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CAPÍTULO II



 

 

Harriet parou, enregelada. Estava atenta aos passos de Susan atrá s de si, ao toque da menina em seu braç o, sussurrando:

— Quem é? Harriet, você o conhece?

Nã o conseguiu responder. Estava muito assombrada, chocada, incapaz de emitir qualquer som que pudesse revelar à quele homem exatamente o quanto sua presenç a ali a havia afetado. Ela o conhecia?

Ah, meu Deus!, pensou, se ao menos nã o o conhecesse! Se nunca o tivesse encontrado! Mas o que ele está fazendo aqui?

A ú nica coisa que conseguiu fazer foi agarrar-se à sua bolsa. À medida que seus olhos se acostumavam à luz, pode vê -lo claramente. Se ele nã o a tivesse reconhecido imediatamente, seria ela capaz de reconhecê -lo? Claro! Ele nã o tinha mudado tanto, exceto talvez por estar mais magro e, conseqü entemente, com as linhas do Tosto mais profundamente desenhadas.

Seu cabelo estava diferente, mas, por que nã o? Há oito anos já que nã o o via, e ele devia ter quanto, agora? Quarenta... quarenta e um? Mas seus cabelos ainda eram escuros e agora estavam mais compridos que o colarinho da camisa grosseira que usava. Obviamente estivera limpando a grelha e tinha mã os e braç os enegrecidos de fuligem; ele nã o tentou tocá -la, apenas olhou para ela com aqueles olhos escuros, de pá lpebras pesadas, de que Harnet se lembrava tã o bem.

— Harriet, nã o sabia que era você! — disse outra vez.

— Que era eu?

— Nã o imaginei que você fosse a compradora da casa. O que acha que eu quis dizer?

Preferindo nã o dar nenhuma resposta, ela olhou nervosamente à sua volta, apresentando-o a Susan:

— Este é monsieur Laroche, Susan. Ele... eu... nó s nos conhecemos alguns anos atrá s, em Paris. Num... num leilã o.

Era uma mentira tã o patente, que Harriet temeu que ele a contradissesse.

— Como vai, Susan? Sinto muito nã o poder apertar as suas mã os. Mil perdõ es... — Ele inclinou a cabeç a polidamente, escondendo as mã os sujas.

— Você ainda nã o explicou o que está fazendo aqui... monsieur. — Harriet o interrompeu abruptamente, tentando suportar a forç a do olhar dele.

— Ainda nã o? Mas pensei que fosse ó bvio. Devo pedir desculpas pelo estado da casa, pois só ontem fiquei sabendo que Frond tinha de fato encontrado um comprador.

— Você quer dizer... você quer dizer que era o proprietá rio anterior? — Harriet olhou para ele, pasma.

— Correto.

Ela quase nã o podia acreditar. Mas, naquele momento, já nã o acreditava em nada. O pró prio Laroche estava longe de ser aquele homem sofisticado que ela tinha encontrado nos salõ es de St. Germain, em Paris. As roupas que ele usava entã o eram imaculadas e caras, caindo perfeitamente em seu corpo magro. É claro que agora ele estava vestido para limpar a grelha, mas nada podia mudar o fato de que sua camisa de algodã o grosseira e os jeans, que moldavam os mú sculos fortes de suas pernas, estavam gastos e puí dos.

— Você... morava aqui?

— Nã o, eu moro a alguns quilô metros daqui, mas, quando soube por Frond que a casa tinha sido vendida, compreendi que ele nã o tinha idé ia do estado em que estava.

Um sú bito ruí do vindo de dentro fez Laroche virar a cabeç a e, desculpando-se, foi examinar a lenha que estava queimando na grelha. Harriet trocou com Susan um olhar desesperanç ado e acompanhou-o.

A sala parecia menor com a presenç a dele ao lado da lareira. Mas Harriet notou que o lixo tinha sido varrido e que ele tinha tentado limpar a mesa e as cadeiras.

— Foi você quem fez isso? — ela perguntou, sem acreditar, e ele assentiu.

