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PREFÁCIO



PREFÁCIO

Alex a tinha visto assim que ela entrara na sala. Ele estava à janela, com um copo de bebida na mão, tentando encontrar uma desculpa para sair dali. Não gostava de reuniões como aquela e somente concordara em ir porque era aniversário de seu sobrinho e, segundo seu pai, alguém tinha de representar a família. De outra forma, teria recusado.

E, então, ele a vira. Na última meia hora, a atenção de Alex estivera voltada para aquela mulher que destoava completa­mente das outras ali presentes, muito mais jovens. Por isso, a notara de imediato.

Ela trajava um conjunto preto, de saia e casaco comprido, até a altura dos joelhos, e usava sapatos de saltos muito altos, em contraste com as outras pessoas, que estavam de tênis e t» mínimo de roupa possível.

Não que o traje dela não fosse atraente, ele pensou. Tinha um corte simples mas bem-feito, a saia ia até alguns centímetros abaixo de seus joelhos e era... totalmente transparente. Ao chegar, ficara parada na porta, por alguns segundos, e a luz que i elidia por trás dela deixara entrever, através da transparência tia roupa, suas pernas bem torneadas.

De repente, ele percebeu que nem sequer tinha visto o rosto dela. Na verdade, não estava muito interessado em nada que não fosse aquele corpo escultural.

Lá fora, a temperatura caía vertiginosamente, denunciando que viria uma forte geada.

Alex se mexeu, procurando encontrar uma posição melhor, e olhou para o conteúdo do copo que tinha nas mãos: era um líquido totalmente desconhecido, de cor verde. Christina, a namorada de seu sobrinho, havia dito que era um de coquetel de frutas.

Devia estar ficando velho, ele pensou, balançando a cabeça. Teria preferido um legítimo scotch, que não lhe provocaria dor de cabeça no dia seguinte.

— Olá! — alguém disse, interrompendo seus pensamentos.

Para o inferno!, ele pensou, decidido. Assim que encontrasse Nick, se despediria e iria embora. Já tinha comparecido e fizera sua obrigação.

Preparava-se para sair do canto onde ficara todo o tempo quando percebeu que a pessoa que o havia cumprimentado ainda estava ali, parada.

— Olá — respondeu, educado, quando percebeu que era a mulher de preto.

— Importa-se se eu ficar aqui com você? — ela indagou. Apesar de Alex estar determinado a não se deixar envolver, viu-se respondendo o contrário.

— Não... não.

— Parece estar sozinho, também — ela continuou, com um sorriso que deixava entrever dentes perfeitos e brancos. Alex já vira aquele mesmo tipo de sorriso dezenas de vezes, mas o dela lhe parecia espontâneo, sincero.

— E entediado — ele disse, sério, e ao notar que tinha falado demais emendou: — Desculpe, não quis ser rude.

A mulher de preto sorriu e Alex se deixou encantar por aquela beleza. Ela era realmente muito bonita. Diferente das mulheres de sua família.

Tinha a pele muito branca, grandes olhos azuis, nariz arrebitado, maçãs do rosto salientes, boca carnuda e sensual, cabelos negros até a altura dos ombros, encaracolados, e o queixo pequeno e determinado. Os cílios longos contrastavam com a maquiagem suave ao redor dos olhos.

Alex não entendia por que ela estava ali, com ele. Não que a tivesse encorajado, mas... Não podia dizer que era pela sua aparência, pois mesmo usando calça jeans e jaqueta de couro parecia muito diferente da maioria dos outros homens que ali estavam. Na realidade, parecia ser o mais velho de todos.

— Devo admitir que não gosto deste tipo de festa, também — a estranha mulher falou. Apontou para o copo que segurava o que continha a mesma mistura que Alex tomava. — O que acha que é isto?

Ele esboçou um sorriso.

— Fiquei sabendo que se trata de uma mistura mortal — hussuitou, e ambos caíram na gargalhada. — Melhor tomar cuidado.

