Хелпикс

Главная

Контакты

Случайная статья





Capítulo Um



 

Rat prometeu a si mesmo que ele nã o iria bater no chã o, desistindo.

Nã o importa o quanto seu braç o gritava de agonia, graç as a um pedaç o de merda de shifter Puma que o tinha em um clá ssico golpe pin[1] de luta livre. Sua outra mã o estava pressionada na cabeç a de Rat, afundando seus dedos no couro cabeludo com forç a suficiente para deixar hematomas. Rat tentou se empurrar, apenas o suficiente para conseguir um pouco de ar que nã o fosse o fedor de vinil, borracha, tê nis esportivos e semanas de suor velho. Isso apenas fez o Puma grunhir quanto ele esmagou mais fortemente a cabeç a de Rat para baixo. Ele parecia ter um prazer sá dico em fazer Rat comer o tapete azul desbotado na sala de treino.

Apesar de Rat ter um corpo bem desenvolvido, esse cara tinha vinte e trê s quilos a mais que ele e ele nã o era tí mido em usá -lo. Ele deu outra torç ã o violento no braç o de Rat.

Doeu como um filho da puta, mas Rat conteve o grito de agonia. O Puma deve ter percebido a dor, entretanto, porque ele soltou uma risada zombeteira quando suor pingava na parte de trá s do pescoç o de Rat.

“Impressionante, eu sempre ouvi que você era um pateta, Antonio, mas isso é fodido. ”

Esse comentá rio lhe valeu outro braç o torcido, este tã o cruel que Rat ouviu o osso estalar. Ele prendeu a respiraç ã o esperando pelo estalo revelador que o deixaria saber que ele tinha quebrado, mas ela nã o veio. Parecia que Antonio nã o estava disposto a levar as coisas tã o longe. Humilhaç ã o pú blica era uma coisa, realmente quebrar o membro do té cnico de computaç ã o favorito do lí der felino era outra. Isso ainda nã o quer dizer que Antonio nã o poderia machucá -lo, poré m, e ele estava fazendo um trabalho muito bom nisso.

Rat mordeu o interior de sua bochecha para conter um grito quando ele tentou respirar atravé s da dor.

Nã o, Rat nã o iria e nem desistiria nem mesmo se seu braç o fosse arrancado e empurrado goela abaixo.

“Vamos, Rat, apenas desista, ” o mais de noventa quilos de idiota em cima dele insistiu.

Isso nã o vai acontecer. Ele morreria primeiro.

“Antonio, eu já lhe disse um milhã o de vezes, eu nã o vou transar com você, nã o importa quantas vezes você me peç a para desistir. A propó sito, essa é uma cantada bem tosca, mesmo para algué m tã o desesperado quanto você, ” Rat instigou, sabendo que sua boca era a melhor arma contra esse ignorante e estú pido.

Fiel a sua norma, o velho Tony teve que parar, enquanto seu cé rebro do tamanho de uma ervilha trabalhava o comentá rio de Rat.

“Isso nã o é o que eu quis dizer, ” ele disse finalmente, sua voz desconfortá vel e insegura.

Embora seu braç o parecesse que estava sendo rasgado em dois, Rat revirou os olhos. Deus, esse imbecil levava o idiota para um ní vel totalmente novo. Rat levantou a cabeç a o suficiente para olhar ao redor da sala de treinamento apenas para descobrir que agora eles tinham uma audiê ncia. Vá rias dezenas de shifters felinos e alguns falcõ es estavam todos de pé ao redor, observando a paté tica Chita conseguir sua bunda derrotada por ele.

Poderia ter sido divertido se ele nã o tivesse dito Chita.

“Alé m disso, babando em cima de mim nã o é a forma de entrar em minhas calç as. Eu gosto de sexo sujo, nã o sexo bagunç ado. Acredite em mim quando eu digo que existe uma grande diferenç a. ”

Rat percebeu que talvez o comentá rio possa ter sido um sarcá stico demais quando Antonio aumentou a pressã o na parte de trá s de sua cabeç a. Ele puxou uma respiraç ã o quando o tapete arrancou vá rios piercings de seu rosto. Logo o cheiro picante e acobreado de seu pró prio sangue bateu em suas narinas.

