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COLEÇÃO JARDIM DAS FLORES 5 10 страница



Ele parou a trê s metros de distâ ncia. Os olhos bri­lhantes a fitaram com carinho, mas a postura corporal era de combate.

— Eu nã o vou partir sem você — murmurou ele em tom resoluto. — Mas antes precisa ouvir o que te­nho a lhe dizer.

Ela estava radiante com a primeira declaraç ã o, mas o orgulho nã o a deixaria demonstrar isso.

— Você nã o tinha muito a dizer quando deixei a Sardenha na semana passada.

— Achei que eu merecia aquilo. Estava envergo­nhado. Nã o sabia o que dizer a você.

Os olhos de Gwenna brilharam, e ela esperou.

— Carmelo me fez de tolo, e quem gosta de admi­tir isso? Eu nã o sabia quase nada sobre minha mã e. Minhas investigaç õ es nã o revelaram muito, entã o fui convidado a encontrar Carmelo e buscar respostas.

— E obviamente você foi.

— Mordi a isca. Eu era tã o arrogante, tã o seguro de que nã o poderia me corromper, mas me enganei — admitiu Angelo calmamente. — Carmelo me con­tou uma histó ria de como Donald Hamilton tinha se­duzido, roubado e abandonado minha mã e grá vida...

— Oh, ela estava grá vida? — perguntou Gwenna consternada.

— Seu pai diz que nã o, mas nã o tenho certeza se foi honesto.

Ela arregalou os olhos.

— Você foi falar com meu pai?

— Esta manhã. Era a coisa certa a fazer. Era o que eu devia ter feito quando descobri sobre ele. Em vez disso, tentei brincar de Deus e fui queimado.

Gwenna ficou impressionada ao perceber que An­gelo estivera preparado para procurar seu pai.

— O que você achou dele?

— Hamilton é muito escorregadio com a verdade, mas contou uma boa histó ria. Nã o posso culpá -lo por ter fugido quando descobriu que minha mã e era filha de Carmelo e esposa de um Sorello. Ele nã o é um he­ró i, afinal.

— Nã o, nã o é — concordou ela.

— Hamilton també m jura que minha mã e sabia que ele já era casado, e como podemos provar o con­trá rio? A verdade é que isso nã o me importa mais. Está acabado. Nenhum deles era santo.

Gwenna considerou aquilo por um instante.

— Mas por que seu avô mentiu para você sobre o que meu pai fez?

Ele deu uma risada irô nica.

— Porque isso o divertia. Sabia que eu acreditava ser diferente do resto da famí lia. E pensei que eu real­mente fosse melhor, até que...

— Nã o fale assim. Você é melhor.

— Carmelo me ensinou uma liç ã o valiosa. Poder e riqueza corrompem. — Angelo suspirou. — Pensei que eu estivesse acima das regras. Achei que era cer­to usar esse poder para expor seu pai.

— Entã o achou que era certo usar seu poder sobre ele para me ter — complementou ela.

— Você algum dia vai me perdoar por isso?

— Nã o sei.

Angelo empalideceu, as feiç õ es tristes.

— Eu nunca quis tanto alguma coisa como quis você. Nenhuma mulher, nenhum negó cio, nenhum prê mio. Você é especial, bellezza mia.

— Nã o vou negar que, por alguma razã o louca, també m o achei atraente — disse ela, podendo ver o sofrimento nos olhos de Angelo.

— Mas eu nã o a tratei adequadamente. Fui muito teimoso. Nã o entendia por que você nã o podia ser fe­liz com o que outras mulheres tinham aceitado. Mas nã o queria que fosse como elas. Na verdade, eu a quis porque você era diferente.

Gwenna finalmente entendeu por que ele estava lá.

— Você veio aqui para me dizer que sente muito. Olhos dourados encontraram os seus.

— Mas nã o sinto por ter conhecido você. Jamais me arrependerei disso. Lamento por tê -la magoado. Por ter escondido a verdade — murmurou ele since­ramente. — Mas desde o começ o, eu quis que você me amasse e me quisesse do jeito que queria Toby.

