Хелпикс

Главная

Контакты

Случайная статья





Os Perigos da Paixão. Anne Mather. Era impossível resistir a esse homem!. Capítulo I



Os Perigos da Paixão

(Raw Silk)

Anne Mather

 

Bianca 606

 

 


 

Era impossível resistir a esse homem!

 

Oliver Lee era um homem com um passado sombrio.

Suspeitava de tudo e de todos... Por isso, quando conheceu Fliss, pensou que a inocência que ela deixava transparecer era puro fingimento.

Fliss podia ser inocente, mas quando Oliver estava por perto, não conseguia evitar de se comportar como uma mulher do mundo. A paixão que Oliver lhe inspirava era como um fio de seda: lindo, único e desejável. Mas como um fio de seda, era frágil demais...

 


 

Romances Nova Cultural

 

 

Capítulo I

 

O pôr-do-sol era espetacular, lançando seus últimos raios sobre as nuvens, tingindo-as de vermelho. A paz reinava no ambiente, apesar de Oliver não estar nos seus melhores dias de humor.

Ele olhava pela janela do apartamento, de onde podia avistar a península de Sha Tui. Qualquer um acharia a vista maravilhosa, mas Oliver não estava impressionado. Já conhecia o efeito que o sol exercia nas águas do porto de Hong-Kong, tendo aos fundos os enormes prédios de concreto, vidro e aço.

- Mas querido, você tem que ir comigo!

Atrás dele, a voz de Rose Chen insistia em repetir aquelas mesmas palavras. Depois de mais de uma hora, a delicada chinesa ainda tentava convence-lo de que não poderia ir à Inglaterra sem ele e, por igual tempo Oliver havia tentado convence-la de que poderia.

- Por que?- ele perguntou pela décima vez- Você não é nenhuma criança, Rose. Não precisa que eu fique segurando sua mão.

- Oh, mas eu preciso sim! – Fingindo chorar, Rose Chen deixou a posição provocante em que estivera deitada na cama oriental, e aproximou-se de Oliver. Com um dos pés acariciando-lhe as pernas e os braços ao redor da cintura dele, ela beijou-o nas costas.- Querido, nunca estive em Londres... e você já. Preciso que vá comigo. Eles vão me odiar, não é? Preciso de seus apoio!

Oliver sentiu que suas defesas fraquejavam. Seria tão fácil sucumbir àquela tentação...

Rosa Chen era delicada em tudo o que fazia, inclusive no modo de falar. Mesmo agora, enroscada no corpo de Oliver, ele podia sentir a maciez de sua pele, através do fino penhoar de seda que ela usava diretamente sobre a pele.

- Você vai conseguir- ele assegurou-lhe, tirando as mãos de Rose de sua cintura.  

- Você não me quer?

Quando ele tinha sido recrutado pelo governo dos Estados Unidos para cuidar de uma operação militar, com James Hastings, ele achara uma ironia precisar atrair e seduzir a mulher que acreditava ser a amante de James.

Rosa Chen trabalhara com James Hastings. Ela o conhecia muito bem.

Quando estivera visitando Colony, James ficara no mesmo prédio de apartamentos em que Rose morava. Não no mesmo apartamento, como Oliver sabia agora, mas foi o suficiente para que surgissem os rumores de um envolvimento mais íntimo entre os dois. O fato foi que James a tratou muito bem, e Rose Chen passou a circular nos meios mais sofisticados que seu salário como funcionária de uma importante firma de exportação de Hastings podia lhe pagar.

Além do mais, Oliver tinha achado uma boa idéia seduzir Rose, pois assim poderia ficar mais perto de James Hastings e descobrir os motivos de suas idas e vindas. Ninguém, além de James, havia suspeitado que Oliver pudesse ser algo além do simples veterano de guerra que fazia questão de parecer.

Hong-Kong estava cheia de pessoas de vários países e continentes e quando Oliver chegou ali, não tinha sido nada mais nada menos, do que seus conterrâneos exilados.

É claro que sua família esperava que ele retornasse aos Estados Unidos quando seu contrato de trabalho terminasse, mas Oliver não agira assim. Não na ocasião. Ele não podia suportar voltar para Maple Falls, onde a vida era tão simples e limpa. Sua mente ainda estava perdida na selva, suja e pobre, e cheia de vítimas de uma guerra patética.

