhor ir embora.

— Justine, preciso ir agora — disse rapidamente, levantando-se.

Precisa? — repetiu a amiga, estranhando aquela súbita pressa. — Você está pálida. Está se sentindo bem? — Justine perguntou, preocupada. — Não permita que esses aconteci­mentos interfiram em sua vida. Linda Daniels está se formando este ano, não é? Deixe que ela mesma se entenda com os Thiarchos. Pessoalmente, acho que eles a recompensarão fi­nanceiramente. A menos que ela esteja grávida.

— Grávida?! — Elizabeth exclamou. Aquilo ainda não lhe ocorrera. — Acha que ela está?

— Bem... é possível. E, se ela estiver, certamente vão querer exercer algum tipo de pressão. Afinal, Tony era filho único e deve ter sido muito traumatizante para o pai perdê-lo daquela maneira. — Depois de uma pausa, Justine acrescentou: — Você precisa tirar uns dias de folga, Beth, pois está muito abalada com o que aconteceu. Poderia sair de férias conosco. O que acha?

Durante o caminho para casa, Elizabeth ficou pensando nas palavras de Justine. Sim, ela precisava sair de Sullem Cross, o quanto antes. Mas a última coisa que desejava era fazer com que Justine se sentisse responsável por ela. Além do mais, se a amiga a pressionasse um pouco, seria capaz de revelar-lhe sobre a gravidez e, principalmente, sobre o pai daquela criança.

Ainda pensando sobre tudo o que conversara com a amiga, ela chegou em casa, em Albert Terrace, e para seu espanto encontrou Linda esperando por ela, sentada na varanda.

Elizabeth estacionou o carro, sentindo um friozinho no es­tômago, pois não tinha a mínima idéia do motivo daquela visita.

Havia três dias que não se viam... Desde que se encontrara com Alex na casa de Kathie Adams...

Linda levantou-se assim que Elizabeth abriu a porta do carro e caminhou rapidamente em sua direção.

— Oh, Beth! — exclamou, chorando.

— Linda! O que aconteceu? Quando chegou?

— Esta manhã — Linda respondeu. — Podemos entrar?

— Oh... sim... é claro.

Como regra, Elizabeth não convidava seus alunos para irem a sua casa. Se quisesse falar com eles, usava sua sala na uni­versidade, o mesmo se aplicando quando algum deles queria conversar com ela. Mas... aquela era uma situação excepcional, por isso abriu a porta e deixou a garota entrar. Elizabeth sabia que Linda não teria ido até lá se não fosse por um motivo muito forte.

Ao entrar, percebeu que a casa estava fria e úmida. Ime­diatamente, acendeu a lareira.

— Chá? — perguntou.

— Se quiser... — Linda respondeu, o olhar indiferente. Elizabeth preparou o chá em silêncio e, após colocar alguns biscoitos e pãezinhos na bandeja, disse:

— Vamos para a sala. É mais confortável e aconchegante.

— Está bem — a garota concordou. — Acho que está curiosa para saber por que vim até aqui.

— Sim... quero dizer, é que não entendo...

Ele quer que eu vá para a Grécia... conhecer a família dele — Linda começou a falar. Elizabeth sentiu-se estranha­mente aliviada. Então era aquilo?

— Está se referindo... ao pai de Tony, não é? — perguntou, já sabendo a resposta.

— É claro. Oh, Beth, ele insiste para que eu seja apresentada a todos os parentes de Tony, inclusive o avô, Constantine Thiar­chos. Já ouviu falar dele? Tony o odiava! — Linda caiu num choro convulsivo, deixando Elizabeth transtornada.

— Você não está exagerando? — perguntou, afagando os cabelos da amiga. — Tony não podia odiar o próprio avô!

— Ele odiava, sim — Linda retrucou. — Ele levou Tony a fazer o que fez. Nunca vou perdoá-lo por isso!

Elizabeth respirou profundamente. Era difícil dizer alguma coisa para convencer Linda do contrário.

— Sei como se sente. O acidente de Tony... o funeral... tudo isso foi demais para você. Mesmo assim, creio que se saiu muito bem. Portou-se com dignidade e é natural que esteja ressentida com tudo, mas...

— Não! — Linda interrompeu-a. — Você não entende. Não é tão fácil assim como pensa. Não estou procurando nin­guém para culpar pelo acontecido. Pode ser que eu nunca saiba o que realmente ocorreu naquele momento tão... Mas sei que Constantine Thiarchos estava sempre no encalço de Tony. Ele esperava muito do neto. E Tony... ele não suportou isso.

— Mas, Linda, ele teve você.

— Não desde o início. Nós só nos conhecíamos havia quinze meses — ela reclamou. — Queria tê-lo conhecido antes... antes que aquelas pessoas pudessem influenciá-lo.

Elizabeth estava confusa.

— Mas, Linda... eles eram a família de Tony!

— O quê? Oh, não! Não estou me referindo aos Thiarchos. :— Sua expressão tornou-se subitamente preocupada. — Re­firo-me às pessoas que o rondavam atrás de dinheiro.

