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CAPÍTULO TRÊSCAPÍTULO TRÊS
Rachel estava na cozinha com a Sra. Grady quando Jack desceu na manhã seguinte. Ao acordar, descobrira-se sozinho na cama espaçosa e, a julgar pelo fato de que o outro lado do colchão estava frio, suspeitava de que sua esposa havia dormido em outro lugar. Alguém, provavelmente Rachel, o havia coberto com a colcha, em deferência à Sra. Grady, sem dúvida. Mas as velas haviam se derretido, e como qualquer outro lugar depois de uma festa, o quarto parecia sem vida. Abrira todas as janelas antes de tomar banho, determinado a não pensar muito na ausência de Rachel. Então, como não planejava ir ao escritório naquele dia, vestiu uma camiseta preta e sua calça jeans mais velha. A calça era justa e estava rasgada em vários lugares óbvios, por isso a deixou desabotoada. Havia meses não se sentia tão bem. Rachel estava de pé com as costas apoiadas em um dos armários de carvalho, uma caneca de café nas mãos, conversando com a Sra. Grady. Ao contrário dele, não parecia descansada, embora Jack sempre a achasse nada menos que fascinante. Vestindo uma blusa transparente, estampada com rosas e amarrada na cintura, sobre um top marfim e calças de tom acastanhado, ela exalava tranqüilidade e elegância. Os lisos cabelos louros estavam soltos, fazendo com que lembrasse como pareciam sensuais contra a pele na noite anterior. As duas mulheres se calaram ante sua entrada, mas Jack se recusou a sentir-se intimidado. — Bom dia — disse. — Estou interrompendo alguma coisa? — Claro que não, Sr. Riordan. — Foi a Sra. Grady quem respondeu, e Jack notou que Rachel evitava seu olhar. — Imagino que queira o café da manhã. O que deseja? Jack desejava que Rachel olhasse para ele, mas após fitá-lo rapidamente, ela o deixou conversando com a governanta e se dirigiu até a imensa pia de porcelana, onde parou para olhar o jardim ao lado da casa. Com o passar do tempo, eleja se acostumara a ser ignorado. Mas depois daquela noite, não entendia a atitude dela. Enquanto a Sra. Grady se ocupava pegando ovos na geladeira, Jack atravessou o cômodo e parou ao lado da esposa. — Oi — disse ele, a voz perigosamente rouca. — Senti sua falta quando acordei. Rachel tomou um gole de café antes de responder. — Sentiu? — disse, sem olhar para ele. — Imagino que esteja acostumado a fazer sexo pela manhã também. Enquanto Jack estreitava os olhos e a observava, Rachel amaldiçoou a si mesma por ter dito aquilo. A última coisa que queria era pensar em sexo com Jack. Ou dizer qualquer coisa que a lembrasse da maravilhosa noite de amor. Já era difícil olhar para ele. Jack sempre fora um homem bonito, e mesmo a barba que começara a crescer durante a noite não alterava muito a sua beleza. Rachel tinha de concordar com Karen: ele era incrivelmente deslumbrante. Presumia que os cabelos negros, sempre um pouco compridos e rebeldes, e os belos olhos verdes, puros e cristalinos como um lago nas montanhas, eram herança dos pais irlandeses. E seus traços fortes e vigorosos o tornavam ainda mais atraente. Tudo isso se somava à tenacidade de propósitos que até mesmo o pai dela admirara. Além disso, era alto, magro e se movia com a sensualidade de um felino, características às quais nenhuma mulher podia resistir. O mais incrível é que eles tinham se apaixonado e vivido um romance de conto de fadas. Casaram-se e Rachel acreditara que nada, nem ninguém, poderia separá-los. Mas se enganara. — Perdi alguma coisa? A voz de Jack tinha um tom frio que não passou despercebido a Rachel. Precisava contar a ele, não era justo deixá-lo imaginando que estavam juntos novamente. Mas a tentação de adiar aquilo era muito grande. Sabia que bastava uma palavra para que