“Por que você está aqui com os soldados de verdade? ” Antonio zombou. “A ú ltima coisa que precisamos é desperdiç ar nosso tempo com um perdedor que nã o consegue segurar a mudanç a. Porra, você até mesmo parece uma aberraç ã o afeminada. Essa aparê ncia toda Gó tica pode deixar as meninas molhadas de admiraç ã o, mas para todos os outros, isso só mostra o bicha que você é. Volte para o seu pequeno escritó rio e aqueles computadores estú pidos que você gosta de fingir que sã o importantes. ”

Esse comentá rio doeu até mais do que a imobilizaç ã o, mas Rat deixaria de respirar antes que ele demonstrasse isso. Em vez disso, ele permitiu que seu corpo ficasse solto, como se ele estivesse aceitando a derrota. Assim que ele ouviu a risada triunfante de Antonio, ele sabia que ele o tinha. O idiota soltou a cabeç a de Rat... realmente a soltou como um idiota, que deu a Rat a saí da que ele estava esperando. Jogando sua cabeç a para trá s, Rat a conectou com o nariz do homem.

Embora o movimento fizesse seu braç o doer ainda mais, assim que ele ouviu o uivar de dor do Puma, Rat sabia que tinha valido a pena. Se Antonio fosse humano, o golpe teria quebrado seu nariz, em vez disso, apenas lhe causou muita dor.

Seu aperto afrouxou o suficiente para Rat enviar seu cotovelo para trá s em um golpe rá pido e duro.

Desta vez algo quebrou. Uma costela, a julgar pelo som do mesmo. Rat seguiu com outra cabeç ada, surpreso quando ele conectou novamente, já que ele nã o achava que Antonio cairia no mesmo truque duas vezes.

Sim, definitivamente um dos imbecis mais burros ao redor.

Assim que Antonio rolou de cima dele, Rat ficou de pé e olhou para o seu adversá rio. Apesar de sua educaç ã o ter lhe ensinado a sempre chutar uma presa quando ela estivesse caí da, Rat nã o fez.

Em vez disso, ele inclinou a cabeç a para o lado, enquanto observava Antonio se contorcer de dor.

“Parece que eu ganhei, ” ele disse em uma voz calma.

“Isso nã o prova nada, sua aberraç ã o estú pida, ” Antonio rosnou. Ele colocou as mã os ao nariz, sangue escorrendo entre as frestas dos dedos.

Rat se recusou a deixar que a observaç ã o machucasse. Ele sabia que ele era diferente. Ele nã o tinha nenhum controle de sua forma animal, mas ele tinha feito grandes esforç os para fazer o seu lado humano ú nico també m. Enquanto a maioria dos shifters servindo para Mitchell, usavam o comprimento do cabelo ao estilo militar e vestiam roupas de soldados, Rat se recusava a acompanhar. Ele tingiu o cabelo castanho escuro com um preto com mechas azuis e espetado na parte da frente. Adicione seus numerosos piercings, e o kohl em torno de seus olhos e suas unhas pintadas de preto e Rat estava tã o longe do regulamento quanto qualquer um poderiam chegar.

Ele ainda se vestia de forma diferente. Recusando a usar o normal uniforme de farda preta, ele modificou o seu com calç as largas, correntes e camisetas com violê ncia explicita. Claro, ele usava botas, mas a sua tinha pesadas fivelas de prata subindo pelos lados e com certeza nã o eram por uma questã o militar.

“Bem, esta aberraç ã o simplesmente derrotou sua bunda. ” Rat enrolou o canto do lá bio em hostilidade quando ele se virou para ir embora.

A multidã o ainda estava lá, e ele deu uma cotovelada para abrir caminho. Eles queriam um show e eles tiveram um. Normalmente ele soltaria um comentá rio espertinho, tentando o humor apó s a situaç ã o embaraç osa. Hoje, poré m ele nã o se sentia bem o suficiente para isso.

O que ele queria era ficar barulhentamente bê bado e ir lamber suas feridas.

Ele soltou um suspiro, estremecendo enquanto ele girava o braç o. Seus pró prios confortos teriam que esperar, porque ele tinha um trabalho a fazer. Mesmo se fosse um adequado para um estú pido bicha.

A sala de informá tica estava no final da sede e Rat caminhou rá pido para ela, sem clima para conversa fiada. Depois que uma antiga fá brica que tinha sido abandonada durante anos quando as montadoras se tinham retirado de Flint, Michigan, os felinos a tinham convertido em uma dependê ncia de operaç ã o militar de ú ltima geraç ã o.