Elizabeth encarou-a, séria.

— Está dizendo que Tony estava devendo dinheiro? Mas...

— Ele não podia ter problemas com dinheiro, não é isso que quer dizer? Mas ele tinha. É claro que Tony possuía uma infinidade de cartões de crédito e, por isso, podia comprar o que quisesse. Mas, infelizmente, as pessoas para quem ele devia não estavam interessadas nisso.

Elizabeth começou a compreender e ficou assustada com o que se formara em sua mente.

Subitamente, Linda pareceu entender que estivera falando demais. Com um longo suspiro, levantou-se limpando o rosto com as mãos e disse:

— Tenho que ir embora.

— Ainda não — Elizabeth falou, segurando-a pelo cotovelo. — Acho que é melhor me contar para quem Tony devia di­nheiro.

— Isso não importa.

— Importa, sim. Acho que tem alguma relação com drogas, não é, Linda? Tony era viciado?

— Não! — Linda gritou e, pela expressão de seu rosto, Elizabeth ficou convencida de que estava certa. — É verdade... precisa acreditar em mim. Eu jamais teria me casado com ele, se fosse um viciado, Beth. Por favor, não estou mentindo —Linda continuou, depois de uma breve pausa. — Tony... ele usou drogas... uma única vez. Mas... não conseguiu pagar.

— Linda...

— É verdade! Seu pai lhe dava uma quantia ínfima por mês — ela insistiu. — Meu Deus, desde que fiquei sabendo que ele devia dinheiro, dei-lhe tudo o que economizara traba­lhando na lanchonete. Mas, mesmo assim, não foi suficiente e nunca seria...

— Então, por que ele não entrou em contato com o pai? — Elizabeth sugeriu. — Tenho certeza de que se ele...

— Tony não podia fazer isso.

— Por que não?

— Porque... porque não — Linda respondeu, preparando-se mais uma vez para sair. — Você não os conhece, Beth. Não sabe como são. Se eles soubessem que Tony... que ele... bem, você sabe... teriam obrigado-o a sair da universidade e voltar para a Grécia. Eu e ele... nunca mais nos veríamos de novo.

— Pensei que você tivesse dito que o pai dele morava em Londres.

— Ele mora.

— Então...

— Alex Thiarchos não tem o controle dos negócios da fa­mília e sim seu pai, Constantine. E, acredite-me, ele faria com que Tony pagasse pelo que tinha feito.

— Tony disse isso?

— Sim, e sei que era a pura verdade.

— Como pode afirmar, se nunca havia conversado com Alex Thiarchos antes?

— Eu li uma das cartas que ele mandou ao Tony.

— Ele escreveu era inglês? — Elizabeth perguntou.

— Não, em grego. Tony traduziu-a para mim. Eram palavras horríveis, Beth. Depois disso, Tony passou a ser muito infeliz.

— Mesmo assim...

— Você não sabe como Tony se sentia — Linda interrompeu o que Elizabeth ia dizer. — Ele queria se dar bem com a família, mas não podia resistir à pressão.

Elizabeth balançou a cabeça, desconsolada, incapaz de en­contrar as palavras certas para serem ditas naquele momento. Então fora por aquilo que Tony...

Elizabeth não queria pensar naquilo. Era somente a profes­sora de Linda e aquela conversa não tinha nada a ver com ela.

— Não sei o que vou fazer — Linda choramingou. — Por que eles não me deixam sozinha? Quero fazer minhas provas e esquecer tudo isso.

— Linda... já parou para pensar no que Alex Thiarchos e Constantine podem estar sentindo? Eles também perderam Tony. E você era a esposa dele. É natural que eles queiram conhecê-la melhor.

— Bem... mas eu não quero conhecê-los!

— Isto é infantilidade de sua parte, Linda. — Após um pequeno silêncio, Elizabeth continuou: — Eles devem pensar que você... está grávida.

— Eu... não estou.

— Tem certeza?

— Eu... bem... sim, tenho. Ou melhor, acho que tenho — Linda balbuciou, ficando corada. — Prefiro acreditar que não, pois se estiver grávida eles vão querer cuidar de mim, não é mesmo?

— Sim... acho que sim...

Beth, desculpe por ter vindo incomodá-la. Mas eu não poderia conversar sobre isso com Kathie. Ela nunca entenderia. E não tenho mais ninguém... além de você.

— Linda, não tem importância. Venha sempre que precisar de alguém para conversar — disse Elizabeth, percebendo que a garota readquiria a autoconfiança.

— Você estava lá no funeral e depois na casa de Kathie, quando Alex Thiarchos apareceu. Viu como ele é. Entende por que não estou acostumada a lidar com pessoas como ele? Mas... ele foi simpático com você, amparando-a quando des­maiou. Ele gostou de você e acho que lhe daria ouvidos. Por isso... queria que conversasse com o pai de Tony. Sei que poderia dizer a ele, melhor do que eu, como me sinto!

 

 



  

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