passassem o resto do dia na cama. Mas não podia fazer isso. Já fora bem difícil se afastar dele na primeira vez. — Tenho certeza de que sabe do que estou falando — disse, deliberadamente casual. — Sei que andou dormindo com... com outras mulheres, Jack. Não viveu como um monge por todos esses meses. — Meu Deus! — A reação de Jack foi previsivelmente violenta, e Rachel lançou um olhar ansioso por sobre os ombros para ver se a Sra. Grady estava escutando. Mas a governanta tinha saído da cozinha, evidentemente decidindo que era melhor deixá-los sozinhos. — De onde tirou essa idéia? A boca de Rachel estava seca. — Bem, é verdade, não é? Está se encontrando com outra pessoa? — Encontro-me com várias pessoas todos os dias — replicou Jack rispidamente. — O que significa tudo isso, Rachel? O que foi aquilo na noite passada? Por que não me disse como se sentia antes de...? Ele parou subitamente, virando-se para passar os dedos trêmulos pelos cabelos. De repente, sentiu-se tonto. Seria o resultado de toda aquela agitação ou a antecipação do pesadelo que estava por vir?, pensou, amargo. — Jack? Rachel parecia preocupada, e ele se perguntou se adivinhara que algo estava errado. Mas a última coisa que precisava era que sentisse pena dele. Ele ainda tinha um certo orgulho, mesmo que um pouco abalado após a noite anterior. — Deixe-me em paz, Rachel — disse, agarrando a beirada da bancada de granito com ambas as mãos. Foi quando tomou uma decisão. — Tenho de ir para o escritório. — Endireitou o corpo. — Vejo você mais tarde, certo? Rachel tocou seu braço e ele recuou. Como ele a queria! Bastava pousar uma das mãos sobre ele para que quisesse se virar e tomá-la nos braços, mesmo que ela gritasse e esperneasse. Apesar do pouco equilíbrio, e do fato de ter sido usado na noite passada, ainda a desejava. Não era patético? — Não veste essas roupas para ir ao escritório — disse ela, e Jack percebeu que precisava encará-la. — Eu estava com fome — respondeu, embora apenas pensar na omelete que a Sra. Grady se oferecera para fazer o deixasse enjoado. Rachel apertou os lábios. — Aposto que mal pode esperar para vê-la, não é? — disse ela, fazendo Jack ficar espantado com aquele súbito ataque. — De quem está falando? — Ela trabalha no escritório, não trabalha? — ela insistiu. Como ele não esboçasse qualquer reação, continuou, após uma breve pausa: — Karen Johnson. Não finja que não a conhece. Jack se voltou para ela. — Como sabe sobre ela? — Não importa. — Rachel se recusou a contar que a mulher estivera lá. — Não acredito que estava interessada em mim o suficiente para investigar minha vida. — Não? — As palavras dele a magoaram, mas ela conseguiu esconder o sentimento. — Acho que já não nos conhecemos tão bem. — E de quem é a culpa? — respondeu, sentindo o coração acelerar à medida que sua agitação aumentava. — Não fui eu quem saiu de sua cama, Rachel! — Você sabe por que eu fiz isso — ela choramingou, tentando se defender, mas Jack não parecia muito conciliador. — Os bebês eram meus também! — disse furiosamente. Então, sentindo que desmaiaria se não tomasse um pouco de ar, cruzou a cozinha a toda. — Fique longe de mim, Rachel! — exclamou ao sair. Jack estava em seu escritório em Plymouth, com o corpo apoiado sobre a mesa, quando o interfone tocou. Franzindo a testa, endireitou-se na cadeira e apertou um botão. — Sim? — Uma ligação para o senhor — disse a secretária, como se pedisse desculpas. — Sei que não quer ser perturbado, mas é sua esposa. — Minha esposa? — Jack estava admirado. Não sabia por que Rachel ligaria depois da discussão daquela manhã. Mas ele sempre fora otimista, pensou melancólico. — Pode passar a ligação. — Sim, senhor. A linha ficou muda por alguns instantes. — Olá, Jack. Não