O interior tinha sido destruí do e substituí do com escritó rios e aparelhos de alta tecnologia suficientes para rivalizar com qualquer operaç ã o humana. Irô nico, pois a maior parte do dinheiro para o lugar veio do governo humano. Depois de anos caç ando e matando shifters, os polí ticos tinham percebido como valiosa a espé cie de Rat poderia ser em determinadas situaç õ es. Shifters podiam se mover mais rá pido, pensar mais rá pido e o mais importante — matar mais rá pido. Todas as coisas que agora eles eram pagos por um monte de porcaria.

Já que era logo depois do meio-dia, o lugar estava lotado, mas ele conseguiu evitar ser social, mantendo a cabeç a baixa. Assim que ele chegou à pequena sala que servia como seu escritó rio, Rat trancou a porta atrá s dele e soltou um gemido quando ele repassou a ú ltima hora novamente em sua cabeç a.

Nã o era como ele queria que sua segunda-feira começ asse. Ele sacudiu a cabeç a, poré m. Ele nunca tinha sido um ficar de sentado se preocupando sobre sua situaç ã o e dane-se se ele começ aria agora. O que ele precisava fazer era voltar para o trabalho. Isso sempre o ajudou a esquecer, mesmo que por apenas algumas horas.

Sentado em sua surrada cadeira de escritó rio, ele ligou um dos muitos computadores e entã o colocou o dedo sobre o scanner antes de digitar sua senha. Seu escritó rio já tinha sido arrumado, mas agora ele parecia desorganizado, graç as á todas as horas extras que ele esteve fazendo. Latas de refrigerante vazias lutaram por espaç o contra sacos amassados de chips e barras de doces meio comidos. Tinha um sofá de um lado da sala, um cobertor sobre nele, já que ele estava dormindo ali a maioria das noites.

Deus, falando de vagabundos, ele tinha se tornado um ultimamente, com certeza. Neste ritmo, ele acabaria na TV, no show Hoarders [2] . Ele teria que limpar — depois. Primeiro, ele tinha que fazer isso para Mitchell. Voltando sua atenç ã o para o computador, Rat voltou ao trabalho. Levou apenas alguns cliques para levá -lo ao trabalho que o vinha atormentando há mais de dois meses.

A lista.

Desde que ela tinha chegando a suas mã os, Rat estava vivendo e respirando a maldita coisa. Ela continha os nomes e as localizaç õ es possí veis de duzentos e cinquenta e trê s shifters felinos que haviam sido levados há mais de vinte anos atrá s. Shifters felinos que precisavam ser rastreados e trazidos antes que os Corvos os encontrassem primeiro. Essa era a ú ltima coisa que qualquer um deles precisava. Embora os felinos estivessem em uma missã o para encontrar e salvar, os Corvos estavam em uma para procurar e destruir.

Cada dia, cada hora que passava significava que um dos felinos na lista poderia estar em perigo mortal.

A pior parte, poré m, era que a lista era muito mais do que apenas um monte de nomes. Era a ú ltima esperanç a para muitos. Os shifters eram apenas crianç as quando eles tinham sido arrancados de suas casas. Todos eles tinham famí lias que nunca os tinham esquecido. Entes queridos que rezavam pelo retorno seguro deles.

O atual lí der dos felinos, Mitchell, estava fora seguindo uma pista sobre um dos desaparecidos. Sua famí lia tinha sido duramente atingida, perdendo quatro irmã os.

Embora eles tivessem encontrado recentemente um deles, trê s ainda estavam lá fora, Keegan, Andy e Joel.

Rat devia muito a Mitchell. Quando os lí deres da coalizã o tinha se recusado a aceitar Rat por causa de seu defeito, Mitchell o acolheu, sem questionar. Tinha sido o primeiro ato de bondade que qualquer um já tinha mostrado a Rat em anos e ele sentia uma profunda lealdade ao shifter Onç a. Uma que Rat de bom grado daria sua pró pria vida.

Voltando sua atenç ã o de volta para a lista, Rat amaldiç oou baixinho. Tantos nomes. Para piorar as coisas, os locais que foram listadas ao lado deles tinham mais de vinte anos de idade. Claro que eles eram um começ o, mas muitas coisas podiam acontecer durante duas dé cadas. As pessoas se mudavam, os nomes mudavam, todos os tipos de lixo que faziam trabalho de Rat mais difí cil.