— Varri lá em cima ontem à noite, mas nã o tive tempo de terminar todo o serviç o. Como você pode ver, aqui tudo é muito precá rio —  explicou ele, enquanto alimentava as chamas. Fez uma pausa, mas, como Harriet nã o comentasse nada, encarou-a novamente. — Você pode dar uma olhada, claro, e se sentir que a casa nã o é aquilo que lhe disseram, eu compreenderei perfeitamente. Nã o posso culpar Frond, mas posso fazer com que ele devolva seu pagamento imediatamente.

Susan olhou ansiosamente para a tia. O inglê s de Laroche era muito melhor que o francê s de Harriet, e nã o havia mal-entendidos no que ele queria dizer.

— Nó s, de fato, já estivemos aqui antes. E demos uma olhada — Harrietadmitiu, relutante,

— Ah! Pensei que eu nã o tivesse fechado a porta.

— Você tem uma chave! — Harriet respirou com dificuldade.

— Claro! Já lhe disse que nã o sabia que Frond tinha vendido o lugar.

— Bem, se ficarmos aqui, espero que você a devolva.

— Claro. — Ele parecia divertir-se com a situaç ã o.

Harriet sentiu um calor sufocante subir à sua garganta. Notou entã o o decote profundo de sua blusa e o descuido de sua aparê ncia: até entã o estivera absorta com a aparê ncia dele, e pouca atenç ã o tinha prestado à sua pró pria.

Fechou automaticamente aquele botã o revelador. Como se estivesse atento ao desconforto dela, ele voltou-se outra vez para examinar o fogo. Com as sombras do entardecer escurecendo a alameda lá fora, o fogo era uma visã o reconfortante, que dava à sala um charme inesperado.

Com as vigas sem poeira e as paredes pintadas de novo, isto aqui nã o parecerá tã o mal, pensou Harriet num momento de fraqueza. Mas a casa já nã o era o problema; o homem ao lado do fogo tinha tomado o seu lugar.

_— Nó s vamos ficar, nã o vamos? Por favor! — Susan deu um puxã o na manga de Harriet, que fez um gesto de impaciê ncia.

Ela nã o queria se convencer. Tinha sido sua a idé ia de levar a sobrinha para passar alguns meses lá, até que todo o trauma pela morte dos pais tivesse se desvanecido, mas se Laroche —ela se recusava a pensar nele por seu nome de batismo — se oferecia para devolver-lhe o dinheiro, entã o nã o havia absolutamente razã o para que nã o procurasse uma outra casa, em qualquer outra parte do paí s. Embora tivesse sempre gostado daquele pedaç o e quisesse ficar.

Mas isto tinha sido antes de saber quem seriam os seus vizinhos. Como poderia ficar ali, a um passo de Laroche e sua famí lia? Como suportaria saber que ia esbarrar nele a qualquer momento... ou em sua esposa? Alé m disso, a presenç a dela ali podia parecer um convite para que retomassem aquilo que estava definitivamente encerrado, e isso nã o! Nunca!

— Pronto! Parece que está queimando bem — observou ele finalmente, lavando as mã os na pia. — Você s pretendem passar a noite aqui?

Harriet apertou a alç a da bolsa em volta do pulso.

— Pretendí amos. Nó s... nó s fomos até a vila, para -procurar um hotel, mas um monsieur Macon nos disse que nã o havia acomodaç õ es pela redondeza.

— ê verdade. Há pouco tempo uma companhia americana tentou comprar o castelo para transformá -lo num hotel de luxo.

— O Castelo de Rochefort?

— Sim. Já esteve lá?

— Nã o, nã o. Só estava pensando... Bem, nã o importa. — Harriet lanç ou a Susan um olhar significativo e acrescentou: — Talvez amanhã possamos dizer-lhe se... pretendemos ficar. É tarde agora e estamos famintas.