Gwenna piscou para reprimir as lá grimas.

— Menti quando falei que pensava em Toby quan­do estava com você.

Angelo deu uma risadinha insegura.

— Sofri muito com aquele comentá rio.

— Nã o pude evitar.

— Gwenna, se me der uma chance, passarei o res­to de minha vida fazendo você feliz.

— Verdade? — perguntou Gwenna, temendo ter entendido errado.

Sem tirar os olhos dela, Angelo abaixou-se sobre um joelho.

— Você quer se casar comigo?

Gwenna estava tã o atô nita que nã o conseguiu en­contrar a voz. Ele a estava pedindo em casamento? Esforç ou-se para pensar em todas as questõ es que de­veria resolver fazer antes de tomar uma decisã o, en­tã o decidiu nã o perder tempo, porque nã o tinha a me­nor dú vida de qual seria a sua resposta.

— Sim.

Angelo ergueu-se, surpreso pela rapidez da res­posta, mas contente em nã o questionar.

— Isso significa que você me perdoa?

— Nã o necessariamente... mas vou me casar com você.

— Certo — disse ele, entã o, lembrou-se do que ainda nã o tinha dito. — Amo você. Eu a amo muito, amata mia.

Deslumbrada pelo enorme anel de diamante e safi­ra que Angelo colocou no seu dedo, Gwenna o olhou com intensidade.

— Você nã o precisa dizer isso se nã o sente.

Ele deu um passo à frente e segurou-lhe ambas as mã os nas suas, prendendo-lhe o olhar.

— Nã o consigo dormir sem você. Quando partiu da Sardenha pensei que minha vida tivesse acabado. Eu a amo há muito tempo, mas demorei a admitir isso. Realmente preciso de você ao meu lado... para sempre.

Emocionada, Gwenna assentiu com um gesto de cabeç a e sussurrou fervorosamente:

— Eu amo você també m.

— E quanto a Toby?

— Acho que eu tinha medo de me apaixonar — confessou ela com um sorriso envergonhado. — O amor destruiu a vida de minha mã e, e papai nunca foi um bom exemplo nessa questã o. Talvez acreditar que eu amasse Toby, sabendo que nã o poderia tê -lo, me fizesse sentir segura.

— Entã o, você superou seus sentimentos por ele? — perguntou Angelo puxando-a para seus braç os. — Superou totalmente?

— Amo Toby como amigo. Nunca senti por Toby o que sinto por você — confessou ela num sussurro.

— À s vezes, mal posso esperar para despi-lo.

— Conheç o o sentimento, amata mia — murmu­rou ele, deslizando as mã os para baixo da camiseta dela e tocando a pele macia.

Gloriosamente feliz, e tremendo pela excitaç ã o que ele sempre lhe provocava, Gwenna envolveu os braç os ao redor do pescoç o de Angelo.

— Estou toda enlameada.

— Nã o me importo. — Ele cobriu-lhe a boca rosa­da com a sua, e gemeu de satisfaç ã o quando ela res­pondeu com entusiasmo e total abandono.

 

No salã o clá ssico do Casarã o Massey, Angelo se di­vertia enquanto membros da imprensa tentavam, sem sucesso, tirar uma foto de Gwenna. Tendo posado mais cedo naquele dia para marcar a abertura oficial dos jardins, ela tinha se cansado das câ meras.

Um evento em benefí cio a uma instituiç ã o de cari­dade infantil estava acontecendo na mansã o restaura­da. Na verdade, diversos eventos agendados tinham sido organizados pela Fundaç ã o Rialto, que fora construí da com a heranç a de Carmelo Zanetti. Ange­lo e Gwenna estavam dedicando o má ximo de tempo possí vel à fundaç ã o, a qual tinha sido apoiada pela mí dia, que ficara impressionada pelo fato de Angelo abrir mã o de uma fortuna tã o grande.

Angelo achou que Gwenna estava linda em seu vestido azul-claro, com safiras e diamantes brilhando no pescoç o. Tinha muito orgulho de sua esposa. Em dois anos de casamento, ela havia supervisionado a restauraç ã o tanto da casa quanto dos jardins, viajado ao redor do mundo em sua companhia, e se provado uma anfitriã maravilhosa. També m escrevia uma co­luna sobre jardinagem para o jornal de domingo.