era Rachel. Toda a sua animação desapareceu, por isso, sua resposta foi ríspida. — Karen — disse, reconhecendo a voz de imediato. Sentia-se tão irritado que seria capaz de estrangular aquela mulher se ela estivesse por perto. — Querido, você lembra de mim! — ela exclamou, fazendo Jack se perguntar por que ela parecia surpresa. Ligava para ele a todo instante havia três meses, desde que fora demitida, na verdade. Ligara tantas vezes que pedira à sua secretária para não repassar as ligações dela. — Não me chame de querido — respondeu imediatamente, perguntando-se por que não desligava logo. Já fizera aquilo antes. — O que pensa que está fazendo? Falsa identidade é crime. Se ligar para cá novamente, vou mandar prendê-la. G que você está fazendo chama-se assédio, Karen. — Oh, Jack, não fique tão irritado. Não costumava ficar assim quando estávamos juntos. — Nós nunca estivemos juntos, Karen. — Jack sabia que tinha dito aquilo várias vezes. — Saímos juntos apenas uma vez. E acredite em mim, foi um erro. Karen apenas riu. — Não sabe o que está dizendo. — Sei sim, e a levarei às autoridades se não parar. Já devia ter feito isso antes, mas tive pena de você. — Não sinta pena de mim, Jack. Ela parecia alterada, e ele percebeu que a aborrecera. Ótimo! Esperava que agora ela tivesse entendido o recado. — Sinta pena de si mesmo, Jack — ela continuou com voz áspera. Então, o tom suavizou-se novamente: — Precisamos ficar juntos, sabe disso. Pode continuar lutando, mas isso não adiantará. Jack perdeu a paciência. — Vá cuidar de sua vida e pare de me importunar! Ela pressentiu que ele desligaria o telefone. — Estou grávida, Jack — falou rapidamente. — Por isso tenho ligado. Precisamos conversar. Rachel passou a manhã no ateliê que Jack construíra no jardim. Ficava um pouco afastado da casa, com uma vista magnífica de Foliot Cove, uma caverna localizada aos pés do penhasco que margeava aquela parte da costa. Podia ser alcançada por meio de uma trilha de degraus que algum dos proprietários anteriores havia escavado nas rochas. Rachel era uma pintora muito talentosa. Trabalhava a óleo e a carvão, mas preferia aquarela. Tinha conquistado certa fama nos últimos anos, ilustrando livros infantis para uma editora de Londres que reconhecera seu talento. Hoje, no entanto, estava com dificuldade para se concentrar pois continuava pensando no que fizera na noite anterior e na reação de Jack quando contara que sabia de seu caso com Karen Johnson. Ele não admitira o caso, mas também não negara. Em vez disso, acusara-a de tê-lo abandonado e posto um fim no relacionamento. Será que não entendia como ela se sentia depois de perder três bebês? Certo, talvez não estivesse pensando muito nos sentimentos dele. Talvez estivesse apenas preocupada consigo mesma. Mas Jack sempre parecera tão forte, resistente a qualquer impacto que a vida lhe causasse. Sendo o filho mais velho de um trabalhador irlandês que emigrara para a Inglaterra com a esposa nos anos sessenta, esforçara-se muito para conseguir o diploma de engenharia civil. Era o único membro da família que cursara uma universidade e, embora agora os irmãos tivessem suas próprias famílias, Jack os ajudara por anos, mantendo dois empregos quando estava na faculdade para poder mandar dinheiro para casa. Agora, não podia evitar pensar que fora rápida demais ao julgar que estivesse apenas desapontado por não ser pai. Na verdade, acreditava que o desapontara como mulher, não uma, mas três vezes. E quando o impediu de se aproximar novamente, ele procurou outra pessoa. Era simples assim, embora sórdido também. Nunca fora capaz de acreditar que um homem como Jack pudesse viver sem uma mulher em sua cama. O fato de ter levado quase dezoito meses