Ele secou as mã os num lenç o que tirou do bolso. O lenç o nã o era novo, mas estava limpo e ela se surpreendeu especulando sobre qual seria exatamente a situaç ã o financeira atual dele.

— E como dormirã o? Nã o dá para usar a cama lá em cima.

— Acho que isso nã o é da sua conta, monsieur Laroche — retorquiu Harriet friamente, e viu com satisfaç ã o que ele empalideceu.

— Nã o era minha intenç ã o me intrometer — disse ele mansamente, fazendo-a sentir sua reprovaç ã o. E, antes que ela pudesse acrescentar qualquer coisa, continuou: — Se decidirem ficar, posso conseguir duas camas para trocar por aquela lá de cima, que precisa ser destruí da.

Harriet nã o agradeceu. Afinal, justificou-se com raiva, a casa tinha sido vendida mobiliada, e ningué m podia argumentar que uma cama nã o fosse um mó vel indispensá vel.

— Onde está o fogã o? — perguntou Susan.

— No momento, ainda nã o temos. Há algum tempo, a grelha ao lado da lareira era o ú nico fogã o, mas os ú ltimos locatá rios tinham um fogã o a gá s, que foi removido há alguns meses. També m posso providenciar para que seja recolocado, caso você decida ficar.

— Mas como fazer para tomar uma bebida quente? — Harriet suspirou, protestando, e ele mostrou-lhe uma chaleira, perto da lareira.

— Você terá de ferver a á gua nisto, por esta noite. A menos... a menos que nã o se importe de juntar-se à minha famí lia para o jantar — ele disse pausadamente, procurando o olhar de Harriet.

Como é que ele se atreve?, ela pensou, irritada. Sentiu uma pontada na boca do estô mago. Como é que ele podia convidá -la para repartir o seu jantar, para sentar-se ao lado de sua esposa e de sua famí lia, depois do que aconteceu entre eles no passado?

Tropeç ando nas palavras, ela recusou o convite e ele deu de ombros.

— Como quiser. Voltarei de manhã, para saber sua decisã o. — Antes de sair, ele indicou um lampiã o pendurado do teto e perguntou: — Você é capaz de acendê -lo? Há ó leo nele.

— Acho que sim, monsieur. Boa noite — disse Harriet, endireitando a espinha.

Bonsoir— respondeu ele polidamente e, com um breve sorriso para Susan, deixou-as, caminhando de volta para a estrada.

Harriet correu para a janela, fazendo com que Susan ficasse quieta»e espreitando a direç ã o que ele tomava. Laroche saiu da estrada que corria entre Bel-sur-Baux e Rochelac e enfiou-se no meio das á rvores, em direç ã o ao rio, confirmando a suposiç ã o de Harriet de que se podia ir a pé até a vila por aquele caminho. Esperou que desaparecesse de vista, em seguida apoiou-se na parede, a mã o pressionando o pulsar nervoso da garganta.

— Quem é ele? O que está • acontecendo? — perguntou Susan impaciente, depois de olhá -la por alguns segundos.,

— Já lhe disse. Ele... eu... nó s nos encontramos em Paris, alguns anos atrá s.

— Ele també m trabalha com antigü idades?

— Nã o sei.

— Mas você disse que o conheceu num leilã o!

— É verdade. Mas veja, nã o temos tempo para conversar sobre isso agora. Já é tarde e ainda nã o descarregamos o carro.

— Ora, diga a verdade, eu já nã o sou crianç a. Acho que tem muito mais coisas aí, e você está escondendo.

— Ora, Susan... — Harriet caminhou para fora da casa.

Bem! O que é que nã o deu certo? Quer dizer, ele é bem simpá tico, nã o acha? Lembra-me um pouco o Sacha Distei.

— Oh, Deus, ele nã o se parece em nada com Sacha Distei! Você vai me ajudar a carregar essas coisas, ou nã o?

— Você teve um caso com ele? Bem, as pessoas tê m casos, você sabe. Até garotas da minha idade... — disse ela enquanto carregava uma caixa de mantimentos para dentro de casa.

