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Capítulo VIII



Capítulo VIII

       O Mercedes deslizava pelas ruas quase desertas. Apesar de saber que estava agindo como um louco ao atravessar a velocidade permitida, Oliver não fez a menor menção de diminuir.

       Era tão bom sentir-se livre, por sua própria conta, longe de Rose Chen e de sua presença que começava a perturba-lo. E se não era por culpa dela que estava se sentindo daquela maneira, então devia estar acontecendo alguma coisa de errado.

       “ Acho que já sei o que pode ser”, Oliver pensou.

       A caminho de Sutton Magna, ele via a sua frente aquele rosto incrivelmente bonito, os cabelos longos, mais parecidos com uma cascata de águas cristalinas.

       Oliver balançou a cabeça, como se isso pudesse espantar os pensamentos.

       Ele podia até imaginar como o general Lightfoot iria reagir se soubesse que seu funcionário mais dedicado estava a ponto de cometer uma loucura por conta de seus hormônios. Mesmo se ele suspeitasse que Oliver estava deixando seu relacionamento com Rose Chen de lado, porque se interessara por outra mulher, o general Lightfoot não o perdoaria.

       “ Mas, Deus! Quantas noites passei em claro pensando em como seria se apaixonar por uma mulher especial...”

       Ele era muito esperto para não agir com impulsividade e muito velho para se deixar envolver em sonhos.

       O fato era que estava arriscando por causa de uma mulher que o queria ver pelas costas. Ou, pelo menos, agia como se fosse o que queria. Uma mulher que já estava envolvida com outro homem. E aquele homem suspeitava de suas verdadeiras investigações.

       Oliver de um murro no volante do carro.

       Se Robert não estivesse envolvido, tudo seria muito mais fácil. Mas será que ele era tão ingênuo quanto parecia ser? Afinal, era filho de James Hastings! Quem poderia estar mais apto a tomar o lugar do pai, do que seu próprio filho? As gêmeas eram muito jovens, claro. E, além delas, não havia mais ninguém, exceto Rose...

       Oliver apertou os lábios. Na realidade, ele não tinha nenhuma evidência concreta de Rose Chen estar envolvida na conexão. Mas, diferente de seu irmão, nela não havia nada de ingênuo e Oliver não tinha dúvida de que estava envolvida. Ainda estava envolvida, pelo que ele pudera descobrir.

       Por exemplo, suspeitava que Rose Chen era a única, além de James Hastings, a saber o que continha o disquete de computador que ela estava verificando no escritório, depois que já havia fechado tudo, na noite anterior. Oliver só conseguira ver a distância, mas parecia ser algo muito importante, pois Rose Chen não saíra da frente do computador, enquanto imprimia algumas folhas.

       Oliver tinha certeza de que ali estavam as respostas às suas perguntas. Se ele, ao menos, tivesses oportunidade de ler aquilo...

       Tinha sido uma boa oportunidade ir procurar Rose Chen no escritório, àquela hora. Ele a vira mexendo no computador, quando nem sequer desconfiava que ela soubesse manejar um. E, no instante em que Rose percebeu a presença de Oliver, tratou de tirar o disquete do computador, guardando as folhas numa gaveta, que depois trancou e jogou a chave dentro da bolsa. Isso só servira para confirmar suas suspeitas. Para uma pessoa que não estava procurando problemas, seu comportamento tinha sido muito estranho, a maneira como olhara para ele era reveladora.

       Oliver acreditava que Rose Chen estava completamente envolvida com o que estava lendo, pois perdera a noção de hora. Mas cometera um grande erro: tinha provado que tinha algo a esconder.

       Apesar de Oliver saber que Rose Chen confiava nele, ela não suspeitaria de que ele poderia usar o que quer que descobrisse contra ela.

       Mas Oliver, no momento, estava mais preocupado com o jantar que poderia estar perdendo, do que com o que Rose Chen pudesse estar fazendo.

       O que poderia fazer se ela colocara o disquete dentro da bolsa, junto com a chave da gaveta onde guardara o que imprimira?

       Desde aquele momento, Oliver não tinha mais visto o disquete, apesar de ter procurado por todo o apartamento e conseguido uma cópia da chave da gaveta, deixando tudo exatamente como havia encontrado. Principalmente no escritório, onde poderia ter sido interrompido a qualquer instante.

       Mas ele tinha feito o serviço, enquanto Rose Chen estava com Maurice Willis, da loja de antiguidades Willis, um dos clientes mais constantes, que costumava comprar muitos objetos de outro e bronze dos Hastings. Só Oliver sabia que Willis não era um dos maiores clientes... pelo menos não nos negócios com James Hastings, que o tornaram milionário. Os clientes de Hastings eram homens mais velhos, pelos quais se passaria na rua sem notar-lhes a presença.