— Qual o seu nome? A pergunta pegou-o desprevenido e Alex desviou o olhar do sorriso contagiante que começava a perturbá-lo. Eu... Meu nome é Alex... Alexander Thorpe — respon­deu, depois de um segundo de hesitação.

— Bonito nome — ela observou. — Eu sou Elizabeth... Kyan. — Estendeu-lhe a mão. — Prazer em conhecê-lo.

Alex segurou a mão dela, por mais tempo que o necessário, e não pôde evitar que aquele toque suave e firme lhe provocasse um ligeiro tremor.

Ela, por sua vez, parecia ter sentido o mesmo, pois não esboçara o mínimo gesto de quem queria livrar-se daquele contato. Ao contrário, fitara-o profundamente.

Alex foi o primeiro a interromper aquela situação embaraçosa

— E... então... quem você conhece? — ela perguntou, dando um gole em sua bebida.

— Não... não entendi...

— Nick ou Christina? — ela emendou. — Trabalho com a Chris e creio que ela nunca me falou a seu respeito.

— Não... Eu conheço o Nick... há muito tempo.

— Sei... Devo admitir que não sabia que Chris havia con­vidado tanta gente.

— Eu também... não — Alex respondeu, rindo. Ambos resolveram colocar o copo sobre a mesa ao mesmo tempo, ficando mais próximos um do outro, e Alex pôde sentir o perfume de Elizabeth. Era uma fragrância suave que mexeu com todos os seus sentidos. Os cabelos tinham o perfume de flores do campo e algumas mechas caíam-lhe no rosto.

Intimamente, Alex desejou enroscar seus dedos naqueles caracóis negros. Não, estou ficando louco, pensou. Há muito tempo queria ir embora dali e agora... estava relutante em sair. Alex podia imaginar o que seu pai diria se soubesse o motivo que retardava sua saída. Ele só lhe pedira que comparecesse rapidamente à festa. Apesar de a família tolerar o relaciona­mento de Nick com Christina Lennox, ninguém tinha dúvidas de que ele acabaria se casando com a mulher que o avô es­colhesse.

Não importava que Alex fosse contra o que o pai estava fazendo com os netos. Aquela era a maneira como ele costu­mava agir. Até mesmo com o irmão mais novo, que revoltara-se contra o desejo do velho, Alex fora incumbido de tentar con­vencê-lo de que seria melhor acatar as ordens do pai. Agira como o advogado do diabo, e era esse o motivo principal de ter comparecido à festa: tentar manter uma certa influência sobre Nick. E não se sentir atraído por uma mulher que, além de não estar devidamente vestida, nem sequer conhecia!

— Você já comeu? — As palavras saíram antes que Alex se desse conta.

— Não — ela respondeu. — Na realidade, estou sem comer desde manhã. Chris me falou qualquer coisa sobre um bufê. Espero que ainda reste alguma coisa...

— Se quiser... podemos sair daqui e... procurar um lugar onde possamos jantar. Eu não sei se concorda, mas... gostaria de tomar um pouco de ar fresco. Bem... não... não sei. - Eu sou um homem muito respeitador — disse ele, fingindo-se de ofendido. — E, quando eu digo que vamos jantar, é só o que vamos fazer. Não estou dando uma desculpa para levá-la para a cama. Ela sorriu.

— Não vai, mesmo? Bem... então adoraria jantar com você. Poderia me esperar um pouco enquanto me despeço de Christina?

O sobrinho de Alex não poderia ter ficado mais surpreso.

— O quê? Você vai levar uma completa estranha para... jantar?! — exclamou. — Mas... quem é ela? Me conta! Eu a conheço? Meu Deus, não acredito que você vai fazer isso!

— O nome dela é Elizabeth Haley e é amiga de Christina — declarou Alex. — Eu a convidei apenas para jantar comigo. Nada mais.

— Eu já deveria saber. Ela sabe quem você é? Você lhe contou?