— Prefiro nã o conversar mais sobre isso. Você quer chá ou café? Para mim dá no mesmo — disse Harriet, depositando os sacos de dormir na mesa da cozinha.

— Pelo menos me diga como se chama!

— Por quê?

— Eu gostaria de saber, só isso. Eu paro de fazer perguntas se você me disser, juro.

— Verdade?

— Sim, sim, prometo.

— Ele se chama André. André Laroche. Pronto. Agora, ao trabalho, vamos.

Depois do café, tomado com presunto e queijo frio, juntamente com o pã o fresquinho da padaria, e com o lampiã o aceso e a porta fechando a escuridã o lá fora, até que era tudo muito agradá vel, e Susan comentou isso.

— Nó s ainda nã o experimentamos as delí cias de um banho frio e, lembre-se, nã o existe banheiro. Você viu algum banheiro, enquanto descia para o rio? — Harriet observou asperamente.

— Fica fora, na parte dos fundos — concordou Susan tristemente.

— Bem, nã o posso culpar ningué m por isso. Sabia que as condiç õ es nã o seriam as mesmas a que estamos acostumadas, mas...

— Nó s vamos ficar, nã o vamos? Nã o é tã o ruim quanto você esperava e, se André Laroche nos fornecer duas camas de solteiro...

Monsieur Laroche para você. E nã o sei o que fazer, Susan. Se... seMonsieur Laroche está disposto a me devolver o dinheiro, acho melhor aceitar.

— Oh, nã o!

— Nó s... posso comprar uma outra casa, Susan. Em algum outro lugar. Num lugar... menos... isolado. — Harriet balanç ava as mã os, sem esperanç a, diante da tristeza de Susan.

— Mas eu gosto disto aqui!

Era nesses momentos que sua sobrinha se parecia mais com a mã e. Diferente de Harriet, Sophie tinha cabelos vermelhos, com os olhos azuis que Susan tinha herdado. O cabelo de Harriet era castanho-avermelhado e sua pele era mais escura do que a da irmã, por isso

 

nunca tivera os mesmos problemas de sardas que Sophie tinha tido. Os olhos de Harriet eram de um castanho bem forte e, portanto, mais firmes que o olhar levemente mí ope de Susan.

Era aquela fraca lembranç a da irmã morta que fazia Harriet hesitar agora, quando todos os seus instintos pediam que ela se livrasse da casa enquanto podia e deixasse Rochelac, antes de meter-se numa situaç ã o da qual se arrependeria.

— Susan... Susan... — começ ou persuasivamente, mas sua sobrinha tinha a mesma vontade determinada do pai.

— Você me prometeu que ficarí amos. Você sempre falou que gostaria de passar uns tempos na Dordogne, explorando os castelos e as adegas. E agora está mudando de idé ia. Só por causa daquele homem!

— Nã o é verdade! Você viu quanto eu fiquei em dú vida, assim que vi este lugar. — As faces de Harriet estavam vermelhas agora.

— Mas você ainda nã o queria voltar. Você ia dar ao lugar uma chance. Até que encontrou André Laroche!

— Susan!

— Eu nã o acredito que você nã o goste da casa. Nó s podemos torná -la linda, você sabe disso. O que é que há de errado? Ele enganou você? É por isso que continua solteirona, aos vinte e seis anos?

Assim que deixou as palavras escaparem, Susan arrependeu-se e, inclinando a cabeç a nos braç os dobrados, começ ou a soluç ar. Harriet deixou que ela chorasse um pouco, compreendendo que havia mais que desapontamento por trá s daquelas lá grimas. Susan ainda nã o tinha se recuperado do choque pela morte dos pais, seis semanas atrá s.

Alé m disso, encontrar André era uma coisa que podia mesmo acontecer a qualquer momento. Talvez fosse uma boa idé ia exorcizar o seu fantasma de uma vez por todas. A lembranç a daquele perí odo negro de sua vida tinha colocado uma sombra sobre todas as suas relaç õ es subseqü entes, até o ponto de se justificar que Susan a tivesse chamado de solteirona. Somente Charles havia se aproximado mais dela, embora a relaç ã o deles fosse regida pelo amor mú tuo por antigü idades.