       Mesmo assim, as investigações de Oliver não o estavam levando a nada. Não havia encontrado nada e deduzira que se Rose Chen ainda estava com o disquete, provavelmente deveria carrega-lo o tempo todo na bolsa. Além do mais, ele não nenhuma prova concreta de que o disquete continha algo que incriminasse as empresas de Hastings.

       James Hastings tinha estado à frente dos negócios por mais de quinze anos e nunca acontecera nenhum fato que pudesse chamar de incriminador.

       Esta era a razão pela qual estava na Inglaterra, Oliver pensou. O coronel não era nenhum tolo, e sabia que a melhor maneira de descobrir alguma coisa de alguém, era se aproximar de um de seus mais próximos colaboradores. Por isso, Oliver se envolvera com Rose Chen. E fora naquela noite em que estivera perto de lhe confessar algo, nunca mais havia acontecido nada nem parecido. Oliver sabia que, se jogasse as cartas certas, tudo seria uma questão de tempo, até que Rose Chen passasse a confiar nele cegamente. Se Robert Hastings não estava envolvido nos negócios escusos do pai, quem mais poderia estar? Além do mais, ela estava apaixonada... e uma mulher apaixonada...

       Oliver balançou a cabeça. Sabia que começara a se esquecer de sua obrigação, por causa de uma mulher quem nem sequer notava sua existência. Ele não tinha ilusões a respeito do que Fliss pensava sobre ele. Ela pode ter correspondido aos beijos, pode ter perdido a compostura, mas conseguira mantê-lo longe de seu caminho.

       Fliss estava contente com a vida que levava e não queria ter nenhum caso. Mas, querendo ou não, seu mundo já estava mudando e, uma vez que as autoridades conseguissem juntar as provas necessárias, Robert, Amanda e outros Hastings não poderiam impedi-lo de chegar até o fim.

       “ Então... o que estou fazendo aqui?”, Oliver se perguntou. “ Aconteça o que acontecer, Fliss não vai querer me ver de novo, antes ou depois... Ela está sempre pronta pra me acusar do que quer que seja! Se comento alguma coisa sobre seu relacionamento com Robert Hastings, diz que o ama e que só estou querendo estragar tudo, que não vai perdoar ninguém que destrua o que é dele por herança.”

       Oliver encolheu os ombros. Ele já sabia de tudo isso: como um veterano de guerra sabia que não tinha nada em comum com a filha de um pastor, apesar de não conseguir ficar longe dela por muito tempo. Ele estava arriscando seu relacionamento com Rose, seu emprego, talvez até sua vida, se alguém do outro lado da operação desconfiasse do que estava acontecendo ali, em Sutton Magna. E não havia nada que ele pudesse fazer.

 

 

       Um pouco antes das onze, Oliver entrou na avenida principal de Sutton Magna. O tráfego no vilarejo àquela hora não era muito intenso e ninguém parecia perceber o Mercedes reluzente. Oliver só esperava que Amanda Hastings não decidisse ir às compras naquele dia.

       A igreja era do outro lado do vilarejo, já na saída para outra cidadezinha. Um velho estava cuidando dos jardins assim que Oliver estacionou o carro.

- Por favor, a srta. Hayton está? – ele perguntou, sem sair do carro.

- A srta. Hayton? – o velho repetiu.- Oh, sim, você quer dizer... Fliss, não é? Sim, ela está em algum lugar por aí, pois acabou de em trazer um café.- ele apontou para a xícara vazia.- Era exatamente o que eu estava precisando. Você sabia que...

- Desculpe... vou entrar e ver se a encontro – Oliver interrompeu-o, polidamente.- Muito obrigado – acrescentou, abrindo a porta do carro. Depois sentindo-se culpado por ter tratado o velho daquela maneira, disse:- Bom trabalho.

- Com esse calor... – o velho falou, levantou a mão.- você é o americano que veio tomar chá com o reverendo dias atrás, não é?

Oliver murmurou algo ininteligível. Ele tinha se esquecido de que em cidades pequenas as notícias correm depressa. Todos sabem tudo da vida de todos. Em Maples Falls, Virgínia, não se podia bater um prego na parede, sem que a cidade inteira soubesse que havia comprado um quadro novo.

- Sim...- ele respondeu, contrariado, enquanto apertava a campainha no portão.

Fliss atendeu e Oliver seria capaz de apostar que ela sabia quem era , antes mesmo de abrir a porta.