— Ela só sabe que sou um homem que a convidou para jantar. Isto já é o suficiente — Alex respondeu, contrafeito.

— Mas... se ela soubesse...

— Ela não vai saber — ele interrompeu, visivelmente irritado.

— Como pode ter tanta certeza?.

— Eu não a pedi em casamento, Nick. Não me venha com essa conversa. Você é muito jovem para tentar dar algum con­selho para alguém muito mais velho que você, com idade su­ficiente para ser seu pai.

— Até parece! — retrucou Nick, indignado.

— É isso mesmo! Eu fui um adolescente muito ajuizado. Agora, divirta-se, Nick, e não se preocupe comigo.

Elizabeth esperava-o no hall do elevador e havia colocado um casaco verde-escuro que quase lhe chegava ao tornozelo. Somente sua cabeça estava desprotegida.

Ela está preparada para uma geada, pensou Alex.

Elizabeth passou os dedos nos cabelos, ajeitando-os, assim que viu Alex se aproximar. Ocorreu a Alex que aquele poderia ser um mero gesto nervoso.

E por que não?, perguntou-se. Afinal, ela sabia tanto dele quanto ele a respeito dela.

— Falou com Christina? — ele perguntou, abrindo-lhe a porta.

— Chris? Oh, sim — Elizabeth respondeu, sentindo um arrepio percorrer-lhe o corpo. — Está muito frio. Tem certeza de que estará bem sem um casaco?

Alex fechou a porta do elevador e olhou-a seriamente. Como ia a todo lugar de carro, não se preocupava com agasalhos, mas ela... talvez não tivesse um e andasse de ônibus ou metrô. Alex estremeceu. Logo não daria mais para esconder sua verdadeira condição. Tinha sido relativamente fácil manter-se no anonimato, na casa da namorada de seu sobrinho. Por sorte, as pessoas ali presentes haviam-no ignorado por completo, além de estarem todos vestidos mais ou menos da mesma ma­neira. Mas quantos deles haviam ido à festa numa... Ferrari?! Assim que chegaram à calçada, o vento frio de março fus­tigou-lhes o rosto. Alex examinou atentamente as alternativas que possuía: poderia dizer que havia bebido um pouco a mais e que achava melhor irem de táxi. Não seria assim tão difícil arranjar um àquela hora.

Também poderia sugerir que fossem andando a pé, até o shopping, onde certamente haveria vários restaurantes. Era so­mente a duas quadras dali... Ou, o que era mais razoável, pegar o carro e levá-la a um hotel de categoria, onde o restaurante fosse famoso por seus pratos deliciosos. Poderia alegar que estava com o carro de um amigo...

— Meu carro está logo ali — Elizabeth disse, cortando os pensamentos de Alex.

Por um momento ele não entendeu o que ela havia dito. Mas Elizabeth apontava para um Peugeot azul-escuro, parado lautamente... na frente da sua Ferrari!

Elizabeth abriu o carro e, ainda relutante, Alex viu-se dando a volta para sentar-se no banco do passageiro, não sem antes passar os dedos pela Ferrari, num mudo gesto de despedida.

Alex ajeitou o banco e olhou para ela.

— Sinta-se à vontade, Alex. O cinto de segurança está atrás de você. — Olhou para trás e exclamou: — Por que será que ainda existem pessoas que costumam parar tão colado no carro da frente? Vou ter de fazer milhões de manobras para conseguir sair daqui!

Alex recusou-se a olhar para seu carro. Sabia que o havia deixado muito próximo. Mesmo assim, Elizabeth manobrou o Peugeot com extrema desenvoltura.

Ele estava tão imerso nos próprios pensamentos que não percebeu o caminho que Elizabeth fazia. Mas, subitamente, percebeu que cruzavam o rio e que aquele não era o caminho que deveriam pegar. Alex sentiu um frio percorrer-lhe o corpo, no mesmo tempo que sentia o sangue pulsar acelerado em «uns veias.