Por fim, levantou-se e se aproximou da garota, colocando o braç o em volta de seus ombros. Susan balbuciou umas desculpas e escondeu o rosto no peito dela, soluç ando e procurando à s cegas por um lenç o. A tempestade tinha passado.

— Sinto muito.

— Nã o seja tola. Eu nã o me ofendi. Você está certa... em achar que eu sou uma solteirona, quero dizer. — Harriet tentou animá -la.

— Mas você nã o é. É apenas muito devotada à sua carreira, só isso.

 

Todas as minhas amigas a acham terrivelmente sofisticada e suas roupas sã o sempre tã o... elegantes. Você nã o se parece nem- um pouco com mamã e... Quero dizer, você nunca mostrou nenhum interesse em se casar ou ter uma famí lia, nã o é mesmo? Mas eu acho que você conheceu montes de homens...

— Você me faz sentir como uma cadelinha egoí sta! — observou Harriet, com um sorriso que escondia o sofrimento que as palavras da menina lhe tinham infligido.

Se ao menos Susan soubesse, pensou amargamente, se ela ao menos soubesse!

— Bem, de qualquer forma eu també m penso assim. Nã o vou me casar antes dos trinta, pelo menos. Quero antes fazer uma carreira — Susan insistiu com lealdade:

Harriet voltou-se para levar as xí caras vazias para a pia. Fora estava completamente escuro agora e os insetos, atraí dos pela luz, começ avam a atirar-se contra os vidros da janela.

— Onde vamos dormir? — perguntou Susan, deixando para depois a pergunta sobre o que Harriet pretendia fazer na manhã seguinte.

— Acho que aqui é melhor. O ar no salonestá muito ranç oso — disse prontamente.

— Está bem. Posso deixar de tomar banho hoje? Sinto-me muito cansada — disse Susan, enquanto desenrolava os sacos de dormir, estendendo-os em frente à lareira e sentindo-se completamente recuperada agora.

— Tudo bem. Você quer ir ao banheiro antes, ou vou eu primeiro?

— Eu vou. Quero me certificar de que nã o existem aranhas andando por aí! — Susan ofereceu-se, rindo barulhentamente.

Voltou logo depois, dizendo que estava tudo calmo. Harriet entã o saiu.

No momento em que Harriet voltava para a casa, alguns minutos depois, uma coruja piou e ela reprimiu o riso histé rico que crescia em seu peito. Para o tanto que estava cansada, Harriet demorou a dormir. Tinha de pensar em muitas coisas, para decidir o que fazer na manhã seguinte. O que poderia fazer, sabendo o quã o perturbada Susan ficaria, se ela continuasse a insistir em vender a casa? E quanto tempo levaria até negociar uma outra casa, mesmo que o dinheiro fosse devolvido na hora? Tinha só oito semanas de fé rias e, alé m disso, Susan precisava voltar à escola em setembro.

Parecia nã o haver nada a fazer, senã o permanecer onde estava, nã o importando quanto isso fosse insatisfató rio. Seriam só oito semanase, depois de estabelecidas, nã o havia necessidade de ver André Laroche. Com certeza sua esposa faria objeç õ es, caso ele começ asse a se interessar indevidamente pelas novas proprietá rias.

E ela mesma? Seria tã o insegura de si e de seus sentimentos, a ponto de querer escapar absurda e covardemente daquela situaç ã o? O passado estava morto; a dor que sentia agora era apenas a reminiscê ncia de um velho sentimento que, subitamente, tinha sido esmagado por mã o pesada e insensí vel. E expor as ofensas poderia ser a melhor forma de curá -las. Porque, estava certa, jamais sentiria outra coisa, senã o ó dio e desdé m, pelo homem que a acordara tã o rudemente para os fatos-crué is da vida.

 

 



  

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