Seu olhar se moveu sobre um nome em particular, Keegan. De todos os irmã os desaparecidos de Mitchell, ele era o mais pró ximo a ser encontrado. Mais pró ximo significava que eles tinham sua localizaç ã o reduzida a duas possibilidades. Mesmo agora, eles tinham equipes lá fora procurando pelo garoto. Rat apenas esperava que eles o encontrassem antes dos Corvos. Porque se nã o, entã o o cara estaria morto antes mesmo que ele soubesse o que o atingiu.

 

* * * * *

 

Algué m o estava seguindo.

Keegan ergueu mais sua mochila em seu ombro enquanto ele lanç ava um olhar casual em torno da rua escura em frente do seu apartamento.

Nada parecia fora do normal. Havia um punhado de pessoas correndo para sair do ar frio. Os pré dios silenciosos que compunham o bairro pareciam tã o entediantes como sempre. Todas as coisas que ele passou por todos os dias. Isso deveria ter acalmado seus nervos.

Mas nã o acalmou.

Se qualquer coisa, a estranha vibraç ã o ficou mais forte. Sua mente ficou sobrecarregada e começ ou a olhar os detalhes rapidamente, enquanto ele procurava por qualquer coisa que pudesse ser responsá vel por colocar os seus nervos no limite. Tudo o que ele encontrou foram mais detalhes maç antes. Um homem à esquerda tinha uma camisa listrada de azul, a etiqueta aparecendo na parte de cima das costas. Uma garota tinha a mesma saia que Jessica Simpson vestiu na revista Star. Tinha sido na pá gina 32 da ediç ã o de 15 de setembro, quarta imagem abaixo. A Sra. Kilson tinha deixado a porta entreaberta novamente, esta era a quarta vez esta semana. Ela tinha trê s filhas, Jamie, Kelly e Megs, que era casada com um banqueiro nada bom que, provavelmente, estava roubando dinheiro de seus investidores.

“Pare com isso. Concentre-se, ” ele assobiou baixinho. Era inú til, poré m. Nascido com uma memó ria fotográ fica, ele nã o podia mais desligar essa parte do seu cé rebro, entã o ele poderia parar de respirar. Toda sua vida, ele sempre foi capaz de captar pequenos detalhes, se lembrar de coisas com perfeita nitidez. Alguns chamariam de um grande presente. Agora que estava interferindo com sua seguranç a, ele chamaria de uma maldiç ã o.

O que ele precisava fazer era conseguir sua bunda de volta ao seu apartamento, onde ele poderia trancar a porta e se esconder debaixo das cobertas de sua cama. Nã o exatamente um plano viril, mas de novo, ele estaria disposto a perder alguns pontos machistas neste momento.

Ele deu um suspiro de alí vio quando sua porta surgiu. Apenas mais alguns passos e ele poderia entrar no interior quente e seguro. Inferno, ele provavelmente até mesmo riria sobre como nervoso ele tinha sido. Ele soltou sua mochila de novo, quando ele correu para frente.

Um vulto saiu das sombras e bloqueou seu caminho. Keegan derrapou até parar antes que ele se chocasse contra o homem. Bem, homem na verdade era subestimar as coisas. O cara na frente dele era uma montanha. Vestido da cabeç a até as botas em couro preto e longos casacos, seu rosto pá lido estava parcialmente obstruí do por seu longo cabelo fino e escuro. Até mesmo seus olhos eram pretos e eles pareciam estar brilhando de ameaç a. Keegan engoliu em seco quanto ele mostrou o que ele sabia ser um sorriso nervoso.

“Desculpe, com licenç a. ” Ele tentou dar um passo ao redor do estranho, mas o homem correu para o lado e bloqueou seu caminho. O medo deu lugar ao pâ nico quando Keegan pegou um vislumbre de uma arma debaixo do casaco do homem.

“Onde você está indo, gatinho? ” O estranho perguntou, seus lá bios finos se curvando um sorriso de escá rnio.

Gatinho? Ele sido chamado de todos os tipos de coisas em sua vida, Honey Bunny[3], ursinho pookie[4], cachorrinho... inferno, até mesmo de galinha por um de seus amantes mais antigos. Ele nunca tinha sido chamado de gatinho antes.

“Sinto muito, você deve ter me confundido com outra pessoa. ” Ele deu um passo para trá s, ainda olhando para a arma. Para sua sorte, també m, a rua tinha ficado deserta de pedestres, assim Keegan agora tinha de enfrentar este perigo sozinho. Até mesmo a aspirante a Jessica Simpson tinha desaparecido.