Sabia ser perfeitamente capaz de se defender dela, se preciso fosse. Além do mais, se ela o estava seqüestrando, precisava acreditar que pegara o homem errado.

Mas... e se ela tivesse cúmplices? Se ela parasse logo e houvesse mais pessoas esperando por ele? Precisava pensar em alguma coisa, urgente.

Antes que pudesse esboçar qualquer gesto, Elizabeth sina­lizou e entrou à direita, numa ruazinha estreita com construções mi estilo vitoriano dos dois lados.

— Estamos perto — ela disse, virando-se e abrindo um sorriso faceiro.

— Perto do quê?! — Alex indagou, com receio da resposta.

— Do meu apartamento — Elizabeth respondeu, entrando na garagem de um pequeno prédio antigo. — Pensei em pre­parar o jantar para nós. Você se importa?

Você?!

— Sim. Pode parecer estranho, mas sei cozinhar. Nada muito especial, porém tenho certeza de que vai gostar.

Alex sentiu-se um perfeito tolo. Ela estava no controle da situação. Se tivesse lhe dito logo que era o dono da Ferrari parada atrás do carro dela, ele se encontraria numa posição bem melhor. Elizabeth estava decidindo tudo e cabia a ele gostar ou não.

Alex balançou a cabeça. Poderia chamar um táxi, mas isso pareceria grosseiro. E, na realidade, não era o que desejava fazer. Além do mais, se ela estava disposta a receber um es­tranho em sua casa...

— Está falando sério? — ele indagou.

— Claro! Você não é nenhum bandido ou coisa parecida, não é?

— Acha que, se fosse, eu lhe diria? Elizabeth mordeu o lábio inferior.

— Acredito que não.

— Mas fique tranqüila, porque não sou — ele retrucou, abrindo a porta do carro. — Vamos?

O prédio não possuía elevador e, ao chegar ao terceiro andar, Alex não pôde conter um desabafo.

— Alguém precisa ensinar a esses ingleses que é necessário instalar elevadores nos prédios com mais de um andar.

— Por que diz isso? Não é inglês?

— Bem... mais ou menos... quero dizer... só de um lado.

— Ah... Entre, por favor.

— É muito... aconchegante — observou Alex.

— Sim, mas é alugado.

— Você mora sozinha?

— Eu... sim — ela respondeu, após hesitar. Entrou rapida­mente na cozinha e, de lá, perguntou: — E, então, o que gostaria de comer? Tenho carne, frango e pizza congelada. Ou, quem sabe, prefere ovos fritos?

— Pizza é uma ótima idéia — Alex disse, percebendo que sobre a mesinha de fórmica havia um microondas. Seria mais fácil descongelar a pizza e depois assá-la. — E você, o que quer?

— Para mim também está ótimo — ela concordou, retirando a embalagem do freezer.

Alex puxou um banquinho e sentou-se, observando-a se mo­vimentar pela cozinha.

— Você trabalha fora? O que faz? — perguntou, olhando-a curioso.

— O que acha que faço?

— Não sei. Mas, com certeza, deve ser algo muito... glamouroso. Talvez... modelo.

— Isso é um elogio?

— Se assim o desejar...

— Eu... eu compro e vendo... roupas. É isso.

— Uma mercadora de moda? — ele indagou, surpreso. Elizabeth sorriu, gostando da definição de Alex.

Sim. Quer beber alguma coisa? — ofereceu. A princípio, Alex pensou em recusar, pois teria de voltar onde deixara seu carro e dirigiria até sua casa. Mas pensou melhor e resolveu aceitar, já que na festa de Nick havia bebido um copo daquele estranho coquetel. O que você sugere? — indagou. Bem... tenho somente uísque — ela respondeu, enver­gonhada por não ter mais opções.

Elizabeth foi até o armário da saía e serviu dois copos. Em seguida, voltou à cozinha e colocou uma pedra de gelo em um.

