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Confira abaixo a entrevista exclusiva que Mestre Bigo concedeu à Revista Praticando Capoeira.
Mestre Bigo, discí pulo de Mestre Pastinha, conta um pouco sobre a sua vida na Capoeira Angola. Francisco Tomé dos Santos Filho, o Mestre Bigo, nasceu em 1946, em Salvador-Bahia. Iniciou na capoeira em meados dos anos 50, apó s assistir a uma apresentaç ã o de capoeira onde viu Mestre Pastinha e Mestre Cobrinha Verde num emaranhado de corpos. Treinou na Academia de Mestre Pastinha até 1975 (é poca em que casou-se e veio para Sã o Paulo), convivendo com grandes expoentes da capoeira, como: Joã o Grande, Joã o Pequeno, Natividade, Papo Amarelo, Jonas, Bola Sete, Gildo Alfinete, Gené sio Meio Quilo, Roberto Sataná s, entre outros. Apó s chegar em Sã o Paulo ficou um tempo afastado da capoeira, mas afirma que em momento algum esteve separado dela, pois a capoeira está no seu sangue, correndo em suas veias. Em 1989, Mestre Bigo fundou a Academia de Capoeira Angola Ilê Axé, onde realiza um trabalho até hoje. Confira abaixo a entrevista exclusiva que Mestre Bigo concedeu à Revista Praticando Capoeira. P. Capoeira: Como era a Capoeira Angola na é poca em que você começ ou a praticar? Era um pouco diferente. Mestre Pastinha treinava Angola corrida e Angola amarrada. A Angola corrida era perigosa. Nó s trocá vamos pau com o pessoal da Regional. O regional levantava a perna lá em cima e o angoleiro dava rasteira. O angoleiro nã o levanta a perna lá em cima, pois sabe que se levantar vai cair. Antes, para cada jogo era cantada uma ladainha, depois vinha o improviso e depois o corrido. O capoeirista jogava um certo tempo, entã o parava a roda e começ ava a cantar outra ladainha. Tomava muito tempo da gente. Hoje em dia tê m mais capoeiristas e em virtude disso, tem menos tempo para jogar na roda.
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