para descobrir sobre seu envolvimento com Karen Johnson não a tranqüilizara. Karen não era a primeira, tinha certeza. Mas ela fora a única que esperara um filho dele. Na hora do almoço, Rachel abandonou suas tentativas de continuar pintando e voltou para casa. Ainda precisava explicar à Sra. Grady todas aquelas velas queimadas e a cama de Jack intocada. No entanto, a Sra. Grady não estava. Em geral costumava sair para as compras nas manhãs de quinta, lembrou Rachel, percebendo que era difícil se concentrar até mesmo em tarefas rotineiras. Os acontecimentos da noite anterior a deixaram confusa. Sabia que havia seduzido o marido, mas ainda não sabia por quê. Era óbvio: queria ficar grávida! Mas por que achava que essa gravidez, se existisse mesmo uma, seria diferente das outras? Não estaria procurando uma forma de se machucar novamente? Não. Sabia apenas que tinha de impedir aquela mulher de roubar seu marido. Apesar de tudo, ainda o amava, mas não queria dizer isso a ele. Mas se ela estivesse esperando um filho, provaria a Karen que eles estavam dormindo juntos. E isso seria uma vantagem. Além do mais, ainda era a esposa dele. Para sua surpresa, a Sra. Grady deixara a mesa do almoço preparada para duas pessoas. Rachel se perguntou se a governanta esperava que convidasse Lucy para almoçar. Sua melhor amiga, Lucy Roberts, morava ali perto. Mas Rachel não mencionara qualquer convidado e Jack não costumava mais almoçar em casa. Mal tinha sua companhia para o jantar, o que era conveniente, uma vez que raramente tinham algo a dizer um ao outro. Havia uma garrafa de vinho aberta num balde com gelo, e Rachel colocou um pouco num cálice de cristal. Era um Chablis, um dos vinhos que Jack comprara. Será que ele dissera à Sra. Grady que viria almoçar? Parecia improvável. Depois de como ele saíra de casa pela manhã, tinha quase certeza de que não voltaria a vê-lo naquele dia. Mas a culpa não era inteiramente dele. Ela ia para a cama cada vez mais cedo, ficando em casa para evitar as inevitáveis perguntas que a ausência de Jack sempre criava. O barulho de um carro se aproximando fez seu estômago tremer. Poderia ser a Sra. Grady, mas não tinha tanta certeza. O som parecia ser de um carro muito mais potente que o dela. Rachel ficou instintivamente tensa e bebeu um gole de vinho para acalmar o pulso acelerado. Não havia razão para ficar ansiosa, dizia a si mesma. Jack provavelmente esquecera alguma coisa. Entraria e sairia sem que nem mesmo o visse. Ouviu o som de uma porta de carro sendo fechada e sua boca ficou seca imediatamente. Tomou outro gole de vinho para molhar a garganta e quase engasgou quando Jack apareceu na porta. Repreendeu a si mesma por não ter fechado a porta, ainda convencida de que ele não ficaria. Mas Jack tinha outras idéias. — Oi — disse ele em tom educado, para surpresa dela, a julgar pela forma como ele saíra de casa. — Que bom! Cheguei na hora. Rachel engoliu em seco. — Isso... — Ela gesticulou em direção à mesa redonda, arrumada com louça de porcelana e talheres de prata. — Isso é para você? — Para nós dois — ele respondeu, tirando o paletó e pendurando-o nas costas de uma das cadeiras. Desabotoou o botão da gola da camisa e afrouxou o nó da gravata cinza. Então se aproximou de Rachel, que permanecia parada ao lado do balde de gelo, com a taça de vinho nas mãos. — E um Chablis? — Não sabia? — Não podia evitar o ressentimento na voz. — Deve ter organizado tudo com a Sra. Grady antes de sair. — Eu liguei — ele a corrigiu novamente, vendo com um olhar rápido que ela andava em volta da mesa para se afastar dele. Ele se serviu de um pouco de vinho. Muito pouco, notou ela. Seja lá por que ele viera para casa, não fora para afogar as mágoas. — Mmm, é