— Você trabalha em Londres? — ela perguntou, caminhando com os copos na mão em direção à sala.

— Em parte — Alex respondeu, seguindo-a.

— Como assim? — Elizabeth sentou-se no sofá e convidou-o com um gesto de mão a fazer o mesmo.

— É que... é que eu viajo muito — Alex disse depois de decidir que não precisaria mentir com relação a seu trabalho.

— Sabe como é a vida de um caixeiro-viajante... um dia aqui, outro ali...

Elizabeth levantou-se, pegou a garrafa de bebida e comple­tou o copo de Alex. Ao se abaixar, o decote de sua blusa permitiu que Alex visse que não estava usando sutiã.

Mas... que tipo de mulher era aquela? Parecia tão inocente e, no entanto, se comportava como uma... uma...

Meu Deus, ele pensou, desesperado, qualquer movimento dela tinha o poder de perturbá-lo profundamente.

— O que você vende? — Elizabeth quis saber.

— Azeite — Alex respondeu rapidamente. — Azeite de oliva. Nós importamos da Grécia... muitos barris...

— Que interessante! O apartamento estava ficando quente e acolhedor e, num

relance, Alex percebeu que era bem mais aconchegante do que achara ao chegar. Olhou com atenção para os móveis e os lustres, depois levantou-se e tirou a jaqueta, sentindo-se agitado por aquela estranha sensação.

Era realmente muito reconfortante estar sentado ali, na com­panhia de uma bela mulher e sentindo o cheiro agradável de pizza sendo assada. Tentou relaxar e respirou profundamente, mas seus olhos, mais uma vez, foram na direção de Elizabeth. Gostava do modo como ela se movimentava e da luz que refletia em seus cabelos.

Ela parecia inocente e experiente ao mesmo tempo e, com o passar dos minutos, Alex sentia que estava ficando dominado pela sensualidade que emanava dela. Tomou mais um gole do uísque, como se quisesse espantar tais pensamentos.

— Quer mais um pouco? — ela perguntou, se aproximando e encostando-se a seu lado.

— Está tentando me embriagar? — Alex perguntou, esboçando um lindo um sorriso.

O que ela queria dele? Por que o tinha levado até sua casa?

Elizabeth retribuiu o sorriso, colocando seu copo na mesinha A frente deles, sem ter dado um gole sequer na bebida. Ao fazer isso, os braços de ambos se tocaram por uma fração de segundo, mas o suficiente para Alex sentir um arrepio percorrer-lhe a espinha.

— O que diria se eu tivesse essa intenção? — ela perguntou.

— Depende do motivo que a levasse a fazer isso — Alex retrucou após pensar no significado daquelas palavras. — Não acredito que queira me seduzir. Uma mulher como você não precisa deixar um homem alcoolizado para... para... bem... você sabe do que estou falando, não é?

— Será? Continue, pois gosto desse seu jeito... provocante do falar.

— Mas... não... não estou falando assim!

— Então... no que está pensando? Quero saber... você gosta de mim, não é? Eu lhe agrado?

— Você... está... está louca! — ele exclamou, atordoado pela sinceridade de Elizabeth.

— Só porque quero saber o que está pensando sobre mim? ela indagou, pousando a mão na perna de Alex. — Você quer... me beijar?

Alex sentia que todo seu corpo estremecia involuntariamen­te. Se ela não se afastasse logo dele... Bem... quero dizer...

— Isso significa... que sim. Por que não o faz logo? Alex sentiu que estava perdendo o controle.

— Eu... eu acho que você deveria dar uma olhada na pizza — balbuciou, completamente confuso com o rumo que a con­versa tinha tomado.

— Pois eu prefiro olhar para você — ela respondeu, pas­sando a mão no rosto de Alex. — Aposto que precisa se barbear duas vezes ao dia.

— Elizabeth...

— Liz.

— Liz... acho que não deveríamos...

— Por quê? Não gosta de mim?

— É claro que sim. Mas...