“Eu sei exatamente quem você é, Keegan, ” o homem falou seu nome lentamente. Ele avanç ou tã o rá pido que no momento em Keegan percebeu o que perigo estava chegando, o homem tinha uma mã o em torno de sua garganta.

Keegan tentou gritar por ajuda, mas tudo o que saiu foi um ruí do, quando todo seu suprimento de ar foi cortado. Ele se agarrou com as mã os, tentando fugir, mas ele podia estar muito bem fazendo có cegas no cara por todos os seus esforç os. Finalmente, em desespero, Keegan virou sua mochila ao redor, visando a cabeç a de seu atacante.

Funcionou. Graç as aos pesados livros de direito que ele sempre foi obrigado a arrastar ao redor, ela provou ser uma arma muito boa. O homem o largou e Keegan caiu no chã o. Ele imediatamente ficou de pé e começ ou a correr na direç ã o do apartamento.

Ele deu trê s passos antes que outro assaltante surgisse do nada e bloqueasse seu caminho. Este parecia exatamente igual ao primeiro cara, até mesmo seu corte ruim de cabelo emo e o fetiche de couro. Keegan gemeu baixinho quando ele mudou de direç ã o, indo para a direita. Um terceiro homem apareceu e impediu sua fuga.

“Foda, ” Keegan gritou quando ele recuou para ú nico caminho de fuga à esquerda dele. Quando ele conectou com algo só lido, seu estô mago apertou. Mesmo sem se virar, ele sabia que era outro bandido.

“Que linguagem, gatinho, ” o primeiro repreendeu quando ele girou seu braç o. Keegan esperava que ele doesse como um filho da puta.

“Pare de me chamar assim, ” Keegan explodiu, quanto o medo dentro dele foi afastado pela raiva. Por que algo assim o incomodava agora, nã o fazia sentido, mas novamente, nada disso fazia.

“Mas isso é o que você é, ” outro dos idiotas emos entrou na conversa. “Um gatinho pequeno e bonito que está apenas esperando para ser pisoteado. ”

Keegan curvou os lá bios com nojo. Pisotear gatinhos, isso era horrí vel. Onde diabos estava a PETA[5] e sua tinta vermelha quando ele precisava deles?

Os quatro atacantes se moveram mais perto, o cercando. Keegan se virou em um cí rculo lento, tentando encontrar uma abertura para correr. Seu coraç ã o se apertou de terror quando ele percebeu que nã o havia nenhuma.

“Eu tenho um pouco de dinheiro no bolso. Apenas pegue e vã o embora. ” Mesmo quando ele fez a oferta, Keegan sabia que era inú til. Por alguma razã o, este grupo queria algo mais. Ele també m sabia que ele nã o iria gostar do que seria.

“Nó s nã o queremos seu fodido dinheiro, cartã o de dé bito ou qualquer outra coisa que você escondeu em sua carteira, ” Nú mero Um rosnou, confirmando as suspeitas de Keegan. “Nó s queremos você. ”

Isso fez com que Keegan se desesperasse o suficiente para tentar uma fuga para a liberdade. Correndo para o Nú mero Dois, porque ele era sete centí metros mais baixo do que os outros, Keegan tentou correr. Nã o foi uma grande surpresa quando ele nã o foi muito longe. O atacante passou os braç os ao redor da cintura de Keegan e o jogou no chã o.

Keegan soltou um gemido que era parte choque e parte dor. O cimento duro nã o compensou quanto sua espinha bateu nele. Ele olhou para cima, horrorizado e preso, incapaz de se defender quando viu o atacante levar sua mã o para trá s.

Algo prateado brilhou no luar.

Faca!

Keegan fechou os olhos, nã o querendo ver a sua pró pria morte. No mesmo instante, um alto rosnado e animalesco rasgou o ar. Ele segurou um grito de medo. Se isso iria mordê -lo, ele seria condenado se ele sairia chorando como um perdedor.

Houve um roç ar de ar quando uma coisa saltou sobre sua cabeç a, segundos antes do peso de seu atacante o deixar. Keegan finalmente abriu os olhos e quase se irritou quando ele viu o que o salvara.

Um tigre. Um verdadeiro tigre, vivo e pulsante. Aqui, nas ruas de Seattle. Keegan piscou vá rias vezes para apagar o que tinha de ser uma alucinaç ã o.