Poré m, o maior presente que Gwenna lhe dera, alé m de sua companhia e de seu amor, era o bebê que Angelo agora carregava contra o ombro. A menina fora batizada de Alice Fiorella Massey Riccardi. Agora tinha seis meses, e eles a chamavam de Ella. Angelo estivera totalmente despreparado para a emo­ç ã o que experimentara no primeiro momento em que a filha fora colocada em seus braç os. Com Piglet nos seus calcanhares, levou Ella de volta para a babá e deitou-a no berç o. Era hora de descer e levar Gwenna para a pista de danç a.

— Foi um dia longo. Nã o vejo a hora de tê -la só para mim, amata mia — confidenciou ele quando a abraç ou.

Um delicioso tremor de antecipaç ã o a percorreu. Danç ando sob os candelabros de cristal, Gwenna aconchegou-se ao corpo forte do marido. Era uma noite fantá stica.

Depois de despedir-se de todos os convidados, Gwenna viu Piglet na sala de jantar.

— Você está engordando — censurou ela, tirando dele o prato de bolo que descobriu embaixo da cadeira.

Entã o subiu para ver a filha, sorrindo para as pe­queninas faces rosadas emolduradas por cachinhos pretos. Tinha de admitir que sua gravidez fora uma surpresa. Mas eles haviam se apaixonado tanto por Ella, que já estavam planejando ter um outro bebê, de modo que a filha tivesse uma companhia para brincar.

Gwenna sentia que sua vida era abenç oada. Sen­tia-se completa, e nem mesmo o problema de seu pai tinha a capacidade de atrapalhar-lhe a felicidade. Donald Hamilton era agora uma constante fonte de preocupaç ã o. Seu segundo casamento havia termina­do. Forç ado a viver com pouco dinheiro e rejeitado pelos amigos, afogava as má goas no á lcool. Gwenna fizera o possí vel para ajudá -lo, poré m, sem sucesso. E ficou feliz e surpresa quando Angelo interferiu e teve sucesso onde ela fracassara. Dentro de semanas, Hamilton estava freqü entando regularmente reuniõ es dos Alcoó latras Anô nimos, e no mê s anterior come­ç ara em um novo emprego na Rialto.

— Ele nã o terá acesso ao dinheiro e será vigiado o tempo todo — Angelo a assegurou, quando ela voci­ferou o medo de que seu pai cometesse uma outra fraude. — Acredito que Hamilton aprendeu a liç ã o.

Angelo abraç ou-a por trá s e mordiscou-lhe a ore­lha. Entã o, fitou os olhos azuis sonhadores no espe­lho do quarto.

— No que você está pensando?

Gwenna estava pensando que o fato de Angelo ter resolvido os problemas de seu pai para deixá -la mais feliz era mais uma prova de amor verdadeiro.

— Você conversou com Toby por horas esta noite. Sentiu alguma coisa que possa me preocupar? — per­guntou ele. Dava-se muito bem com Toby James, mas nunca podia esquecer completamente que o ra­paz um dia perturbara-lhe a paz mental.

— Angelo... nó s está vamos falando sobre proble­mas de drenagem nos jardins.

Ele a virou e colocou os braç os ao seu redor.

— Sou muito mais excitante, bellezza mia.

— Eu sei. — Gwenna gemeu quando ele ergueu-lhe os quadris num movimento eró tico.

— Drenagem — repetiu Angelo; entã o, beijou-a com sensualidade. — Posso nã o ser criativo no jar­dim...

— Mas é altamente criativo de outras maneiras — apontou ela, ofegante.

O sorriso amplo de Angelo foi a recompensa dela.

— Porque amo você... na cama, fora da cama, em qualquer lugar, em todos os momentos.

Gwenna entrelaç ou os dedos nos adorá veis cabe­los pretos. A mais pura felicidade a dominava.

— Amo você també m.

 

 

FIM

 



  

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