Ironicamente, tinha sido o exército quem o salvara e lhe restituíra o auto-respeito... Ou melhor, seu comandante, agora aposentado, para ser mais preciso.

Coronel Archibald Lighfoot o havia tirado das ruas, onde Oliver estivera vivendo e o internara numa clínica.

Depois de alguns meses, Oliver já começara a se sentir um ser humano novamente. Sua mente começara a raciocinar com clareza e em seu corpo já não havia mais as feridas visíveis.

Foi quando retornou aos Estados Unidos... mas só para uma rápida visita. O coronel conseguira persuadi-lo de que poderia ser útil no território e em vez de Oliver se tornar o advogado mais jovem de Virgínia, sua terra natal, ele retornara a Hong-Kong.

- Eu não vou a Londres- ele repetiu, afastando-se de Rose.- vou leva-la ao aeroporto, mas é o máximo que farei.

- Suntong vai me levar ao aeroporto- ela declarou, ficando séria.

Oliver balançou a cabeça, resignado.

- É claro que sim – concordou, reconhecendo a autoridade de Rose sobre o motorista particular de seu pai. – Então... quando pretende viajar?

- Logo – ela respondeu, olhando-o com hostilidade.- Por favor, Lynch- ela recomeçou e Oliver descobriu que, enquanto ele tinha estado pensando no que a mudança prejudicaria suas investigações, a expressão no rosto de Rose Chen havia mudado.- Por favor, mude de idéia. É tudo tão novo pra mim... Jay-Jay nunca escondeu o que poderia ser... que ele era meu...- Rose interrompeu o que ia falar e juntou as mãos.- Você não sabe o que isso significa pra mim. Se eu soubesse...

Oliver ficou sensibilizado. Ele sabia, melhor do que ninguém, como Rose Chen sabia ser persuasiva, quando colocava alguma coisa na cabeça.

Imagens de Rose completamente nua,provocante, viam-lhe à mente, toda vez que ela o olhava daquela maneira.

- E o que eu deveria ficar fazendo, enquanto você se entende com seus parentes?- Oliver perguntou, da mesma maneira que o coronel faria. Ele ficara surpreso com a súbita mudança de planos. Era quase certo que ele iria considerar a oportunidade de poder investigar em Londres o outro lado da operação de Hastings e, ao mesmo tempo em que Oliver não sentia o menor desejo de acompanhar Rose Chen, a perspectiva de uma viagem totalmente paga não lhe parecia totalmente indiferente.

- Você virá?- ela perguntou.- Oh, Lee...

- Eu não disse isso – Oliver retrucou.- Eu só estava curioso em sabe como iria me apresentar. Eu não creio que seu irmão vá receber bem um intruso.

- Você quer dizer... outro intruso – Rose Chen disse.- Eu não me importo com o que Robert possa pensar – ela falou, experimentando pela primeira vez dizer o nome do irmão.- Ele não respondeu ao fax que enviei, assim que fui informada da morte de Jay-Jay.

Depois de alguns instantes, Rose tornou a indagar:

- E então, vai comigo? Significa tanto pra mim... Você que é a única pessoa no mundo com a qual realmente me importo.

- E sua mãe?

- Minha mãe?- Rose Chen repetiu, parecendo contrariada. – Ela nunca se importou comigo. Além do mais, não aprova o que faço, nunca quis que eu fosse trabalhar para Jay-Jay. Agora, sei o motivo.

- Ela sabe?...- Oliver fez uma pequena pausa. – Você já a viu, depois que o advogado entrou em contato com você?

- Não. Não tem nada a ver com ela. Jay-Jay não ligava pra ela... Só se preocupava comigo. Se ele tivesse me dito...

Particularmente, Oliver duvidava que James se importava com alguma coisa que não fosse com ele mesmo. Por que então mantivera a identidade de Rose Chen secreta por tantos anos?

Os motivos que o levaram a revelar a identidade de sua filha deveriam ter mais a ver com salvaguardar sua honra do que algum sendo de justiça.

Com relação a sua esposa e filho na Inglaterra...