— Então... — Elizabeth olhou para ele profundamente e acrescentou: — Quanto antes nos entendermos, melhor. — Fez um movimento circular com a ponta do dedo sobre a coxa de Alex. — Acho que precisamos de mais um drinque.

— Não! — Alex então percebeu que falara alto demais.

Tinha bebido em demasia. Sabia que poderia mexer a mão e afastar a dela de sua perna, mas o difícil seria fazer com que seu cérebro enviasse tal mensagem.

— Eu vi... você me olhando... lá na festa — ela sussurrou, aproximando-se mais. — Notei assim que. cheguei... pois você é muito atraente.

Alex tentou sorrir para não demonstrar o estado de agitação em que se encontrava.

— Quem?! Eu?! Acho que está se referindo a outra pessoa.

— Não, não estou. Você já teve muitas mulheres?

— Não tantas quanto pensa.

— E casado?

— Não — ele se viu respondendo, quando na realidade queria dizer "não mais". — isso... é muito bom. — Elizabeth soltou um longo suspiro, como se sentisse aliviada. — Posso beijá-lo?

Alex sentiu-se como um verdadeiro adolescente em seu pri­meiro encontro. O perfume dela deixava-o atordoado e seus pensamentos completamente confusos.

— Muito bom — ela sussurrou, encostando seus lábios nos de Alex, ao mesmo tempo que as mãos deslizavam pelo peito másculo.

Alex, após hesitar um pouco, segurou-a pelos ombros, olhando-a.

Por um instante Elizabeth pensou que ele fosse empurrá-la, mas Alex puxou-a para mais perto e pôs-se a beijá-la sofregamente.

Ele nunca beijara antes uma mulher que houvesse corres­pondido tão intensamente quanto Elizabeth naquele momento. Sabia que estava totalmente dominado pelo desejo.

Ela correspondeu com intensidade quando Alex passou a acariciá-la com mais ousadia. Ele enfiou a mão por baixo da blusa que ela usava e, ao encontrar os seios tão macios, soltou um longo suspiro. Então levantou-lhe a blusa e passou a beijar e mordiscar os bicos dos seios, provocando em Elizabeth lon­gos suspiros de prazer.

Quando Alex começou a acariciar-lhe as pernas, foi pron­tamente encorajado por ela, que se deitou no sofá.

Nesse instante, ele tentou se desvencilhar sutilmente de Elizabeth, mas não conseguiu, pois ela o agarrara com uma urgência impossível de se negar.

Isto é loucura, pensou. Nem sequer a conhecia direito. O que aquela mulher estava querendo dele?

Ambos estavam totalmente perdidos, um nos braços do outro. Seus carinhos foram se intensificando e, após alguns mi­nutos, estavam completamente nus, sem ter a menor consciên­cia de como haviam chegado até ali.

— Você... é linda — Alex murmurou, beijando-a no ventre. — Oh... Maravilhosa... E seu corpo é... delicioso...

— E... todo seu — ela murmurou, mordendo a ponta da orelha de Alex.

Seus corpos combinavam perfeitamente, e ela, mesmo inex­periente, ajudou-a a atingir a plenitude daquele ato.

Alex soltou um gemido forte de prazer, no que foi pronta­mente seguido por Elizabeth.

Quando a respiração de ambos começou a voltar ao normal, ele olhou-a por um instante e indagou:

— Por que... não me contou... que... bem... que era virgem?

— Faria alguma diferença?

Alex sabia que não. Teria sido impossível se controlar, ta­manho o desejo que ela despertara nele.

— Depende... do que espera de mim — ele disse, por fim.

Elizabeth sorriu.

— Eu... só queria... seu corpo — retrucou. — Agora... posso

me levantar? Preciso ver a pizza.

— Ainda não... — Alex falou, beijando-a, sentindo que o desejo voltava a invadi-lo.

— Você... não pode... — ela tentou protestar.

— Veremos...

 

 



  

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