Nã o, o gato ainda estava lá. Enorme, com pelagem cor de laranja e grossas listras pretas, ele olhava para ele com uma expressã o estranhamente inteligente.

Ele tinha suas enormes patas sobre o peito do atacante, efetivamente prendendo o homem. Se Keegan nã o soubesse, ele teria jurado o tigre sorriu para ele antes que ele se inclinasse e afundasse seus dentes na garganta do homem.

Bem, isso cuidava de um dos bandidos, mas ainda restavam trê s. Keegan ficou de pé, fechando seus punhos na expectativa de uma luta. Já que o tigre parecia disposto a lidar com esses idiotas, era justo que Keegan se defendesse també m.

“Oh, o pequeno gatinho tem alguma coragem, ” Nú mero Um riu. “Eu gosto mais assim. Isso torna tudo muito mais divertido. ”

Keegan nã o sabia o que era pior, ter que ouvir esse idiota de filmes B ou ouvir os gritos vindos de trá s enquanto o tigre que mordia o Nú mero Dois.

“Ei, Piu-Piu[6], olha o que eu posso fazer. ” Numero Um deu um ú ltimo sorriso repugnante antes de seu corpo começ ar a se contorcer e pulsar. Nã o era algum tipo de movimento normal que Keegan já tinha testemunhado, era bizarro, irreal e simplesmente nojento. Duraram apenas alguns segundos e em vez de um homem, um enorme pá ssaro preto estava lá.

Keegan soltou um grito quando seu corpo ficou paralisado de choque e medo. O que porra aconteceu? Ele balanç ou a cabeç a, se recusando a acreditar no que tinha acabado de acontecer bem diante de seus olhos. Nã o, ele devia estar sonhando. A qualquer momento ele acordaria sã o e salvo em sua cama encaroç ada, apenas com os roncos de seu companheiro de quarto por companhia.

O tigre avanç ou, agindo mais como um animal de estimaç ã o agora do que um animal selvagem e assassino. Ele ainda soltou um ronronar alto, adicionando outro parecido com você está brincando comigo. Assim que ele chegou a lado de Keegan, uma luz intensa brilhou sobre ele. Keegan piscou contra a intensidade da mesma, mas pareceu incapaz de desviar o olhar. Conhecendo sua sorte, um pequeno duende alado estaria no lugar e ele nã o queria perder isso.

Assim que ela se dissipou, entretanto, Keegan viu que o tigre tinha desaparecido e um homem estava ali, em seu lugar.

Mais alto que até mesmo os atacantes, ele tinha o cabelo loiro quase branco e os olhos mais azuis que Keegan já tinha visto. Ele també m tinha o maior conjunto de mú sculos també m. Como os outros, o homem estava vestido de preto, mas suas calç as eram de uniformes e parecia quase como um uniforme militar. Ele deu um aceno de cabeç a para Keegan que, provavelmente, era para ser reconfortante, mas só o fez parecer mais como o Exterminador do Futuro. Especialmente quando ele puxou uma arma de um coldre preso ao seu lado e apontou para o pá ssaro. Embora a arma nã o estivesse apontada para ele, Keegan pulou para o lado, seu coraç ã o batendo tã o forte que realmente doí a.

“Apenas um sonho. Apenas um sonho, ” ele repetia com a voz estrangulada. Sua respiraç ã o estava saindo irregular, o ar queimando os pulmõ es.

“Você toca nele e eu vou te matar, ” o tigre-homem gritou para o pá ssaro.

Os outros atacantes emos se transformados em pá ssaros. Keegan soltou uma risada histé rica quando ele disse, “É claro, mais pá ssaros. Claro, o que mais posso esperar? Tenho certeza que o duende será bem vindo a qualquer momento també m. ”

O tigre-homem se virou para olhar para ele. A julgar pela expressã o em seu rosto, ele nã o achava que Keegan era muito inteligente. O tigre sacudiu a cabeç a, “Nó s precisamos sair daqui. ”

Keegan hesitou, dividido entre o que fazer.

Fugir sozinho e correr o risco dos caras emos o matarem ou ir com o tigre e o se ariscar a ser raç ã o de gatinho. No final, era uma decisã o fá cil. Alé m disso, sua tia uma vez lhe disse que ele era um amante de gatos.

“Tudo bem. ” Keegan balanç ou a cabeç a para o tigre logo antes de começ ar a correr.

 

 



  

© helpiks.su При использовании или копировании материалов прямая ссылка на сайт обязательна.