Oliver pressentia que eles desconheciam a existência de Rose Chen. Mas o que poderiam fazer contra os desejos de James Hastings? Este era o problema: o que Rose Chen sabia, afinal? O quanto ela podia ser confiável?

 

- Você vai com ela, é claro,

A reação do coronel Lighfoot não surpreendeu Oliver. Ele sabia que o coronel não perderia uma oportunidade daquelas.

- Eu vou? E se eu não quiser ir à Inglaterra? E se eu tiver outros compromissos aqui em Colony?

- Seu compromisso é comigo, Oliver- o coronel falou, com voz grave.- Por favor, Oliver, nós não podemos deixar aquela bastarda sair assim. E até que descubramos exatamente como os negócios de Hastings funcionam na Inglaterra, não podemos perde-la de vista.

- Você acredita que Rose está envolvida, não é?

- E você não?

- Eu acho que deveria.

- Mas não o incomoda, não é? – o coronel perguntou.- Você não está, digamos...apaixonado por essa garotas, está?

- Não – Oliver respondeu, prontamente.- não estou apaixonado por ela, coronel. Mas... eu me preocupo com o que possa acontecer com ela.

- Eu sei que Hastings não confiava em você. Sei que ele queria separa-los, se pudesse.

- Ele sabia sobre mim e Rose?

- Sim. Não lhe falei sobre isso?

- Não- ele respondeu, aproximando-se da mesa do coronel.- Você não me falou nada disso – Oliver sentiu um frio no estômago- Meu Deus! Coronel...se eles fossem amantes, Hastings teria me matado!

- Oh! Acho que está exagerando – o coronel tentou parecer natural, mas ambos sabiam que a vida valia pouco entre a fraternidade criminal de Hong-Kong .

Oliver sentiu o suor escorrendo pela testa.

- Sou dispensável, não é?

- Não- o coronel respondeu, levantando-se da mesa – se eu soubesse que havia o menor perigo...

- Você sabia que Rose Chen era filha de Hastings? Quero dizer, antes do casamento...

- Eu... suspeitava – o coronel admitiu.- Oliver, peço que me perdoe por não ter sido mais honesto com você. Mas eu não poderia me arriscar a contar-lhe alguma coisa que pudesse colocar nossa operação em risco.

- É mesmo?- Oliver perguntou, em to irônico.

- Sim. Nós queríamos que hastings mostrasse suas mãos sujas.

- Me matando?

- Não, não é assim. Oliver...havia uma chance, pequena... de Hastings acabar contratando você.

- Me contratar?

- É claro. Se Rose Chen estava envolvida e, como eu já lhe disse, ela está, não seria um gesto natural? Ela queria você e ainda o quer. Se recusou a desistir de você... Hastings poderia pensar que a única maneira de garantir o seu silêncio seria leva-lo para o lado dele...

Oliver respirou fundo.

- E você esperava que ele fizesse isso, não é? Você me deu este serviço porque sabia que a garota acabaria se interessando por mim. Por que não incumbiu Lynch? Ele é um ex-drogado, não é? Ele veio do Vietnã parecendo um farrapo humano... nem sequer sabia que dia era. E se hastings lhe desse mais drogas? Uma vez viciado, sempre viciado, não é assim?

- Não foi isso o que aconteceu! – o coronel insistiu. – Diabos, Oliver, você sabe o que eu penso de você e o que eu sempre pensei. Você é um homem fino e um excelente soldado. Eu o encarreguei desta missão porque era o melhor homem! E se Hastings não tivesse morrido, nós não estaríamos tendo essa conversa.

- Não, não estaríamos mesmo. Oliver desvencilhou-se da mão que o coronel colocara em seu ombro. – Verto, coronel, vou para Londres. Vou fazer o que quer, mas não me arranje mais nenhuma missão, certo? De repente senti vontade de voltar a Maple Falls. E sabe de mais uma coisa? Até mesmo aquele emprego como assistente de juiz não me parece de todo mal, agora. Acho que estou ficando velho... velho demais pra ser comandado por alguém como você!

 

 

 

 

 

 

 



  

© helpiks.su При использовании или копировании материалов прямая ссылка на сайт обязательна.