muito bom! — disse ele, saboreando a bebida. Rachel sacudiu a cabeça, colocando a taça na mesa com a mão trêmula. Não podia permitir que ele agisse como se nada tivesse acontecido. Ambos sabiam que Karen Johnson era parte da vida deles, quisessem ou não. Ao mesmo tempo, enquanto Jack permanecia parado a fitá-la de uma forma que faria qualquer mulher desmaiar, Rachel não pôde evitar lembrar-se de como ficara preocupada com ele pela manhã. Ele estava estranho. Embora não soubesse o que estava acontecendo. — Vamos nos sentar? — sugeriu Jack. — Se é o que quer — respondeu Rachel, dando de ombros, apesar de todos os seus pensamentos. Jack esperou até que ela se acomodasse na cadeira do outro lado da mesa antes de se sentar. Perguntava-se se ela achava que ele não havia notado que ela se sentara no lado oposto para que seus cotovelos não se tocassem, mas não comentaria nada. Já era bom o suficiente que ela não o estivesse atacando verbalmente - ainda. Sem dúvida, era o que aconteceria quando lhe falasse sobre a ligação de Karen. Rachel pegou o vinho e completou o copo. Sentia que precisava de um pouco de coragem, e apenas um copo não era o suficiente. Apesar de sua determinação, não podia evitar se perguntar que linhas de preocupação eram aquelas ao lado da boca de Jack. Apesar da noite ardente, ele estivera tão ansioso para satisfazer as próprias necessidades quanto ela. A julgar pelo pouco de comida que servira a si mesmo, o apetite dele era tão pouco quanto o dela, e mais uma vez ela se inquietou com o motivo daquele encontro. Na noite anterior ele parecia bem como sempre, mas ela estivera apenas preocupada em atingir seus próprios objetivos, lembrou-se. Provavelmente, a aparência abatida devia estar relacionada à própria culpa na consciência. Afinal, tinha apenas trinta e sete anos. O que mais poderia ser? — Dormiu bem? Como ele esperava, as palavras pegaram-na de surpresa, e ela ficou aborrecida. — Não muito bem — respondeu, não sendo realmente sincera. Depois de deixá-lo, ela fora para um dos quartos de hóspedes. Deveria estar exausta porque só acordara com o sol entrando no quarto através das janelas. Então, lembrando-se do que fizera, não conseguira dormir novamente. Jack ergueu as sobrancelhas, incrédulo. — Que pena — disse ele. — Dormi como uma pedra. — Por que não estou surpresa? — ela perguntou, sarcástica. — E muito fácil quando não se tem escrúpulos, presumo. — Eu tenho escrúpulos — Jack replicou. — E você? — Eu? — Rachel fora surpreendida novamente. — Por que deveria? — Bem, deixe me ver... — Jack se recostou na cadeira e ficou brincando com a taça de vinho, mas os olhos não se desviavam do rosto corado dela. — O que me diz da brincadeirinha de ontem à noite? Rachel umedeceu os lábios. — Você é meu marido. O que há de errado nisso? Jack deu uma breve risada. — Minha querida, não quer mesmo que eu diga, quer? — Não me chame de querida. — Por que não? — Jack olhou com inocência para ela. — Como você mesma disse, sou seu marido. Rachel afastou a cadeira e se levantou. — Se me dá licença... Jack se levantou também e bloqueou a passagem. — Não dou — respondeu, sabendo que estava destruindo qualquer chance de apelar para os bons sentimentos dela ao agir daquela maneira, mas não podia deixá-la sair. — Ainda não terminamos. — Não quero mais comer. — Não estava falando da comida. Rachel o olhou, furiosa. Ele imaginava que ela estava zangada porque mesmo sendo alta, ele era alguns centímetros maior que ela. — Não pode me prender aqui. — Acho que posso sim. — Jack deu um passo para o lado, depois para o outro, conseguindo impedi-la de sair. — Agora, por que não se senta novamente para que possamos conversar?
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