- Olá – ele gritou, pensando em como era gratificante poder vê-la de novo. Ela usava um conjunto de calça e camiseta simples, mas eu lhe davam um ar elegante, deixando entrever as curvas bem-feitas e as pernas bem-torneadas. Prendera os cabelos num rabo-de-cavalo o que lhe dava um ar juvenil.- Surpresa em me ver?

- Não exatamente.

- Mas é bom ou mal? Esperava por mim?

Fliss respirou fundo e Oliver percebeu que ela estava constrangida.

- Eu tinha receio de que voltasse – ela disse, fria.- o que quer?

Oliver abriu o portão e deu um passo em direção à varanda.

- Preciso responder? – ele perguntou.- Como vai? E seu pai?

- Acho que você não espera que eu acredite que realmente se importa – ela retrucou.- Mas ele está muito bem... assim como eu estava, antes de você chegar.

- Não precisa em agredir, guarde suas armas. Achei mesmo que devia estar furiosa comigo, por eu ter lhe oferecido uma carona naquela noite. Mas você não tinha nem casaco ou... um guarda-chuva!

- Sua preocupação foi desnecessária. Será que não lhe ocorre que eu não iria querer estar no mesmo carro com aquela que você chama de namorada?

- Rose? – ele perguntou, se aproximando.- Admito que ela sabe ser inconveniente e grosseria, às vezes.- Oliver fez uma pequena pausa, antes de acrescentar:- Ela só está com ciúme.

- Arrogante...

- De você, Rose nunca encontrou ninguém como você antes. Acho que posso dizer o mesmo

- Aposto que sim. – O rosto de Fliss estava vermelho e quente. – E se você acha que falando essas coisas...

- Eu não vim até aqui para brigar.

- E para que veio?

- Para vê-la. – Oliver admitiu.

Houve um pequeno silêncio, enquanto Oliver se aproximava mais de Fliss.

- É melhor você entrar – ela murmurou, como se só agora tivesse percebido o velho jardineiro.- meu pai não está aqui... está na igreja, conduzindo a comunhão de todas as quartas-feiras de manhã. Não vai voltar antes do meio-dia...

Oliver hesitou por um instante, antes de segui-la. Fliss entrou primeiro e segurou a porta.

O coração de Oliver batia descompassado.

Ela era ainda mais bonita do que se lembrava, tão pura...

Queria abraça-la e possuí-la, mantê-la a salvo de qualquer problema. Não somente de Robert ou de Rose, e da confusão que James Hastings havia deixado atrás de si. Mas dele mesmo, Oliver tinha medo de magoá-la.

Sabia que Fliss se arriscara muito ao convida-lo para entrar, alguém poderia tê-lo visto e espalharia pela vila o que estava acontecendo. Sua visita era, sob todos os pontos de vista, perigosa para a reputação de Fliss.

Mas, no momento, tudo o que realmente importava era que ele estava alie ela também. E que Deus os ajudasse, pois seria impossível manter as mãos longe dela.

Recusando-se a ouvir a censura que vinha de sua consciência, Oliver fechou a porta, sem conseguir tirar os olhos de Fliss. Lentamente, inclinou a cabeça e roçou-lhe os lábios, que não ofereceram a menor resistência.

- Você sabia que eu vinha, não é? – ele perguntou, ainda beijando-a- Não consegui pensar em outra coisa que não fosse vocês nestes últimos quinze dias. Desde que a vi pela primeira vez...

Fliss correspondeu aos beijos que se sucederam, sem pensar nem por uma única vez no que estava fazendo.

- Não acredito... – ela murmurou, tentando se soltar dos braços de Oliver.

- É verdade – ele respondeu, apertando-a nos braços.- só por que agi como um tolo na casa dos Hastings, não pode pensar que eu não me lembro do que aconteceu entre nós.

- Mas Rose...

- Para o inferno com Rose! – ele exclamou.- Eu estava com ciúme. Será que não percebeu isso? Cada vez que aquele idiota a tocava... eu queria mata-lo!

- Não...

- Sim! – Oliver segurou o rosto de Fliss entre as mãos, obrigando-a a encara-lo. – e você sabe disso. E por isso estamos aqui... não está mais lutando contra mim.

Fliss sentiu um estremecimento.

- Estou tão confusa...

- Ambos estamos. – Oliver beijou-s ternamente dos dois lados do rosto.- Oh, querida, eu a desejo tanto.

- Não...

- Sei que esta noiva daquele imbecil, mas não é importante, não é?

Oliver sabia que tinha ido longe demais, quando Fliss libertou-se de sues braços.

“ Eu fui um idiota! Por que fui lembra-la de seu compromisso com Robert?”

- Não – ela murmurou.- não é mais importante. Não sei o que quer de mim, mas sou uma tola em deixar você entrar aqui e ainda mais tola em pensar que posso confiar em você.

- Mas você pode confiar em mim!

- Por quê? Por me fazer trair Robert? Para acabar com meu casamento, só porque você tem alguma coisa contra ele?

Oliver respirou fundo.

- Não tenho nada contra Hastings – ele protestou. Mas seria verdade? Não seria exatamente aquilo que ele tinha?

- Seja o que for – Fliss insistiu.- Quero que vá embora.

Fliss tinha uma dignidade que Oliver não podia negar.

- Espere! Não faça isso.

- Fazer o quê? – Fliss perguntou, encarando-o – Você já disse para que veio até aqui, sr. Lynch. Já teve sucesso em me humilhar novamente. Está satisfeito?

- Não – ele respondeu, percebendo o que Fliss estava querendo dizer. – ainda nem cheguei perto – Oliver falou, se aproximando.

Novamente seus lábios se uniram num beijo urgente, doce e cheio de desejos que Fliss não conseguia evitar.

Oliver acariciava-lhe as costas e, lentamente, foi descendo em direção à cintura de Fliss. Ela arquejou de prazer quando as mãos de Oliver tocaram-lhe delicadamente.

Fliss sabia que era uma loucura, mas não conseguia pedir-lhe que parasse. Nu fundo, não queria que Oliver deixasse de beija-la e acaricia-la nunca mais.

Quando Oliver apertou-a com mais força, Fliss sentiu algo estranho entre suas pernas e no mesmo instante compreendeu o que estava acontecendo.

- A sra. Neil? – ele perguntou, entre as caricias.

- Ela não está, a filha dela está doente... beije-me – ela pediu, agarrando-o pelo pescoço.

Fliss não conseguia mais resistir. Queria que ele a amasse como sempre tinha imaginado. Co, ternura, carinho, amor... Mas será que ele a amava, assim como ela acabara de descobrir que o amava?

- Vamos encontrar um lugar mais confortável – Oliver sugeriu, pegando-a nos braços. Como já sabia onde era a cozinha, ele subiu as escadas, sem deixar de beija-la nem por um instante.

Assim que viu a porta do quarto aberta, ele olhou para dentro.

Não. Com certeza este é o quarto do reverendo, ele pensou, continuando a caminhar pelo corredor. A segunda porta, também aberta revelava que era ali o quarto de Fliss, por causa da decoração extremamente feminina.

- Você é linda – ele murmurou, enquanto a colocava na cama.- Mas já sabia disso, não é? Você é a mulher mais linda que eu já vi em toda minha vida.

- Eu não sou linda – Fliss retrucou, quase sem fôlego.

Oliver não queria pensar que ela já tivesse feito amor com outro homem. Pela primeira vez, estava em perigo e poderia acabar se esquecendo da própria identidade.

Cobrindo o rosto de Fliss

Com beijos cada vez mais ardentes, Oliver enfiou a mão por baixo da camiseta, procurando com avidez o lugar onde poderia abrir-lhe o sutiã, o que aconteceu em fração de segundo.

Os seios de Fliss eram firmes e macios ao toque, levando-o à loucura. Num movimento, ele baixou a cabeça e passou a acariciar-lhe os mamilos, provocando reações inimagináveis em Fliss, que se contorcia de prazer.

Mas não era suficiente. Ele tinha que ver o resto do corpo dela. Lentamente, tirou-lhe a camiseta, enquanto continuava a beijar-lhe.

Fliss soltou um gemido débil, como se com isso quisesse demonstrar que estava protestando pelo que Oliver acabara de fazer. Ao mesmo tempo, afastou as pernas, para que o corpo de Oliver pudesse se ajustar mais perfeitamente.

- Fique calma – ele pediu, com a voz terna. Quando a viu de olhos fechados, Oliver parou o que estava fazendo. Apesar de seu desejo urgente, Fliss precisava olhar pra ele, precisava saber que a havia levado àquele estado de torpor e abandono, com os cabelos esparramados sobre a cama, dando-lhe um ar quase etéreo.

Oliver pegou uma das mãos de Fliss e levou-a aos lábios, beijando-a ternamente, fazendo com que ela abrisse os olhos. Ela piscou por um momento e depois olhou-o fixamente.

- Você é tão grande – ela murmurou, ao ver que ele também havia tirado a camisa. Metade de seu corpo ansiava pelos carinhos de Oliver, mas metade de seu cérebro pedia pra que ele não continuasse.

- Agora você sabe quem fez isso com você – ele disse, beijando-a.

- Eu sei... Você quer me beijar de novo?

- Acho que eu vou ter que fazer mais do que isso – Oliver respondeu.- oh, Fliss, não posso esperar mais... preciso, quero estar dentro de você...



  

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